Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 59
Capítulo 59 - Esquecer ou Lembrar?


Notas iniciais do capítulo

Estávamos no meio de um capítulo via chat no gtalk quando um comentário chegou do nyah e decidimos dar um pulinho aqui programar esse capítulo.
Esperamos muito que gostem :)



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Se havia algo que incomodava profundamente Rosalie era o fato de estar sendo ignorada naquele instante. Emmett estava em meio a uma conversa chata de negócios ainda, “tão típico dele”, e ela nem ao menos conhecia alguém mais por ali. Tudo bem que ela conhecia muita gente ali e costumava destilar seu veneno em cada um deles constantemente. Mas, no momento, ela não conseguia pensar em provocar mais ninguém, já que seus olhos estavam colados em um ponto especifico do salão.

Lucy ainda parecia levemente chateada ao longe, e esse era o único ponto positivo que Rosalie via. Royce, por outro lado, como ela odiava a capacidade que ele tinha de parecer não se importar com o que ela dizia. Embora ela imaginasse que lá no fundo ele quisesse gritar com ela e mandá-la calar a boca. Uma vez ela já havia conhecido um Royce impulsivo naquele homem, um que perdia a cabeça quando ela o provocava. Mas, com o tempo, uma serenidade que ele não tinha antes havia surgido e isso a irritava muito.

Nettie havia desistido da ligação, já que a chamada parecia não cair em nenhum outro lugar que não fosse a caixa postal. Ela estava preocupada com isso, talvez Jasper estivesse precisando de ajuda... Afinal, ela lembrava claramente que Gertrudes havia confirmado que ele não estava ali. Foi isso que a fez voltar até a amiga, ela precisava saber o que ela achava daquela história, se sabia de algo.

Nettie chegou e se sentou em uma das cadeiras na mesa em que os dois estavam. Nenhum deles fez qualquer comentário e ela achou que era melhor expor seu ponto de vista ali. Foi só tomar uma pouquinho de coragem, mas Royce levantou naquele instante.

- Bem, eu peço licença, mas preciso cumprir com uma promessa – ele disse se afastando, enquanto as duas se encaravam sem entender.

- Do que ele está falando? – Nettie perguntou.

- Não faço ideia... – Lucy deu de ombros, mas não conseguiu parar de segui-lo com o olhar.

Royce ainda olhou no relógio uma última vez, perguntando a si em pensamentos se havia alguma chance de Jasper aparecer ali ainda ou não. Mas, como ele já havia visto uma movimentação diferente, ele sabia que não havia mais tempo para esperas. Ele seguiu até um senhor, que havia aparecido na delegacia algumas vezes quando os advogados prestavam alguma queixa sobre ameaças.

Ele chegou ao lado do senhor, que o reconheceu de vista. Não foi difícil para que logo eles começassem a conversar e prontamente o senhor aceitou o que Royce tinha a lhe dizer. Ma se por um lado o senhor parecia contente com aquilo, por outro, Rosalie, Nettie e Lucy não faziam ideia de o que ele fazia ao conversar com o chefe da Ordem dos Advogados.

- Eles se conhecem? – Nettie perguntou atônita.

- Aparentemente... Mas eu não fazia ideia – Lucy respondeu, sem tirar os olhos da cena a sua frente.

- Cheio de mistérios seu amigo, hein?

- A propósito – Lucy balançou a cabeça e encarou Nettie – nós estudamos juntos e eu não me lembrava nada dele... O que você lembra?

- Estudamos? – Nettie pasmou e voltou a olhar para Royce. – Jura?

- Sim! Ele é pai da Heide, sabe aquela amiguinha da Jane?

- Heide? Ohh – e ela se impressionou a ligar o nome a pessoa – então isso explica a Rosalie vir atormentá-lo! Eu lembro que eles eram um casal... – ela foi diminuindo a voz ao falar.

- É, eu sei. Heide tem que ter uma mãe, não é?

- Uma mãe, sim claro. Mas justo aquela megera?

- O mundo não é perfeito, não é? – ela disse dando de ombros.

- Judiação com a menina... Mas, é sim, isso explica o porquê da loira não parar de olhá-lo e já ter tomado mais que o marido até agora.

- Ela está enchendo a cara? – Lucy não conseguiu esconder um sorrisinho na voz.

- Pois sim, deve estar se roendo de ciúmes! Mas é melhor você não olhar para ela agora, pois ela vai desconfiar – Nettie comentou, já que de onde estava podia ver Rosalie, mas Lucy teria que virar-se para visualizá-la.

- Vou me segurar, mas estou curiosa, viu?

- E eu estou curiosa com o que ele vai fazer lá – ela apontou para Royce e logo a amiga estava se esquecendo de Rose e voltava a olhá-lo também.

O senhor parecia concordar com o que quer que Royce tenha dito a ele, isso era muito visível de qualquer ponto do salão. Mas a surpresa foi maior ainda quando Royce permaneceu ali com ele, quando o senhor se preparou para subir ao microfone e comentar sobre o motivo diferenciado daquela reunião entre os advogados.

E como de praxe, após os cumprimentos de ‘boa noite’ entre ele e as pessoas que o ouviam, ele colocou-se a falar sobre o motivo da festa anual dada pela ordem aos advogados, com o intuito de aproximar os profissionais ainda mais e tentar desfazer picuinhas. A verdade era que sempre acontecia quase que o oposto, pois era nesses momentos que as pessoas aproveitavam para difamar aqueles que perderam casos contra si, mas enfim, todos ali faziam a melhor cara de criança comportada enquanto o avô está discursando sobre o certo e o errado.

Após a abertura simbólica normal, porém, não havia como esperar outro assunto senão a homenagem já anunciada a Maria. Lucy, por si só, já estava com os olhos marejados, tentando forças as teimosas lágrimas que queriam dar sinal de vida a pararem ali.

- Meus amigos, sei que todos os colegas presentes souberam do terrível acidente com uma de nossas companheiras de profissão, a senhora Maria Amara Garcia Whitlock. Temos aqui presentes sua cunhada, Lucy, que também é nossa querida amiga de profissão, e também o senhor Royce King, que está aqui para falar sobre essa nossa amiga, a pedido de seus familiares.

- Ele vai o que?! - Nettie reagiu pasma, mas tentou não gritar. – Você sabia disso?

- Não fazia ideia! – Lucy respondeu ainda atordoada, enquanto Royce tomava o lugar do senhor.

Embora a vontade dele fosse a de sumir dali ao encarar aquele monte de rostos o encarando curiosos. Royce respirou fundo e pensou na promessa que havia feito para Jasper. Ele também se lembrou de sua amizade com Maria e sabia que não poderia decepcioná-la, afinal, ela nunca havia falhado em nada com ele.

* * * * *

Mais alguns quarteirões e lá estavam eles. Embora por todo o caminho eles tenham relembrado um pouco da bagunça na cozinha e a forma como derrubaram ou foram derrubados, eles já estavam parados a frente do prédio e Alice.

- Bem, e eu me escondo aqui – ela disse sorridente.

- É um esconderijo aparentemente bem normal, não? – ele disse descontraído. – Bin Laden é seu vizinho?

- Sim, ele dorme na garagem, mas... shiuu... não conte ao Obama, ok? O Bin até é bonzinho – ela fez uma cara de super séria enquanto diminuía o tom de voz para parecer que confidenciava aquilo

- Oh, sim, não vamos. Eu sei guardar segredo – ele piscou.

- Muito bom saber e... – ela ia abrir a porta mas se voltou a ele de novo – eu até te convidaria para entrar, mas...

- Acha que o Osama não vai gostar? Sei, entendo... – ele diz em tom de brincadeira e depois se fazendo de compreensível.

Alice riu, claro que não se referia aquilo, ninguém morava em sua garagem, terrorista ou não. E, bem, o terrorista em questão estava bem morto até onde ela lembrava. Mas o fato é que se preocupava com o tempo em que as crianças estavam sós e...por outro lado, sabia que se Esme estivesse por ali a probabilidade de uma confusão acontecer seria grande.

Como ela não respondia nada, Jasper analisou a mudança de humor dela, indo de uma cara feliz e sorridente para um vinco de preocupação em sua testa.

- E isso quer dizer que? – ele deixou a pergunta no ar e ela balançou a cabeça para se situar antes e responder.

- Acha seguro mesmo deixar as crianças com Gertrudes? – Alice perguntou séria.

- Confio plenamente nela, porque? – ele ficou confuso.

- Não por ela, claro, mas eles não poderiam fazer mau a ela, não?

- Ah, não, eles são uns pestinhas, mas a amam, tenho certeza. Não precisa ficar com essa cara de: você chegará e encontrará sua governanta amarrada na sala e sues filhos com tocha na mão.

- Oh, Deus, nem brinque! Pobre Gertrudes! E, bem, então... – e ela não sabia que desculpa dar.

- Então?

- Eu vou, não é? – ela disse dando de ombros e por instinto acabou ando um beijo no rosto de Jasper que ficou estático com a atitude inesperada dela.

Quando se afastou foi que Alice caiu em si de novo e ficou totalmente vermelha de vergonha pelo que havia feito. Imediatamente ela tentou encontrar palavras para se desculpar, mas como nada lhe veio em mente ela simplesmente abriu a porta do carro e saiu, torcendo imensamente para que ele não fizesse nada e não fosse atrás dela.

A cada passo que dava até a portaria ela rezava mentalmente para que Jasper não saísse do carro e muito menos Esme surgisse a sua frente. Quando parou em frente ao portão, ela criou coragem para olhar para trás, isso enquanto o porteiro saia de sua cabine para abri-lo para ela. Jasper não parecia zangado, então ela apenas acenou e entrou em seguida. 

Aliás, ela ficou muito feliz ao ver que o porteiro não era Demitri e sim um senhor que cobria faltas esporádicas e nem ao menos conhecia Rafael. Ela o cumprimentou e seguiu rapidamente para o elevador, não dando chance para ser interrogada. Já lá dentro, percebeu que tremia feito louca e encostou a cabeça na parede de espelhos se difamando mentalmente. “Sua louca! Como você dá um beijo de tchau no seu chefe? Ele nem é seu amigo! E se o Demitri vê uma cena dessas e pensa besteira? Alice, sua idiota, vão pensar coisa errada de você!”

* * * * *

Lucy se arrumou ainda mais na cadeira, inquieta pelo fato e Royce não começar a falar nada até então. Nettie então era pura curiosidade quanto ao fato de Rosalie estar boquiaberta ali, claramente difamando mentalmente o ex, enquanto Emmett parecia apenas prestar atenção.

Após o primeiro cumprimento geral, Royce sabia que não havia volta. Era melhor começar a falar de uma vez, afinal, uma vez passado o nervosismo inicial as coisas não costumavam dar errado, certo? Ao menos era isso que ele tinha em mente.

- Estou aqui esta noite para agradecer a homenagem a senhora Whitlock, em nome de seu marido e de sua cunhada. Ele não pode estar aqui esta noite, pois, agora sozinho, não teve como se ausentar com sua filha doente. Problemas de pai solteiro, não é? – e dito isso ele pode ouvir uns risinhos, o que significava que certamente ninguém estava levando tão por mau as coisas. – Quanto nossa adorada Lucy, ela esta profundamente abalada ainda e embora esteja aqui conosco, ela não se sentiu confortável o suficiente para estar aqui.

Lucy sentia olhares as suas costas, mas Nettie pegou a mão dela por cima da mesa. Ela nem havia notado que seus olhos estavam começando a ficar embaçados e que logo poderia chorar. Realmente, em uma coisa ele estava certo, o simples fato de tocarem no nome da amiga já a abalava, imagine pisar ali, onde Royce estava. “Acho que tenho a melhor companhia que poderia ter... melhor ainda que no meu baile de formatura... Oh, Deus...”, e ela parou seus pensamentos para se forçar a prestar atenção no que Royce dizia.

- Tenho certeza que todas as pessoas presentes vão guardar alguma memória dela. Seja como uma colega de trabalho, auxiliar em um julgamento complicado, amiga, confidente ou até mais, como concorrente, aquela que só ganhava de vocês, enfim... – ele percebeu o como Rosalie ficou brava com aquilo, mas continuou. – Não importa exatamente como, o fato é que lembraremos dela. Pois há pessoas que passam em nossa vida, em uma pequena fração de segundos que seja, mas seus feitos são eternos em nossas memórias. Mas, em outro caso, também há aquelas que vemos todo dia e não significam nada, não? – e como até Emmett riu dessa, junto com outras pessoas ali, Royce se sentiu vingado e apenas finalizou. – Sendo assim, mais uma vez agradeço em nome dos parentes e amigos da senhora Whitlock e que continuemos a nos lembrar de quem importa e ignoremos quem não faz falta.

Rosalie estava pasma, estática com aquilo e ela já havia tomado cada palavra como uma afronta pessoal. E, claro, não havia gostada nada daquilo.

- Ah seu... – ela sussurrou consigo. – Você não perde por esperar. Comprou briga com a pessoa errada.

- Qual o problema Rosalie? – Emmett, que estava ao lado dela, questionou a esposa ao vê-la ainda encarando Royce. - Algum problema, meu amor?

- Nenhum... – ela limitou-se a dizer.

- Nenhum? Ah, certo. Mas porque mesmo não para de encarar o senhor King?

- Senhor? Você quer dizer ‘aquele maldito desgraçado’, não?

Mas naquele instante Emmett tomou feições sérias, deixando o ar divertido de lado.

- Ele é seu ex marido Rosalie, pai de sua filha. Contenha-se em público ao menos.

- Heide, você quer dizer.

- Sim, Heide, sua filha Heide, embora você negue piamente – ele sussurrou para ela e o ar só deixou de pesar porque um os senhores que falava com Emmett anteriormente, chamou sua atenção novamente, claramente tentando quebrar o clima tenso na mesa. Pois, mesmo aos sussurros, a conversa entre o casal McCarty era visivelmente tensa.

Com Emmett voltando a falar com o senhor ao seu lado, Rosalie voltou a ficar sozinha, observando todas as pessoas ao seu redor. Mas, o foco principal de sua atenção era a antiga amiga, que como ela foi uma líder de torcida, que tinha as mesmas ambições na adolescência e agora estava ali, com o ex dela.

Rosalie se levantou, mas Emmett pegou seu pulso sorridente, controlando a voz para perguntar aonde iria. Ela preparou seu melhor sorriso e apontou para seu próprio rosto com a outra mão.

- Minha maquiagem, amor. Eu preciso urgentemente retocar meu batom, porque a senhora taça ali já tirou ele quase todo.

Embora ele tivesse soltado seu pulso, e parecesse despreocupado, Rosalie sabia muito bem que no olhar dele havia uma leve ameaça. Ela tentou não tremer e caminhar para o banheiro com uma pose de dona de si, aquela que tanto usava todos os dias. E embora caminhasse para lá, seus planos não incluíam necessariamente o toalete.

Royce havia recebido os cumprimentos de algumas pessoas após seu pequeno discurso e estava pronto para fugir o mais breve dali. Nettie e Lucy conversavam entre si, e ele pensava que talvez não fosse bom encarar a acompanhante com sua amiga pentelha ao lado. Se ele bem lembrava, Lucy era terrível, mas Nettie ganhava, e a impaciência que ela tinha antes de saber que Jasper não viria era a prova de que ele não ficaria sem questionamentos.

Ele caminhou para uma das portas, pronto para tomar um ar no jardim enquanto Nettie não desaparecesse, ou por tempo o suficiente para que achasse uma boa ideia encará-la. Ali havia algumas árvores e plantas, mas nenhuma flor “coisa da época”, ele pensou consigo enquanto voltava sua vista para o céu sem estrelas.

Royce observava o céu com cuidado, como se procurasse por algo lá, quando ouviu passos sutis. Ele preferiu não se virar, “afinal qualquer um nessa festa tem todo o direito de tomar um ar, não?”, ele meditou.

- Sempre achei tão, tão, tão estranha essa amizadinha de vocês – a voz que Royce nunca esqueceria começou a falar assim que o barulho de passos cessou. – Mas eu acho que estou começando a entender...

Royce se virou para encarar Rosalie, linda, poderosa e cheia de si, a mulher mais arrogante que ele já conheceu em sua vida. E, mesmo assim, tão cheia de defeitos como ela era, ainda era a única que ele havia se apaixonado. Ele apenas a encarava, esperando para ver exatamente onde ela deseja chegar.

Como ele não pareceu nada surpreso, aquilo a irritou. Ela gostava muito de provocá-lo e havia toado um grande gosto por isso após deixá-lo, quando percebeu que poderia afetá-lo por sua simples presença. Ela cruzou os braços e sorriu triunfante, pronta para tentar desconcertá-lo desta vez.

- Me pergunto como ninguém nunca suspeitou... Ah, é mesmo, você era o melhor amiguinho, quem iria supor algo assim, não? Me espante mesmo é ela ter enganado aquele nerd idiota com esse truquezinho... Ah, e eu que a achei tão bonitinha – ela rolou os olhos em desdém.

Aquele tipo e acusação era algo que ele não esperava mesmo ouvir de Rosalie, e embora sempre estivesse disposto a calar-se para não dar brecha, naquele instante ele tinha que revidar. Não era apenas a honra de sua amiga que ela ofendia, era a dele próprio e de um de seus melhores amigos. Aliás, amigos era uma concepção que ele tinha certeza que Rosalie nunca entenderia na vida.

- Sabe, senhora McCarty – ele fez questão de chamá-la por seu nome de casada, e aquilo a deixou levemente desconfortável, como ele notou. – Eu me reservo no direito de achar que isso foi uma brincadeira sem graça. Afinal, a senhora, como advogada, sabe que levantar falso testemunho é bem grave, não?

- Pare com isso, não banque o espertinho comigo. Eu sei, vocês dois tinham um caso, está bem claro para mim isso, até mais do que antes – ela disse descontrolada, não suportando aquela fachada impecável que ele teimava em manter.

- Eu tinha um caso? – ele a questionou retoricamente, rindo sem humor. – Interessante você me acusar disso quando foi a senhora que tentou um aborto. Aliás, algo que não consegui, mesmo seu pai sendo o médico responsável pelo hospital. E depois, hein? E depois como ainda teve a coragem de largar uma neném recém nascida para a adoção. Sua filha Rosalie, nossa filha. E você tentou descartá-la como uma e suas bonecas velhas, sem um pingo de humanidade da sua parte.

- Você me acusa tanto, mas não sabe de nada, sabia? Você enche a boca para me acusar disso, mas não sabe nada do que aconteceu comigo – ela disse já com lágrimas nos olhos.

- É verdade, eu não sei. Porque me disseram que era apenas depressão pós parto e eu lhe dei seu espaço, tentei entender, respeitei seu tempo. E uma semana depois, quando tento falar com você descubro que já andava por aí com...com... ele! – mesmo que quisesse ofender Emmett, ele não achou aquilo sensato.

- Eu fiz minha escolha – ela disse tentando se recompor. – E não me arrependo. Eu não queria ser enganada por você.

- Mas eu nunca te enganei.

- Isso é o que você diz, não quer dizer que seja verdade.

Rosalie se virou, pronta para sair dali em direção. Ela teria que retocar mesmo a maquiagem daquela vez, se quisesse esconder de Emmett o que houve. Royce ainda ponderou se deveria pará-la, se deveria tentar conversar com Rosalie, mas não se moveu, ao lembrar das últimas palavras que haviam trocado antes do julgamento em que Rosalie tentou tirar Heide dele apenas para entregá-la a adoção de fato.

- Como você mesma disse, minha cara, “você não nasceu para ser pobre”. Então, aproveite sua vida agora, ignorando a minha – e dito isso ele passou por ela, sem olhar em seu rosto.

Rosalie parou ali, estática, não acreditando que ele se lembrava de suas palavras depois de tantos anos. Ela queria chorar, colocar sua frustração para fora e gritar a plenos pulmões, mas ali não era o lugar para isso, ela tinha uma imagem a zelar. Ela respirou fundo e seguiu até a porta do toalete, seguindo a um dos reservados e sentando-se no vaso  fechado, pronta para chorar. Embora tentasse manter a calma e pensar lucidamente. 


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Notas finais do capítulo

Pessoas que amam a Rosalie e querem nos matar porque aqui ela é má co a própria filha, não nos difamem mentalmente surtem nos comentários, ehehhehe. Afinal, amamos comentários surtados, viu?
Aliás, estamos com alguns capítulos prontos e dependendo de vocês nós postamos mais um ainda essa semana, hein? Será que chegamos a 10 comentários até quinta?? Hum??
Beijinhos



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