Katherine Stevens - A Quinta Marota escrita por Beatriz Lee, Bia Lee II


Capítulo 27
2ª Temp.: 6º ano – Dívida Eterna


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal.
Tenho uma hipeeeeeer novidade!
Leiam as notas finais.
Boa Leitura!



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2ª Temp.: 6º ano – Capítulo 7 – Dívida Eterna

Katherine se desesperou ao ver James desacordado no chão, sangrando. Era como ver uma parte de sua alma ali, como se alguma coisa fosse arrancada bruscamente de seu coração e a fizesse perder as esperanças. Era como se um dementador estivesse por perto, tirando-lhe toda sua felicidade e dando o desespero de ver seu melhor amigo ali, no chão. Imóvel.

Remo fora impedido de ir atrás de Snape ou avançar novamente em James, por Katherine e Sirius, que se colocaram a frente espantando o lobisomem e fazendo-o correr de volta a floresta negra.

Logo Katherine voltou a sua forma humana com lagrimas grossas descendo por seu rosto enquanto corria em direção ao corpo imóvel de James, que respirava demoradamente. Ela se ajoelhou ignorando a dor em seu corpo, sacudindo-o.

– JAMES – gritava desesperada, enquanto colocava um braço dele em volta de seu pescoço e o levantava com a ajuda de Sirius.

– É tudo culpa minha – murmurava Sirius, com o tom desesperado e cheio de angustia – tudo culpa minha! Se eu não tivesse dito para Snape vir aqui...

Katherine ficara furiosa com a declaração, mas nada disse. Seu desespero por ver James daquele jeito era maior do que qualquer fúria que sentia.

Devia ser umas 3 horas da manhã, e o castelo estava totalmente silencioso. Não havia ninguém nos corredores, nem os fantasmas. Os quadros que iam acordando devido ao barulho do choro e dos passos observavam tudo assombrados e preocupados.

Quando chegaram a enfermaria, já ofegantes, abriram a porta com um solavanco fazendo um barulho desnecessário. Madame Pomfrey apareceu com suas roupas de dormir, toda descabelada. Ofegou quando viu James desacordado e mandou colocarem-no numa maca próxima, sem perguntas.

Logo ela voltou com várias poções no braço e curativos trouxas. Ela logo os expulsou da enfermaria, e muito hesitantes, saíram.

Katherine se encostou na parede, ainda chorando. A ideia de perder James era obtusa demais, irreal demais. Ela não tinha consciência da gravidade dos machucados, e se...

Se James virasse um lobisomem?

Ela ofegou mais profundamente, com um horror gigantesco dentro dela.

Ela verbalizou seus pensamentos para Sirius, que estava sentado ao chão com o rosto entre as mãos.

– Ele não vai virar lobisomem por que não foi mordido, então o vírus não ta no organismo dele – respondeu com sua voz abafada pelas mãos.

– Sirius, porque você disse pro Snape ir na casa dos gritos? – perguntou Katherine com a voz cansada, sentando ao seu lado.

– Eu não sei. Eu estava com raiva. Eu ouvi uma conversa dele, que ele havia escutado sua conversa com o James, Pedro e Remo... – disse com a voz cheia de remorso – e eu me irritei com aquele ranhoso. E disse que se ele quisesse ter certeza era pra ir na casa dos gritos hoje. Foi uma péssima ideia.

– Uma péssima ideia? – tinha certeza que se tivesse força, gritaria. – Claro que foi uma péssima ideia, Sirius. Você queria que o seboso morresse? Você pode até odiar ele, mas ninguém merece a morte. Você queria que Remo virasse um assassino? Usar essa maldição dele como arma pra se livrar de seus oponentes? E James? Ficou feliz com ele machucado desse jeito? – sabia que estava sendo maldosa nas palavras, mas não ligava – Como você acha que Remo vai ficar quando souber? Você sabe que ele não queria que nunca nos arriscássemos a ir com ele nos dias de Lua-cheia, como ele vai ficar quando souber que foi ele que fez isso a James? Ele nunca mais vai querer que nós fossemos juntos. Hoje foi meu primeiro dia, eu queria ajuda meu melhor amigo, e não trazer mais problemas por sua causa.

Seu tom estava furioso, não ligava se amava ele, se ele estava arrependido ou se queria voltar atrás. Ela não ligava, simplesmente não ligava. Ela estava furiosa, queria gritar de agonia e de fúria, queria bater em Sirius, queria causar-lhe dor, a dor que James sentira, e a dor psicológica que ela sentia também.

– EU SEI, KATHEIRNE, EU SEI – berrou descontrolado, para depois repirar fundo e fechar os olhos. – Olha, desculpa...

E pela primeira vez, viu Sirius chorar.

– Não é a mim que você tem que se desculpar. – disse Katherine friamente, sem ligar para as lágrimas do homem– É com Remo e com James.

E se levantou, indo em direção ao corredor vazio e escuro sem olhar para trás.

(...)

O resto da semana fora muito turbulento. Todos sabiam que os Marotos estavam machucados e que havia acontecido alguma coisa muito grave, mas ninguém soube o que acontecera. Todos então deduziram, que fora uma brincadeira mal calculada.

James estava bem. Estava em observação na enfermaria e recebia várias visitas. Até mesmo Lílian Evans fora. Preocupada, mesmo alegando que não. Isso concerteza fez o animo de James melhorar, e ajudara muito em sua recuperação. Por vez, James apenas ficaria com algumas cicatrizes no braço esquerdo, pois na hora em que foi atacado colocara os braços a frente de seu rosto.

Remo estava abatido. Mais do que o normal. Ele se odiava e declarava isso a quem quisesse ouvir, mesmo sendo uma pessoa que não soubesse de seu problema peludo. Ele sentia nojo de si mesmo, ele ficava com James na enfermaria e quase não o olhava por vergonha. James já havia dito que não era culpa dele, mas o lobo não queria aceitar.

Sirius andara deprimido. Não ficara com nenhuma menina e andava sozinho, já havia pedido um milhão de desculpas á Remo e James, e os dois aceitaram, não sem antes dizerem um discurso maior que o de Katherine.

Snape, se era possível, estava mais insuportável que nunca, lançava olhares para Katherine e Sirius diariamente como se dissesse ‘eu-sei-o-que-vocês-escondem’ só que numa dessas Katherine perdeu a paciência.

Quando ele saiu do salão principal Katherine se levantou bruscamente e foi atrás dele. Estava decidida que o segredo de Remo não seria revelado assim tão fácil, fora anos de sofrimento para os marotos manterem em segredo, uma vez que não se tem segredos em Hogwarts, e não era um seboso nojento com sede de vingança que iria estragar isso. Ela também estava barraqueira nesses dias, e aproveitando a situação, se precisasse, azararia o sonserino sem pensar duas vezes.

Quando o alcançou, passou a sua frente o encarando friamente. Ela tinha esse controle sobre suas emoções. Conseguia ser fria nas horas mais necessárias mesmo sendo uma pessoa doce.

– Então, Seboso, já falou pra quantas pessoas o segredo de Remo? Ou será que esta se cagando de medo, igual quando saiu correndo? – perguntou como quem não quer nada. Seu cabelo preso em um rabo de cavalo malfeito, com alguns fios soltos, sem maquiagem e uniforme em ordem, tirando a gravata mal colocada e alguns dos primeiros botões de sua camisa abertos.

– não disse a ninguém – disse com os dentes cerrados – Não tenho medo de grifinórios nojentos. Estou esperando a hora certa pra espalhar. Quando o Potter ficar melhor e a semana de Lua-Cheia passar, vocês irão ver. O ministério saberá que são animagos e seu amiguinho lobo terá seu segredo revelado – disse com determinação e frieza.

– Seboso, só não se esqueça de que James salvou sua vida – lembrou-lhe com uma vozinha infantil, fazendo um biquinho para continuar com uma voz monótona – você tem essa divida eterna com ele. Conte para todo mundo o segredo do Remo e o nosso, conte. À vontade, Vai lá, deixe todos saberem o que ele é e o que somos que na mesma hora todos saberão que você precisou da ajuda do Potter pra viver. Ajuda de um grifinório. Não é ao contrário do que você tanto diz? Que ele é um imprestável arrogante? Mas ele salvou sua vida! Sua desprezível vida. Como será a reação de seus amiguinhos comensais quando souberem disso? – disse olhando para as próprias unhas como se elas fossem à coisa mais interresante no momento e falava num tom monótono.

Ela atingira o ponto certo. O ego de um sonserino. Um sonserino nato nunca deixaria as pessoas saberem que um grifinório salvara a vida do próprio. Em sua cabeça, aquilo era o cumulo.

Ele respirou profundamente, se acalmando.

– Nunca fale disso pra ninguém – respondeu num tom seco – e eu guardarei segredo.

Katherine sorriu com escárnio.

– Eu apertaria sua mão, mas elas devem ter passado por seu cabelo e não quero me sujar de óleo – disse para se virar e ir em direção á enfermaria.

O segredo de Remo estava a salvo, e os deles também. Tudo estava bem, por hora.

Ela ainda se perguntara o que tinha dado em James para salvar a vida de Seboso. Era claro que James daria a vida pro quem ama, mas a quem odeia desde a primeira vez que o viu? Era concerteza estranho. Talvez James fosse uma rara exceção de pessoas bom caráter que não diferenciam seus amigos e inimigos quando a questão é seu extinto heroico. E Katherine admirava isso, admirava seu melhor amigo pelo homem que ele é.

Sua raiva por Sirius havia diminuído graduavelmente ao ouvir a conversa dele com James e Remo, por debaixo da capa de invisibilidade. Sirius se sentia completamente amargo e culpado por tudo que acontecera, ele se arrependia, e agora, de cabeça fria, ela se lembrava, com horror, como fora ruim ver aquelas poucas lágrimas descerem por seu rosto belo e cansado.

Era como se as lágrimas deles fossem facas que atravessavam seu coração trazendo-lhe dor. Era quase impossível recordar-se de suas lágrimas e não se sentir culpada. Ela sabia que tinha razão, Sirius fora irresponsável, mas se arrependia por suas palavras tão duras.

Mas logo voltaria tudo ao normal, Os Marotos eram um grupo muito unido e não era fácil quebrar essa amizade. E Katherine foi para a próxima aula, sozinha, sorrindo com seus pensamentos.



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Notas finais do capítulo

PESSOAL, MEU IRMÃO COMPROU UM MODEM PRA MIM.
Digam aleluia, irmãos!
*Coro de aleluia Ao fundo*
E vocês queriam matar ele, as vezes ele deve ter lido e ficado com medo... Mas foda-se (desculpem o palavreado, mas eu to feliz!) ESSA INTERNET É ATÉ MELHOR QUE A OUTRA!
*-*
Capítulo grandão por que eu to animada.
Genteee, já temos 160 reviews *-*
Estamos perto de 200. Caraca, é muito em pouco tempo.
Eu amo vocês!
Deixem reviews e recomendações.
Obrigado por acompanhar.