Capitulo 13 – Don’t make me sad, don’t make me cry.

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Justin me puxou com força, me fazendo levantar da cadeira e parar do seu lado. Abraçou-me de lado, apertando minha cintura com os dedos.

- É melhor vocês vazarem, seus merdas, porque senão a coisa vai ficar feia pro lado de vocês. – Justin disse irritado e apertou minha cintura.

- E se eu te ver perto dela mais uma vez, você tá ferrado cara! – Chaz ameaçou Andrew e Tainá foi correndo até ele.

- Chaz, por favor – murmurou Tainá enquanto o abraçava.

Se continuasse desse jeito, ia acabar em briga...

- Seus merdas! - Chris bufou.

- Andem, vazem! - Chaz gritou com sua voz grossa.

- Chris... – Charlotte foi até Chris e tentava o puxar, pra tirá-lo daqui.

 Justin apenas os focava com os olhos fixos e o rosto vermelho de raiva, eu o sentia quente e ele a cada segundo me apertava mais, confesso que ele estava me dando medo. Engoli em seco.

Justin em segundos já havia voado no pescoço de Math, não tive ao menos tempo de piscar, os dois se socavam enquanto todos os observavam, Chaz foi tentar tirar Justin dali, mas ele não conseguia, e apenas levava socos e chutes vindos de Math.

- Caams! Ryan! Socorro! - Tainá gritou.

- Justin! Justin! Para com isso! - eu gritava enquanto os dois rolavam no chão.

- Seus idiotas finjam que são civilizados! - Caams bufou.

Ryan tentou ajudar Chaz a segurar o Justin, enquanto os amigos de Math tentavam segurá-lo também.

- Para gente! - eu gritei.

Quando eles foram separados, Justin veio bufando ate mim, segurou meu braço de forma bruta e tentou me levar até a cabana. Enquanto eu tentava desvencilhar-me dele.

- Justin, você está me machucando... - eu tentava tirar a mão dele do meu braço, mas ele parecia não me ouvir.

Quando chegamos em nosso quarto ele me soltou de forma bruta, fazendo com que eu caísse na cama.

- O que foi aquilo? - ele gritou com a veia do pescoço quase estourando de raiva.

- Justin o que está acontecendo com você? - perguntei assustada. Ai que lembrei que não o conhecia direito.

- Eu estou perguntando o que era aquilo! - ele gritou.

- Eles que vieram até nós! - falei com os meus olhos enchendo de lágrimas.

- E já estavam querendo sacanagem, e você nem ao menos se deu o respeito não é mesmo?

- Você está me ofendendo Justin! - comecei a chorar, tentei segurar, mas me doeu ouvir aquilo. - Está me chamando de vadia? - perguntei - Quem me procurou foi você! - gritei enquanto saia correndo do quarto em meio á lágrimas.

- Deborah, volta aqui! – gritou, mas, não dei importância e continuei correndo.

Dei a volta por trás da casa e corri o máximo que pude, enquanto sentia as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Tempo depois, continuei andando, pois havia ficado cansada e minha respiração estava rápida e descompassada, havia se formado um nó na minha garganta e, a única coisa que eu fazia era chorar. Cai sentada na areia e dobrei as pernas, apoiando meus braços nos joelhos e a cabeça no mesmo, a visão estava turva e fechei os olhos, alguns soluços rasgavam minha garganta e escapavam pelos meus lábios.

Não conseguia entender o porquê de Justin ter ficado tão estúpido daquele jeito comigo. Eu não havia feito nada, eu havia me desvencilhado das mãos de Math. Eu o respeitava e, pensava que ele me respeitava também, mas, parecia que tudo estava girando em torno de sexo e, pra ele mostrar pros amigos que é foda o suficiente pra conseguir uma mulher gostosa como esposa.

Eu estava gostando mesmo de Justin. Ele era educado comigo, me tratava como nenhum cara havia me tratado antes e, me respeitava. Pensava que, ele estava sentindo o mesmo por mim, que tudo isso que estava acontecendo, estava mexendo com ele do mesmo modo que estava mexendo comigo, mas, não. Eu estava enganada.

O príncipe virou um sapo.

Ele deveria pensar que, tinha posse sobre mim, já que ele estava pagando.

E isso fazia meu coração rasgar no peito.

Justin’s P.O.V

Apertava cada vez mais meus dedos entre meus cabelos, sentindo alguns fios serem arrancados. Minha respiração estava pesada e sentia as veias do meu braço doerem, por causa da força de meu punho. Soltei um grito raivoso e me virei, dando um murro com força na parede, fazendo um quadro que estava pendurado na mesma cair e as janelas do quarto tremerem.

Ver aquele otário tocando na minha mulher daquele jeito havia me deixado louco. Porra, ela estava comigo, será que a ficha não havia caído ainda? Não queria que me zuassem por ser galinha, agora vão me zuar por ser corno.

- Kiss me hard before you go, summertime sadness. I just wanted you to know, That baby you're the best. – Cantaram ao meu lado.

Alguém entrou cantando no meu quarto e deixei minha cabeça suspender pra frente, batendo a testa na parede. Minha respiração estava descompassada e eu sentia minha mão latejar.

- Jay? – não me virei, era a Caams.

Na infância, ela era a mais insana, mas, a que nos enchia de sermão e socos.

- Não estamos mais na infância, não precisa falar merda, eu sei o que faço.

- Aham, deve ser por isso que sua mulher saiu daqui correndo e chorando... – disse irônica - Jay – a ouvi respirar fundo – Estou com vocês desde sempre e, você sabe que o que fez é errado. Ela não é um objeto, não é um animal. Ela é uma mulher linda de morrer e é obvio que qualquer cara cairia matando. Se quiser saber, ela tava se desvencilhando daquele cara, toda vez que ele a tocava, ela fugia e, ela estava apenas sendo educada. Se você perder uma mulher como ela, eu te castro, imbecil.

- Não tinha cara nenhum do seu lado. – murmurei e fechei os olhos. Pude ver claramente o momento que aquele otário havia tocado nela.

- Você fala como se não me conhecesse, eu não sou como a sua Debbie, não sou legal com todo mundo. – riu e sua voz ficava cada vez mais perto – Não seja mais babaca do que já é, por favor. Toma vergonha nessa cara branquela sua e ajeita sua vida, seu puto – me deu um beijo na bochecha e um tapa estalado na nuca – Ah sim, para de ser retardado, não chegue ao nível do Charles.

Respirei fundo e bati a testa na parede, ouvindo em seguida a porta ser fechada.

Eu sou um idiota.

Debbie’s P.O.V

Quando voltei pra cabana, já era noite. Passei pela parte de trás da casa e fui até ode estávamos antes dessa confusão toda começar. Precisava pegar minhas coisas que haviam ficado sob minha espreguiçadeira, mas, não tinha nada lá. Ótimo, havia sido roubada.

Respirei fundo algumas vezes enquanto apertava meus cabelos entre meus dedos, andando em direção a casa. Entrei no Deck e segui em direção do quarto.

- Deborah? – me virei e era Ryan. – Suas coisas... Você as deixou lá na praia e eu coloquei no seu quarto ok?

- Obrigada Ryan – sorri simpática. – Está tudo bem por aqui?

- Não muito. Chaz e Tainá estão brigados e eu perdi minha mulher porque ela vai cuidar do momento depressão da amiga e depois matar o Chaz. Chris e Char estão achando que isso aqui virou lua de mel.

- Ah sim... – disse chateada. Isso não era nem de longe o que eu pensava pras nossas férias.

- Amanha as outras pessoas chegam, elas vão ficar em outras cabanas e tals.

- Ok. Obrigada e boa noite – disse e ele apenas ergueu o copo que segurava.

Continuei a andar em direção o quarto. Respirei fundo algumas vezes antes de abrir a porta e entrar no mesmo.

O quarto estava vazio e as luzes acesas. Respirei fundo e fui até minha mala, pegando uma roupa e uma toalha, pra poder tomar banho. Minhas coisas estavam sob a cama, arrumei tudo e coloquei dentro da minha mala.

Amarrei meu cabelo em um coque alto e tomei um banho demorado, minha pele estava um pouco sensível por causa do sol, se não tivesse passado protetor, estaria quase morta. Passei meus cremes e vesti uma roupa confortável.

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Senti minha barriga roncar e, no mesmo segundo comecei a ter uma batalha interna, se ia ou não. Não queria encontrar Justin agora, mas, também não queria ficar com fome.

Eu não sabia mais o que fazer. O Justin de mais cedo me dava medo e, destruía todo o jeito carinhoso e amável dele.