If Love Is What You Need A Soldier... escrita por Boneca de Porcelana, rumpelstiltskin


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Agradecemos :3



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“Aaaaaai!” Singer reclamou, enquanto o Pianista fazia alguns pontos no nariz do garoto.  “Nem pra você aplicar uma anestesia nesse ferimento, é complicado conviver com dor.”

“Que molenga, você!” O Pianista riu baixinho, terminando o curativo improvisado.

“Molenga o caralho! Esses pontos doem!” Resmungou num bico. Marshall não resistiu, juntando cuidadosamente seus lábios aos de Singer, rindo baixinho em seguida, envergonhado. Afastou-se logo em seguida, quando o menino resmungou de dor.

“Viu como você é um molenga?” Encolheu os ombros, ainda rindo e Singer o acompanhou. “Não agüenta nem um beijo decente, hunf.”

“Não me tente, caramba!” Singer riu baixinho mais uma vez e Marshall encolheu os ombros. “Temos que conversar e eu, sinceramente, acho que você vai querer cortar meu pescoço fora quando eu falar.”

“Então anda logo.” Marshall disse, suspirando. “Aproveite o meu bom humor. Quem sabe eu ignore a parte de te cortar o pescoço.”

“Eu duvido.” Encolheu os ombros. “Procurei o Cash.” Falou e os olhos do Pianista encararam os verdes de Singer arregalados. Cash e Marsh não se davam bem desde que Singer decidira viver sua vida de uma forma mais calma - ao menos no amor. Havia se cansado de ser comparado a nada na vida das pessoas e, ficou ainda mais cansado, de ser tratado feito brinquedo. “Você sabe que o Cash é o único que sabe dar informações precisas sobre o que a polícia anda fazendo. Ele sabe tudo do lado da polícia e do lado dos latinos.”

“Continue.” Foi apenas o que Marshall disse.

“Bem, o Cash disse que a balística não saiu ainda.” Suspirou. “Ele... me disse que aquele detetivezinho metido a idiota do Urie está querendo incriminar o Ryan em tudo pra ter mais motivos pra caçá-lo, e disse que tem gente daqui que é polícia. Aliás, ele fez questão de me falar que acredita em minha inocência, que colocaria sua mão no fogo por mim, nesse caso.”

“Você sabe que eu não confio no Colligan, Singer. Ele é um otário e ficar alegando sua inocência – que claro, é obvia – é só uma estratégia pra te conquistar.” Suspirou de forma longa. “Todo mundo aqui sabe como o Ryan é, como o pai dele foi. Ninguém se atreveria a tanto. É querer morrer na certa.”

“Espero que você tenha razão, meu caro.” Mordeu o cantinho do lábio e gemeu de dor. Pianista levantou a sobrancelha e voltou a repetir que o companheiro de gangue era molenga. “Vem cá e me dá um beijo decente! Não tem nada que Cash Colligan diga que me faça deixar você.” Singer falou, puxando o Pianista pela nuca. Sem se importar com a possibilidade dos pontos em seu nariz se arrebentarem. Singer só queria sentir os lábios de Marshall nos seus, sem se importar com mais nada.

            Algumas horas depois, Ryan havia ajuntado todos os seus capangas e havia mandado todo mundo pegar armas mais potentes. Ryan não tinha engolido muito bem a história de Singer ser culpado de algo que ele definitivamente não tinha feito. Ryan ouviu os repórteres falando absurdamente sobre o que o exame de balística descobriu. Estava furioso porque quase matara um de seus melhores capangas por causa de um erro deles.

“Ryan?” Singer chamou.

“Sim.” Respondeu.

“Me deixe dar um tiro ao menos no Saporta?” Suspirou. “Por algum motivo desconhecido, ele mirou em mim para descontar sua raiva, e agora que ele quer minha cabeça, eu quero a dele. Eu vou fazer um serviço porco e pôr na conta dos latinos também.”

“Não seja idiota.” Ian sequer deixou Ryan responder, embora este concordou com a cabeça. “Acho que hoje, o Jonhson deveria ficar. Ele é muito novinho aqui pra enfrentar o que vai acontecer nisso aqui. Eu fico aqui para protegê-lo e proteger as garotas.”

“Justo. Alex Johnson ainda não atira tão bem quanto eu preciso que o faça. Treine-o.” Falou Ryan, fazendo Ian assentir.

“Farei.”

“Diga-me, Singer, soube que foi averiguar coisas com o Colligan.”

"Sim, eu fui." Falou, ajeitando-se no sofá da sala de Ryan. Singer rodava sua submetralhadora Thompson [n/a: thompson é uma família de submetralhadoras fabricadas nos estados unidos que, por sua vez, é usada tanto pela polícia/forças armadas quanto por mafiosos e gângsteres] pelo gatilho. A arma não estava carregada naquele momento. "Cash ainda continua sendo a melhor fonte policial. Ele disse que os latinos estarão no Hayley's hoje mais tarde. Pelo que ele ficou sabendo, eles vão estar com pouco armamento e comemorando minha morte."

"Nós também vamos lá." Falou Ryan, jogando um bolo de notas em direção ao rapaz de olhos grandes e verdes. "Pague o Colligan. Eu vou dar um motivo para comemorarem."

            Singer deu um sorriso e segurou o dinheiro. Pianista fora quem não gostou nada da idéia de seu amigo estar novamente fadado a ver Cash, mas por outro lado, sabia que Colligan não encontrava qualquer um. Sabia que se o Ryan fosse, em pessoa, entregar o dinheiro, Colligan não apareceria. Singer era diferente, porque, do jeito dele, Cash o amava. Pianista portava um fuzil AR-15 de fabricação israelense. Não estava muito a fim de papo e queria engolir uma bebida para engolir junto um nó.

            Depois que todos saíram, ficou apenas Crawford - que alegou urgência e saiu, deixando o outro sozinho - e Johnson que não falou pra ninguém. Queria ficar sozinho e provar que dava conta de cafetinar.Aproveitou para desfrutar a vida que escolhera enquanto estava ali, sem nenhuma privação, mas com o temor necessário pra não fazer burrice.

            Ryan não quis dirigir. Quem o fizera fora o Pianista. Eles foram com todo o seu pessoal naquele dia, porque estava querendo esfregar a vida de seu capanga na cara de uns porcos latinos. Encostara a cabeça na janela, suspirando longamente. Não importava mais nada, só pensava em vingança. Em fazer com que eles entendessem que ninguém o induz a nada.

            Brendon abraçava o amado carinhosamente. Estavam enlaçados de corpo e alma, sorrindo feito dois adolescentes bobos que eram. Estavam apaixonados e Ryan gostava de ter ao menos um motivo - ainda que pequeno e passageiro - pra comemorar. Ryan sabia que não demoraria nada pra ele ter que deixá-lo de uma vez por todas, mas seu coração não concordava com isso.

"Eu te amo tanto, Ryan." Falou Brendon. "Amo demais pra ser verdade."

"Você sabe que..."

"Que você me ama, eu sei mesmo." Ele falou entre risadas, juntando os lábios aos de Ryan. "A única coisa que eu preciso, é que fique comigo pra sempre. Não me importa se nunca disser que me ama. Eu sinto que sou correspondido e isso basta."

Ryan interrompeu seu pensamento quando ouviu a música agitada vindo do bar. Ordenou que todos os seus capangas guardassem as armas. Falara seu plano de ir ao Hayley's esfregar na cara dos latinos a vida de Singer, mas sabiam que eles considerariam como provocação, então foram muito bem armados. As armas ficavam bem visíveis, mesmo escondidas sob as roupas.  Quando Ryan entrou com sua turma, o bar inteiro parou para olhá-los. Vicky-T foi a que pareceu mais apavorada ao ver Singer ao lado direito de Ryan - lugar que geralmente era ocupado por Ian -. Não podia acreditar que Ryan não o matara! Não podia acreditar que mesmo fazendo tudo o mais correto para incriminá-lo, não houve morte.

O Pianista estava do lado esquerdo de Ryan, com um sorriso cínico no canto dos lábios. Seus olhos focaram em William Beckett que também parecia bastante chocado com aquela presença. Piscou para o magro rival e ele deixou o queixo cair ao chão. Por Deus, como se atrevia à uma afronta daquelas!, pensara William, torcendo os lábios com certo nojinho. Quase que num pulo, Gabe passou a frente de William, porque ficara evidente a guerra de olhares travada ali. Marshall sabia muito bem que Singer o havia protegido por várias vezes e era por isso que estava apreensivo; só uma coronhada a mais e o menino estaria indefeso, porque, oras, Ryan tinha caprichado na punição não-merecida.

"Posso dar um tiro na testa desse desgraçado, Ross?" Singer pediu.

"Não." Ryan negou com a cabeça. "Sua proposta é tentadora, mas Hayley e Josh são nossos amigos e o chão daqui é bonito demais pra ter mancha de sangue."

"Mas o Saporta bem que merece." Marshall falou e encolheu os ombros. Sarah, por sua vez, olhou e quase não acreditou no que estava vendo. As duas gangues juntas, sem trocar acusações, mas fazendo uma pressão psicológica uma na outra. Singer ali, sorridente, displicente, como se nada tivesse acontecido ali.

"Divirtam-se, garotos." Falou Ryan.

            A música voltou a ser o ponto forte da noite. Ryan conversava com Hayley enquanto, de repente, a noite de Gabriel havia se tornado uma completa porcaria. William e Marshall foram disputar no bilhar alguma aposta inconveniente e como previsto por Hayley, aquilo não poderia dar certo. Marshall havia ganhado umas três partidas e William insistia veementemente que não ia pagar a aposta. O que parecia ser uma briga normal de bar, acabou gerando um tremendo tiroteio. Não estava nos planos de Ryan, mas também não achou ruim que alguns latinos pagassem o sangue que Singer derramou em sua sala. O instinto de Ryan falou muito mais alto e ele gritou "Tirem os civis daqui, vivos!" e todos eles bem que tentaram. Sob o amparo de Pianista e Ryan, Hayley saiu sem nenhum arranhão.

"Josh!" gritou ela, desesperada, ao ver que Josh não estava com ela. Era seu namorado e sócio, se preocuparia sempre, mas ele fora protegido com por Gabe. Singer correu até Sarah, tentou dar cobertura a ela e levou um tiro no braço por essa audácia. Ele sabia que Sarah era casada com Urie e em nome dessa amizade entre os dois, Singer e Brendon, ele deu seu melhor, mas uma bala acertou seu peito. Singer foi obrigado a deixá-la.

 A última imagem que ele viu de Sarah, foi ela dizendo que amava Brendon. Quando não tinha mais nenhum latino por ali, ficara apenas Singer que fora quem chamou a polícia e esperou até que conseguisse escutar ruídos das sirenes. Ele não conseguiu imaginar como Brendon ficaria, mas sabia que ele não descansaria até que o assassino de Sarah fosse pego.


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