( Sentimentos de Amy Shay Benson ) 

Acordei há algum tempo com o sol invadindo o quarto e estragando meu maravilhoso sonho. Mas não importa, eu não poderia estar mais feliz. Ontem à noite Dylan e eu nos beijamos. Foi tão lindo, romantico. Confesso que apesar do seu jeito de badboy, ele foi muito carinhoso comigo. Não foi o meu primeiro beijo, mas eu sinto que foi muito mais especial que o primeiro. Dificil agora será encará-lo depois disso.... quer dizer, eu gosto dele, mas não sei se ele realmente gosta de mim, a ponto de querer algo sério. Ele não parece ser do tipo que se prende á um namoro.

Além do mais, mesmo querendo muito ficar com ele, tenho medo de mais uma vez, meu pai resolver se mudar e eu ter que deixá-lo e magoá-lo. Sem falar que eu também sairia machucada, né. Bom, é melhor eu esquecer isso por enquanto, e curtir o momento. Farei o que meu coração mandar e seja o que Deus quiser. 

Tomei um banho rapido, escovei os dentes e sai do quarto. A casa estava silenciosa e um delicioso aroma de café vinha da cozinha. Caminhei até lá e vi apenas Abby arrumando a mesa do café da manhã.

Amy: Bom dia, Abby. - Eu disse com um sorriso. 

Abby: Bom dia. Dormiu bem? 

Amy: Sim. Obrigada.... Dylan já acordou? - Perguntei enquanto me sentava. 

Abby: Não... esse menino é muito dificil para levantar da cama. Principalmente aos finais de semana. 

Amy: Ah... é que ele disse que poderiamos ir a praia. 

Abby: É... ele me pediu para preparar uma cesta com alguns lanches para vocês. 

Amy: Que bom... - Eu disse. Comecei a comer uma torrada com geléia e um copo de suco. Observei Abby enquanto ela preparava alguns ovos com bacon provavelmente para Dylan, quando acordasse. 

Dylan: Bom dia! - Ele disse com a voz baixa e rouca. Nos encaramos por um momento e eu sorri para ele que instantaneamente corou. 

Amy: Bom dia, Dylan. 

Abby: Bom dia... caiu da cama, foi? - Ela perguntou surpresa. 

Dylan: Mais ou menos... vamos a praia hoje, não poderia levantar tarde. 

Abby: Sei... é melhor tomar seu café da manhã e depois eu levo vocês lá. 

Dylan: Valeu. - Ele disse sentando-se ao meu lado. Senti um friozinho na barriga. - Cadê a minha mãe? - Ele perguntou. 

Abby: Não sei, deve estar dormindo. 

Dylan: Ela chegou tarde ontem? 

Abby: Provavelmente. Eu não a ouvi chegar, fui dormir logo depois de vocês. - Ela disse sem dar muita atenção. Ela lavava a louça calmamente, enquanto o silêncio se instalava entre nós. Eu não tocaria no assunto, quero que ele fale sobre isso. Para que não haja coisas mal interpretadas. Foi só um beijo, mas para mim, significou muito e eu espero que para ele também. 

Terminei meu café da manhã e fui para o quarto, escovar os dentes novamente e me arrumar para ir á praia. Droga! Onde foi que eu coloquei meu biquini? Revirei a bolsa toda e não o encontrei. Será que eu esqueci em casa? 

Dylan: Ei... - Ele chamou batendo na porta. - Estou pronto. 

Amy: Entra. - Eu disse abrindo a porta. - Eu esqueci meu biquini em casa, podemos passar para pegá-lo? 

Dylan: Claro... - Ele sorriu. 

Amy: Ok... vamos. - Falei pegando minha bolsa. Dylan queria ter acordado a mãe dele, mas Abby não o deixou, porque com certeza ela estaria cansada. Então pegamos nossas coisas e saimos em direção ao prédio onde moro. Fui indicando o caminho para Abby que o seguia a risca. 

Em poucos minutos nós chegamos ao edificio, já que o trânsito agora de manhã é bem mais calmo. Abby ficou no carro, enquanto Dylan e eu subimos até o apartamento 7=C. Só espero que meu pai esteja acordado já, porque eu não trouxe chaves e eu vou ter que tocar a campainha.

O elevador parou, abrindo a porta rapidamente, o corredor estava silencioso e o som do meu salto alto provocava um eco por onde eu passava. Tentei pisar mais delicadamente, mas não adiantou nada. Parei em frente a porta, tocando a campainha. Dylan estava ao meu lado ouvindo música com os fones e parecia não prestar atenção em mais nada além da música. Bufei impaciente com a demora do meu pai e toquei novamente a campainha. Será que ele saiu? Impossível, ele sempre dorme até um pouco mais tarde aos domingos. 

Ouvi um barulho lá dentro do apartamento e alguns passos se aproximavam da porta. Ótimo, ele está acordado. Finalmente. A porta se abriu e eu me deparei com uma figura loira, cabelos bagunçados e vestindo apenas uma camisa azul, que por sinal parecia um vestido. A mulher eu sabia quem era, Sam Puckett, mãe do Dylan e a camisa era do meu pai, obviamente. Seus olhos azuis estava arregalados e ela tinha uma expressão apavorada que era no mínimo engraçada. É... vejo que meu pai não perdeu tempo. Apressadinho ele, né?