Because Of You escrita por Firefly Anne


Capítulo 15
XV: Esperança Roubada


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas lindas! Como passaram de carnaval? Se divertiram muito? *-* Hum... esse capítulo está... quem adicionou o group no facebook tem uma abreviada noção do que acontecerá. Enfim, preparem os lencinhos, ok?
Obrigada de coração as leitoras lindas que comentaram. *coraçõezinhos*
Boa leitura! S2



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XV: Eesperança roubada

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Renée caminhava de um lado a outro da sala, com as mãos na cintura tentando ponderar todas as possibilidades. Bella estava sentada no sofá, encarando os próprios sapatos, envergonhada.

— Vou marcar uma consulta para você — disse por fim. — Eu não vou brigar com você, nem passar nenhum sermão. Já aconteceu. Eu não posso fazer nada para impedir. E nem há o que impedir! Ah, Isabella... Reze para que você não esteja grávida!

Bella estremeceu ao ouvir a mãe discorrer sobre as grandiosas chances de estar grávida. Não. Era jovem demais para ser mãe e possuía muitos problemas para compartilhá-lo com uma gravidez na adolescência. Em qualquer caso, não seria suscetível a abordar caso realmente estivesse... grávida.

— E eu quero conversar com Edward — continuou. — Como vocês puderam ser tão irresponsáveis, pelo amor de Deus!

— Mãe...

— Isabella... — Renée suspirou longamente para acalmar-se, pois do contrário colocaria a filha sobre os joelhos enquanto lhe dava palmadas por ter tido um mau comportamento. — Vá dormir.

Obedecendo a ordem da mãe, Bella subiu as escadas em direção ao seu quarto. Ao chegar ao seu aconchego trouxe Kenzy aos seus braços para desmanchar-se em lágrimas enquanto lhe confidenciava que não podia estar grávida.

(...)

Edward ao chegar em casa, com um sorriso bobo em sua face, dirigiu-se rapidamente ao seu quarto. Ao deitar na cama, recordou-se da tarde com Isabella e os momentos de amor que compartilharam. Cada vez mais ele estava confiante de que ela retribuiria o seu amor em um prazo muito curto. Lembrou-se por míseros segundos da aposta, e estremeceu. Na escola, não poderiam dar bobeira e nem fazerem nada que denunciasse que eles estavam juntos romanticamente. James com certeza iria lhe questionar sobre o cumprimento da aposta, e como Emmett lhe alertou: não poderia esconder a verdade do "amigo" para sempre.

Assustou-se com suaves batidas na porta do quarto. Sentando-se adequadamente na cama, respondeu:

— Pode entrar.

Esme surgiu após alguns segundos. Ela trazia em suas mãos uma bandeja com alimentos.

— Trouxe para você, Edward — explicou. — Você esteve fora o dia inteiro, aliás, você não para em casa desde que dormiu na casa de Renée Swan.

— Eu estive aqui. Hoje. De manhã.

— Então está explicado — sorriu gentilmente.

— Você e essa menina, Isabella, estão... se acertando?

— Nós estamos namorando.

— Oh! Então você realmente conseguiu convencê-la? Eu fico feliz que essa sua obsessão por Isabella tenha saído do platonismo.

Cullen enrubesceu.

— Quando você a trará aqui em casa, oficialmente como a sua namorada?

— O que você acha de amanhã?

— Domingo? Parece perfeito. Estenda o convite a Renée...

— Primeiro eu tenho que conversar com Bella, mãe — disse. — Ela às vezes é arisca.

— Para se proteger. Principalmente de você, Edward.

— Você também sabe da história?

— Não mais do que você, eu tenho certeza. Mas convide-a para vir aqui amanhã. Eu ficarei feliz em ter a sua presença num almoço em família.

— Obrigado, mamãe.

No dia seguinte, assim que acordou, Edward seguiu em direção à casa de Isabella para fazer-lhe o convite sobre almoçar em sua casa. O que o rapaz tampouco sabia era que Renée estava justamente esperando a sua visita. Portanto, assim que às dez horas da manhã alguém bateu em sua porta, entrevendo o visitante através do olho mágico na porta, ficou satisfeita ao descobrir que era Edward Cullen do outro lado.

— Bom dia, Edward — cumprimentou o garoto.

Com as mãos escondidas dentro do bolso da calça, o rapaz inseguro ficou em dúvida se deveria ou não entrar.

— Bom dia, Sra. Swan — respondeu com igual cordialidade.

— Entre — deu espaço para que o rapaz entrasse. — Não precisa ficar envergonhado.

Obedecendo, Edward deu um passo à frente. Renée fechou a porta e seguiu em direção ao sofá para sentar-se. Seguindo-a, Cullen sentou-se em frente à mãe de Bella.

— O que faz aqui tão cedo?

— Vim saber se Bella estava bem — limpou a garganta.

— Ela ainda está bem.

Edward não deixou o medo se esvair depois de ouvir aquele "ainda" tão pretensioso de Renée. Era como se ela soubesse de tudo, inclusive a aposta.

— Bella está acordada?

— Receio que a minha filha ainda dorme, Edward — objetou. — O que é bom, já que assim nós podemos conversar em particular.

— Há algo errado, Sra. Swan?

— Ontem, Edward, Isabella chegou aqui me contando uma novidade. Ela estava namorando um rapaz. Eu conheço a minha filha mais do que ela se conhece, Edward. Bella não daria essa chance a qualquer pessoa que ela não confiasse. Posso até mesmo arriscar que ela gosta de você.

— A senhora está equivocada...

— Não estou. Bella criou essa redoma ao seu redor onde não deixa ninguém entrar em seu mundinho, um invasor, eu quero dizer. Mas ela se abriu com você, o deixou entrar... Só que... — Renée abaixou as vistas para o tapete. — Bella não tem condições psicológicas para ser mãe.

— Isabella está... — o choque era perceptível na voz do garoto.

— Oh, não. Isso nós ainda vamos descobrir. Mas deixo aqui a minha observação do quanto vocês foram irresponsáveis quando transaram sem preservativos. A minha filha eu até entendo já que ela era virgem. Mas você, Edward?

— Não foi uma coisa planejada...

— Que pode gerar outra coisa ainda menos planejada.

— A senhora suspeita...

— Eu não sou médica para afirmar ou negar nada.

— Posso levar Bella ao meu pai, eu não sei...

— Ah, Edward... — limpou a garganta. — Pode me responder uma última pergunta?

— Claro...

— Vocês dois fizeram algo naquela noite em que dormiu aqui?

— Não! — expressou-se rapidamente. — Não aconteceu nada. Eu dou a minha palavra.

— Está bem — levantou-se do sofá. — Você já sabe onde é o quarto de Bella.

Desapareceu em uma saída que a levaria até a cozinha, deixando o rapaz refletindo. Subindo as escadas em direção ao quarto de Bella, ponderava em lhe contar sobre a aposta. Ela poderia ficar magoada, mas iria perdoá-lo em algum espaço de tempo. Girando a maçaneta do quarto da menina, enfiou a cabeça na fresta para observá-la dormindo. Parecia um anjo. Não poderia atormentar sua calmaria com os problemas que envolviam os dois.

Fechou a porta silenciosamente para não acordá-la, e seguiu até a cama da namorada para despertá-la.

Sentou-se ao seu lado na cama, fitando apaixonadamente a sua face. Ousando levar os dedos em direção as bochechas da menina, assustou-se quando ela disse:

— O que está fazendo aqui tão cedo?

— Como descobriu que era eu?

— Esse seu perfume. É enjoado.

Riu. Bella apenas cobriu a boca com lençol, seu hálito matinal não seria agradável.

— Esme quer vê-la.

— Sua mãe? — replicou.

— Eu contei a ela que estamos namorando.

— Renée também sabe.

— Eu sei. Nós estávamos conversando agora a pouco.

— E sobre o que conversaram? Você e a minha mãe...

— Bella... me desculpe por...

— A culpa não é sua — silenciou-o.

— Claro é minha.

— De ambos.

— Meu pai pode examiná-la se você quiser. E também receitar alguma pílula anticoncepcional...

— Depois — afastou-se do namorado para escovar os dentes e pentear os cabelos.

Ao estar mais apresentável, seguiu o garoto até a mansão em que ele vivia. Carlisle e Esme ficaram felizes com a notícia de que eles estavam namorando.

— Eu não aguentava mais esse garoto suspirando pelos cantos da casa por uma certa garota chamada Isabella — Carlisle o entregou. Edward obviamente corou com o comentário do pai, que não era uma mentira.

— Pai — Edward disse, corado.

— Seu pai tem razão, Edward. Era Bella para lá, Bella para cá, a Bella fez isso, a Bella fez aquilo... era de faltar a paciência, eu admito.

"Oh, Bella, amor da minha vida, razão da minha existência, será que um dia eu serei mais além que seu inimigo?" Alice zombou do irmão.

Bella ouvia as histórias familiares com diversão. Depois o almoço e dividirem uma deliciosa torta de maçã como sobremesa, Edward a levou de volta para casa. Despediram-se com um rápido beijo antes de Bella desaparecer no portão de casa.

No dia seguinte, as aulas voltariam. Precisavam achar uma forma de não atrair a atenção dos amigos para si enquanto estivesse com Bella.

(...)

Na manhã do dia seguinte, Edward já estava a sua espera para levá-la até a escola. Cumprimentaram-se com um beijo na boca, e como um cavalheiro abriu a porta do passageiro para que a sua dama entrasse. No curto caminho da casa da Swan à escola, ficaram em silêncio. Quando estacionou em sua costumeira vaga, havia vários estudantes em torno dos carros no estacionamento, e como acontecia todos os dias, os pares de olhos viraram-se em sua direção. Porém, tiveram uma surpresa ao ver quem estava ao seu lado. Queixos estavam batendo no chão quando Edward segurou a mão de Bella e seguiram em direção à entrada da escola. Deixou-a em sua sala, beijando a sua testa.

Na aula, sentou-se sozinha, pois Rosalie desistiu das aulas de Política porque os horários coincidiam com os treinos das líderes de torcida — que ela conseguiu uma vaga no decorrer da semana anterior.

No horário do almoço, Edward veio buscá-la em sua sala e esperou no batente da porta enquanto a namorada entregava ao professor uma folha de papel com o teste.

— Teste surpresa? — perguntou ele.

— Não tão surpresa. Ele avisou que daria as aulas teóricas e na aula seguinte seria um teste. Eu me lembrei disso, por isso não me dei mal.

— Minha garota é esperta — virou-a de frente para si, beijando seus lábios no corredor na frente de vários alunos... Inclusive Jessica e James.

— Mas que merda é aquela? — Jessica apontou o casal para James.

— Estou com a sensação de que Edward está nos enrolando, querida Jess.

— Filho de uma... — respirou fundo. — O que você acha, James?

— Que está na hora de uma donzela ter conhecimento da aposta. Ela é toda sua.

Emmett sentou-se à mesa do refeitório junto ao novo casal para não levantar suspeitas da aproximação e intimidade. Alice e seu namorado juntaram-se ao grupo alguns minutos depois. Conversaram bobagens até o sino tocar, e todos seguirem até a turma.

Daquela vez, Bella dispensou que o namorado a acompanhasse até a sua classe, sendo atendida sem precisar pedir pela segunda vez.

Caminhando pelos corredores da FHS enquanto seguia rumo a sua turma de história, Isabella teve o seu caminho interceptado por Jessica Stanley. A garota parecia uma assassina com aquela expressão, mas a Swan não demonstrou medo, enfrentando-a a altura.

— Nós precisamos ter uma conversinha, Swan.

— Não temos nada o que conversar, Stanley, então, por favor, pare de interceptar o meu caminho.

Afastou Jessica pelos ombros da estreita passagem, dando o primeiro passo para longe da cobra venenosa. Porém, a voz de Stanley lhe parou:

— Eu soube que você o Cullen estão fodendo.

Isabella queria deixar a garota falando sozinha, porém não conseguia arrastar seus pés para longe da peçonhenta.

— Alguém passou uma informação errada a você, Jessica... — tentou negar, sendo cortada no meio da frase.

— Não precisa mentir, Swan — deu seu riso de escarninho. — Todos nós sabemos que vocês estão fodendo. E você sabe por que nós sabemos? Porque seu querido Edward nos contou! — destilou seu veneno em forma de palavras. — Oh, e não posso me esquecer de um detalhe! Mas é claro que o Edward não fodeu você por vontade própria; nós o incitamos a isso. A comer você de todas as formas possíveis. Engraçado não é? Uma garota tão metida à ingênua, a certinha ao caralho a quatro, abrir as pernas após ouvir meia dúzia de declarações de amor. Você não é ingênua, Isabella. É patético. Você é patética.

O mundo de Isabella girou rapidamente como em uma montanha-russa. Os sons ao seu redor eram apenas ruídos que ela ouvia, mas não conseguia discernir o seu significado. Seus olhos ficaram nublados e era como tentar enxergar uma paisagem através de um vidro embaçado. Sua audição era como uma centena de abelhas zumbido ao pé de seu ouvido. Suas pernas de repente não conseguiam mais sustentar o peso do próprio corpo. Cairia ao chão. Despencaria.

— Você está mentindo, Jessica — não percebeu que falara. Estava fora de sua razão. Era como estar a um universo paralelo; uma segunda dimensão. Ela era a espectadora do filme que era a própria vida.

— É apenas a verdade, Isabella. Seu querido Edward participou de uma aposta em que ele deveria comer você. Claro que ele aceitou. Desafio fácil. Ou melhor, sem desafio. Meia dúzia de palavras, declarações de amor e você estava abrindo as pernas.

Pare...

— Uma pena que isso foi longe demais. Uma pena, realmente. Volte às suas giletes, Bella. Tenho certeza que elas estão com saudades de você.

Jessica foi embora. Deixando-a no corredor deserto. Não teve forças para suportar o próprio peso e escorregou até despencar no chão. Trouxe os joelhos ao peito e chorou, soluçou e despejou para fora de si toda a sua frustração em ser novamente enganada, magoada.

Ao longe pôde ouvir passos se aproximarem da bola encolhida que era o seu corpo e um cheiro familiar atingir suas narinas quando ele a abraçou. Porém, não queria ser confortada. Não por ele. Queria distância. Com os braços tentava desvencilhar-se da prisão de Edward, mas este a prendia ainda mais forte, impossibilitando a sua fuga.

— Me larga... — pedia entre soluços.

— Eu posso explicar... Apenas me dê uma chance para me explicar, é o que eu peço, imploro, por favor, amor.

Sentiu a bile no fundo da garganta quando ele a chamou de "amor". Queria vomitar. Porém, estava sufocada por ele e tudo dele.

— Me larga! — demandou mais alto. Os braços do Cullen cederam por uma fração de segundo, mas não por causa do pedido de Isabella, mas porque Alice tocou gentilmente o seu braço.

— Deixe-a ir, Edward.

Cullen a libertou. Tropeçando para longe de Edward, Bella procurou a sua distância. Encontrou Rosalie no meio do caminho e foi amparada pela nova amiga em direção ao banheiro feminino. Enquanto cruzavam os corredores, a Swan fungava baixo, evitando chamar atenção para o seu pranto.

Ao chegarem ao banheiro, desvencilhou-se do abraço de Rosalie e adentrou em uma das cabines, onde chorou até seu pranto resumir-se apenas a gemidos, porque não havia mais lágrimas em seu ser.

Mesmo sabendo que o irmão era o culpado, Alice não o deixou sozinho. O abraçando gentilmente e sussurrando em seu ouvido para dar um tempo a Bella para digerir as informações. Pelo molhar em sua farda escolar, percebeu que, pela primeira vez em dezoito anos, seu irmão chorava.

E principalmente: por uma garota.


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Notas finais do capítulo

Meu Deus! Escrevi esse capítulo de madrugada e depois fiquei toda depressiva, sério, fazer a menina Bella sofrer não é legal, e o pior de tudo: o que está ruim sempre pode piorar! Sugaram todo doce dos capítulos anteriores, agora é a vez do drama. Eu sei, muita dó da Bella, do Edward e muito ódio da Jessica. Sobre uma possível gravidez: não digo nada! Mas não seria um filho que juntaria esses dois... É complicado. Gente, só mais dois capítulos para o fim de BOY! O_O
Ainda não estou preparada psicologicamente para me despedir dessa fic. T.T
Bem, continuem adicionando o group que estou colocando alguns teaser lá.
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Beijos, beijos.
Annie