Pov. Isa

Sabe quando você esta na melhor parte do sonho e bem naquela hora alguém resolve te acordar? Não é possível SEMPRE na melhor parte você acorda.  Ah porque meus deuses? Por quê?  Bem nesse caso foi uma pessoa importuna tentando me tirar da barraca. Mas não vai adiantar ainda vou teimar muito. Ninguém mandou me acordar na melhor parte do sonho. Nesse momento estou na barraca do Polux enrolando. Quem sabe eu consigo dormir de volta e ter o mesmo sonho? Sei que é muito improvável que isso aconteça. Diria impossível. Mas posso tentar, não?

-- ISA!!! ISA!!!! ISA!!!!! – gritou Polux. Eu sei o meu nome!!! Agora... shiu... Eu quero dormir.

 -- ACORDA!!!! – NÃO!!!

-- EU VOU TER QUE TE ARRASTAR PRA CA? – Ate parece que você faria isso. Minha mãe faria, acho que Carter também, mas Polux não. Não é do habito dele pelo menos. Ele sempre me acordou carinhosamente.

-- OKAY. EU NÃO VOU FAZER ISSO. MAS É PRA VOCE ACORDAR!!! – Há. Sabia que ele não teria coragem de fazer isso comigo!!!

-- AH VEM LOGO!!!! – Nop. Não é minha mãe pra mandar em mim.

-- EU ACHAVA QUE VOCE QUERIA APRENDER A LUTAR, MAS VEJO QUE ESTAVA ENGANADO. – Ah não vale!!! Golpe baixo. Lógico que corri pra fora da barraca. Não quero ser um peso morto na missão.

-- Quale eu estava na melhor parte do meu sonho. No meu sonho o papai tava bem e estávamos todos la. Ate o Carter. Sorrindo abraçados. E bem na hora que o papai ia dizer alguma coisa, você me acordou. – falei com meu melhor biquinho.

-- Você sente falta dele, ne? – perguntou Polux ajoelhado na minha altura.

-- Aham. – falei afirmando com a cabeça. Mas na verdade queria ter dito: Claro que eu to com saudade do papai!!! Faz semanas que eu não o vejo!!! Queria passar mais tempo com ele!!!

-- Não se preocupe, pequena. No final vai dar tudo certo. Você vai ver. – Verdade?

-- Como pode ter tanta certeza?

-- Confia em mim. Sempre da certo no fim.

-- Mas e se a gente chegar tarde demais e ele... – falei chorosa. Nem tenho força pra continuar essa frase.

-- Ei, isso não vai acontecer.

-- Como pode ser tão confiante?

-- Como dizem os mortais: a esperança é a ultima que morre. – ri um pouquinho. – Agora para com essa carinha triste. Que desse jeito fico triste também. Pode colocando um sorrisão nessa carinha!!! E vamos treinar.

Polux pegou os meus sabres (parecido com uma faca) e jogou pra mim. Ele tem sorte que eu consegui pegar. Não sei como, mas consegui.

-- E ai maninho o que vai me ensinar hoje?

-- O básico.

-- Ah da. Eu quis dizer que golpe você vai me ensinar primeiro.

-- Certo. Vamos começar pelo corte de direita.

 Isso é muito fácil. O básico era pra ser fácil. Eu sei. Mas nem tanto. Eu acho. Esta muito mamão com açúcar. Eu fiz o momento. Simples.

-- Muito bem! – falou o puxa saco.

-- Próximo golpe. – Quando vem os golpes de verdade?

-- Agora corta pela esquerda. – Fala serio. Eu sei que eu só tenho cinco anos, mas isso já é sacanagem. Sei que os golpes complicados só vou aprender quando crescer. Lógico. Mesmo que eu não goste é assim. Fiz o corte.

-- Polux.

-- O que?

-- O básico vai ficar só nisso? De cortar pro lado e pro outro? – Sabe isso é entediante.

-- Claro que não. Era só pra começar. – Ah, acho bom mesmo. Eles fazem todos aqueles golpes legais e eu fico com... Isso.

-- Então me ensine um golpe de verdade.

-- Agora mova os dois sabres rápido e da um chute.

E foi assim por mais quinze minutos...

[...]

-- Vai mais rápido, Isa!!!! Corta mais rápido, da um chute, vira pro outro lado e da mais cortes!!!

-- Eu to tentando!!!!! – Quer melhor faz você.

-- Você consegue!!!

 Eu tava fazendo o mais rápido que eu consigo. Mas o Polux quer mais rápido. Ele não vê que não da pra ser mais rápido que isso? Não enche.

-- Ta bom. Agora faça os cortes mais rápido, chute, vira, cortes e da um passo e corte. Entendeu? – Nop.

Tentei fazer. Mas me compliquei tentando tudo rápido e acabei caindo no chão.

-- Vamos você consegue!!! – Faca você, então caramba!!! Eu tentei de novo, mas me desajeitei de novo e cai. Não da pra fazer isso!!!! Desisto.

-- Levanta e faça de novo.

-- Não.

-- O que quis dizer com não?

-- Que eu não vou fazer. Ah da. – falei irônica.

-- Mas não é difícil. Olha. – falou. E depois fez perfeito o golpe. Exibido. Não vale. Ele consegue, mas eu não.

-- Viu é fácil.

-- PRA VOCE é fácil!!!

-- Mas é simples. É só corta, chute, vira, corta, passo e corta.

-- Não é não. É impossível!!!!! – falei com o meu melhor biquinho.

-- Sabe quem você me lembra? Que fazia a mesma coisa quando pequeno.

-- O papai fazia isso?

-- Que? Não. Mesmo se ele fizesse como eu ia saber? Nosso pai deve ter uns dois bilhões de anos ou mais. Sei la.

-- Caramba!!!!! Nosso pai é muiiiito velho!!!! Minha mãe namorou um velho!!!

-- Oh sua besta!!! Ele é imortal. Pode ficar com a aparência de jovem.

-- Pode?

-- Aham.

-- Verdade. Se não minha mãe não ia namorar com o papai.

-- Faz logo o movimento.

-- Eu já disse que é impossível!!! – gritei.

-- Você me lembra do Carter.

-- Quem?

-- Carter.

-- Tem certeza que não confundiu com outra pessoa?

-- Absoluta. Vocês dois são muito parecidos. – Eu parecida com ele? Eu não acho.

-- Eu não sou parecida com ele.

-- Claro que é. Os dois são teimosos, tem o mesmo gosto musical, irônicos, persistentes, inteligentes e festeiros.

-- O que é persistente?

-- Quando a pessoa teima em fazer alguma coisa ate conseguir. – Ahh. Quando enche o saco ate conseguir o que quer.

-- E como você quando Carter era da sua idade ele dizia que era IMPOSSIVEL fazer esse movimento.

-- Bom... Ele tava certo é impossível!!!

-- O que eu quis dizer se ele conseguiu fazer o golpe na sua idade. Você também consegue.

-- Ahh... Não.

-- Vem vamos tentar de novo. Primeiro devagar e depois vai acelerando.

[...]

-- Consegui!!!!! – gritei e pulei no colo do Polux.

-- Não disse que conseguia?

-- Ahn... Disse. – falei contragosto.

-- Eu te disse!!!

-- Ta ta... Para de se gabar.

-- Eu não to me gabando. Eu to falando a verdade.

-- Aham.

-- Ah é? – E começou a fazer coceguinhas em mim.

-- Hahahahaha... Paraaaa..... Hahahahaha...... PARA..... Hahahahaha

-- Só se você falar que eu sou foda.

-- Que? Fala o cara que não consegue se declarar pra uma garota. – aumentou a intensidade. – Hahahahaha... Para... hahahahaha – Fale. – hahahahahaha... TA BOM... Hahahahaha.... Você é foda!!!!

-- Ta bom, pequena. Vai acordar o Carter. Que nos já vamos seguir viagem.