Enchanted escrita por GabiihBiiaNuuh, Ray


Capítulo 1
Capítulo Único - Encantada


Notas iniciais do capítulo

E ai leitoras lindas?
Então,aqui estou eu postando mais uma fic pra vocês *-*
Espero que gostem!
Beijoooooooos!



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Capítulo Único - Encantada

Lá estava eu de novo esta noite...

Forçando o riso, fingindo sorrisos, em meio aquela multidão de pessoas.

Porém eu me sentia no mesmo lugar velho e solitário de sempre, onde paredes de falsidade me cercavam, e olhares perdidos e vazios tomavam conta de cada rosto.

Estava em mais uma das festas dadas ao meu pai, para comemorar mais um de seus “maravilhosos feitos” para a cidade.

O que foi dessa vez? Bom, dessa vez, o prefeito de Washington não fez nada tão grandioso, apenas construiu uma vila residencial para tirar alguns desabrigados das ruas da cidade.

Quando a noticia de que meu pai iria supervisionar essa construção, feita pela mais pura vontade de ajudar seus semelhantes, saiu nos jornais, à cidade toda ficou comovida com o gesto de carinho e preocupação do prefeito, achando que ele realmente se importava com os mais necessitados da nossa sociedade.

Mas o que eles não sabiam, e eu desde o início já desconfiava, era que isso não se passava de mais um de seus truques para ganhar votos.

–Com as eleições se aproximando nós temos que contar com o maior número de pessoas possíveis para nos apoiar, Nessie... –Ele me disse, algum tempo atrás – E dessa vez minha tacada foi de mestre, além de tirar aquele povo imundo, que acaba com toda beleza das nossas ruas, eu ainda vou conseguir o dobro de votos, pode apostar! O povo adora obras de caridade! – Ele falava convicto, me deixando cada vez mais perplexa com o que via.

Quando meu pai se tornou essa pessoa que não se importa com os outros, mas apenas com os seus interesses?

Definitivamente eu não fazia ideia...

A única coisa que eu sabia era que aquele homem ambicioso, não era o meu pai.

Eu sabia que em algum lugar ali dentro residia o bom e velho Edward Cullen, e que essa era apenas uma versão dele deslumbrada com o poder.

Agora eu vejo como minha mãe tinha razão quando falava que dinheiro e poder mudam as pessoas.

Minha mãe...

Como eu sinto a falta dela...

Se ela ainda estivesse aqui, com toda a certeza não acreditaria que o homem que ela amou toda sua vida tinha se tornado esse ser egoísta de hoje.

Abandonei meus pensamentos e voltei ao mundo real, quando algumas pessoas vieram me cumprimentar.

Dentre elas estava a senhora Grace Browning, esposa do prefeito de Nova York, Wilson Browning, o dono da casa, responsável pelo evento comemorativo que estava sendo feito.

Eles eram realmente dois bajuladores!

Qualquer coisa que meu pai fazia já era motivo para eles fazerem festas, bailes e várias outras coisas extremamente ridículas, no intuito de chamar a atenção do meu pai de alguma forma.

–Renesmee, querida!- Dizia ela vindo em minha direção com um sorriso extremamente artificial no rosto.

–Senhora Browning!-Falei forçando um sorriso, um de muitos que eu dei naquela noite.

–Ai querida, senhora está no céu, me chame apenas de Grace! - Ela falou e eu me limitei a dar um sorriso amarelo.

Fala sério, a mulher aparentava ter por volta de uns 50 e poucos anos e não aceita ser chamada de senhora?

–E então, o que está achando da festa, querida?-Ela perguntou com aquela voz totalmente esganiçada.

–Maravilhosa, como todas as outras que você e seu marido já deram! - Falei tentando ser simpática.

O que foi uma atitude estúpida, por que depois disso a mulher não parava de falar!

O que seria aparentemente bom se fosse assuntos interessantes, mas não, em vez disso ela começou a tagarelar sobre coisas fúteis, como quantas vezes ela vai ao cabeleireiro na semana, ou quanto ela gastou na última vez que foi à Paris apenas com souvenires que ela iria trazer para as amigas...

Ela era como a maioria das outras pessoas aqui presentes.

Esnobes. E para esse tipo eu não tenho o mínimo de paciência.

Então comecei a viajar em meus pensamentos e me perder nos rostos que estavam naquele salão...

As mulheres estavam vestidas como se estivessem no meio de uma cerimônia de premiação do Oscar, todas lindas com vestidos estonteantes e maquiagens extravagantes, sem falar nas jóias, simplesmente um exagero total!

Já os homens vestiam Smokings, e de certo modo estavam bem mais simples do que suas acompanhantes.

Olhava minuciosamente para cada pessoa, olhado cada rosto com curiosidade, até que encontrei o dele.

Todos os olhares perdidos e vazios sumiram quando eu vi o seu rosto.

Por um momento senti minha respiração falhar.

Deus, como aquele homem era lindo!

Parei para analisá-lo.

Ele tinha uma pele bronzeada, cabelos curtos e pretos, um pouco desgrenhados, mas simplesmente perfeitos, e o seu sorriso...

Ah, o seu sorriso! Aquela linda fileira de dentes branquinhos, moldados por uma boca rosada e carnuda, totalmente convidativa.

Ele parecia ser alto e forte também.

Resumindo: Ele era simplesmente uma perfeição divina!

E a pergunta que ecoava pelos meus pensamentos era:

–Será que eu o conheço?

E como num passe de mágica sua silhueta começou a fazer sentido pra mim.

Eu o conhecia, não era íntima dele com certeza, mas já havia visto-o em algum outro lugar, o que era de fato normal, já que as pessoas que estão aqui, provavelmente já estiveram em alguma outra festa como essa, na qual meu pai, sempre me obrigara a ir.

Continuei fitando-o, até que seu rosto virou-se na minha direção e nossos olhares se encontraram.

Senti um arrepio percorrer todo meu corpo quando isso aconteceu.

E ao invés de desviar o olhar, ele o manteve firme sobre o meu.

Parecia que seus olhos sussurravam "Já nos conhecemos?”.

Por um momento, tive a impressão ele estava fazendo a mesma coisa que eu fiz com ele há minutos atrás.

Analisando-me.

Ele me olhou de cima abaixo, até que seus olhos encontraram-se com os meus novamente, e então ele lançou-me um sorriso de lado, que fez minhas pernas bambearem...

Eu provavelmente devia estar ruborizada agora.

–Renesmee, eu vou ali, ao encontro de meu marido ok?-Grace falou fazendo-me finalmente olhar para ela.

–Ah, claro, claro... -Falei sorrindo.

–Já vai tarde... -pensei.

–Foi um prazer conversar com você, querida!-Ela falou sorrindo.

–Imagina, o prazer foi todo meu!-Falei e ela saiu andando em direção a um amontoado de pessoas.

Voltei a olhar para o lugar aonde aquele homem se encontrava só que me surpreendi, pois ele não estava mais lá.

Dei uma boa olhada por todo o salão e nada! Ele simplesmente havia sumido.

Suspirei derrotada.

Resolvi então sair e respirar um pouco.

Fui em direção à varanda da enorme mansão do prefeito, me encostando ao pequeno murinho, que separava a mansão do jardim, e observei a maravilhosa vista da praia que a mansão tinha.

O ar vindo do oceano trazia um aroma inebriante, um misto de madeira e sal.

Olhei para o céu, ele estava num tom azul petróleo, todo pontilhado de estrelas, e a lua estava mais brilhante do que nunca, sua luz refletida no mar, fazia o cenário ficar paradisíaco.

Amo noites assim. Com o céu coberto de estrelas...

Pois desde que minha mãe morreu, penso que uma daquelas estrelas, é ela, como sempre velando-me.

Sorri com esse pensamento, e voltei meu olhar para a pulseira que ela havia me dado quando eu era menina.

–A noite está realmente linda, não?-Ouvi uma voz masculina, e alguns passos vindo em minha direção.

Lentamente fui virando-me e quase tive um infarto quando o vi.

Era ele, o cara que eu olhava agora a pouco.

–Ah, sim, estava pensando exatamente nisso... -Disse virando-me para o mar novamente e ele veio para o meu lado.

–Percebi isso no seu olhar sonhador... -Ele revelou, e eu olhei para o seu rosto, e me perdi na intensidade de seus olhos negros.

–Nossa você é bem observador... -Disse sorrindo, tentando não transparecer o impacto que ele causou em mim.

–Só quando algo me deixa intrigado... -Ele falou, colocando as mãos no bolso e fitando os pés.

–Ah, é?-Perguntei divertida-E com o que você está intrigado?

–Bom, eu queria muito tentar entender o que uma moça tão linda e jovem como você faz aqui fora, sozinha?-Perguntou curioso.

–Ué, foi como você mesmo disse, a noite está realmente linda, e eu acho que ela não merece ser desperdiçada dentro daquela mansão... -Falei - E além do mais, eu não estou mais sozinha, não é?-Perguntei olhando para ele.

–Não, não está... -Ele falou sorrindo e eu sorri de volta.

–Ótimo!- Comemorei - Me chamo Renesmee Cullen!-Disse me apresentando.

–Eu sei como se chama... –Ele falou arqueando a sobrancelha, me deixando confusa.

–Como?-Perguntei com os olhos semicerrados.

–Às vezes, não me pergunte como, algumas fotos suas com o prefeito Edward Cullen saem nos jornais... -Ele falou em um tom divertido e eu ri.

–Pois é... Por um minuto esqueci que minha vida pessoal é totalmente pública!-Brinquei e foi à vez dele rir.

– Deve ser difícil saber que milhões de pessoas sabem sobre sua vida pessoal!-Ele falou balançando a cabeça.

–Bom, quando seu pai é o prefeito de Washington, um dos “braços direitos” do presidente, é meio difícil manter a vida pessoal em sigilo... –falei virando os olhos.

–Como é isso?-ele perguntou olhando pra mim.

–Você está falando de todo mundo saber de “tudo”?-Questionei e ele balançou a cabeça positivamente-Bom, acho que depende de quantos erros você comete, já que é disso que a maioria das pessoas sempre falam. Namoros, exagero de drogas ou bebidas, “festinhas”, acidentes de carro... Mas se você for alguém como eu, pura como a neve que vagueia pelo ar, não é tão difícil quanto aparenta... –Dei de ombros e ele sorriu.

–Então deve ser ótimo ser você, hein?-Ele brincou.

–E é mesmo!-Concordei, com uma falsa modéstia- E digamos que você é um homem de muita sorte de estar conversando comigo...

–Sem dúvida!-Ele concordou e eu sorri.

Ele é tão... Diferente...

–Tá na cara que ele é diferente! Acabei de conhecê-lo! - Disse a mim mesma

Porém no fundo sabia que realmente havia algo de diferente naquele cara.

Não por que ele era extremamente atraente, de uma beleza excepcional para falar a verdade, mas sim por que, pela primeira vez em anos, me senti confortável em conversar com alguém que acabei de conhecer.

–Ei sabe o que eu percebi agora?-perguntei iniciando um assunto

–O que?-Ele respondeu com outra pergunta, aparentemente curioso.

–Que eu ainda não sei nem o seu nome... –Falei

–Jacob Black!-Ele falou estendendo a mão para mim, que no momento parecia uma estátua, pois fiquei paralisada ao ouvir aquele nome.

–Black... -Repeti em meus pensamentos.

–Oh meu Deus!-Falei, percebendo que em minha boca estava se formando um pequeno O-Você é... Vo-Você é...

–Sim, eu sou Jacob Black, o filho encrenqueiro da governadora Sarah Black... -Ele me interrompeu, antes que eu terminasse de formular, frustradamente, a frase.

–Nossa... -Falei olhando para baixo-Você está... Mudado... -Completei agora encarando-o.

E ele realmente estava.

Não que eu tivesse o conhecido antes, mas há alguns anos atrás, ele sempre era o destaque das fofocas nas páginas dos jornais, toda a semana, sempre com títulos como: “O Black ataca novamente”, “Filho de governadora é visto usando drogas”...

Ele era o típico Bad boy, sempre protagonizando cenas um tanto polêmicas...

Até que os pais dele decidiram mandá-lo morar com uma tia na Suíça, na tentativa de “salvar” o filho, pelo menos era o que diziam os jornais.

E pelo jeito, a ideia deles funcionou muito bem, já que o homem que estava a minha frente nem se comparava ao Jacob Black dos jornais, ele era, aparentemente, um perfeito cavalheiro.

–Ficar cinco anos em outro país, longe de todos que você ama e conhece, tem lá seus benefícios... -Ele falou fazendo uma careta e eu sorri. -Já até me esqueci como é ter uma vida pública,já que passei tanto tempo fora,por isso perguntei a você,como era a sensação...-Ele falou e eu concordei.

–Então é a volta do filho pródigo?-Indaguei ironicamente, dando inicio a outro assunto e ele me lançou um sorriso que literalmente abalou minhas estruturas.

–Já estava na hora de voltar... -Ele falou - Afinal, já tenho 20 anos, não sou mais um menino inconsequente, a vida me tornou um homem responsável! E eu pretendo cumprir cada responsabilidade que ela me imputar... -Ele falou piscando para mim, fazendo meu coração errar uma batida.

–Como ele consegue mexer comigo dessa maneira?-pensei.

–Hum... -Foi tudo o que eu conseguir dizer, sem deixar transparecer o abalo sísmico que ele provocou em mim. - Mas e então senhor responsável, agora que voltou para o seu lar, o que pretende fazer da vida?-Perguntei já recuperada.

–Primeiramente pretendo o mais rápido possível encontrar um emprego, em alguma dessas empresas automobilísticas, já que sou um fã declarado das máquinas, depois pretendo sair do domínio da minha mãe e comprar um apartamento aqui em Nova York, que é a minha cidade favorita em todo o mundo!-Ele conclui sorrindo e com um olhar sonhador.

–Você é louco... –Disse com os olhos semicerrados.

–Por quê?-Ele perguntou assustado.

–Como Nova York é sua cidade favorita, sendo que Washington fica ali, logo ao lado?-Perguntei o encarando, e parece que ele percebeu meu tom brincalhão e sorriu.

–Bom na verdade nunca tive a chance de conhecer Washington... -Assumiu, balançando a cabeça.

–Não acredito!-Choquei-me colocando a mão na boca, para enfatizar o meu espanto – Você definitivamente não tem cultura!-Falei balançando a cabeça negativamente.

–Ei!-Ele levantou as mãos se defendendo - Eu ainda não conheço Washington, não quer dizer que não queira conhecer!

–Você tem que conhecer!-Falei quase gritando de tamanha empolgação que sentia, era sempre assim quando falava da minha cidade... –Washington é uma cidade diferente, que encanta pela grandiosidade e importância de suas construções e também pela enorme variedade de museus. –Falei, provavelmente com os olhos brilhando - A cidade é toda muito bem cuidada e extremamente bonita, principalmente na primavera, quando as cerejeiras dão um tom encantador à cidade. -Continuei- Não tem como você não se identificar com as diversas paisagens tantas vezes vistas nos filmes hollywoodianos e noticiários internacionais. Washington é realmente uma cidade maravilhosa!-Falei suspirando e ele sorriu ao me observar.

–Nossa você fala de uma forma, que dá vontade de ir agora mesmo a Washington, tirar a prova de tudo isso... –Ele falou.

–Você não se arrependeria!-Verbalizei convicta.

–Farei o possível para visitar essa cidade aparentemente encantadora o quanto antes!-Ele disse e eu me limitei a sorrir- Porém vou precisar de um guia turístico, já que eu não conheço nada por lá... -Ele falou olhando pra mim.

–Eu conheço uma guia simplesmente maravilhosa! Além de linda, e muito simpática, ela é amante de história, e vai saber te explicar cada ponto turístico direitinho!-Falei, fingindo modéstia.

–Bom espero que ela esteja disponível quando eu for visitar Washington... -Ele olhou para mim sorrindo, e então pude perceber que estávamos falando em códigos.

–Olha, você está com sorte! Ela está sempre disponível... -Falei entrando na brincadeira.

–Bom saber... -Ele falou lançando-me um sorriso de lado, totalmente sensual.

Meu Deus! Passei mal!

De repente, um silêncio instaurou-se entre nós, e ambos viramos para o mar.

Era incrível como que até o silêncio ao lado dele fazia-me sentir bem, e não desconfortável, como acontecia com a maioria das pessoas.

–Eu amo esse cheiro de madeira e sal vindo do mar. - Iniciou um novo assunto, sorrindo de olhos fechados. - Me lembra a minha infância... – Continuou, ainda sorrindo - As diversas vezes em que meu pai me levou para pescar na praia. Muitos não gostam, mas eu adorava a sensação de balanço, que o pequeno barco dava quando estava à mercê da maré... -Ele falou sorrindo, agora virando para me encarar, tudo o que pude fazer foi sorrir de volta – Lembro que ele tinha um daqueles chapéus de pescador, sabe?-Indagou e eu apenas balancei a cabeça positivamente. –E sempre depois das pescarias pela manha, nós íamos até a nossa pequena casa, e esperávamos a noite cair, enquanto a noite não chegava, eu ficava sentado, apenas olhando para o céu, torcendo pra que o sol saísse e desse lugar para a lua, vou te confessar, parecia que o tempo não passava, pra mim era uma eternidade a transição de dia para a noite... -Ele falou fazendo algumas caretas e eu ri. -Então quando a noite finalmente caia, eu, meu pai e minha mãe, íamos à praia, fazer a nossa fogueira convencional...

–São ótimas lembranças para uma criança... -Falei e ele sorriu.

–São mesmo... –Concordou - Sabe, eu ainda me lembro do rosto do meu pai iluminado pelo brilho da pequena fogueira. Lembro-me dos marshmallows pegando fogo... -Ele falou - Mas uma coisa que eu sei que eu nunca esquecerei, era a maneira como meu pai olhava para minha mãe. Não era de qualquer jeito, não era apenas aquele olhar apaixonado que você vê em filmes românticos, mas era um olhar de devoção, era um olhar como se ele estivesse agradecendo a ela, entende? Como se ela tivesse salvado a vida dele ou algo do tipo. Era... Era como se olhar para ela fosse uma necessidade, tão importante como respirar... -Ele falou num tom sério que me deixou impressionada, arrepiando todos os pelos do meu corpo.

–Nossa, eles deviam se amar muito... –sussurrei.

–E se amavam... -Ele concordou - Até que meu pai morreu por conta de um acidente, quando eu tinha apenas sete anos... -Ele falou, dava para sentir a tristeza em sua voz- E sabe o que foi o pior? É que eu o vi morrer, e por mais que eu tenha lembranças de momentos incríveis da minha infância, a que persiste em aparecer em meus sonhos é apenas essa... -Ele falou fitando o chão.

–Eu... Eu sinto muito... -Falei colocando a mão em seu ombro, e ele balançou a cabeça positivamente.

–Quer saber um segredo?-Ele sussurrou e eu balancei a cabeça positivamente. -Você foi a primeira pessoa pra quem eu contei isso... -Ele falou olhando para mim, e eu lancei-lhe um sorriso de lado.

–Sabe, quando eu tinha10 anos, minha mãe me deu essa pulseira. –Falei mostrando para ele - Ela me contou que cada pingente que ela tinha, simbolizava um momento de sua vida, sejam eles bons ou ruins... -Falei sorrindo, lembrando-me de minha mãe - Ela disse que esses dois pingentes, simbolizavam os dois momentos mais importantes da vida dela... -Falei mostrando a ele o pingente de coração e o de uma menininha. -Ela disse que o de coração simbolizava o momento em que ela conheceu meu pai, o amor de sua vida, e o da menininha simbolizava o meu nascimento... -Falei passando a mão na pulseira e fitando o nada. -Meus pais eram muito apaixonados, eles eram um daqueles casais fofos, que tinham mil e uma histórias para contar, sabe?-Perguntei e ele balançou a cabeça positivamente sorrindo - Mas com o passar do tempo, a relação deles foi desgastando, sabe como é, com uma rotina agitada, a maioria das pessoas não tem tempo para o amor... -Falei dando de ombros - E meu pai sempre foi muito dedicado ao trabalho, não ambicioso como é hoje, mas sempre muito focado em seus ideais profissionais, tão focado que acabou esquecendo uma coisa mais importante: O amor de sua vida...- Continuei – Isso fez minha mãe se entristecer muito com meu pai cada vez mais distante, minha mãe foi adoecendo, e naquele mesmo ano ela veio a falecer... - Conclui olhando em seus olhos.

–Eu sinto muito...

–Não sinta!- retruquei rápida – Minha mãe mesma disse antes de partir que em momento algum de sua vida ela foi infeliz, mesmo no final de sua vida, mesmo triste com a distância entre ela e meu pai, ela sempre me falava que ali dentro, em algum lugar dentro dele, havia o homem que ela amou por toda a sua vida, e que a amava da mesma forma!-Falei sorrindo, maravilhada, por me lembrar da doce voz de minha mãe.

–Sua mãe deve ter sido uma pessoa incrível... -Jacob falou.

–Era, era sim... -Falei sorrindo olhando pra ele. -E quer saber de um segredo?-Repeti a pergunta que ele havia feito há minutos atrás, ele apenas concordou com a cabeça. -Eu também nunca contei isso para ninguém... -Falei sorrindo, e ele sorriu de volta, entendendo perfeitamente minha atitude.

Voltei meu olhar ao mar novamente, e como se fosse possível, eu percebi que a noite estava mais linda do que há momentos atrás.

Agora o brilho que a luz da lua refletia no mar estava provavelmente em seu ápice...

Olhei para o céu, e vi que mais estrelas tinham aparecido, deixando-o parecido com uma imensidão de luzes.

Nunca tinha visto coisa igual, um céu tão estrelado, uma lua tão radiante...

Uma noite tão... Brilhante!

Abandonei meus pensamentos quando senti uma mão quente na minha, olhei para Jacob, que estava com uma expressão indecifrável.

–Vem comigo?-Ele perguntou.

–O que? Pra onde?-Perguntei assustada.

–Você vai ver, só vem!-Ele falou me puxando.

–Não, espera ai!- Falei fazendo-o parar- Meu pai vai ficar louco atrás de mim, eu não posso ir!

–Ah, qual é Renesmee! Essa noite está perfeita, não a deixe ir... –Ele falou com os olhos suplicantes.

Fiquei em silêncio alguns minutos, até dar o meu veredicto.

–Ok, eu vou!- Falei e ele sorriu - Mas não posso ir muito longe, pois se não o meu pai coloca o FBI atrás de mim!-Falei dramatizando a coisa toda.

–Tudo bem, essa nunca foi a minha intenção mesmo... -Ele falou com um sorriso sapeca nos lábios.

[...]

–E então, o que a gente faz agora?-Perguntei olhando o mar, agora bem mais perto, já que Jacob resolveu me levar até a praia, que nós havíamos admirado de longe.

Silêncio...

Olhei para trás para ver o porquê de Jacob não me responder e quase tive uma sincope com o que vi.

Seu smoking e sua camisa estavam jogados no chão, e sua calça estava indo pelo mesmo caminho.

Olhinhos pequenos, abdômen sarado, pernas grossas, pele bronzeada e um sorriso matador...

Um Adônis se despindo bem na minha frente.

–O... O que... O que você está fazendo?-Perguntei com certa dificuldade, sentindo minhas bochechas queimarem.

Provavelmente já estava vermelha feito um tomate.

–Como assim “O que eu estou fazendo?”-Ele repetiu a pergunta num tom sarcástico, jogando a calça na areia. -Estou tirando a roupa não está vendo?-Ele perguntou arqueando a sobrancelha.

–É exatamente por isso que eu te pergunto. O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?-Gritei a última parte.

–Ah qual é Renesmee, se você usar a lógica vai perceber... -Ele falou dando de ombros, meus olhos estavam arregalados. -Pensa só um pouquinho... Eu e você, nessa praia deserta... Com essa luz da lua maravilhosa, com esse céu todo pontilhado de estrelas... Resumindo uma noite perfeita! Será que está realmente tão difícil assim de entender?-Ele perguntou com uma voz totalmente sedutora. Meus olhos estavam saltando das órbitas e minha boca já formava um pequeno O - Não é óbvio? Eu vou dar um mergulho!-Ele falou já gargalhando, provavelmente graças a minha expressão de “Oh meu Deus serei estuprada!”.

Aproximei-me lentamente dele e lhe dei um soco no ombro.

–SEU IDIOTA!-Gritei agora rindo em meio às gargalhadas dele. -Você quase me matou de susto!-Falei colocando a mão no peito teatralmente.

–Você tinha que ver a sua cara!-Ele falou secando as lágrimas que caíram em meio a sua “crise de riso”.

–Não teve graça nenhuma!-Falei cruzando os braços e fazendo um biquinho, como uma criança de seis anos fazendo pirraça pra mãe.

–Ah, vai por mim, teve sim!-Ele falou. -Mas e então, senhorita Cullen, não vai mergulhar comigo?-Ele perguntou divertido.

–Claro que não!-Falei como se fosse a coisa mais obvia de todo o mundo. -Você realmente acha que eu vou pular com esse vestido no mar?-Perguntei arqueando a sobrancelha. -Não mesmo!-Conclui.

–Tudo bem, então tira o vestido... -Ele falou e eu olhei para o seu rosto como quem dissesse “Não mesmo” - Prometo que não olho!-Ele falou levantando as mãos para o céu.

–Tudo bem, então não olhe!-Falei apontando para ele em forma de ameaça.

Puxei o zíper do vestido lentamente, sentindo o peso da seda, deslizar sobre meu corpo, até chegar aos meus pés.

Desabotoei minhas sandálias e fui em direção a Jacob.

–Pronto!-Falei cruzando meus braços sobre meu tronco.

Ele virou-se e quando me viu, senti seu olhar pousar sobre o meu corpo, fazendo com que eu apertasse mais meus braços sobre mim, aparentemente ele percebeu meu desconforto, pois desviou o olhar e coçou a cabeça, um pouco desconcertado.

–Er... E então, vamos apostar uma corrida?-Ele falou, achava realmente incrível a capacidade que ele tinha de mudar de assunto rapidamente, fazendo com que eu não me sentisse desconfortável.

–O último a chegar é mulher do padre!-Falei divertida, parecendo uma criança, e sai correndo em direção ao mar, com Jacob logo atrás de mim.

Porém quando meus pés entraram em contato com a água fria, parei bruscamente.

–O que foi?-Jacob perguntou assustado parando logo atrás de mim.

–Está muito fria, eu não entro ai!-Falei apontando pro mar.

–Ah, mas você vai entrar sim!-Ele falou balançando a cabeça positivamente.

–Não, não vou... -Falei rindo.

–Você vai!-Ele insistiu.

–Não!-Continuei teimando, e percebi um pequeno sorriso sapeca surgir na sua face. -Ah não!-Falei, já esperando o que estava por vir, e ele balançou a cabeça positivamente, como quem dissesse: “Ah, sim”. - Não, não, não, não, não!-Falei e sai correndo, o que foi uma tentativa infeliz, pois Jacob me alcançou rapidinho, me pegou pela cintura, e entrou comigo no mar.

A sensação da água fria em contato com minha pele era como de um milhão de agulhas dando leves fisgadas.

Porém, em compensação, poderia dizer que sentir o calor que emanava do corpo de Jacob, em contato com meu, era uma sensação bastante agradável.

Quando a água já passava do seu peito desnudo, ele me lançou no mar, e começamos assim uma “guerrinha”.

Um jogava água no outro, parecendo até duas crianças.

Brincávamos, riamos... Em outras palavras, nos divertíamos com as palhaçadas feitas um pelo outro.

Até que uma corrente mais forte passou, fazendo com que meu corpo fosse ao encontro do corpo de Jacob.

O impacto do meu corpo chocando-se com o dele foi uma sensação no mínimo surreal.

O arrepio que percorreu minha espinha, a sensação de ter gelatinas no lugar onde deveriam estar minhas pernas, e a impressão de ter borboletas voando no meu estomago, era só o inicio, o que veio depois foi ainda pior.

Enquanto seus olhos fitavam meus lábios com intensidade, e sentia seu hálito quente passeando pela minha bochecha, meu coração batia num ritmo tão acelerado que parecia que a qualquer momento ele atravessaria minha pele e sairia pulsando por ai, sem contar minha respiração entrecortada.

Sério o que estava acontecendo comigo?

Uma de suas mãos foi de encontro ao meu rosto, acariciando minha bochecha.

Eu já estava rendida, praticamente “fisgada”, no momento que ele quisesse ele teria um beijo meu. Fácil como arrancar doce de criança.

Mas sua atitude a seguir me surpreendeu, ele simplesmente afastou-se de mim, olhando confuso para o lado, deixando-me boquiaberta e com uma imensa vontade de beijá-lo.

–O que houve?-Perguntei curiosa.

–Olhe... -Ele simplesmente disse apontando em direção à mansão do prefeito.

Foi ai que vi meu pai, com dois de seus seguranças, procurando por mim no jardim.

Tinha que confessar, por mais que meu pai tenha se tornado um homem ambicioso, ele nunca em momento algum deixou de se preocupar comigo, e por isso eu era grata a ele.

–Ele provavelmente deve estar louco atrás de você... -Jacob se pronunciou. -Acho que ele ainda não nos viu aqui... -Ele falou observando a movimentação que ocorria no jardim. -Vamos, temos que voltar. -Ele falou retirando-se do mar, comigo logo atrás.

Enquanto nos vestíamos, pensei no que poderia ter acontecido há minutos atrás.

Ele iria me beijar, eu sentia isso... Pra ser mais exata... Eu queria isso.

–Ei, vai na frente, isso vai evitar os comentários das más línguas. - Disse e eu apenas acenei com a cabeça.

E ele tinha toda a razão.

Imagine se alguém me visse sair do meio do nada, toda molhada, com o filho da governadora Black?

Seria um prato cheio para os fofoqueiros de plantão.

Fui correndo em direção à varanda, aonde meu pai não mais se encontrava, e entrei na festa, sem que ninguém percebesse.

–Renesmee!-Ouvi uma voz masculina, num tom de puro desespero - Graças a Deus! Aonde você se meteu menina?-Meu pai perguntou um pouco irritado.

–Er... Er... Eu... Eu estava no toalete!- Falei dando lhe um sorriso amarelo, que me olhava como se suspeitasse de alguma coisa.

–E o que houve com o seu cabelo Renesmee?Por que está todo molhado?-Ele perguntou ainda desconfiado.

–Ah pai, é uma longa história... -Falei rindo sem humor.

–Tudo bem, eu tenho tempo para ouvi-lá!-Ele falou cruzando os braços sobre o peito, sempre fazia isso quando estava ficando irritado.

–Ah, bom, é que... -Pensa Renesmee, pensa – É que eu tinha me abaixado, para pegar meu guardanapo que havia caído no chão, e quando me levantei tinha um garçom passando no exato momento, e infelizmente eu bati com a cabeça na bandeja, fazendo com que toda a bebida que ele carregava caísse sobre mim, então eu fui ao toalete para limpar meu cabelo, e agora aqui estou eu, contando tudo a você papai... -Falei, agora sorrindo vitoriosa, por falar meu discurso sem gaguejar nenhuma vez, já que eu definitivamente era péssima em mentir.

–Tudo bem, mas tente não demorar tanto da próxima vez ok?Você quase me matou de susto... -Ele falou e eu apenas concordei com a cabeça. -Agora meu anjo, vamos embora, pois eu não aguento mais essa festa! - Ele sussurrou em meu ouvido. –Vamos passar a noite em um hotel, aqui em Nova York, e voltamos amanhã cedinho para Washington, pois tenho negócios a resolver... - Ele falou dando um beijo no topo da minha cabeça. -Estarei a sua espera no carro... - Depois disso, ele saiu, e eu voltei meu olhar para o salão, a procura dele.

Olhei por todos os cantos e nada!

Fui até a varanda e novamente nada!

Olhei para a praia e nenhum rastro de Jacob.

Senti meu coração congelar - ante a perspectiva de nunca mais vê-lo novamente- e voltar a bater, mais rápido do que nunca.

Queria ficar, esperar por ele, e principalmente, falar que foi incrível, mágico... Que foi encantador conhecê-lo...

Mas infelizmente, não tinha tempo.

[...]

Rolei minha cabeça pelo travesseiro, e encarei o relógio que estava sobre a pequena cômoda do hotel.

02h00min da madrugada, e uma pergunta persistente me manteve acordada...

Quem ele ama? - Me perguntei isso, até que eu estivesse “bem acordada”.

Agora eu estou como uma louca, andando pra lá e pra cá, desejando que de alguma forma, ele estivesse à minha porta.

Eu abriria e ele diria: - Foi encantador conhecê-la...

Balancei a cabeça negativamente na intenção de fazer esses pensamentos sumirem.

Do que adiantava fantasiar que ele viria até a mim, se eu mesma sabia que isso não iria acontecer?

Deitei-me na cama, e fechei os olhos, pedindo a Deus que o sono viesse logo, porém era impossível dormir, pois toda vez que fechava os olhos, vinha à imagem de como a sua boca rosada emoldurava perfeitamente aquele maravilhoso sorriso, e de como aquele smoking lhe caia espetacularmente bem, e de como era fofa aquela mexa de seu cabelo escuro que caia em sua testa, e da intensidade de seus olhos negros...

Quando todas essas imagens de Jacob vieram a minha mente, não tive como negar as lembranças dessa noite.

O jeito brincalhão que ele lidava com as coisas era adorável, e o jeito que ele ficou sério e emotivo ao recordar-se de seu pai, me fez pensar que ele não tem vergonha de demonstrar seus sentimentos...

A conversa com ele, independente do assunto, nunca era incomoda...

Era incrível como eu me sentia perfeitamente bem ao seu lado.

Esses pensamentos fizeram-me achar ridiculamente fácil imaginar uma vida ao lado de Jacob.

Eu sabia que não o conhecia tempo o suficiente para chegar a essa conclusão, mas não tinha como negar, era como uma intuição.

–Será que ele é o homem da minha vida?-pensei.

Não iria chegar a esse ponto, afinal, era fácil idealizar alguém que mal se conhece.

Rolei na cama, mais uma vez, sem conseguir pegar no sono, e comecei a imaginar se talvez, apenas talvez, Jacob também estaria acordado pensando em mim...

[...]

Toc... Toc... Toc...

Abri meus olhos lentamente, graças ao barulho de batidas na porta, ainda meio desnorteada por conta do sono.

Sentei-me na cama e encarei o relógio.

MEU DEUS 03h00min DE PLENA MADRUGADA, QUEM É O DOIDO QUE ESTÁ BATENDO NA MINHA PORTA?-Pensei

Levantei-me lentamente indo em direção à porta, um pouco receosa, com o que iria encontrar do outro lado.

Destranquei a porta do quarto, e quando vi quem me esperava, tive que me segurar bem, pois minhas pernas simplesmente vacilaram.

–Jacob!-Falei com surpresa, misturada com alegria, por ter a chance de vê-lo novamente. - O... O que você faz aqui?-Perguntei.

–Eu vim lhe devolver isso... -Ele falou enfiando a mão em seu bolso e retirando a pulseira de minha mãe de lá. -Você esqueceu na praia... -Ele falou agora me entregando.

Olhei boquiaberta.

Eu perdi a pulseira da minha mãe, e nem ao menos notei sua ausência.

Estava tão ocupada pensando em Jacob, que acabei nem sentindo falta daquele objeto, tão precioso pra mim.

–Meu Deus Jacob, muito obrigada!-Eu falei agradecendo-lhe - Nossa se eu realmente tivesse a perdido nem sei o que faria... -Falei colocando a pulseira no lugar de onde ela nunca deveria ter saído. -Ei, espere um pouco... -Falei- Como você sabia o hotel que eu estava hospedada?-Perguntei confusa.

–Digamos que... Eu tenho meus contatos... -Ele falou e deu uma piscadela para mim, arrancando-me mais um sorriso.

–Então, você veio até aqui, essa hora da madrugada, apenas para me entregar minha pulseira?- Indaguei, arqueando a sobrancelha.

–Eu sei o quanto ela era importante pra você, e provavelmente eu pensei que você surtaria se não a encontrasse... –Ele falou e eu sorri.

–Que fofo!-Pensei.

–Eu agradeço muito pela preocupação Jacob... -Falei sinceramente. -Muito obrigada, mesmo!

–Não foi nada... - Ele falou dando de ombros. - Acho melhor eu ir, não quero que minha mãe pense que eu fui sequestrado ou algo do tipo... -Ele falou revirando os olhos e eu ri.

–Tudo bem... - Concordei e ele acenou para mim, enquanto caminhava pelo corredor em direção ao elevador.

De repente Jacob parou, virou-se e veio caminhando em minha direção.

–Renesmee, tem outra coisa que você também esqueceu na praia... - Ele falou enquanto aproximava-se de mim.

–O que?-Perguntei confusa.

Ele não me respondeu, apenas aproximou-se de mim.

E por um momento me perdi completamente, naqueles olhos tão intensos, naquela boca sempre convidativa, e naquela pele da cor do pecado...

O seu perfume amadeirado, me deixou inebriada...

E numa ação rápida ele me enlaçou com seus braços e colou nossos lábios.

A sensação de tocar seus lábios com os meus era simplesmente eletrizante.

Sua boca era quente e se encaixava perfeitamente na minha, como se fosse feita para a mim, ela era macia, aconchegante, extremamente quente, e trazia-me inúmeras sensações.

Aproximei-me ainda mais dele, colando nossos corpos.

Com uma de suas mãos, enlaçou os dedos em meu cabelo, enquanto a outra deslizava por minha cintura, delicadamente.

Tudo o que aconteceu essa noite foi simplesmente mágico, e eu me sentia estranhamente... Completa!

Jacob foi nos separando lentamente,depositando vários selinhos em meus lábios.

–Sabe, foi bom você ter lembrado que eu me esqueci disso... - Brinquei e ele riu.

–Sem dúvida... - Concordou.

Ficamos tão imersos, nos abraços, beijos e carinhos que trocávamos que acabamos nem percebendo a hora passar.

–Acho que eu tenho que ir, minha mãe deve está pirando agora!- Ele falou fazendo uma careta fofa. Sorri com isso.

–Você tem razão... - Concordei.

–Então, a gente se vê por ai?- Ele perguntou enquanto caminhava em direção ao elevador.

–Com toda a certeza... - Falei sorrindo, e ele me retribuiu com outro sorriso estonteante. -Jacob!- Gritei quando ele já havia entrando no elevador. – Eu fiquei encantada em conhecê-lo!- Falei às palavras que segurei toda a noite ao ir embora cedo demais...

Hey!- Ele gritou antes que a porta do elevador fechasse- Foi encantador conhecê-la!- Ele falou e eu sorri, enquanto a porta do elevador fechava-se.

Desde aquele momento soube que não seria ali que a história terminava.

Era apenas o começo...

A primeira página...


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“O mais bonito de um romance é a forma como começa. A maneira, como dois estranhos se aproximam, se conhecem mutuamente, compartilham coisas, ideias, momentos, gostos... E aquelas pessoas que nada tinham em comum, passam, dia após dia, a construir coisas e momentos juntos.”

(Autor Desconhecido)




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Notas finais do capítulo

E ai gostaram???
Comentem,recomendem...
É isso!
Beijão!