Escuridão - A chave escrita por Queen K


Capítulo 7
Traidor? Será?


Notas iniciais do capítulo

Só consegui postar o capitulo hoje, porque só terminei de escreve-lo agora hehe ^.^
Espero que gostem.
tem mais lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/232552/chapter/7

(Alicia POV)

Como se eu estivesse invisível ou como se tivesse uma barreira sobre mim, eu via todos, mas ninguém me via, eu gritava, mas ninguém me ouvia.

O céu todo estava vermelho e com cinzas caindo como chuva, havia muito fogo por todo lugar.

Varias criaturas horrendas e amedrontadoras, estavam por toda a parte, destruindo tudo o que encontravam pela frente.

Muitas pessoas desesperadas gritavam suas últimas palavras antes de serem mortas. – Socorro, pedidos de ajuda, uns rezavam e outros imploravam por piedade, mas nenhum era poupado. O eco da morte e o som do medo devastam tudo, não deixando um vivo.

As criaturas matavam por prazer, algumas comiam partes de corpos com as pessoas ainda vivas, sem ao menos terminarem o seu grito de horror tinham as cabeças engolidas, por seres grandes, gordos e fedidos, com três olhos colados um ao outro no centro da cara, sem narizes e com bocas completamente arregaladas, seus dentes eram pontudos e pela forma que decepavam as cabeças pareciam ser muito afiados, tinham cor verde musgo meio acinzentado.

Outros seres pequenos que pareciam com sapos, pois pulavam como esses, mas que tinham apenas um braço que fica na parte da frente do corpo bem no centro e duas pernas, tinham a cabeça pequena e babavam um tipo de gosma nojenta, era verde com marcas amareladas e de lá saiam vários bichinhos minúsculos, a gosma ainda corroia pele e ossos dos corpos jogados ao chão. Com as suas línguas eles arrancavam os olhos horrorizados das pessoas e o engoliam.

Como se eu fosse um espírito ou uma alma não podia fazer nada, meus braços passavam por corpos, pessoas correndo me atravessavam, como se eu fosse apenas ar, fosse apenas vácuo.

A única coisa que pareceu me ver foi um tipo de corvo, que na minha frente parou olhou dentro dos meus olhos e a única coisa que pude ver em seus olhos foi a imagem do inferno que me puxava, me sugava para dentro, como se eu estivesse dentro dos seus olhos um redemoinho de chamas me rodeavam e risos malignos me subiam a espinha me arrepiando completamente, essa criatura carregava em si o cheiro da morte.

###

Desesperada, dou um pulo na cama, acordo inteiramente suada e com a respiração ofegante, quase sem ar. Respiro fundo e tento me acalmar, pois foi apenas um pesadelo.

Como eu queria que tudo fosse apenas um pesadelo, mas não, não é. Talvez assim como na vida real, eu seja a culpada da morte das pessoas no pesadelo, e o fato de eu não poder fazer nada seja esse sentimento de impotência que ainda sinto.

Eu precisava saber o que aconteceu com o professor de história, então mesmo que eu queira ficar na cama o resto da minha vida não posso fugir desse inferno que ela é.

Me levanto, visto qualquer coisa, faço um rabo no cabelo e saio. Vou para a sala da diretora Riviere, perguntar sobre isso para ela.

Os corredores estavam vazios e quietos sem ao menos o barulho de uma sola de sapato batendo no chão. Faço o possível para não quebrar isso. Chegando lá posiciono minha mão para bater na porta quando escuto a voz aflita da diretora Riviere.

_ Mas como? Como alguém entrou sem ser visto? Nós temos ótimos vigias nada passaria pelos Narcans sem ser visto, são criaturas completamente fieis e sinceras.

_ Talvez ninguém tenha entrado. - Era a voz de um homem, mas eu nunca tinha ouvido está voz antes.

_ Você está insinuando que temos um traidor entre nós?

_ Talvez sim, qualquer um pode se fazer de bom samaritano e ter trocado o antiduo do professor Roger por aquele suco de cereja.

_ Não te disseram que ouvir conversa atrás da porta é feio?

Viro desesperada. Matheus quase me matou do coração, e antes que ele falasse mais algo, tampo sua boca com a minha mão, faço sinal para que ele fique quieto e que preste atenção no que estão falando.

_ E a menina como está?

_ Ela está bem, um aluno a achou no jardim. Quem morreu foi a outra.

_ Era Alicia Mesut que eles queriam morta, precisamos a proteger, pelo menos até descobrimos o por que a querem morta.

_ E o que será que fizeram com o antiduo?

_ Não faço ideia. – Respondeu a voz masculina.

_ Precisamos fazer outro antes que Roger se transforme novamente. Quero que você me traga as plantas necessárias para que eu faça o feitiço. – Diz a diretora Reviere.

_ Sim Sra. Riviere, estarão aqui essa tarde mesmo. – Diz o homem indo em direção a porta. Pois ouço passos se aproximando.

Como o corredor é em forma de L puxo Matheus para o outro lado.

Encostada na parede, olho cuidadosamente para o homem que saia da sala da diretora. Ele era alto de meia idade com barba mal feita e usava um casaco marrom claro comprido.

_ Quem é? – Matheus me pergunta.

_ Não sei. Matheus qual dos sete guardiões é o meu pai?

_ O guardião das almas, por que?

_ Por nada, só queria saber.

_ Você está bem? Conseguiu dormir? – Matheus me fitava, com um meio sorriso no rosto que me deixava desconcentrada e envergonhada.

Corei e olhei para baixo. _ É acho que estou, nem sei mais, talvez não deveria estar. Não consegui fechar os olhos a noite toda e pior quando comecei a cochilar tive um pesadelo horrível.

_ Como assim não deveria estar?

_ Matheus, Keity morreu por minha causa, agora tenho certeza disso.

_ Você deveria estar feliz por estar viva.

_ Enquanto outra pessoa morre por mim? Desculpe, mas eu não sou assim.

_ Fica aqui eu já volto.

_ Onde você vai? Matheus?

Mas já era tarde, Matheus foi novamente falar com aquele garoto esquisito com quem ele foi falar no meu primeiro dia.

Como ele pode ser tão lindo e tão chato ao mesmo tempo? Por que tem que ser tal mandão?

 (Matheus POV)

_ O que você ainda faz aqui? Não te mandei ir embora?

_ Relaxa Matheus, não vou fazer mal a ninguém. – Com um sorriso sínico diz: _ Não sou você.

_ Você nunca vai esquecer aquilo não é?

_ Quem sabe no dia em que eu o vingar.

_ Bom... Ainda estou esperando.

_ Na hora certa você vai ter o que merece.

Vejo Alicia atravessando o corredor.

_ Ei, ei, onde você está indo? Eu te disse para me esperar lá.

_ Cansei de te esperar, eu tenho mais o que fazer.

Adam entra na minha frente.

_ Olá me chamo Adam. Então você é a Alicia, prazer em conhecê-la.– Adam beija a mão de Alicia como se ainda estivéssemos nos sec. XIX.

_ Prazer, Adam. - Alicia responde com um sorriso.

Reviro meus olhos.

_ Há Matheus, vejo que descobriu que você também tem sentimentos.- Sinicamente Adam leva a mão a boca como se estivesse surpreso. _ Wow, você também é um tolo e um fraco.

_ Vamos Alicia, já perdi tempo demais aqui.- Seguro no seu braço e a arrasto para longe dali.

_ Como se conhecem? – Ela vira para olha-lo, que continua lá parado nos olhando com o mesmo sorriso sínico.

_ É uma longa história.

_ Eu tenho tempo.

_ Você não vai gostar de saber daquilo.

_ Eu aguento.

_ Não é uma boa imagem de mim.

_ Mas é a imagem de quem você realmente é. – Para na minha frente me pressionando.

_ Ta, ta bom eu conto. Foi há muito tempo. Você sabe que eu tenho missões, e uma das missões que eu tive foi arrancar o coração do líder de uma tribo de lobisomens, e esse era o pai de Adam. Quando eu arranquei o coração de Mark, Adam ficou muito abalado, pois era muito apegado ao pai. E nesse dia ele jurou que iria arrancar o meu coração assim como fiz com o seu pai. E eu apenas disse a ele que ele era um tolo por ter sentimentos, que os sentimentos só iriam o deixar ainda mais fraco.

_ Então Adam é um lobisomem? E está estudando aqui.

_ Sim.

_ Mas a diretora Riviere disse que filhos de criaturas com humanos não herdavam seus poderes.

_ Não “Filhos” de bruxos não herdam seus poderes, de lobisomens sim.

_ Por que?

_ Não sei, acho que deve ser porque os lobisomens não são nascidos da natureza, nasceram de uma maldição.

_ Que maldição?

_ Não sei.

_ E por que ele está estudando aqui?

_ Também não sei, mas irei descobrir.

_ Que menino desinformado. – Zomba.

_ Há- Há- Há, olha quem fala, a menina que á dois dias nem sabia o que era.

_ É você tem razão, preciso me informar.

_ Thomas. – Ela grita para ele que estava passando por nos.

_ Oi Alicia tudo bem?

_ Mais ou menos e você com está?

_ Mais ou menos também, todos estamos meio abalados ainda, mas vai ficar tudo bem.

_ É espero. Thomas você me ajuda a encontrar um livro na biblioteca?

_ Sim é claro.

_ Tchau Matheus.

Os dois vão em direção a biblioteca me deixando sozinho.

(Alicia POV)

_ Qual livro você quer que eu te ajude a achar? – Thomas pergunta.

_ Bom... Eu queria saber mais coisas sobre o meu pai e como o Matheus disse que ele é uns dos sete guardiões, pensei que poderia achar informações em algum livro.

_ Seu pai é um dos sete guardiões? Nossa que legal.

_ É deve ser algo legal.

_ Qual dos sete ele era?

_ Matheus me disse que ele era o guardião das almas.

_ Como ele sabe tanta coisa sobre você?

_ Ér...

_ Me desculpa Alicia, eu não deveria ter perguntado. Eu vou ver se encontro algo na estante do fundo. – Thomas me interrompe não me deixando terminar de falar.

_ Ta bom.

Ele me deixa sozinha com todos aqueles livros me cercando. Meus pensamentos começam a me questionar.

Agora que sei que meu pai era o guardião das almas tenho quase certeza de que isso tem algo haver com esse meu “dom” de ver almas. Preciso descobrir qual é essa ligação.

Entre muitos livros na estante um me chama a atenção.

Era velho, de tamanho médio, todo aveludado em azul escuro. O titulo era “Criaturas, monstros e outros”.

O abro, como é velho as paginas são amareladas e tem um cheiro muito forte de mofo. Começo a ler.

Capitulo 1 Criaturas Malignas

Demônios: São Criaturas de aparência humana, asas finas que saem de suas costas e pele que vária de um bege claro para um cinza triste, Gostam de causar o mal e o sofrimento, são criaturas sem alma, na bíblia são considerados os traidores, pois ...

Parei de ler por ai, pois já sabia do resto. Quando eu era mais nova minha mãe me levava para a igreja e lá eles me contavam toda a história e mesmo que eu continuasse a ler eu sei que algo dentro de mim lá no fundo me fazia querer acreditar que era mentira.

Eu sei que é loucura, mas eu sinto algo pelo Matheus. Não queria admitir para mim mesma, mas desde aquela noite em que o vi na floresta, ele mexeu comigo e muito. Finjo que não, mas é difícil não ficar nervosa quando ele está perto.

Me sinto tão bem e tão segura em seus braços, eu sei, isso é idiotice porque ele é um demônio, mal, frio e traidor... traidor?

Comecei a me lembrar da conversa da diretora Riviere com aquele homem.

 _ Talvez ninguém tenha entrado.

_ Você está insinuando que temos um traidor entre nós?

_ Talvez sim, qualquer um pode se fazer de bom samaritano e ter trocado o antiduo do professor Roger por aquele suco de cereja.

Não, não. Não pode ser, por que Matheus iria trocar o antidou do professor, isso não tem sentido.

_ Alicia, achei esse livro “Os sete guardiões” talvez possa te ajudar.

_ Ai Thomas você me assustou.

_ Desculpa Alicia.

_ Não foi nada, eu que to desligada aqui, mas muito obrigada pela ajuda.

_ Que isso sempre que precisar estou aqui, sempre. – Se aproxima muito de mim, ficamos a centímetros. Ele olha no fundo dos meus olhos, com aqueles lindos olhos cor de mel.

Olho para baixo e volto alguns passos para trás.

_ Srta. Marye, irei levar esses dois. – Digo me encaminhando para a mesa da bibliotecária.

_ Claro, querida. Quais são?

_ “Criaturas, monstros e outros” e “ Os sete Guardiões”.

_ Certo, não esqueça de devolver quando acabar de ler.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? tenho que mudar alguma coisa? digam a opinão de vocês, hehe. comentem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Escuridão - A chave" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.