I Just Want You To Know Who I Am escrita por Annie Chase


Capítulo 8
Memórias


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, mais um cap especial para v6.
Beijos
Boa leitura



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Pov: Percy.

Eu estava com dificuldade para respirar, mal conseguia mover meu braço direito, haviam hematomas por todo o meu corpo, minha cabeça doía em pontadas agudas e fortes e esses eram os meus menores problemas... Eu não sabia quem eu era, se  eu tinha família ou algo parecido, não lembrava de onde eu vinha e o que estava fazendo alí e nem como havia parado naquele hospital. Ao menos eu lembrava meu nome, que por sinal, apenas lembrei por ter a vaga memória de uma voz me chamando assim, o estranho é que não faço ideia de quem estava falando comigo, mas era como se eu ouvisse a voz em minha cabeça. Por mais que eu me sentisse perdido, havia uma parte de mim que sabia que no meio daquela confusão, alguma coisa fazia sentido, ou melhor, alguém.

Annabeth era como um anjo, tinha até mesmo a aparência de um anjo. Nós não nós conhecíamos mas ela estava lá comigo naquele hospital, segurara a minha mão e não me deixara sozinho, ela fazia todo o sentindo. E de alguma forma, aqules lindos olhos cinzentos que possuía não me eram estranhos, aquele sorriso contagiante também, era como se eu já a conhecesse de outros tempos, queria muito poder me lembrar dela. Pelo que ela havia me dito, eu havia salvado-a, mas não faço ideia de como fiz isso, somos desconhecidos um so outro e mesmo assim estávamos fazendo aquilo tudo. Seria o meu estado normal?

-Oi, de novo. -ela disse entrando no meu quarto outra vez, fora atender uma ligação.

-Oi. -eu disse um pouco mais animado do que queria.

-Percy... -ela parecia escolher as palavras. -Eu sei que somos entranhos um para o outro, mas... Você está sozinho aqui e eu queria muito poder te ajudar mais... Então, eu queria saber se você, quando tiver alta, quer ficar na minha casa, por uns tempos, pelo menos até lembrar alguma coisa sobre sua vida... -ela parecia nervosa, mas quem poderia culpa-la? Ela estava propondo que um estranho fosse morar com ela.

-Annabeth... -eu começei a falar.

-Você pode me chamar de Annie. -ela disse rapidamente.

-Annie, você tem certeza de quer fazer isso? Quer dizer, você não me conhece... -eu falei tentando encrar seus lindos olhos cinzentos, mas ela sempre desviava o olhar.

-Eu te devo a minha vida, é o mínimo que eu posso fazer. Se você aceitar é claro.

-Bom, se você tem certeza, eu aceito, não tenho ninguém... Eu acho. -eu disse e ela me olhou com tristeza.

-É claro que tem, sempre há alguém... Aposto que quando você se lembrar vai ver que tem alguém esperando por você. -ela disse tentando me animar, mas mais parecia que ela estava falando aquilo para si mesma.

-Você tem alguém esparando por você? -perguntei para ela, mesmo sabendo que aquele assunto oderia ser delicado.

-Tenho. -ela disse em tom de dúvida. -Tenho amigos... Thalia.... e Luke, eles são quase como irmãos para mim. -senti que havia algo diferente quando ela disse o nome do tal de "Luke", havia um certa mágoa em sua voz, como se ela esperasse que ele fosse bem mais que um amigo, não sei o porquê, mas meu estômago revirou só de pensar nisso.

-Mas e a sua família? -eu disse com caltela, percebi que ela não havia gostado muito da pergunta. -Desculpe, eu não queria entrar em um assunto doloroso para você... -falei rapidamente.

-Não, está tudo bem, você não tem culpa. -ela disse forçando um sorriso. -É que o meu pai... Digamos que ele e eu não temos muito contato, ele tem uma família na qual eu não me encaixo. -ela disse segurando algumas lágrimas. -E a minha mãe, bem, eu nunca a vi, ela me deixou quando eu era pequena para que meu pai me criasse. Digamos que eles não são os "melhores pais do mundo". Então, acho que eles não esperam por mim.

-Desculpe-me, mais um vez. Eu te conheço a alguns minutos e já vou perguntando da sua vida assim...

-Deixa para lá, eu gostaria de fazer o mesmo com você, mas...

-Mas eu não lembro. -completei com um certo humor.

-É.

-Isso faz tudo ser mais interessante, não acha? -perguntei a ela, ela sorriu, o que me deixou melhor.

-Com certeza.

-Me faça perguntas básicas, quem sabe eu possa respondê-las? -sugeri.

-Tudo bem. Então, qual a sua cor favorita? -ela perguntou depois de pensar um pouco.

-Deixe me ver... -Olhei ao redor e pensei nas cores que haviam naquele quarto, não havia muitas opções, então encontrei o olhar de Annabeth de fitando com curiosidade e então sem pensar duas vezes, respondi: -Cinza. -ela ficou corada, deve ter percebido a indireta.

-Boa escolha. -ela comentou baixinho, mas eu pude ouvir.

-Alguma música favoria?

-Não me lembro, mas a primeira música que eu ouvir vai acabar ganhando esse posto.

-Okay. Filme?

-Não me lembro, não me lembro nem mesmo se vi algum. -falei pensativo.

-Posso resolver isso. -ela disse sorrindo. Estava sentada na cadeira de visitas, mas por algum motivo ela não parava de olhar para o espaço vazio onde esteve sentada antes, ao meu lado, na cama. E eu estava rezando para que ela sentasse alí novamente, gostava de tê-la perto de mim.

-Com licença. -um homem entrou no quarto, estava com um jaleco branco e segurava uma pasta com alguns papéis, tinha o cabelo preto, meio engordurado, tinha bochechas grandes e um nariz redondo e um pouco vermelho, um cara que eu costumaria chmar de "engraçado". -Vejo que já acordou. Pode me dizer seu nome, rapaz?

-Perseu. -respondi. -Pelo menos eu acho que é esse...

-Por que? -ele perguntou curioso.

-Porque eu não me lembro de nada... -eu disse sentindo uma pontada aguda na cabeça.

-Era de se esperar. -ele comentou. -Devido ao trauma na sua cabeça. Não precisamos operar, mas ele é delicado.

-Como assim? -perguntei.

-Bom, digamos que você pode ficar sem suas memórias para sempre. -suspirei.

-Tem algo que possamos fazer para que ele se lembre? -perguntou Annabeth.

-Vocês podem esperar para ver se com o tempo ele se lembra normalmente, ou quem sabe, sei lá, procurar um terapelta para ver se você consegue regredir. -ele disse, com certeza não fazia a mínima do que estava falando, talvez só para não dizer que não havia nada a ser feito. -Bom, Perseu, você está bem, apesar de tudo, você é cara de sorte, seu acidente foi grave, mas você está inteiro. Fica só essa noite em observação e amanhã já pode ir para casa, ou para um hotel, ou um abrigo... Seja lá para onde você for. -ele disse, e depois saiu do quarto, ele não era a pessoa mais agradável do mundo.

-Que bom, você saí a amanhã. -disse Annie tentando me animar.

-É... -falei um pouco triste.

-Ei, você vai se lembrar... De tudo e quando acontecer, eu vou estar com você, okay.

-Tomara. -eu disse. -Você devia ir para casa, já deve estar aqui a muito tempo, vai ser melhor se você descançar um pouco.

-Nada disso, eu vou ficar aqui com você essa noite e amanhã você vai comigo para casa. -ela deitou-se ao meu lado, senti o seu perfume suave bem perto de mim. -E você não pode contestar.

-Okay, se você diz, algo me diz que eu não ganharia uma discursão com você.

-É bem provável, sou difícil de convencer.

-Bom saber... Você é um mistério. -eu disse.

-Não tanto quanto você. -ela respondeu passando a mão no meu cabelo.

-Okay, vamos fazer o seguinte, vamos nos conhecer aos poucos. E depois vemos se ainda somos misteriosos.

-Boa ideia. -ela disse sorrindo, senti meu rosto queimar.

-Que venham as descobertas...


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?
Deixem reviews!
beijinhos *-*