Escuridão - A chave escrita por Queen K


Capítulo 5
E de repender asas...


Notas iniciais do capítulo

Me ajudem a divulgar a historia!
Obrigado



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No final do corredor avisto Jenny, mais duas garotas e um garoto, ela gesticula para que eu vá até lá. Chegando lá ela me apresenta os seus amigos.

_ Alicia essa é Anny. – Aponta para a garota de cabelos ruivos cacheados de sardas no rosto. Vira o seu braço para o garoto alto de cabelos castanhos escuros e olhos cor de mel ao seu lado. _ Esse é Thomas, e essa é Keity. – Uma garota de cabelos lisos também castanhos e olhos verdes, bem parecida com Jenny que tem cabelos negros lisos e olhos verdes.

Eles me cumprimentam, parecem ser legais. Fico meio envergonhada, pois não sou muito de fazer amigos.

_ Você vai começar as aulas só amanha?- Pergunta Keity, tentando puxar assunto.

_ Bom eu não sei, acho que deveria ter visto isso com a Srt. San, mas... – Não termino a frase.

_ Como você chegou as 11h, tem o resto da tarde para conhecer a escola, é sempre assim. – Diz Anny.

_ Como sabe que cheguei as 11h?

_ Eu te vi entrar, com sua mãe.


( Matheus POV)

Onde aquela garota se meteu?

Já estou ficando sem paciência, pensei que ter que cuidar de humanos era mais fácil.

Ali, achei.

Ah a loirinha já fez novos amigos.

_ Achei você.

_ Matheus agora não.

_ Pensei que ao menos iria querer seu celular de volta.

_ Me devolve. – Tenta pegar a força da minha mão, mas não a deixo pegar.

_ Sua amiguinha ligou de novo, disse a ela que não sabia onde você estava e que depois você ligaria. – Devolvo o celular na mão dela.

_ Ta depois eu ligo pra ela.

_ Vamos ainda tenho que te mostrar o jardim.

_ Depois você me mostra, agora estou ocupada.

_ Eu preciso falar com você.

_ Vai lá Alicia, depois a gente se vê. – Interrompe a garota de cabelos negros.

_ Ta bom, vamos lá.

_ Vejo que já fez novos amigos, vai se esquecer de mim. – Digo num tom irônico.

_ Matheus não sai de lá para ficar ouvindo suas brincadeiras.

_ Há, venha, tem um lugar aqui que você vai gostar.

_ Há é e como sabe?

_ Te conheço mais do que você pensa.

Á levo por um caminho de peônias brancas, depois passamos por umas arvores enormes e por uma pequena fonte.

Então chegamos a duas grandes arvores muito juntas, seus galhos se entrelaçam e a única forma de passar para o outro lado é se abaixando e passando entre elas.

_ Vem, abaixa.

_ A onde você vai me levar?

_ Calma já já você vai ver.

Após passarmos por entre as arvores chegamos a um pequeno riacho e uma cachoeira na extremidade da escola, há varias arvores menores e flores diferentes.

Fico apenas observando a forma como Alicia olha maravilhada para aquele lugar que até mesmo eu, um demônio acho lindo.

_ Por que me trouxe aqui?

_ Achei que iria gostar.

_ É muito lindo. – Se aproxima do riacho e observa os pequenos peixes coloridos.

Me aproximo dela e começo a sentir uma sensação esquisita, diferente, como nunca havia sentido antes, então me retraio um pouco, pois seja lá o que estou sentindo não deveria sentir.

_ O que você precisava conversar comigo?

_ Amanhã de manha a diretora Riviere, vai até o seu quarto para conversar com você e para te explica o por quê de você estar aqui. Quero que me conte tudo o que ela te dizer.

_ Por quê?

_ Porque para te proteger eu preciso saber do que, e como te proteger, preciso saber sobre o teu passado antes mesmo de você ter saído da barriga da sua mãe.

_ Isso nem eu sei.

_ Bom eu posso te ajudar a descobrir.

_ E por que eu confiaria em você?

_ Porque eu sou o único aqui que você sabe que só quero te proteger.

_ E por que tem que me proteger?

_ Porque por enquanto essa é a minha missão.

_ O que você é?

_ Isso você ainda não pode saber.

_ Por que?

_ Chega de por quês.

_ Está bom.

(Alicia POV)

Terça-feira, 8h da manhã.

TOC, TOC. _ Alicia você já está acordada? É a diretora Riviere.

Acordo assustada. _ Diretora Riviere, sim, sim, só um minuto.

Levanto as presas tento dar uma arrumada no cabelo e abro a porta.

_ Entre.

_ Desculpe estar incomodando tão cedo, mas precisava conversar com você a sós.

_ Não há incomodo algum.

_ Então minha querida, você está aqui para ter uma boa educação e poder estar segura das coisas extraordinárias ( Assim prefiro chamar). Bom acho que você deve saber que bruxos, demônios e outras criaturas existem?

_ É fiquei sabendo a pouco tempo.

_ Eles também podem andar na terra como você, e assim conhecem humanos, mas então algumas criaturas se apaixonam pelos humanos e desse amor nasce um presente preciso. Você está me entendendo?

_ Sim, você quer dizer filhos de criaturas e humanos. Como eu.

_ Isso, vocês precisam ser protegidos do sobrenatural e é ai que a nossa escola entra.

_ Diretora, alguns podem herdar poderes dos seus pais?

_ Não, nenhum humano filho de qualquer criatura que exista herda seus poderes. Eles continuam sendo apenas humanos, assim como você. Mas por quê?

_ por nada apenas fiquei curiosa.

_ Mais alguma pergunta?

_ Não.

_ Obrigada, Srt. Mesut. Agora vá se arrumar, desça e tome seu café no refeitório, falta apenas 30 min para começar a sua primeira aula, ai na escrivaninha está todo o material que você irá precisar e o horário das suas aulas. Com licença. – Diz enquanto se retira.

Me visto rapidamente, com pressa pego o material da escrivaninha e desço até o refeitório, que Matheus me mostrou onde fica.

Eu pensei que ver almas tinha algo a ver com o meu pai, mas não. Achei que talvez por ele se bruxo ele via almas e eu poderia ter herdado isso dele, porem me enganei.

Chegando lá avisto Jenny, Anny, Keity e Thomas. Jenny me chama para ir sentar com eles. Pego o meu café e vou até a mesa onde estão.

_Oi bom dia, Alicia senta aqui com a gente ou você vai sentar com o seu bonitão de olhos verdes? – Diz Jenny.

_ Quem?

_ Ali. – Aponta para a cabeça em direção a onde Matheus está sentado.

_ Há nada ver. – Coloco meu café em cima da mesa. Thomas puxa a cadeira para mim sentar, num gesto educado.

Me sento, tomo meu café, e converso com eles. Mal percebo que o tempo passou, mas o sinal da primeira aula já tinha tocado.

Minha primeira aula é de Artes, caminho até a sala e me sento na segunda carteira da primeira fileira perto da porta, as mesas estão colocadas em dupla.

Thomas entra na sala sozinho.

_ Posso me sentar ao seu lado?

_ É claro. – Digo.

Pela primeira vez estão tentando fazer amizade comigo.

Depois entram algumas pessoas que não conheço e Jenny, Keity e Matheus.

Jenny e Keity sentam atrás de mim e do Thomas, Matheus senta na ultima carteira do fundo.

A professora chega e a classe fica em silencio.

_ Meu nome é Louri, para os alunos novos. Bom... Para começar nossas aulas desses ano, vou dar a vocês uma atividade em dupla muito fácil, quero que vocês desenhem nas telas que irei montar, o que fizeram nas férias de vocês, após isso quero que vocês passem as telas para o colega do lado tentar descobrir o que vocês querem dizer com os desenhos.

Nem vejo as horas passarem, o sinal do fim da terceira aula toca. A muito tempo não passo tanto tempo rindo com amigos, nem me lembrava mais de como isso era bom. Nunca fiz amizades tão facilmente.

Saio da sala para o intervalo, avisto Matheus que ficou sem dizer uma palavra a manhã inteira.

_ Matheus.- Ele vira e quando me vê para.

_ Oi Alicia.

_ O que ouve com você por que está tão quieto?

_ Comigo? Nada, apenas não gosto de falar com ninguém.

_ Por que você é tão esquisito?

_ Você me acha esquisito? – Disse sorrindo.

_ Sim. – Também sorri.

_ O que... Não aqui não é um bom lugar pra falar sobre isso.- Venha. - Me leva até um ponto do jardim que está mais vazio.

_ Aqui está melhor. Então o que Diretora Riviere te disse?

Ela me disse estamos aqui para ter uma boa educação e para estarmos protegidos do sobrenatural. E apenas disse que criaturas também andam pela terra e se apaixonam por humanos, e dai nascem os filhos. Por que nos filhos de criaturas temos que ser protegidos?

_ Só isso?

_ Sim.

_ Então estão te escondendo boa parte da historia.

_ O que estão me escondendo?

_ A única filha de criaturas aqui que tem que ser protegida é você.

_ O que? Por que?

_ Porque a sua mãe não escolheu se apaixonar por um simples bruxo, não escolheu logo se apaixonar por um dos sete guardiões. Os sete bruxos mais poderosos que existem. Quando você nasceu foi a primeira humana a ser filha de um guardião, desrespeitando as leis da naturais e é lógico que a isso teve consequências. Mas só quero saber o por que elas só estão aparecendo agora, você já tem 16 anos está preste a completar 17 e só agora estão atrás de você. Precisamos descobrir o por que.

(Terça-feira, 8h e 30 da noite)

_ Alicia você pode ir comigo até a sala do professor de historia antes de subir para o seu quarto? É que está anoitecendo e eu fico com medo de ficar aqui em baixo sozinha. – Diz Keity.

_ É claro que sim. – Respondo.

_ Deixa de ser medrosa Keity. – Zomba Jenny.

_ Não ligue para ela.- Digo a Keity.

Jenny, Anny e Thomas se despendem da gente e sobem.

Chegamos até a sala do professor, que é a ultima, depois há apenas a imensidão de arvores do jardim.

A porta está aberta, entramos mas nos deparamos com uma cena horrível, era inacreditável mas o professor estava se transformando em um ... lobisomem.

_ Corram meninas, corram dizia enquanto luta com sigo mesmo.

Mas já era tarde de mais seus olhos ficaram vermelhos e enormes, e então saiu correndo trás da gente que fomos em direção das arvores.

Keity foi para o lado direito e eu para o esquerdo. Corro desesperada e a única coisa que consigo ouvir são os gritos horrorizados de Keity e os ganidos assustadores do lobisomem. Chego em uma parede sem saída, e de repender assas, asas negras com mechas douradas me levantam do chão, são as coisas mais magníficas que já vi.



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Notas finais do capítulo

Então o que estão achando? comentem!!!