Dia Dos Namorados (ou Quase Isso). escrita por maga
Notas iniciais do capítulo
Fiz com carinho.
POV Lily
Que raiva! Aquele dia estava definitivamente horrível, garotos idiotas, garotas idiotas, data idiota, quanta futilidade!
Sentei-me embaixo de uma árvore em um parque qualquer próximo da minha casa e as lagrimas invadiram meus olhos, porque eu estava chorando? Só uma data comercial em que as pessoas que se amam trocam presentes... E eu estava sozinha, até Petúnia estava com aquela bola ambulante que é o Dursley, isso quer dizer que ninguém me ama?
Amar, verbo FDP! Não pude deixar de pensar no Potter, de acordo com ele eu era amada incondicionalmente por ele.
-Eu também te amo Potter- sussurrei para mim mesma e deitei na grama fechando os olhos.
-Eu sei que sim, mas é bom que você tenha assumido – eu conhecia aquela voz, por Merlin! Abri os olhos e quase morri, meu coração falhou uma batida, ele estava ali na minha frente.
Estava mais lindo do que nunca, usava um jeans escuro e uma camiseta vermelha, seus cabelos bagunçados combinavam totalmente com seu sorriso maroto e com seu all star detonado, seus óculos eram a moldura perfeita para seus olhos castanhos brilhantes, a boca carnuda e macia, queria tanto... Beija-lo.
Mas isso não aconteceu.
-Você me persegue até mesmo nas férias seu energúmeno? - me levantei limpando os resquícios de lagrimas e me virando para ir embora.
-Onde você vai Lírio? Eu vim aqui especialmente para passarmos o dia juntos, afinal nos amamos e hoje é dia dos namorados!- eu parei e virei para olha-lo.
-Eu nunca disse que te amo – ele sorriu, eu havia dito, ele tinha ouvido e era verdade, droga, droga, droga.
- Ama sim, agora me dica claramente para podermos fazer nosso piquenique – ele mostrou uma cesta e eu suspirei, é claro que ele não ia desistir.
- Nós não somos namorados, não vamos passar o dia juntos e pronto.
-Vamos sim.
-Está me pedindo em namoro Potter?
-Sim.
-Por que não passa o dia com uma das suas fieis seguidoras?
- Porque eu não amo nenhuma delas, amo você, então responda minha pergunta. – eu não sabia o que dizer, não esperava que ele insistisse tanto.
Eu não queria ficar ali de forma alguma, olhei para os lados buscando uma saída e sai correndo o mais rápido que podia.
-Isso não é muito corajoso meu Lírio, nem muito inteligente, sou bem mais rápido que você. – ele já tinha me alcançado e me abraçou por trás impedindo que eu fugisse.
- Me solta James- ele sorriu.
- James? Você me chamou de James? Pois é, você me ama incondicionalmente, mas não admite.
Eu corei exageradamente e ele riu.
-Você vai namorar comigo?
-Não.
-Você gosta de lírios – eu o encarei em duvida, o que isso tinha a ver? – Sua cor favorita é roxa e você gosta de quando elogiam seus lindos olhos verdes, você gosta deles, porque são iguais aos do seu pai.
- O que você está tentando dizer? – ele riu contra o meu cabelo.
- Que eu sei tudo sobre você. Porque eu te amo. Sei que você meche o nariz quando mente, como se seu corpo não aprovasse. Quando você está nervosa meche constantemente a mão direita e pisca mais rápido, como está fazendo agora – ele reprimiu um sorriso e eu me virei para encará-lo, ele realmente gosta de mim?
Eu coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e olhei pra ele.
- Você me ama Lírio? Quer namorar comigo? Passar esse e o resto dos dias comigo?
- Não – respondi rápido demais.
Ele colocou uma mão no meu rosto e o levantou encostando nossas cabeças.
-Você mexeu o nariz- ele sorriu, nos sorrimos, nossos lábios juntos.
Eu fiquei na ponta dos pés, ele era bem mais auto que eu, ele me segurou pela cintura me levantando e eu passei minhas pernas pela sua cintura. Já havia o beijado antes, e ele havia levado vários tapas por isso, corresponder era bem mais interessante.
Os lábios dele eram macios e quentes, o beijo era calmo e constante, ele me apertava contra ele era perfeito e... Aquilo era uma praça publica perto da minha casa. Vizinhos fofoqueiros, droga, droga, droga.
Eu separei nossos lábios ele me encarou com a maior carinha de cachorrinho carente e eu não pude deixar de rir.
- Estamos em uma praça publica agora, você pode reservar seus atos pervertidos pra depois – ele me deu selinho demorado e me colocou no chão. Fomos até onde ele colocou a sexta e eu me sentei na grama.
- Pode levantar senhorita Evans, não vamos ficar aqui. – ele sorriu marotamente e me estendeu a mão me ajudando a levantar.
Pelo brilho nos olhos dele achei melhor nem perguntar, afinal eu não tinha do que reclamar andando por ai de mãos dadas com James Potter.
Saímos da praça e ele andou em direção a uma rua, minha rua, então parou na frente de uma casa azul clara, com um jardim bem cuidado, minha casa.
- O que nós estamos fazendo aqui? Vamos continue andando vai, vai segue em frente. – estava nervosa, e mais uma vez ele estava certo, comecei a mexer os dedos da mão direita compulsivamente enquanto tentava tira-lo dali.
- Somos namorados, eu quero conhecer sua família, e eu nunca estive numa casa trouxa antes. – James insistia em ficar e eu suspirei vencida.
- Por favor, não faça nada idiota James, a opinião deles realmente importa pra mim. – olhei pra ele seriamente e ele me abraçou beijando meu rosto carinhosamente.
-Nós namoramos há alguns minutos e você já desconfia tanto assim de mim querida? – ele brincou me fazendo sorrir e eu entrei o mais demoradamente possível dentro da casa tentando evitar ainda mais aquele momento.
Meu pai estava sentado em sua poltrona zapeando pelos canais da TV aparentemente tentando ignorar Petúnia e seu namoradinho sentados no sofá.
-Oi pai. – disse tentando chamar a atenção dele que se virou e sorriu assim que me viu, sorriso que morreu assim que James passou pela porta.
- Oi querida – ele voltou a sorrir pra mim – quem é esse? – agora ele estava serio e apontava pra para James com o controle remoto.
- Lily isso é uma varinha ou algo assim? – ele sussurrou para mim aparentemente assustado.
- É um controle remoto, você não presta realmente atenção em estudo dos trouxas né? – ele corou e eu ri baixinho.
- Ele é meu... Namorado – pude imaginar que James sorriu radiante – ele insistiu que tinha que vir te conhecer, ele acha uma parte muito importante de um relacionamento.
- Eu ouvi meu namorado e relacionamento na mesma frase? – minha mãe apareceu na porta da cozinha com um avental florido, os cabelos ruivos com leves fios brancos presos em um coque informal que dava a ela um tom de juventude.
- Essa eu pago pra ver – Petúnia se manifestou com toda sua petulância.
- Bom, como eu estava dizendo, esse é James Potter meu namorado, ele também é bruxo e queria conhecer vocês. – os olhos da minha mãe brilharam, há quanto tempo ela esperava por isso?
- Ah que fantástico! É um prazer te conhecer querido, Lily falou muito de você, sabia que ela gosta de você desde o ano passado? – Minha mãe e sua boca grande, eu corei muito enquanto minha mãe dava um abraço em James que sorria pra mim diante da nova revelação. – Ela falou muito de você, e posso dizer que é até mais bonito do que ela disse. – a ultima parte ela sussurrou só para que ele escutasse e eu queria abrir um buraco e me enterrar até o fim dos tempos.
- Bem, você parece um bom garoto, faz o que dá vida filho? – meu pai e toda sua simpatia, adoro isso nele, ele apertou a mão de James e o convidou a se sentar no outro sofá, me sentei ao lado dele e ele segurou minha mão, ele estava nervoso? Sorri com a ideia.
- Eu estudo com a Lily, pretendo trabalhar no Ministério assim que me formar, mas meus pais são uma das mais influentes famílias do Mundo Bruxo, mas se nada der certo eu ainda tenho o Quadribol, sou o Apanhador da Grifinoria, a casa de qual eu e sua filha pertencemos.
- Quadribol? – meu pai estava interessado? Ele estava gostando realmente dele!
- É basicamente o futebol dos bruxos pai. – respondi imaginando que um bruxo não seria capaz de explicar facilmente – apanhador é como... O artilheiro do Quadribol, é um, isso se não é o jogador mais importante. – encarei Petúnia que fazia uma careta de irritação diante da comparação aparente que papai fazia do meu namorado para o dela.
E assim se passou a manhã, digamos que Petúnia quase saiu de casa para o orgulho dos meus pais tiveram de mim por conseguir um cara tão legal, educado e bonito como namorado poder ficar, o que só aumentou quando ele chamou todos, inclusive Petúnia para passarmos um dia na mansão Potter, como uma reunião de família, e claro, quando ele ajudou minha mãe a preparar a comida, quando ficou encantado com qualquer objeto trouxa que ele nunca havia visto.
Era quase fim de tarde quando subimos para meu quarto onde deitamos lado a lado, um olhando pro outro, na cama de solteiro, o que nos fez ficar próximos demais em minha opinião.
- Então agora nos namoramos. – ele passou a mão pelo meu rosto com carinho.
-Isso vai ser estranho quando voltarmos pra escola. –eu ri com a ideia e ele me acompanhou - Já que somos namorados, podemos fazer coisas um com o outro certo?
- Que tipo de coisas Lírio? – o típico sorriso maroto havia brotado em seus lábios.
- Coisas que não se faz com alguém que você não namora. – o sorriso dele cresceu.
- Você pode fazer o que quiser. – uma risada adorável fluiu pelo quarto e ele se sentou na cama me encarando, sem cerimônias me sentei no colo dele e tirei seus óculos lentamente, aproximei minhas mãos de seu cabelo e o baguncei assim como ele fazia sempre, eles eram macios e sedosos, e o dono me olhava como se eu fosse louca.
- Lily sua definição de coisas é bem diferente da minha definição de coisas. – ele passava a mão pelos cabelos recém-bagunçados e seu rosto mostrava aparente decepção.
- Talvez na próxima seu pervertido – eu sorri e selei nossos lábios ainda sentada encima dele que apertava minha cintura e explorava minha boca com sua língua ágil. Como antes, lábios macios e quentes, em sincrônica com os meus, e como antes, perfeição.
O beijo não devia acabar, nos não queríamos que acabasse, mas existe uma coisa chamada ar, e precisamos dela, então aos poucos aquele beijo terminou e eu me levantei deixando um James com carinha de cachorro na cama.
- Você fica me seduzindo depois para tudo sua ruiva safada, como você quer que eu passe pelos seus pais com isso? – ele apontou sua calça que tinha um volume extra.
- Por Merlin James! Você fica excitado muito facilmente. – corei exageradamente e tampei meus olhos com as mãos.
- Você vem aqui com essa blusa apertada fica se esfregando em mim com toda a sua gostosura e não quer que eu fique excitado? – ele parecia indignado e eu fiquei totalmente corada ainda tentando não olhar pra ele.
- Não, não era pra você ficar excitado, agora de um jeito de acabar com isso pelo amor de Deus! E se esse é o problema eu paro de usar roupas mais apertadas.
- Bom, eu vou ter que usar seu banheiro – eu o encarei curiosa e ele estava extremamente corado – e não pense em mudar de roupa, você está perfeita assim – eu foi até o banheiro e voltou alguns minutos depois, não pude evitar que meus olhos fossem até O lugar que agora não parecia ter um volume extra.
-O que você fez naquele banheiro afinal? – perguntei e ele me encarou com uma expressão que dizia Pobre criança ingênua. – É melhor eu não saber certo?
- Sim – ele corou mais, uma vez, eu tinha que registrar aquele momento. – Acho que já vou indo Lírio.
- Ah, claro, eu te acompanho até a porta. –que clima teeeeeeeeeeeeeeeeenso.
Desci as escadas com James logo atrás de mim e quando cheguei à sala Petúnia não estava mais lá, devia ter saído ou algo assim, minha mãe e meu pai estavam sentados juntos no sofá, uma cena extremamente romântica.
- Quero ser como eles um dia – James passou o braço pelo meu ombro me levando para perto dele, meus pais olharam para nós e sorriram.
- Você já vai querido? Tem certeza que não quer ficar para o jantar? – minha mãe se levantou para tentar convencê-lo a ficar, o que foi falho.
-Claro que não, já tomei demais o tempo de vocês, já vou indo.
- Tome nosso tempo sempre que quiser jovem – meu pai sorriu se despedindo dele e eu fui com ele até a rua.
- Eles realmente amaram você – comentei assim que chegamos a calçada.
-Todos amam não é mesmo? – ele sorriu sedutoramente me fazendo rir.
-Eu te odeio Potter. – cruzei os braços sobre o peito e ele riu dessa vez.
- Eu te amo Lírio. – ele me abraçou e depositou um beijo na minha testa.
Mais uma vez eu fiquei na ponta dos pés para juntar nossos lábios rapidamente e sussurrar em seu ouvido.
-Eu também te amo, mas ninguém precisa saber certo? – pisquei pra ele e rimos.
- Até logo Ruiva.
- Até logo Energúmeno.
Observei ele andar até o final da rua e só voltei a entrar quando ele já havia aparatado na esquina.
Deitei na minha cama e fechei meus olhos, afinal aquele não era uma data tão ruim assim.
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Espero que tenham gostado ;D