Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 69
Cupidos - parte final


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora meninas, eu realmente estava sem tempo. Não fosse só a faculdade ainda me envolvi no mundo Christian Gray após alguns comentários que recebi. Que trilogia...
Enfim. Espero que gostem desse capítulo. ^^
Boa leitura!



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-Damon, o que você... – Damon não esperou Elena terminar a pergunta e a soltou indo direto falar com Manuela. A pegou pelo braço e puxou pra longe de Caroline e Stefan, que ficaram olhando a cena confusos.

Elena se aproximou do casal e os três ficaram encarando sem nada entender.

-Algum problema Elena? – Stefan perguntou a cunhada.

Elena deu de ombros, ela realmente não sabia o que dizer. Manuela ouvia Damon atentamente, Elena seguia atenta às reações da moça que eram bizarras, ela sorria, arregalava os olhos, soltava expressões de pavor, depois de resignação, depois de reluta. Alguns minutos depois os dois se juntaram aos demais e foram recepcionados por olhares confusos e curiosos.

-Alguns detalhes de última hora. – Damon falou sério e ofereceu o braço a sua esposa. – Vamos? – todos assentiram e foram na direção aos carros. Stefan foi com Manuela e Caroline com Damon e Elena.

O jantar não seria muito longe dali, apenas algumas quadras. Já que o salão era ainda uma das propriedades do hotel que agora pertencia aos irmãos Salvatore. Chegando no local Damon desceu do carro, deu a volta e abriu a porta do passageiro e a de trás em seguida, para que Caroline e Elena descessem. Em seguida ofereceu o braço as duas, começou a caminhar e logo uma voz o parou.

-Quanto egoísmo Salvatore! – Damon se virou e com ele Elena e Caroline. Era Elijah. – Deixe que eu acompanhe uma das damas.

Damon abriu um largo sorriso. – Quero que vocês conheçam...

-Elijah. – Elena cortou a fala de Damon que a olhou confuso.

-Senhora Salvatore. Boa noite! Senhorita Forbes! – Elijah falou cumprimentando a ambas com um beijo nas mãos. Damon ergueu a sobrancelha.

-Nos conhecemos hoje no almoço. O senhor Anderson é um cavalheiro. – explicou Elena para Damon, que deu um riso sem graça para Elijah.

-Claro! Ele é. – falou em tom seco.

-Me dá a honra senhorita Forbes? – perguntou oferecendo o braço para Caroline, que aceitou risonha. Ao longe Stefan aguardava ao lado de Manuela.

Os casais se aproximaram da entrada e todos enfim puderam se reunir com os demais sócios.

-Vai me falar o que você está aprontando? – perguntou Elena ao marido, logo após se sentarem a mesa. Podiam-se ouvir várias conversas paralelas.

-Tenho em mente algumas coisas, vou precisar de Manuela para executar. O que me incomoda é Elijah. Caroline parece fascinada.

-Sim, ele é muito cortês e refinado. Um verdadeiro lord. – Elena falou distraidamente.

-Parece que não é só Caroline que se fascinou. – Damon falou secamente sem encarar Elena que não pode evitar a risada.

-Por que Elijah lhe incomoda?

-Bem, estou tentando bancar o cupido pro meu irmão e ele parece estar focado em paquerar a Carol. Se ela está tão envolvida quanto transparece isso é um problema. Acho que ela não gosta do Stefan afinal.

Damon estava meio frustrado, Elena estava se divertindo com ele.

-E então Damon? Poderei entrar nessa? – perguntou Elijah.

-Acredito que não. Este negócio em especial diz respeito ao Salvatore mais novo. Eu não tomo as decisões aqui. Sou o segundo no comando. Não é mesmo Stefan? – Damon olhou pro irmão que tinha os olhos em Caroline, que por sua vez não tirava os olhos de Elijah, que estava atento a Stefan esperando uma resposta. – Stefan? – Damon insistiu e puxou o irmão do transe.

-Verdade. Por hora somos apenas meu irmão e eu. – Elijah assentiu e voltou a olhar pra Damon.

-Eu soube que a Volter conseguiu um contrato pra construir tanques de guerra. Achei que estavam liquidados. Seu pai não estava de olho neles Damon? Eu queria entrar nessa.

-Da última vez que estive a par deste assunto, eu falei com o comitê orçamentário. Com senador Flaming. Eles não podem autorizar um contrato assim pro governo sem passar por este comitê e o pedido foi engavetado. – Damon falou com naturalidade e Elena arregalou os olhos.

-Você boicotou o contrato da Volter? – ela perguntou incrédula.

-Bem, meu pai quer comprar aquela empresa e o velho John Volter está resistindo, se arrastando e conseguindo contratos de última hora. Eu só estou adiantando o inevitável. Ele terá que vender.

-Que tipo de político sujo engavetaria um contrato a pedido de uma empresa? Ele está em sua folha de pagamento? – Elena perguntou a Damon que a olhou com um olhar de reprovação, de repente o clima na mesa ficou tenso. Damon respirou fundo.

-Querida, acredito que este assunto não lhe diz respeito. – ele falou moderando o seu humor.

-Bem Damon, eu realmente espero que vocês consigam esta compra. Quero mesmo entrar nesta. – interveio Elijah. Elena estava fazendo cara feia pra Damon e vice versa.

-Bem, você terá que tratar com Stefan. Ele é o braço direito de meu pai. – Damon falou orgulhoso e Elijah se surpreendeu.

-Tão jovem. – ele esbravejou risonho para Stefan.

-Não acredito que seja tão velho assim Anderson. – falou Stefan secamente. Elijah sorriu.

-Realmente não. O mundo dos negócios tem cada vez mais um perfil jovem e moderno.

-Exato! – disparou Damon.

O jantar se seguiu com conversas chatas de negócios. Elijah, Stefan e Damon falavam de várias coisas, logo mais dois sócios chegaram e se juntaram a todos, a noite começava a se arrastar para Elena e Caroline. Ficou pior quando Manuela assumiu seu papel de assistente sabe tudo e começou a auxiliar Stefan e Damon em algumas colocações. Corrigindo algumas posições equivocadas ou fazendo algumas referências adicionais. Tudo deixava as outras senhoras na mesa totalmente deslocadas.

-Damon, você está sempre certado de belas mulheres inteligentes. – Disse o senhor Nataniel Bavour, o magnata do petróleo.

-Assim dizem. – Damon falou num tom de acanhamento. – Felizmente a mais bela eu peguei pra mim. – Ele disse olhando Elena que não esboçou nenhum agrado sobre o comentário, pelo contrário. O que fez Damon bufar.

Logo ao final do jantar, os sócios se despediram ficando apenas os três casais na mesa, Stefan ao lado de Manuela, Elena com Damon e Caroline com Elijah.

-Senhor Salvatore, acredito que depois deste dia exaustivo, seria uma boa ideia sair para uma bebida e relaxar. – Falou Manuela para Stefan, que moveu os lábios fazendo um bico e começando a considerar a ideia.

-Acho ótima esta ideia. – disse Elijah olhando para Caroline.

-Bem, eu já não aprecio, estou cansada. – falou Elena ainda de mal humor.

-Eu acho uma boa ideia. – falou Damon. Elena o fuzilou e ele ignorou sem encará-la. – Manuela, você que conhece bem a região, podia acompanhar o Stefan, sei que ele está louco por um pouco de diversão. – Damon falou olhando pro irmão e sorrindo. Caroline se remexeu desconfortável na cadeira.

-Seria um prazer. – Manuela respondeu olhando para Stefan, esperando a resposta.

-Por mim sem problemas. Preciso mesmo relaxar. – ele respondeu enfim.

-Me acompanharia senhorita Forbes? – Elijah perguntou a Caroline, ela olhou pra Elena que deu de ombros, olhou de repente para Stefan que a encarava enigmático, ele engoliu seco e desviou o olhar.

-Seria um prazer. – Caroline respondeu logo depois de olhar a expressão de Stefan.

-Bem, minha esposa parece indisposta, então voltaremos pro hotel. – Falou Damon. – Caroline você volta com Stefan, mais tarde.

-Não Damon, pode deixar. Estamos hospedados no mesmo hotel, eu levo a senhorita Forbes. Se ela não ver problema, é claro. – Elijah falou e Stefan parecia que iria o comer com os olhos. Caroline remexeu-se por dentro, meio vitoriosa e assentiu risonha.

-Bem, já que estão todos combinados, podemos ir Damon? – perguntou Elena se erguendo da mesa, fazendo os cavalheiros imitarem seu movimento.

-Claro que sim. – Damon respondeu brevemente. – Stefan me ligue qualquer coisa. Manuela nos vemos amanhã no café, temos que acertar alguns assuntos.

-Claro Damon. – ela falou sorrindo.

-Caroline, Elijah.  Tenham uma boa noite. – Damon desejou se despedindo educadamente.

-Elena. – Elijah falou beijando a mão de Elena que esboçou um largo sorriso depois de quase horas de antipatia. – Boa noite!

-Mi lord! – Elena fez reverência risonha e Damon agitou os ombros.

-Vamos então? – ele pediu oferecendo os braços pra Elena. – Se divirtam! – falou olhando pros demais.

Elena ignorou o braço de Damon e se deslocou da mesa pra saída do restaurante.

-Eu ligo qualquer coisa irmão. – falou Stefan pra Damon que sorriu brevemente se voltando para acompanhar Elena.

-Você também Caroline, pode me ligar. – falou Damon de longe e a moça assentiu.

Damon pegou seu casaco na recepção e foi até Elena que já usava o seu e aguardava o carro que ela pediu ao manobrista. Damon se pôs ao seu lado sem nada dizer. Logo o carro chegou e Damon assumiu a direção enquanto o manobrista abria a porta para Elena entrar.

-Você está bem? – perguntou Damon encarando a esposa que estava encarando a janela do carro evitando o seu olhar.

-Estou apenas cansada. – ela respondeu secamente.

Damon começou a dirigir, o caminho não era longo, mas antes de chegarem em seu destino Elena achou o momento para mais uma pergunta.

-O que você está fazendo? – Damon a olhou confuso. – Empurrando a Manu pro Stefan. – ela ironizou o nome Manu e Damon sorriu. – Não tem graça Damon! O que está fazendo?

-Você notou?

-Este é seu plano? Ciúmes na Caroline?

-Eu já falei pra você uma vez, não gosto de jogos de ciúmes. Apenas quero que sua amiga perceba que meu irmão é um homem desejável, que pode ter a mulher que quiser e até as que não almeja. Quem sabe assim ela para de esnobar o que ele faz.

-E o que ele fez Damon? Stefan não dá um só passo.

-Isso é mentira e você sabe. Desde que ele terminou com Rebekah que a sua amiga tem o evitado. Eu não entendo vocês mulheres. Ela gosta dele ou não?

-Caroline está confusa com relação a ele. É tudo muito recente e intenso demais. Ela tem medo de outra igual a de Klaus.

-Bem, meu irmão não é igual a Klaus. – ele falou em um tom sério. O silêncio se estabeleceu e eles chegaram de volta ao hotel, ficaram em silêncio no elevador e ao entrar no quarto Damon não suportou mais nada daquilo. – Qual o problema Elena?

-Nada. Eu vou tomar um banho e dormir. – Ela falou indo pro banheiro. Damon bufou se sentando na cama e começando a se livrar da gravata.

Minutos depois Elena saiu do banheiro. Damon estava deitado vendo TV, camisa aberta e meias, as mãos escondidas na nuca.

-Vou tomar um banho. – ele falou para a esposa e se pôs de pé, indo até ela e quando se inclinou para lhe dar um beijo e Elena desviou o rosto, ele sentiu toda a sua paciência ir pro espaço. – Que droga Elena! – ele gritou. – O que diabos deu em você? – ele falou dando as costas pra Elena e indo até o banheiro e batendo a porta forte ao entrar.

Elena se jogou na cama e respirou fundo, se acomodou devagar nas almofadas procurando uma posição cômoda, assumiu o controle da TV e procurou algo para se distrair. Quando Damon saiu do banho, cabelos molhados, sem camisa, ele se jogou na cama ignorando Elena e a TV, desligou o abajur de sua mesa de cabeceira.

-Seus cabelos estão molhados Damon. Aqui é o Canadá, é frio. – ela falou encarando as costas do marido.

-Não é a primeira vez. – ele falou emburrado.

-Só que você pode ficar doente, não me importo com o que faz nas minhas costas, mas não vai buscar doença diante de mim. – ela falou num tom autoritário.

Damon bufou e se levantou da cama foi até o banheiro e voltou de lá com uma toalha, esfregando o cabelo, repetiu a ação até estar seguro que seu cabelo estava mais enxuto, depois se livrou da tolha e foi até a mala arrancando de lá uma camisa. Terminando isso se jogou na cama outra vez.

-Obrigada! – Elena falou.

-Vai me dizer o que eu fiz? Por que não quero este clima entre nós e sinceramente fico aborrecido quando você fica assim e eu não sei o porquê. – perguntou apoiado na cama e encarando a TV, Elena estava deitada, rodeada de almofadas, de lado fazendo o mesmo.

Elena ignorou a pergunta e começou a mudar de canais, Damon bufou e lhe tomou o controle da mão, fazendo Elena o encarar furiosa e então desligou a TV.

-O que você tem? – ele perguntou olhando ela firme.

-Não gostei de saber sobre a Volter. – ela disse sem o olhar.

-O que exatamente? – Damon deu de ombros confuso.

-Você, boicotando contratos, forçando um homem a se ver livre do patrimônio de uma vida, mesmo quando ele ainda tenta salvá-lo. Isso não era coisa do seu pai e um dos motivos pra você deixar de lado a Salvatore’s? – Damon revirou os olhos.

-Elena eu estou fora da Salvatore’s. Este contrato precisava ser boicotado, eu estava ajudando meu pai no lugar do Stefan e sim, é o que ele faz, mas o senhor Volter se opõe a venda apenas pelo fato de não ter a garantia de que seus empregados continuarão com seus empregos. Isso é algo que eu admiro muito. Meu pai joga pesado, eu admito e eu tive que fazer o jogo dele, mas ele me deu a palavra de que fará o que o senhor Volter quer. Por isso eu aceitei convencer o senador Flaming, que é apenas um amigo me devolvendo um favor. Eu salvei a vida da irmã dele alguns meses atrás no hospital.

Elena encarou Damon um tanto aturdida. Ela estava exagerando outra vez?

-Olha, eu sei que você é tão contra isso quanto eu. Mas eu não teria feito sem um bom motivo. Ele está falido, a venda é a única saída, é triste, mas não podemos fazer mais nada. Eu tentei. – Elena suspirou fugindo do olhar de Damon, ele levou a mão até o queixo dela e a fez o encarar. – Não é motivo para se aborrecer comigo. Além do mais, você não pode se meter nestes assuntos sem os entender bem e ainda por cima interpretar como quer, me julgar e sair furiosa.

-Apenas não gostei do que eu ouvi. Você pareceu confortável falando do boicote, que é algo corrupto. – Damon arregalou os olhos.

-Não seja tão crítica Elena. Não sou corrupto. Eu já expliquei.

-Que seja Damon. – ela falou bufando e fechando os olhos depois de se livrar do toque de Damon.

-Vou dizer o que eu não gostei. Não gostei de você se metendo nos meus assuntos e me cortando diante dos meus sócios, não gostei se sua antipatia e mal humor durante todo o jantar, fazendo com que você se tornasse uma burguesa emburrada que está mais que desconfortável com os assuntos de seu marido e não gostei de você depositar toda a sua simpatia em Elijah enquanto isso acontecia. – ele falou voltando a ligar a TV. Elena bufou e se sentou na cama ficando de frente pra ele. Damon estava olhando pra tela.

-Sabe do que mais eu não gostei? Você tramando com sua assistente, falando o tempo todo de trabalho e deixando eu e Caroline alheias a tudo, minha simpatia estava focada no senhor Anderson, pelo simples fato dele ser o único empresário à mesa solidário com a minha situação e a de Caroline e frequentemente nos dando atenção com assuntos menos tediosos.

-Ah há, aí está. – Disse Damon bufando e encarando o teto numa risada sem graça. – Vou lhe dar uma notícia minha querida esposa, esta viagem é de trabalho.

-Não seja irônico comigo Damon, eu odeio quando você faz isso.

-A questão é que você estava brava comigo desde que eu me distanciei de você e fui falar com a Manuela sobre o Stefan e resto é consequência do seu mal humor de ciúme.

-Até parece. Olha só quem fala. Tenho certeza que você estava adorando me deixar de fora da conversa só por causa das minhas atenções para Elijah.

-Já me cansei disso. – Damon esbravejou desligando a TV e se virando pra dormir, dando as costas pra Elena.

-É eu também. – Elena falou e repetiu o gesto do marido, estavam de costas um pro outro.

O silêncio dominava o quarto, minutos se estenderam e nenhum dos dois se pegava ao sono até que Damon caiu em uma gargalhada frenética e contagiante. Elena apenas ouvia a gargalhada que foi ficando mais acentuada, até o ponto dela se virar para encarar Damon que sorria pro teto freneticamente.

-O que deu em você? – ela perguntou com uma ruga na testa enquanto Damon cessava seu ataque de riso.

-Tenho que rir pra não chorar. Você ainda vai me matar Elena. É tudo muito intenso com você. Você me deixa o dia inteiro ansioso por vê-la, me proporciona uma tarde alucinante de amor e ao cair da noite faz meu sangue ferver de raiva e frustração. Eu me sinto totalmente impotente contra a sua habilidade de me levar aos extremos. Eu me perco perto de você.

.           -Eu posso dizer o mesmo. O pior é que sempre que discutimos Samuel não para de chutar. Um dos motivos de eu ainda estar acordada, mesmo depois deste dia cheio e cansativo. – Damon a encarou agora.

            -Ele não gosta que briguemos, nem eu. – falou se aproximando de Elena, ficando frente a frente com ela.

Elena suspirou, era como se depois daquela fala nada daquela discussão fizesse sentido algum. Ela também odiava brigar com Damon e agora o vendo ali tão perto, só conseguia pensar que queria sentir o seu cheiro e o seu calor e quase não se lembrava do motivo de tanta discussão. Eles se extinguiam.

-Me abraça! – ela pediu a meia voz. Damon soltou um sorriso e a puxou para seus braços,afogando o rosto nos cabelos de Elena.

-Ai meu amor, eu não quero brigar. Não se sinta ameaçada por ninguém nunca. Eu só tenho olhos pra você. – Elena inalava o perfume de Damon, sentindo todos os seus músculos relaxarem. – Vamos passar semanas aqui e infelizmente noites como esta se repetirão. Jantares chatos e cansativos. Fora de contexto pra você. Vou entender se quiser voltar, na verdade eu até prefiro, é cansativo pra você.

-Como sua mãe aguenta isto? – ela perguntou em tom alarmado e Damon sorriu.

-Anos e anos de prática. – Elena se moveu para o encarar.

-Desculpa, eu não sabia direito sobre a Volter, seus motivos. – ele a olhou compassivo.

-Tudo bem, eu até gostei. – Elena franziu o cenho confusa. – Prova que você é uma mulher de princípios e que não aprova o que é injusto é admirável, só precisa se ajustar. – Ele falou risonho e ela sorriu. Damon lhe depositou um beijo nos lábios.

-Elijah atrapalhou seus planos confusos?

-Ainda não sei. Depende do quanto Caroline está envolvida com ele e meu irmão. Se ela gosta de Stefan o tanto que eu imagino Elijah não será problema, mesmo sendo um lord. – Damon ironizou a palavra.

-Ficou com ciúmes dele? – Elena perguntou o encarando.

-Não. – falou mal humorado e Elena soltou meio riso. – Tá. Um pouco, mas você provocou. – ele falou em defesa.

-Verdade! – Elena admitiu.

-Você sabe que eu odeio quando você faz isso, jogar com meu ciúme. – ele falou sério.

-Vai começar? – Elena advertiu.

-Não.

Voltaram a ficar em silêncio. Damon começou a fazer um carinho gostoso na cabeça de Elena que estava começando pegar no sono.

-Em que está pensando? – ela perguntou ao marido.

-Na verdade agora eu adoraria saber o que está acontecendo com aqueles quatro na boate.

-Eles foram a uma boate? – Elena perguntou pasma. Damon assentiu. – Até eu agora quero saber. – eles sorriram. – Samuel parece gostar de seu calor e seus carinhos que me deixam relaxada.

-Bem, você estando relaxada ele relaxa, seu corpo libera enzimas positivas. – Elena gargalhou com o comentário.

-Às vezes você é tão bobo senhor Salvatore.

-Senhora Salvatore está rindo de mim?

-Acho que estou.

-Que coisa mais feia. Samuel meu filho, nunca ria de seu pai. – Elena gargalhou.

-Bobo. – ela falou se movendo para beijar Damon que a recebeu de bom grado e logo o beijo foi ficando quente e intenso.

-Deixe jeito não vou deixar você dormir mais. – Damon falou entre o beijo.

-Eu não quero mais dormir.

-Oh! Então talvez Samuel queira. – ele disse separando as faces dos dois e sorrindo pra Elena.

-Acredito que você já cuidou disso. Ele está bem quieto. – Elena disse sorrindo.

-Senhora Salvatore... – o tom de Damon era de falsa repreensão.

-Me beije ou vire e durma. O que vai ser?

-Hum, parece um desafio... – Damon falou divertido. Elena bateu em seu peito.

-Senhor Salvatore... – ela falou olhando rígida.

-Vem aqui. – Damon falou puxando sua cabeça ao emaranhar os dedos no cabelo de Elena que logo se rendeu ao beijo.

...

Eu não sei ao certo o que Caroline estava fazendo, na verdade não me importava. Se ela queria ficar flertando com o Elijah que seja. Eu estou melhor sozinho. Talvez Klaus e seu papo de Don Juan faça algum sentido, eu fui noivo por tanto tempo, depois me meti numa relação que não passava de sexo e agora estava outra vez me envolvendo com alguém que era alheia a mim. Ou eu era muito carente de mulher ou não tinha amor próprio. Seja qual fosse a opção eu estava decidindo agora de agir de outra forma, ainda mais vendo a assistente tentação do Damon me dando mole durante toda a noite. Certo Caroline, eu realmente tentei com você, mas só levei gelada de recompensa. Faça bom proveito do seu Lord Elijah.

-Está relaxando? – a voz de Manuela me trouxe de volta.

-Oh sim! Foi uma boa ideia. – ela sorriu meiga. Estávamos gritando por conta do som.

-Você quer dançar? – me perguntou se inclinando para que eu ouvisse melhor. Dei de ombros e ela me puxou pelo braço até a pista de dança. A música era pulsante e envolvente e ela dançava maravilhosamente bem, eu sempre soube apreciar uma boa parceira de dança.

...

-Aceita mais vinho Caroline? – lá estava Elijah em alguma tentativa bizarra de me animar ou embebedar, por um instante senti toda sua postura de lord se transformar na postura de mais um conquistador de quinta, mas não era assim, ele apenas queria eu tentasse relaxar, era pra isso que estávamos ali e eu sabia que eu estava sendo uma péssima companhia. Culpa do Salvatore o que ele tinha com aquela garota afinal?

-Sim, obrigada! – falei forçando um riso e ele se virou pra pedir ao bar men.

Stefan conversava com Manuela que estava visivelmente se jogando pra cima dele, tudo era motivo para encostar nele, seja um braço, o ombro, até mesmo o quadril. O que ela quer?

-Aqui está. – Elijah me puxou de meu transe, segurei a taça de vinho e virei de vez em minha boca. – Uol! – ele falou indignado. – Devagar! – Eu ignorei, Stefan havia ido dançar e estava todo contente se esfregando naquela garota.

-Você quer dançar Elijah? – perguntei com voz meio insegura. A bebida estava me pegando de jeito já.

-Claro! – ele mal respondeu e eu já o puxei pra pista de dança, bem próximo de onde Stefan dançava.

Começamos uma espécie de competição secreta, Stefan e eu. Onde nos encarávamos enquanto nos exibíamos com nossos parceiros de dança. Sorte minha o meu dançar bem, ao passo que a de Stefan... Bem, ela tentava.

Stefan a virou fazendo com que suas costas ficassem em seu peito, começou a acariciar a cintura dela que sorria bem a vontade, que galinha! Enrosquei minhas mãos nos ombros de Elijah, que me sorria gentilmente, ele perecia estar mesmo se divertindo. Eu olhei para Stefan e pude perceber seu olhar perturbado em cima de mim. Ele se inclinou e depositou um beijo no ombro de Manuela. É assim Salvatore? Nem sei bem por que, nem direito como, apenas puxei a nuca de Elijah e o beijei.

...

O que diabos ela pensa que está fazendo? Maluca! Parei a dança imediatamente com Manuela e fui até Caroline. Toquei o ombro de Elijah.

-Me dá licença um instante? –gritei em seu ouvido logo depois que ele soltou os lábios de Caroline.

-Claro! – ele disse eu então me virei para Caroline.

-Preciso falar com você. – ela bufou. – Agora! É importante! Sobre a Elena. – menti e ela arregalou os olhos. – Elijah você pode ficar com a Manuela? Não vamos demorar. – ele assentiu e eu puxei Caroline que veio sem relutar.

A guiei até perto dos banheiros onde o som da boate era mais abafado e dava para conversar melhor.

-O que aconteceu? – ela me perguntou com olhos assustados e eu ignorei.

-O que você pensa que está fazendo? – ela me olhou confusa. – Como você beija o Anderson assim do nada? Pirou? – ela sorriu esnobe.

-Desde quando isso é da sua conta Salvatore? Não acredito que você inventou conversa pra me atrapalhar, estraga prazer. – ela falou e já ia me dando as costas quando a segurei pelo braço.

-Escuta Carol. Você bebeu e está agindo sem pensar. Nem sei porque você fez o que fez nem me interessa, só quero mesmo agora é te levar daqui, amanhã você vai acordar com uma baita dor na cabeça e com certeza querendo se enfiar debaixo da terra. – falei olhando firme em seus olhos.

-Me solta Stefan! –ela esbravejou. – Sou bem crescida e sei o que faço. – ela falou imprudente eu a segurei com mais força.

-A Caroline que eu conheço não faria o que você acabou de fazer. Ela não agarra e beija um cara que conheceu a menos de vinte e quatro horas, ela é centrada e respeitável. Estou tentando fazer você voltar a si. Vamos embora agora. Todos! – ela me olhou meio confusa, sacudiu a cabeça como se buscasse clareza.

-Tudo bem. – ela falou finalmente e eu suspirei.

-Vem, vamos chamar seu amigo e a Manu. – ela me seguiu de volta a pista de dança.

Ao longe eu pude observar Manuela e Elijah conversando distraidamente no bar,me aproximei com Caroline.

-Tudo bem? – Manuela perguntou e eu assenti.

-Caroline e eu vamos voltar pro hotel, é bem tarde. Vocês vem?

-Amanhã cedo temos reunião. – Manuela falou.

-Vamos então? – perguntei apressado, Caroline meio que tombava ao meu lado a segurei mais firme, envolvendo sua cintura. Elijah nos olhou confuso.

-Caroline, vamos? – ele chamou.

-Claro! – ela disse e se soltou de meu abraço.

-Vamos Manu.-chamei e ela assentiu.

Saímos da boate e fomos direto pro hotel, Caroline voltou com Elijah e eu levei Manuela. Ao chegar no hotel entramos todos juntos no elevador, os quatros em silêncio total, Elijah desceu primeiro e cortesmente se despediu de nós, depois Manuela, que ficava um andar antes do nosso. Finalmente estávamos só eu e Caroline e o silêncio reinava, chegamos no nosso andar e o quarto dela era logo no começo do corredor, ela pegou as chaves de dentro da bolsa e virou pra se despedir.

-Boa noite Stefan! – ela disse secamente e me deu as costas eu a puxei pelo braço.

-Porque você fez aquilo? – perguntei impaciente.

-Achei que não te interessasse. – ela disse com petulância e se livrou do meu braço, levei as mãos a cabeça.

-O que mais você quer de mim Caroline? – comecei a gritar ignorando o lugar e a hora. – Eu já falei o que sinto por você, não é nenhuma novidade, você queria mais garantias, terminei meu namoro com a Rebekah, você se calou, me deu gelo. E agora... – eu me calei tentando recuperar meu autocontrole. – Por que você beijou ele? Perguntei outra vez a olhando firme. –ela relutou balbuciando algo que não entendi, segurei em seus braços a prensei na parede, ela me olhava nos olhos, seus olhos verdes marejados e assustados.

-Eu não sei... –ela falou sufocando.

-Claro que você sabe. – insisti. –Me fala!  - ela sacudiu a cabeça. – Fala Caroline! –gritei outra vez e com meu grito seu olhar se transformou, de medo pra fúria, de hesitação pra voracidade, nem sei bem como aconteceu,apenas senti seus lábios nos meus enquanto suas mãos agarravam minha nuca desesperadamente.

...

Ele estava ali diante de mim e tudo era tão intenso, seu olhar, sua súplica, sua fala. Eu fugia do que eu sentia por Stefan porque era algo muito abrasador, sempre me assustei com sentimentos assim, sempre os julguei passageiros e eu quero algo fixo, seguro, mas meu mundo e meu autocontrole desabam perto de Stefan, eu apenas consigo sentir e me deixar entregar, há uma energia, uma eletricidade que me impulsiona a ele, seus olhos e seu cheiro, é irresistível e visceral. Minhas mãos desceram de sua nuca pelas suas costas, nossos lábios e línguas e dedos e desejos unidos de uma maneira esmagadora, incontrolável. Eu queria estar com ele. Muito!

...

Caroline e Stefan estavam embebidos em sensações, palavras foram dispensadas. A chave caiu das mãos de Caroline os lembrando de onde estavam, imediatamente se separaram, Stefan se debruçou para pegar a chave e a colocou imediatamente na porta a girando na fechadura e escancarando a porta atrás de Caroline.Em seguida ele guiou a moça para dentro do quarto e ela se deixou levar. Stefan bateu aporta atrás de si e novamente se jogou nos braços de Caroline que depois de se livrar de sua bolsa o esperava risonhamente.

...

Eu estava totalmente sem sono, por algum motivo não estava conseguindo dormir. Elena estava tranquila em meus braços, dormindo como um anjo, eu encarava a TV distraído. De repente eu ouvi a voz de meu irmão no corredor, me sobressaltei, ele estava gritando. Elena saltou em meus braços ao me sentir pular e abriu os olhos assustada.

-O que foi isso? -me perguntou aflita.

-Stefan, está gritando. – falei e me desvencilhei de seu abraço e me levantei, eu ainda ouvia a voz de Stefan, Elena me olhava da cama eu abri a porta devagar e ouvi ele gritar outra vez. Ele estava bêbado ou o que? Será que não lembra que estamos em um hotel, senhor é quase uma da manhã.

Ao encarar a direção do barulho quase desabo no riso, Stefan e Caroline se pegando no corredor do hotel, virei para Elena com as sobrancelhas erguidas, ela me olhou confusa e perguntou o que era, fiz sinal pra ela levantar, ela rolou os olhos e veio com certa dificuldade, eu a apressei voltando a olhar o casal fogoso e fazendo sinal com minhas mãos, logo Elena segurou minha mão e a coloquei diante de mim para que também visse tudo. Ela encarou a cena e me olhou por cima do ombro, eu segurava o riso e ela também. Ouvimos algo cair no chão, Stefan se abaixou pra pegar enquanto Caroline tentava se recompor, ajeitando seu vestido, era muito divertido de se ver. Ele abriu a porta do quarto e os dois sumiram do corredor. Eu voltei pra dentro do quarto gargalhando e Elena me seguiu perplexa. Me joguei na cama morrendo de rir.

-O que foi aquilo? – Elena me perguntou sentando ao meu lado devagar, ainda sorrindo bobamente.

-Eu falei! – disse convencido entre risos.

-Como esse seu plano sem sentido deu resultado? – dei de ombros. – Você hein? Cupido! – ela falou divertida.

-Somos os dois, cupidos pervertidos e aproveitando que sabemos bem o que eles vão fazer... – eu a olhei com malícia e ela ergueu a sobrancelha.

-Damon... – falou hesitante.

-Só vou beijá-la senhora Salvatore. – ela me olhou descrente. – Prometo. – delicadamente a puxei pra perto de mim a deitando na cama outra vez. – Você é tão cheirosa e seu cabelo é tão macio. – falei em seu ouvido e em resposta ela gemeu, beijei seu pescoço e bem... Ficamos ocupados por mais alguns minutos antes de nos rendermos ao sono.


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Notas finais do capítulo

Beijos e mais uma vez... desculpem!



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