Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 59
Menino? Menina?


Notas iniciais do capítulo

Ontem não postei, me desculpem...
Aí vai o primeiro de hoje... Boa leitura!



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Os dias estavam passando bem devagar, com a chegada do fim de semana Stefan foi viajar com Rebekah e Damon passava muito tempo nas empresas e no hospital, quando estava em casa, quase não tinha tempo pra nada, ficava resolvendo assuntos de seus investimentos e seu nevo negócio com Stefan, que parecia estar dando muito certo, o que deixava Joseph extremamente feliz.

Elena estava tentando a cada dia ser mais social com Rose. Por vezes era bastante razoável, Rose não era tão ruim assim, apenas um tanto obcecada demais com a perfeição. Ela lembrava um pouco a Caroline. Apesar disso, Elena ainda nutria uma antipatia para com ela, porém as coisas estavam sendo mais fáceis de se tolerar. Damon estava fazendo o possível para se livrar da anemia, ele estava ansioso, o pior era que estava demorando tempo demais, ele começava a ficar impaciente, pois embora ele estivesse fazendo tudo certo, sob a supervisão de Rose, Elena, Maria e até Caroline, nada havia mudado, a anemia insistia e ele estava se sentindo a cada dia menos disposto, isso era outra coisa que preocupava muito Elena. Haviam outras coisas, porém que amenizavam essa ansiedade, uma outra ansiedade, a descoberta do sexo do filho de Elena e Damon, eles não viam a hora e finalmente esse dia tinha chegado.

-Bom dia! – falou Damon, acordando Elena com sutis beijos no rosto e pescoço.

-Humm... Bom dia! – ela falou sorrindo e o encarando aos poucos.

-Tem uma hora pra se arrumar, tomar um café da manhã reforçado e...

-Consulta com a Jenna. – Elena completou.

-Exatamente. – Damon falou tocando o nariz de Elena com seu dedo indicador.

-Eu não aguentava mais de ansiedade. Quero fazer logo o enxoval, como deve ser. Caroline também. O que você acha amor? Menino? Menina? – perguntou Elena sentando-se na cama, Damon estava diante dela.

-Pra falar verdade eu prefiro um menino, sempre preferi. – Elena revirou os olhos o abraçando.

-Por que homem prefere menino sempre? – Damon deu de ombros. – Você ficou triste quando soube da sua filha? – Damon encarou Elena meio perplexo.

–Claro que não! Maria já era minha princesa. Eu fiquei muito feliz. A verdade é que não importa o sexo, eu já amo o nosso bebê, mas se eu pudesse escolher...

–Porquê?

–Digamos que eu me imagino daqui a uns anos dando conselho a meu filho sobre relacionamentos e puberdade, mas já uma filha... – ele fez cara feia e Elena ergueu a sobrancelha.

–Que tem uma filha?

–Não a vejo namorando, nem beijando na minha frente e mesmo sendo médico e taxado de frio... Não me imagino dando conselhos sobre sexo ou ... – ele fez um gesto sugestivo e Elena gargalhou. – Coisas de mulher! – ele completou rindo.

–Sabe? Notei uma coisa...

–O que?

–Ainda não pensamos nos nomes. E acho que hoje é o dia certo pra isso.

–Pode ser. O que tem em mente?

–Deixar você escolher se for menino e eu escolher se for menina. – Damon abraçava Elena pela cintura a agarrando por trás, ele beijou o topo da cabeça dela enquanto ouvia a proposta depois beijou o seu rosto, apoiando o queixo no ombro dela.

–Gostei! – falou ele.

–Então... Se for menina... Eu gosto de Sofia ou Kiara.

–Kiara é diferente. Onde ouviu esse nome?

–Minha babá me contou uma história uma vez, faz muito tempo eu não lembro, mas tinha essa moça, uma princesa índia. Eu sempre gostei da sonoridade desse nome.

–Humm... Entendi. Mais algum?

–Talvez Miriam, era o nome da minha avó. Mas e você?

–Só tenho um em mente. Samuel. – Elena o encarou agora, ficando de frente pra ele.

–É bonito. Por que só ele?

–É o nome do arcanjo que rege meu nome e eu acho muito bonito. Podemos chamar ele de Sam ou Samy. – falou Damon com um sorriso lindo, os olhos de Elena faiscaram.

–É lindo! – falou dando um selinho no marido em seguida.

–Vamos descer? – perguntou Damon se erguendo da cama.

–Dez minutos. – pediu Elena indo em direção ao banheiro.

–Melhor esperar sentado. – falou Damon mais pra ele que pra Elena.

–Eu ouvi. – ela gritou do banheiro. Damon sorriu.

...

–Então vamos saber o sexo do meu netinho hoje? – perguntou Maria animada, Caroline sorria de orelha a orelha enquanto encarava Elena.

–Assim esperamos. – respondeu Elena.

–Pelo seu tempo de gestação amor, dezessete semanas, acho que já dará pra ver bem. – Damon disse e Rose assentiu com a cabeça concordando.

–Vocês têm preferência? – Rose perguntou olhando pra Damon.

–Não exatamente. – ele respondeu rindo de canto.

–Eu tenho. – falou Joseph.

–Tem pai? – perguntou Damon meio surpreso pela declaração.

–Menino. – Joseph respondeu sem remorso e Maria junto com todas as outras mulheres na mesa reviraram os olhos, enquanto Damon gargalhou. – Sei que você prefere também. – Elena olhou pro marido o forçando a admitir.

–É. Digamos que sim. – ele respondeu sem jeito.

–Damon Lionel Salvatore. – chamou Maria e Damon deu de ombros.

–Que foi mãe?

–Não deve preferir nenhum, se nascer com saúde é o bastante. – ela o repreendeu severamente e Elena olhou Damon com feição vitoriosa.

–Eu sei, apenas... – ele tentou rebater, mas seu pai fez sinal que nem tentasse, ele suspirou. – Tem razão. Venha o que vier, será bem-vindo.

–Assim é melhor. – falou Maria e Elena abafou um riso, junto com Caroline. Joseph olhou pro filho com um olhar que dizia: “Mulheres!” Damon sorriu pra dentro.

–Antes que eu esqueça. – falou Rose cortando o assunto. – Damon, precisamos reorganizar alguns de seus horários. Ainda acho que está trabalhando demais. – Elena revirou os olhos e Joseph olhou pro filho com uma certa severidade no olhar.

–Stefan voltará hoje, não precisarei ir mais as empresas. – Damon falou sereno.

–Exatamente! – Rose disse sorrindo.

–Veremos isso depois. – Damon falou firme.

–Eu tenho que ir. – Rose falou se erguendo. – Tenham um bom dia. –disse sorrindo e encarou Elena. – Tenho quase certeza de que é uma menina. Só pra baixar a bola dele. – apontou com a cabeça pra Damon, que revirou os olhos. Elena sorriu fraco, ela realmente tentava, mas era impossível ter total simpatia por Rose, embora Rose tentasse bastante. – Até breve! – falou saindo da sala.

–Até! – alguns responderam.

–Bem Elena, terá que me ligar assim que souber. – falou Caroline empolgada. – Quando voltarem do hospital quero deixar uma comemoração pronta e toda personalizada pro meu sobrinho ou sobrinha. – Elena caiu na gargalhada, assim como Maria.

–Eu tenho que ir. Te vejo depois na empresa certo filho? – perguntou Joseph se levantando.

–Depois da consulta da Elena eu voltarei pra deixar ela em casa e depois vou, chegarei antes das onze. – falou Damon, Joseph levantou-se beijou a testa de Maria. Olhou pra Elena e Caroline com doçura. – Tenham um bom dia!

–Igualmente! – elas responderam juntas.

Depois de mais alguns comentários e depois de Elena parar finalmente de comer, Damon apressou a esposa. – Vamos?

–Sim. – ela falou tomando um último gole de suco. Damon se levantou e ficou a esperando na saída da sala.

–Não esqueçam de ligar. – pediu Maria.

–Certo. – falou Damon enquanto abraçava a cintura de Elena.

No caminho até o hospital, Damon e Elena foram conversando um pouco mais sobre os planos para o bebê, havia o detalhe do quarto dele na nova casa dos dois, mais um item a ser colocado na reforma e que agora seria decorado adequadamente, quando eles soubessem do sexo do filho. Elena havia estado bem melhor nestes últimos dias, as cólicas haviam diminuído, só houve uma noite que ela sentiu-se um pouco indisposta, mas foi por conta de um aborrecimento tolo, talvez nem tão tolo, Elena havia encontrado Rose e Damon juntos na cozinha, na ocasião a loira estava bastante próxima dele, limpando uma mancha em sua camisa, rostos bastante colados e ele sorria alegremente, ficou um tanto tenso ao ver Elena entrar na cozinha, o que fez Rose se afastar instantaneamente, Elena ficou fria o resto do dia, mas sem nada cobrar, embora Damon soubesse que a cena a fez tremer, ele não tocou no assunto. Ela passou uma noite bem agitada e Damon tentou acalmá-la em vão, na manhã seguinte ela acordou bem melhor. Era ruim para Elena ver como Damon se dava bem com a amiga, mas ela estava decidida a ignorar tudo, não queria estragar seu casamento.

–Chegamos! – falou Damon, tirando o cinto de segurança. – Nervosa? – ele perguntou encarando Elena que suspirava paralisada.

–Um pouco. – ela respondeu rindo fraco, Damon segurou sua mão fazendo-a o encarar.

–Relaxa amor, vai ficar tudo bem. – falou sorrindo de lado, ela concordou e respirou fundo. – Vamos lá? – ela assentiu e ele saiu do carro, foi até o lado dela e abriu a porta pra ela sair.

–Nossa! Elena?! Tudo bem? – perguntou Andie ao encontrar com Damon e Elena pelos corredores do hospital.

–Andie. A quanto tempo! – responde Elena a abraçando e sorrindo largamente.

–Bastante. Você está tão linda! – falou Andie encarando Damon. – A gravidez está te fazendo muito bem. – Elena sorriu sem jeito encarando Damon.

–Está mesmo. – ele falou sorrindo para a esposa. – A cada dia fica mais radiante e linda.

–Estão indo para a consulta com a doutora Smith? – Andie perguntou animada.

–Sim, finalmente descobriremos o sexo do bebê. – Elena respondeu alegremente.

–Que maravilhoso! – Andie falou encarando os dois.

–Bastante. – respondeu Damon. – E o Ric? – perguntou pra Andie.

–Em cirurgia. – Damon a olhou confuso.

–Não está com ele porquê?

–Estou em pleno plantão, não pude acompanhar ele. – Damon fez menção que entendeu.

–Temos que ir amor. – Elena lembrou tocando o braço do marido.

–Sim, vamos!

–Boa sorte! – falou Andie, cumprimentando Damon e Elena com beijo e abraço.

–Me sinto ridícula quando lembro do quanto implicava com ela. – falou Elena depois de se afastar de Andie e seguir pelos corredores ao lado de Damon.

–Não tem culpa por ser tão ciumenta. – Damon falou rindo torto sem a encarar. Elena bateu em seu ombro.

–Não tem graça. – ela falou sorrindo.

–Ah, tem sim. – ele disse, mordendo o lábio inferior e depois deu um selinho nela.

–Bobo. – disse Elena, sem conseguir conter o riso.

Eles se dirigiram até o setor onde ficava o consultório da doutora Smith, chegando um pouco antes da hora marcada, não demorou muito para serem chamados. Jenna os recebeu com toda a simpatia que era clichê entre eles. Comentou algumas coisas sobre a nova fase da gestação que Elena estava passando, deu alguns conselhos, falou um pouco mais sobre os riscos da gravidez dela, Damon ouvia tudo atentamente. Era muito bom o fato dele ser médico e Elena sentia-se totalmente respaldada.

–Bem, vamos ao que interessa. – Jenna falou se erguendo da cadeira. Elena suspirou pesado, ansiedade em seu rosto. Damon fez sinal para que ela seguisse Jenna para se aprontar, Le iria logo em seguida.

Já na sala do ultrassom, Damon estava ao lado de Elena, de mãos dadas e atento a tela, Elena continuava sem entender as imagens, Jenna movimentava o aparelho em seu ventre, buscando o ângulo apropriado para a imagem.

–Bem, vejamos... – ela falou parecendo enfim ter o encontrado. – Damon se inclinou para olhar melhor, Elena estava focada, Damon prendeu a respiração e Elena soube que ele viu o que ela ainda notara. – Bem Elena, Damon... Ao que me parece vocês terão...

–Um menino. – Damon cortou Jenna, um sorriso magnífico em sua face, ele olhou para Elena na maca o encarando de olhos arregalados. – É um menino amor. – ele falou sorrindo bobamente e Elena soltou um lágrima de euforia e começou a sorrir tão descontrolada quanto ele.

–É sério? – Elena perguntou, olhando para Jenna enquanto Damon voltava a olhar pra tela, Jenna respondeu com um sorriso contagiante.

–Isso mesmo. Um menino, parece que a linhagem dos empresários Salvatore permanecerá. – Jenna falou olhando pra Damon, que sorriu bobo.

–Ou talvez ele prefira seguir a careira do pai, me parece muito mais nobre. – falou Elena olhando pro marido que se virou para encará-la e beijou sua mão, ele estava sem palavras, apenas sorria e suspirava e sorria outra vez, como um tolo.

–Nossa! Uau! – ver Damon sem saber o que dizer era maravilhoso para Elena, ela estava radiante.

Jenna foi apontando todos os detalhes para Elena perceber melhor, Damon só encarava a tela rindo sem parar. Ele não sabia se merecia tanto e logo uma lágrima escorreu de sues olhos.

–Amor... – Elena chamou ao perceber o tamanho da emoção que o tomou. Damon limpou rapidamente a lágrima e a encarou.

–Eu te amo tanto. – ele disse se curvando pra beijar Elena ainda deitada. – A você dois. – ele disse e voltou a gargalhar outra vez.

–Eu também te amo. – Elena disse sorrindo em meio a lágrimas de alegria.

Depois do fim da consulta, mal saindo do consultório Elena já ligou pra Caroline, pra lhe falar a novidade, ela estava radiante, andando de mãos dadas com Damon pelo corredor que ficava gritando pra que Carol ouvisse coisas do tipo: “Um menino, eu sabia.” , “Mais um Salvatore pra te chamar de exagerada.” Ele provocava ela e Elena sorria e batia em seu braço. Elena pediu que ela contasse para Maria, que parecia já estar perto dela na hora, pediu também pra não avisarem a Joseph, ou menos Stefan, pois Damon queria falar pessoalmente quando encontrasse com o pai na empresa e com o irmão mais tarde. Elena desligou já dentro do carro. Damon deu partida.

–Não me lembro do dia que me senti tão eufórica. – Elena falou encarando Damon e sorrindo sem parar.

–Nem eu. – ele falou tentando se concentrar na estrada, sem olhar para Elena.

–Tem uma coisa que me incomoda amor. – Elena falou um tanto mais séria, seu tom fez Damon a encarar.

–O que é? – perguntou franzindo o cenho.

–Se já podemos até saber o sexo, se ele está mais bem formado, por que não o sinto ainda? – há algo errado? – ela perguntou mexendo no ventre, com a voz um tanto sombria.

–Não meu amor. Claro que não. Se fosse assim Jenna nos diria. – Damon falou simplesmente. – O que acontece é que é sua primeira gravidez e você nunca sentiu isso, talvez demore a identificar, já pode ter sentido algo, mas não identificou. Também tem o fato de que você só sentirá com mais certeza na décima oitava ou vigésima semana, que não estão longe. – ele disse passando a mão no joelho dela e tentando focar na estrada. Elena pareceu um pouco mais aliviada. – Não se preocupe amor, está tudo bem. Você está ansiosa, mas logo vai sentir falta do tempo de quietude dele. – Damon falou sorrindo e Elena sorriu junto mais aliviada.

–Estarei perdida se ele se parecer muito com você. – Damon a encarou confuso. - Você é muito inquieto a noite, se mexe muito e quase não me sobra espaço na cama. – ela provocou encarando a frente, Damon a olhou perplexo.

–Não seja tão exagerada. Não é tão ruim assim. – Elena o encarou com os olhos semicerrados. Damon bufou.

–Certo, talvez eu seja um pouco agitado. – Elena gargalhou mexendo a cabeça em negativa e voltando a olhar pra frente, suas mãos ainda acariciavam sua barriga.

Continuaram o caminho de volta pra mansão Salvatore, Damon deixou Elena lá, não antes de ver a reação que sua mãe e Caroline tiveram ao ver Elena passar pela porta, ele teve a sensação que elas não largariam ele ou Elena jamais.

–Tenho que ir até a empresa. – falou dando um beijo no topo da testa de Elena e se despedindo de sua mãe e Caroline. – Te vejo mais tarde amor.

–Até logo! – falou Elena e ele se foi.

...

Eu estava radiante, nunca havia me sentido tai vivo como hoje. Depois desses últimos dias, me sentindo indisposto e meio sem energia, saber que seria pai de um menino, meu Samuel, foi a melhor notícia que já recebi, estava me sentindo revigorado, uma euforia percorria todos os meus nervos e veias, era uma sensação ótima.

Cheguei a empresa e fui correndo até a sala de meu pai, queria compartilhar com ele a notícia.

–Isso é sério? – ele me perguntou assim que eu lhe contei, quando eu assenti ele saltou da cadeira e veio em minha direção me abraçar. – Que notícia maravilhosa, mais um Salvatore para perpetuar o nome de minha família. – ele falava orgulhoso. – Filho, foi a melhor notícia em anos.

–Eu sei, pai. – falei sorrindo, ele tinha suas mãos em meu ombro e me encarava sorridente. – Estou muito feliz também. – ele bateu em meu peito e voltou a sentar-se me apontando a cadeira a sua frente. Quando me sentei sua expressão estava um pouco mais séria.

–Quero conversar sobre uma coisa, que está me incomodando um pouco. – ele me falou e eu o olhei confuso.

–Algum problema pai? – perguntei franzindo o cenho.

–Talvez... – ele falou hesitante, meu pai não era de hesitar o que me deixava ainda mais curioso.

–Fale! – pedi impaciente.

–É sobre você e Elena. – ele falou se jogando pra trás em sua cadeira e levando as mãos até o seu bigode.

–Sobre mim e Elena? – perguntei ainda mais confuso.

–Você, Elena e aquela sua amiga, a Rose. – eu entendia cada vez menos e ele notando o quanto eu estava atordoado, resolveu ser mais específico. – Damon eu acho que você deve por um certo limite na sua amiga. – ele falou me olhando com severidade, eu abri a boca sem ter o que responder. – Eu entendo que ela esteja cuidando de você, até me sinto agradecido, ela consegue lidar com você de uma maneira bem convincente e você não tem dado muito trabalho como antes. Mas, embora eu não viva muito em casa é visível que toda essa afinidade e amizade faz com que Elena se sinta... – ele procurou a palavra adequada. – Deslocada, quero dizer, meio fora de contesto. Aquela garota assume muitas das tarefas que uma esposa deve tomar e embora Elena venha tentando disfarçar ultimamente, é notável que o brilho e vigor do olhar dela se perdem quando ela os vê juntos, conversando abertamente sobre temas que ela desconhece sobre você ou sua doença, ou ainda quando vocês estão em um momento de pura descontração. - Eu prestava atenção no que meu pai falava.

–Elena sempre foi muito insegura quanto as minhas amigas pai, mas ela tem admitido uma postura mais madura ultimamente e eu estou achando tudo isso muito bom, entre mim e Rose não há nada e seria uma burrice da parte dela ficar procurando alguma coisa que não existe. – eu falei.

–Será? – ele me perguntou levantando a sobrancelha e eu o encarei confuso. – Damon, meu filho, eu sou homem e acredite, na minha idade algumas coias que passam despercebidas em pessoas da sua, são evidentes pra mim. Aquela moça sente mais que amizade por você e eu posso até arriscar sem muita certeza que, em algum momento, no passado, algo aconteceu entre vocês. – eu arregalei os olhos. – Elena não perceberia, mas ela sente, sente que está perdendo algo que existe na relação de você dois, sente que Rose é mais do que uma amiga, que ela é superior em algum aspecto, isso faz mal a ela. – eu suspirei.

–Eu sei pai. E não estou admitindo nada entre mim e Rose. – eu falei tentando me esquivar da suspeita. – Mas... – eu estava agoniado. – O que quer que eu faça? Eu já conversei com Elena, ela parece estar mais conformada e...

–Não queira uma esposa conformada Damon, queira uma esposa feliz. Elena é sua mulher, ela está sendo submetida a uma situação desagradável e você sabe, mesmo assim, não sei porque motivo, prefere a manter nela, só porque aparentemente ela se conformou. – eu encarei o chão. – Não gosto de me meter em sua vida, sei onde isso nos leva, mas Elena está grávida, é sua mulher, te ama e tudo o que ela quer é se sentir como quem é. Sua esposa, que cuida de você. Ela não pode ser obrigada a ver outra pessoa fazendo isso. Se bem me lembro,nos primeiros meses ela cuidou muito bem de você. Talvez seja a hora de Rose passar mais conhecimento a ele ou então deixar que ela assuma um pouco mais as coisas e se for realmente necessário, então ela, com mais experiência pode tomar partido, porém aquilo de hoje cedo no café, sobre seus horários, é algo que você pode fazer sozinho, não cabe a ela nem mesmo a Elena, mas com certeza se eu fosse escolher, certamente ela não seria a responsável. – ele terminou e eu voltei a encará-lo, levei minhas mãos até a testa.

–O que quer que eu faça pai? Onde essa conversa nos leva?

–Quero que saia com sua esposa hoje, para comemorar a boa notícia, quero que a tire de perto da Rose, que a deixe longe desse sentimento de exclusão em que ela se vê perto de vocês dois. Quero que sai e jante com sua esposa e não a deixe esquecer quem ela é, qual o papel dela na sua vida e o principal, que você a ma. Pois sei que é isso o que você quer, sei que é o certo e você fará isso ainda hoje. Te darei a manhã de folga daqui pra que sai e programe algo especial pra vocês. Faça a Elena se sentir única e depois quero que tenha uma conversa com sua amiga e mude um pouco as coisas na mansão. Elena é sua esposa Damon. Faça ela se sentir assim.

Eu ouvi a tudo, eu entendia o que meu pai falava e sabia que era tudo verdade, Elena estava tentando muito superar a antipatia por Rose, fazia isso por nós, por nosso casamento, eu estava notando e não estava dando nada em troca, ao contrário, estava cada vez mais ligado em minhas coisas,na minha ansiedade em estar bem logo e terminar meu tratamento, eu me empenhava cada vez mais com Rose e isso nos aproximou mais, Elena ficou ofuscada pela minha ansiedade e isso realmente não era certo. Eu a amo, ela é minha esposa e o que mais quero é vê-la plenamente feliz e nada mais deveria importar. Eu me empenhando em ficar bom de vez e julgando que só assim conseguiria a tornar realmente realizada, esqueci das pequenas coisas, de estarmos juntos e compartilharmos de momentos a dois, esqueci de viver meu casamento e desfrutar junto com ela, desfrutar da gravidez dela. Meu pai estava certo, isso tinha que mudar.

–O senhor tem toda razão pai. Eu tenho negligenciado com Elena. Exigi muito dela e não estou retribuindo com nada de novo, pelo contrário estou cada vez mais distante. – Joseph assentiu.

–Então saia dessa sala e vá fazer algo pra mudar isso. Você sabe que ela merece. – ele piscou pra mim.

–Eu vou sim. – me levantei e fui até ele, lhe dei um beijo na testa e Le se surpreendeu. – Obrigado pai! – falei e o encarei com doçura.

–Sempre que precisar. – falou ele sorrindo. – Agora para de perder tempo e sai logo daqui. – eu sorri e fui correndo até a saída, parei na porta e voltei a encará-lo.

–É meio obvio, mas eu te amo! – falei e ele ergueu a mão soltando um :”Ar..” - Meu pai nunca muda, talvez isso seja o melhor dele.

Saí da sala dele e fui em busca de um plano, não sabia direito o que, mas a única coisa que eu queria era seguir ao máximo o conselho de meu pai.Elena é minha esposa e eu a mo acima de tudo e qualquer coisa e eu faria ela enxergar isso mais uma vez ou quantas vezes fossem necessárias.



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Notas finais do capítulo

Posto o outro mais tarde. Beijo!