E mais uma vez eu estava indo em direção à loja do vô do meu BFF. Logo eu vi a grande estrutura azul e branca, com dois andares. Você deve estar se perguntando “quem é ela?”. Bem, meu nome é Julieta Evans, e eu tenho dez anos, vou fazer onze em breve, faço aniversário dia trinta e um de julho, e agora nós estamos no fim de maio, tipo dia vinte e seis. Eu sou ruiva, tipo muito ruiva, tenho olhos cor avelã, sabe meio verde meio marrom, uso óculos quadrados e meio surrados, tenho uma pele extremamente branca e sou meio baixinha e magricela. Ah! Quase me esqueço eu tenho uma cicatriz no pescoço, ela tem a forma de espiral, com um traço bem fino, nunca soube como ele apareceu, só sei que ele está ali desde de que me entendo por gente. Em geral eu não sou um tipo de criança normal, por exemplo, eu cresci em um orfanato, por algum motivo era proibido de alguém me adotar e me obrigaram a aprender inglês. Mas eu de foto odeio aquele lugar, para mim é imitação do inferno, todos lá me odeiam e tem medo de mim, nem sei por que sou um anjo, ok, fui muito irônica e sarcástica agora. Mas é serio a outra parte sobre todos me odiarem, eles me tratam como aberração, o que às vezes eu tenho que concordar, eu sou estranha. Por isso eu passo a maior parte do tempo na rua desde meus cinco anos. E também por isso eu virei uma malandra de primeira linha e conheci meu BFF, Pablo Gonzáles, sim ele tem raiz espanhola, o conheci no cursinho de inglês e virei amiga dele na rua e ele me ensinou a falar espanhol.

Continuando, acontecem coisas estranhas comigo, coisas como falar com cobras, objetos voarem ou estourarem, coisas pegarem fogo e outras coisinhas mais simples, como por exemplo, o dia em que um “guri” (Ô povo! Eu e ela somos catarinenses e eu “guri” e “guria”, que quer dizer “garoto e Garota” ok, falei o obvio mais tudo bem, só para avisar) veio zoar de mim, ele disse para mim que eu era um monstro, uma aberração, um bichinho vindo lá de baixo e eu só tinha oito anos nessa época, era uma criança e fiquei revoltada, então tudo que era vidro ao meu redor simplesmente estourou.

Outro exemplo é quando colocaram uma cobra em cima de mim, só que ele ou invés de me atacar disse “oi” com voz sibilante e eu respondi “oi” com uma voz estranha e em outra língua.

Mais, outro caso é a vez, esse ano ainda, que um guri disse que eu num iria achar uma namorado, que ia morrer sozinha e que era feia de dar dó, realmente me magoou então eu fiquei com raiva e começaram a estourar um monte de espinhas, cravos, furúnculos e uma morte de bolhas na pele dele.

Bem fora esse tiveram vários outros que me concederam vários e vários castigos.

E bem eu moro no Brasil, acho que é só isso que tenho a declara a minha humilde e louca vida.

-July!- Disse Pablo me puxando para um abraço que eu retribui e dei-lhe um selinho no rosto. Pablo é o tipo de cara que é fofo, louco e malandro ao mesmo tempo. Tem cabelos bem pretos que ele faz questão de deixar no estilo surfista. Pele morena de sol, é alto, não é gordo, mas num é magro que nem eu, é fofinho e tem belos olhos azul safira.

Nem sabiam eles que esse seria apenas o começo da jornada, pois em breve a sua vida iria mudar.