Escuridão - A chave escrita por Queen K


Capítulo 21
O conto de fadas de Hanna


Notas iniciais do capítulo

Capitulo extra kkk
Ai ficou tão kawai (FOFO)
Gostei muito dele
Bom... Boa leitura!
Quero reviews



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(Hanna POV)

Thomas estava no salão principal sentado em um dos sofás da recepção, onde eu o obervava há algum tempo e então tomei coragem para ir até ele, andei com um pouco de recesso e parei enfrente a ele.

_ Thomas você está bem, em relação ao que Alicia te disse? – Perguntei com medo de machuca-lo.

_ Não posso dizer que estou bem, porque ainda dói, mas o que eu poderia fazer? Fui um tolo em me iludir, pois estava claro nos olhos de Alicia que ela o amava. – Respondeu ele abaixando o olhar com uma expressão triste e dolorosa.

_ Thomas eu sei o quanto dói amar alguém que deixa claro que ama outra pessoa, mas mesmo assim estou de pé e te peço para tentar colocar um sorriso no rosto, pois sem ele o dia perde a cor e o seu sorriso é tão lindo. – Falei tentando manter um sorriso no rosto, mas não pude conter que meus olhos lagrimejassem.

O garoto ergueu o olhar para me ver e me lançou um sorriso tímido, mas sincero. Não pude conter que em meus lábios um sorriso também brotasse e minhas bochechas corassem. Um calor bom cresceu dentro de mim me fazendo desviar o meu olhar envergonhado, assim fitando o chão.

_ Obrigado. – Disse ele ainda me olhando com o seu sorriso perfeito.

_ Thomas Martinez você irá para casa nesse feriado querendo ou não, suas malas já estão feitas, mandei Joshua fazê-las.– Uma bela e fina senhora apareceu atrás de mim.

_ Tia Elizabeth a Sra. Não deveria ter feito isso sem a minha permissão e quanto a Joshua ter feito as minhas malas a Sra. Já sabe o que penso a respeito disso e sabe muito bem que eu mesmo poderia ter feito. Joshua é uma pessoa e não um capacho. – Thomas a respondeu com calma e certa indiferença no tom de voz.

_ Vós querido sobrinho sabeis que não me importo com tua opinião sobre Joshua e sobre minhas ordens. Agora vamos. E quanto a essa senhorita quem é? Tenho que falar como vosso tio a respeito das tuas companhias e do lugar onde te meteu. – Disse a senhora me lançando um olhar esnobe.

_ Essa senhorita é Hanna Riviere, filha da diretora Riviere. Minhas companhias titia são pessoas normais, não seres esnobes e sem moral como vocês.

_ Thomas. – Falei o repreendendo pela forma como falou com a sua tia.

_ Não ligues menina, Thomas não sabe respeitar os seus soberanos e familiares tudo culpa da sua mãe que nunca soube ter pulso firme com ele. E quanto as suas ofensas sobrinho há tempo não me atinges mais. – Respondeu a mulher dura.

_ Irei subir para o meu quarto me arrumar. – Thomas disse e começou a caminhar em direção a escada sem esperar pela resposta de sua tia.

_ Thomas, espera também vou subir. – Falei indo ao seu encontro.

Ele apenas parou e me esperou.

_ Você vai mesmo para Londres? – Perguntei depois que subimos a escada.

_ Estou sendo obrigado, mas e você Hanna o que vai fazer no seu feriado?

_ Nada. – Respondi sorrindo.

_ E se... Hanna eu já sei você irá para o castelo real comigo, assim não me sinto tão só lá. A verdade é que desde que minha mãe morreu me sinto sozinho naquele castelo enorme e isso é também uns dos motivos porque não quero voltar. – Disse perdendo a empolgação que tinha quando começou a falar.

_ Eu ir para Londres? Ta brincando. – Gritei eufórica.

_ Não, não estou brincando. – Respondeu ele rindo.

_ Mas e os seus tios? Eles não iram permitir.

_ Meu tio Charles não se importa de eu levar amigos para casa, e tia Elizabeth não me importo com a opinião dela e você também não deve se importar. Aceita a passar esse feriado comigo em Londres, senhorita Hanna? – Perguntou fazendo reverencia como um verdadeiro príncipe.

_ Não sei não. – Respondi franzindo o cenho.

_ Há, por favor, diz que sim? – Pediu com uma carinha tão fofa que não pude dizer não.

_ Tudo bem eu aceito, vossa majestade. – Ri.

_ Tudo menos vossa majestade, Hanna. – Disse ele também rindo.

_ Mas fica bonitinho te chamar assim.

_ Mas prefiro que me chame de Thomas, não há nada de majestoso em mim sou apenas um garoto normal. – Sorriu.

_ Você é tão modesto, como se não se importasse em ser da realeza.

_ Na verdade não me importo mesmo. – Me olhou e abriu um belo sorriso.

_ E isso é tão bonito em você, não se importa com o poder, age como se todos fossem iguais, como se não houvesse diferença ser um nobre.

O garoto me olhou de uma forma tão terna e singela com um simples sorriso feliz no rosto, que me deixou sem jeito.

_ Na verdade não há. – segurou minha mão e me puxou para o corredor, seu simples toque em minha pele fez com que eu sentisse aquela sensação boba de borboletas no estomago.

_ Faça as suas malas, vou ver se Joshua precisa da minha ajuda. – Thomas me lançou um sorriso satisfeito e me deixou em frente ao meu quarto.

Entrei no quarto sorrindo sozinha. Seu sorriso me embriagava. Como ele pode ser tão perfeito? Pensei como uma boba apaixonada.

Arrumei minha mala rapidamente e fui até a diretoria, eu não poderia ir para Londres sem antes falar com minha mãe.

Ela ficou meio duvidosa pela minha insistência em ir, mas me deu permissão.

Voltei para o meu quarto arrumar o meu cabelo. Eu não era muito fã de maquiagem, mas passei um batom rosa cobre que combinava com a minha pele clara.

Houve batidas na porta, a abri e era Thomas.

_ Pronta? – Sorriu mostrando os dentes.

_ Sim. – O respondi pegando minha mala da cama.

Voltamos a caminhar em direção a recepção, onde Elizabeth e Joshua nos esperavam.

_ Avisou a sua mãe? – Perguntou ele.

_ Sim. – Respondi. _ E você disse a sua tia que também irei?

_ Sim. – Respondeu ele com um olhar vago e sorriu.

_ E qual foi á reação dela? – Perguntei desconfiada.

_ Thomas, no que está pensando garoto? – Disse ele tentando imitar o sotaque britânico dela.

Eu ri da sua imitação.

_ É ela não gostou de mim. – Falei ainda conservando o sorriso.

_ Fiquei feliz por ter aceitado o meu convite. – Disse ele com um belo sorriso.

Thomas se aproximou de mim e pegou minha única mala que carregava.

_ Obrigada. – falei timidamente enquanto erguia os meus óculos que estavam escorregando.

Descemos á escada. A tia de Thomas me olhou com um certo desgosto, como se não me quisesse lá, mas não me importei. Joshua quis pegar minha mala com Thomas para também leva-la, mas quase derrubou as outras de suas mãos. Thomas recusou e ainda pegou uma das malas que o serviçal levava, para ajuda-lo.

Fomos para o estacionamento, o motorista nos esperava em uma BMW Limited, preta, magnífica. Joshua e Thomas colocaram as malas no porta-malas e entramos no carro. Por dentro era ainda mais bonito. Os estofados dos bancos eram em couro e os acabamentos com detalhes em madeira branca. O motorista seguiu caminho á o aeroporto que não ficava muito longe da escola. Chegando lá fomos direto para uma ala direcionada apenas a eles onde um jatinho particular esperava por nós.

Fiquei maravilhada com tudo aquilo e apenas admirei todo aquele luxo calada.

Me sentei ao lado de Thomas no jatinho, os bancos eram todos em couro branco. Thomas apenas observava a minha expressão maravilhada com tudo aquilo.

Quando o jatinho começou a decolar fiquei com um pouco de medo, mas depois passou. Encostei minha cabeça na janela e fiquei obsevando tudo diminuir, enquanto nós subíamos.

Acordei com o olhar de Thomas sobre mim. Mal percebi, mas dormi a viagem toda. Thomas me olhava com um meio sorriso e estava com o cabelo todo bagunçado. Suas mechas lisas castanho-claro estavam caídas sobres os seus olhos cor de mel.

_ Você fica tão bonitinha dormindo. – disse ele. Instintivamente corei.

_ E o seu cabelo está lindo. – Falei rindo, num propósito de retirar a atenção dele de mim.

_ Melhorou? – Perguntou ele arrumando o cabelo.

_ Sim, mas como estava também estava bom. – Respondi com raiva das minhas bochechas que coravam cada vez mais.

Ele sorriu e abaixou o olhar, meio envergonhado pela forma como eu o olhava.

_ Chegamos. – Disse ele com um sorriso.

Descemos e um outro carro preto, que eu não sei a marca, nos esperava no aeroporto. Entramos nele e seguimos mais um longo caminho até o castelo real.

Eu nunca tinha ido para Londres e a cada rua que passávamos eu me apaixonava pelo lugar, pela arquitetura de design urbano e pelas paisagens.

Após um bom tempo chegamos ao castelo. Ao descer do carro eu não acreditei como aquilo era enorme e perfeito, aquela arquitetura medieval, suas torres pontiagudas estilo gótico eram muito altas. A pintura do castelo toda em branco que constatava com telhado azul acinzentado, deixando tudo em uma perfeita harmonia de cores. Por todos os lados havia metros e metros de jardins floridos e calmos.

_ Hanna, vamos? – Perguntou Thomas me fazendo voltar a si.

Eu mal tinha percebido, a mulher e Joshua já estavam quase na entrada do castelo e eu e Thomas ainda estávamos parados no mesmo lugar.

_ Me desculpe. Fiquei admirada com a beleza desse lugar. – Pedi enquanto andava em sua direção.

Andamos um pouco e chegamos até o hall de entrada do castelo. Elizabeth e Joshua já haviam sumido na imensidão do lugar.

Eu mal tinha entrado e já estava abobada com a beleza do castelo. Eu não tenho palavras para descrever o que senti, era como se eu estivesse em um conto de fadas. Eu e Thomas ali naquele imenso castelo real.

Thomas me levou até a cozinha para comermos algo, mas os empregados nos serviram um verdadeiro banquete real. Depois Thomas me mostrou cada canto do castelo, passamos a tarde toda nisso, até que então ele decidiu me levar para conhecer os seus tios. O rei Charles e a rainha Claire.

Eu estava nervosa, Thomas me levou para o jardim atrás do castelo que era onde eles estavam.

_ Não fique nervosa Hanna, eles são esnobes, mas muitos mais legais e gentis que tia Elizabeth.

_ Vou tentar. – Respondi sorrindo.

_ Tio Charles e tia Claire. – Disse ele fazendo reverencias. _ Essa é minha colega Hanna Riviere, ela ira passar o feriado conosco.

_ Olá Hanna. – Disseram em uníssono. ­­­

_ Fique a vontade querida. – Disse Claire com uma voz doce.

_ Obrigada. – A respondi envergonhada.

_ Iremos entrar, sinta-se em casa Hanna. – Me falou Charles caminhando com Claire para o castelo.

_ Vem quero te mostrar o riacho. – Disse Thomas me puxando pela mão.

O garoto correu me arrastando até um lindo e longo riacho que ficava no fundo do jardim.

A água corria calmamente e o vento fazia as poucas árvores balançarem em sintonia. A grama era de um verde profundo e vivo, alguns grupos de flores coloridas e pequenas moitas cercaram o lugar. Apenas eu vi algumas fadas pousadas sobre as árvores e voando por entre as flores. Elas riam e mostravam gostar da minha presença.

_ Esse lugar é lindo. – Falei maravilhada.

_ Adoro passar minhas tardes aqui. – Disse Thomas se sentando em um banquinho de madeira ao lado do riacho.

Me sentei ao seu lado.

_ Hanna é tão bom ter você aqui. – Disse ele meio envergonhado.

_ Eu adoro estar com você, Thomas.

_ Seus olhos são lindos, não sei como não reparei neles antes. – Disse o garoto colocando a minha volumosa franza cinza atrás da orelha. Fiquei sem ar, o seu rosto estava a centímetros do meu, eu podia sentir a sua respiração tocando o meu rosto. Corei e olhei para o lado.

_ Hanna por que você sempre viveu tão isolada? Há tanto tempo estudo naquela escola e sempre te vi sozinha pelo jardim.

_ V-você reparava em mim? – Perguntei surpresa e feliz ao mesmo tempo.

_ Sim. – Respondeu ele olhando para lindo por do sol a nossa frente.

_ Eu sou uma pessoa muito tímida e a única bruxa de sangue puro naquela escola, quando eu me aproximava das pessoas eu era a diferente, a esquisita. Então preferi me isolar até que Alicia apareceu e me ofereceu sua amizade. Você, ela e Jenny são os únicos que me aceitaram assim como sou.

_ Deve ser tão bom ser sangue puro. – Disse Thomas olhando para o riacho com uma expressão vaga. _ Eu queria ser sangue puro, assim como você e o meu pai; queria enxergar a magia da vida; eu queria ver e sentir a natureza tal como verdadeiramente é.

_ Para senti-la basta você se permitir, é claro que não vai ser da mesma forma como sinto, mas se você permitir a brisa do vento te passar o frescor e os aromas das folhas e flores que trás com si de muito longe. Vai ver como essa sensação é boa, como a natureza tem o poder de deixar tudo melhor.

_ Eu sinto isso quando estou perto de você. – nesse momento meu coração quis saltar do meu peito. _ Quando estou com você é muito mais fácil de sentir a natureza a minha volta e essa sensação calmante e reconfortante, tudo fica mais fácil, como se a dor fosse muito menor aqui dentro de mim. – Continuou ele.

Comecei a puxar o ar mais ofegante pela forma como suas palavras mexeram comigo. Ao mesmo tempo que era bom era doloroso, pois eu sabia que a dor que ele sentia era por amar Alicia.

Eu queria tanto poder retirar esse amor de dentro dele, assim retirando a sua dor.

_ Você não sabe o quão bom é pra mim ouvir isso. – Falei sorrindo.

_ Hanna desde que saímos da escola é como se algo me ligasse a você. Agora aqui sentado ao seu lado percebi que eu ainda não havia reparado que os seu olhos são o retrado do mar; em como seu rosto ingênuo e delicado cora quando toco nele; e em como você fica linda assim envergonhada.

Ele passava a mão em meu rosto e o sentimento gritava de mim, eu mal conseguia respirar. Era como se ele roubasse o meu ar e libertasse de dentro de mim o amor mais puro e forte que já senti em minha vida.

_ Thomas. – Disse inebriada, minha voz saiu fraca e baixa como em um sussurro.

Ele levou a mão a minha nuca á enroscando em meus cabelos. Calmamente levou meu rosto para perto do seu e com delicadeza encostou os seus lábios nos meus, me beijando de uma forma doce e delicada. Fazendo uma chama crescer dentro de mim, me queimando cada vez que seus lábios tocavam os meus na doce calma que me beijava transportando um sentimento que crescia dentro de nós. Sentimento que até então parecia não existir.



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Notas finais do capítulo

Era como se ele roubasse o meu ar e libertasse de dentro de mim o amor mais puro e forte que já senti em minha vida.
Adorei essa parte kkkk
E vcs do que gostaram? O que acharam?



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