Anjo Da Morte escrita por MaryB


Capítulo 2
Escolha


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo quentinho para vocês!!!
Espero que gostem!



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Hoje eu acordei e decidi que ninguém vai mais pisar em mim. Me cansei de ser idiota. Eu era sempre boazinha depois, deixando todos pisarem em mim. Agora, não vou ser mais assim. Desci as escadas correndo. Estava atrasada para a escola. E, como sempre, pelo mesmo motivo: dormir demais.

Quando cheguei lá em baixo, Charlie ainda estava tomando. Assim que fiquei visível aos seus olhos, ele olhou para mim, preocupadamente, quase cuspindo todo seu café. Não sei por que ele se assustou, afinal. Ah! É claro que eu acho que eu iria continuar em depressão por causa dele.

As únicas coisas que sentirei falta será Charlie, Renné e Phil. Eles são a únicas coisas que me fizeram feliz. Irei sentir falta da minha amada e carinhosa – meio maluca, admito – mãe. Ela sempre foi à pessoa que mais me apoiou. Sentirei falta de Charlie, que mesmo sendo tímido, calado no seu canto, sempre esteve lá quando eu precisei. Phil também me fará falta, ele sempre esteve lá quando Charlie não estava, sendo como um pai para mim.

Tenho consciência de que na poderei mais vê-los. Depois da transformação, tudo o que eu vou ser é uma escrava da minha própria sebe. Sem contar que eles iriam perceber a grande diferença. Mas tenho esperança de que um dia eles se esqueçam de mim – não completamente, tenho consciência –, mas eu serei apenas uma sombra do passado. Eles seguirão suas vidas, cada um com a sua felicidade.

Neste tempo Charlie começou a namorar com Sue, esta que está ficando aqui em cada. Pelo menos, ele não ficará sozinho.

___ Bom dia, pai! – falei rindo, até mais que o Coringa.

___ Bom dia, filha.

___ Tudo bem com você, filha? – falou ele, em tom preocupado.

Olhei para ele, sem entender. Ele se apressou em explicar.

___ Sabe é que... Você estava muito mal, desde o dia que ele foi embora. E... –  o interrompi, imediatamente.

___ Pai, eu cansei de sofrer, por alguém que nem está nem ligando para mim. Cansei de ser idiota. Cansei disso. Não quero isso para a minha vida. – falei com convicção.

___ Que bom que superou filha. – disse ele.


O resto do café foi calmo, não falamos mais nada. Quando meu pai já estava na porta, eu gritei:
___ Pai, posso ir em Port Angeles depois da aula?

___ Pode. Só não volta tarde... – disse ele.

___ OK. – falei sem emoção alguma.

Suspirei. Hoje tinha escola e ninguém estava falando mais comigo, além de Ângela e Bem.

Flashback on:


Faz três meses que ele se foi. Eu nem mesmo consigo dizer o nome dele. É como se um buraco houvesse se aberto em meu peito, e sempre quando eu me lembro daquelas palavras é ainda pior.

“Você não é boa o bastante para mim.”         

“Eu não irei esquecer, mas a nossa espécie distraí muito facilmente.”

Mas não ainda ficar chorando pelo leite derramado. Tenho que voltar para a escola, e tentar seguir a minha vida. Só ainda não terminei com essa dor por Charlie, assim como ele disse. “Pelo bem do Charlie.”

Desci as escadas, me arrastando, sem vontade alguma de ir à escola. Chegando lá,  Charlie se assustou, claro, depois de um bom tempo que eu sairia de casa.

Passe por ele e murmurei um “bom dia”. Peguei as chaves da minha picape e fui dirigindo para a escola, devagar. Chegando lá, Mike, Tyler, Jéssica, Lauren, Ângela e bem estavam encostados na vã de Tyler, conversando. Dei um longo suspiro, agora iriam começar as fofocas. Desci da picape e fui falar com eles.

Chegando lá, Jéssica e Lauren estavam de frente para mim, me olharam com uma cara nada amigável. Por incrível que pareça, apenas Ângela e Ben não estavam com aquela cara para mim. Cheguei lá e os cumprimentei.

___ Bom dia.

___ Bom dia? – disse Mike, sarcástico. – É isso mesmo que eu escutei/ Depois que os seus queridinho Cullen foram embora, você só ignora a gente, simplesmente não liga. Quando nós fomos na sua casa, te visitar, para ver se você estava bem, mas você nem quis abrir a porta para nós. E, agora, depois de você ficar em depressão, por eles te deixarem, você se lembra  que nós existimos. Não é?

Eu estava se palavras. Mike nunca tinha falado assim comigo. Ele, Ângela e Ben sempre foram os únicos que estiveram comigo. E agora a idiota aqui estraga tudo. Quando eu estava virando para ir embora, Mike completou:

__ Agora não vamos bancar os seus amiguinhos. Sofra as conseqüências.

Flashback off


As aulas foram tediosas, como sempre. Sempre tinham alguns alunos mandando olhares indiscretos, cochichando sobre mim. No intervalo, a mesma coisa, com a única diferença que tinha Ângela e Ben comigo. Agora, aqui estou eu, a caminho de Port Angele, a fazem compras. Completamente sozinha. Sem ninguém precise me obrigar.

Se Alice estivesse aqui, ela iria ficar feliz, mas ela não está. Aquela falsa falava que era minha amiga, mas não pensou duas vezes ates de virar as costas e ir embora, sem nem ao menos se despedir. Se um dia eu os encontrasse novamente, não iria perdoá-los. Eles iriam ver que a Isabella que eles deixaram para trás morreu e está muito bem enterrada.

Estava de noite quando eu deixei as ruas de Port Angeles. Comprei apenas roupas pretas, cinzas roxas e vermelhas. Eu sei que parece meio gótico, mas vai ficar bem legal na minha pele – e também foram as únicas que encontrei que me chamaram atenção. Comprei sapatos de salto alto ( coisa que antigamente eu nunca usava), botas, sandálias e várias jóias.

Cheguei em casa exalta, tomei uma ducha relaxante e vesti meu pijama novo. Fui dormir em seguida. Minha noite foi calma, sem sonhos – ou pesadelos.Quando acordei, já pela manhã, coloquei uma das minhas roupas novas e desci para tomar café. Charlie já não se encontrava em casa, já havia saído para a delegacia.

Então, era assim que terminava. Eu iria embora e nunca mais veria os meus pais, meus amigos. Eles seriam felizes, tinham que ser. E quem sabe um dia eu também acharia a minha felicidade. Mas agora, vai ser uma nova vida. Agora, vou arrumar as minhas malas e escrever uma carta para Charlie e outra para Renné, me despedindo e pedindo que eles me perdoem. Vou começar pela minha mãe, a mais difícil dentre as outras. As palavras simplesmente vieram em minha cabeça e eu as escrevi:


Mãe,
Quero que saiba que você sempre foi a melhor mãe do mundo. Meu coração ficará com você, espero que cuide bem dele, assim como sempre você cuidou muito bem de mim. Me perdoe por isso. Mas agora não há motivos para mim continuar aqui. Agora vou viajar e tentar expulsar a dor que está em mim. Espero que um dia possa me perdoar. Eu te amo e sempre a amarei, aonde quer que eu esteja. Adeus.
De sua filha:
Bella”

Quando terminei a carta estava segurando as teimosas lágrimas que insistiam em cair, mas eu escolhi e cada escolha tem sua conseqüência e decidi pagar a minha. Mas ainda tenho que escrever a carta para o meu pai:

“Pai,
Espero que não esteja decepcionado comigo, mas resolvi acabar com a tristeza que sempre está presente na minha vida, desde que ele se foi.Quero que saiba que você foi o melhor pai do mundo. Sempre te amarei aonde quer que eu esteja. Saiba que eu estarei bem e que eu te amo. Por favor, não me procure.
Me perdoe. Adeus.
De sua filha:
Bella”


Foi difícil escrever essas cartas as. Eu sabia que ele não desistiria de me encontrar.Charlie com toda certeza vai mandar fazer buscas para me encontrar. Então era hoje que acabava a minha solidão e a dor, era agora que começava minha nova vida.
Desci as escadas com as cartas e as minhas malas, depois as deixei na sala.Tomei um banho e coloquei uma roupa que eu separei para mim. Desci as escadas e coloquei as cartas na mesinha de centro. Liguei para um táxi, fechei a casa e fiquei esperando com as malas do lado de fora. Assim que o táxi chagou pedi para o motorista ir a Seattle. Lá, eu peguei o avião que me levaria para a minha nova vida, para a nova Isabella.
Você pode curtir ser quem você é, do jeito que você for, ou viver infeliz por não ser quem você gostaria.
Você pode assumir sua individualidade, ou reprimir seus talentos e sonhos, tentando ser o que os outros gostariam que você fosse.
Você pode produzir-se e ir se divertir, brincar, cantar e dançar, ou dizer em tom amargo que já passou da idade ou que essas coisas são fúteis, não sérias e bem situadas como você.
Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas, ou com aquele olhar de censura, que poda, pune, fere e mata, sem nenhuma consideração para com os desejos, limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.
Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela falta de gente à sua volta.
Você pode ouvir o seu coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.
Você pode deixá-la como está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.
Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos ou partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.
Você pode amaldiçoar sua sorte, ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a Vida lhe oferece.
Você pode mentir para si mesmo, achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações, ou encarar a verdade de que, no fim das contas, sempre você é quem decide o tipo de vida que quer levar.
Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas, caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.
Você pode viver o presente que a Vida lhe dá, ou ficar preso a um passado que já acabou – e portanto não há mais nada a fazer – ou a um futuro que ainda não veio – e que portanto não lhe permite fazer nada.
Você pode ficar numa boa, desfrutando o máximo de coisas que você é e possui, ou se acabar de tanta ansiedade e desgosto por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria.
Você pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e, por conseqüência, melhorando tudo que está à sua volta, ou esperar que o mundo melhore para que então você possa melhorar.
Você pode continuar escravo da preguiça, ou comprometer-se com você mesmo e tomar atitudes necessárias para concretizar o seu Plano de Vida.
Você pode aprender o que ainda não sabe, ou fingir que já sabe tudo e não precisa aprender nada mais.
Você pode ser feliz com a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.
A escolha é sua.






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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam ?
Comentem!!!Até o próximo capítulo!



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