Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 17
Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Mais um postado... e não será o último... Curtam a leitura!



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(Autora)

Havia
sido uma tarde tensa demais, para todos, ao final de tudo Damon explicou a todos que aguardavam na sala de espera que a recuperação de Elena seria lenta ela deveria ficar sob observação, corria riscos de infecção, mas o pior já tinha passado. Algumas semanas depois Elena foi liberada, Damon não havia ido vê-la muito, quase nada na verdade, pois na primeira visita que ele a fez depois dela acordar ela havia sofrido uma forte crise nervosa e praticamente o expulsado do quarto. Ele não entendia muito bem o porquê, mas respeitou.

-Filha eu não consegui entender nada com relação ao seu comportamento para com Damon. – Miranda questionava a filha enquanto aconchegava as almofadas nas costas dela, ajudava por Caroline, que ouvia a conversa com cuidado.

-Não quero falar sobre o Damon mãe. – A morena disparou com rispidez.

   -Só estou tentando entender o porquê de tudo isto querida, ele salvou sua vida encarando seus medos, ele foi ao máximo para te salvar, pra te devolver pra mim, no entanto eu só o via ao seu lado quando você estava dormindo e durante o dia quando ele ia ao seu quarto você mal o olhava e era grosseira. – Caroline pigarreou fazendo sinal para a Miranda se calar.

Elena encarou a mãe, ela havia dito que ele o quê?

-Como disse mamãe? Ele o quê?

-Ah querida, as vezes eu deixava você com a Carol e ia
pra cantina pegar café ou a capela rezar e quando voltava ele sempre estava lá, sentado ao seu lado. Ele saia logo depois que eu chegava, todo sem jeito.

Elena encarou Caroline, ela sabia mais do que ninguém o porquê de ela não querer ver o Damon e mesmo assim lá estava ela, armando visitinhas ao anoitecer.

-Não me interessa o que ele fez ou deixou de fazer, o que importa é que eu estou aqui com a senhora e não quero vê-lo. – Caroline pigarreou outra vez, aquilo irritou Elena e ela a encarou perguntando:

-O que foi Carol?

A loira encarou Miranda, como se dissesse “diz você” com o olhar, Elena seguiu a visão da amiga encarando sua mãe.

-Alguém vai me dizer o que está acontecendo afinal? – perguntou impaciente.

-Eu o convidei pra vir jantar conosco esta noite.

-A senhora o quê? – Elena encarou a mãe incrédula.

-Foi ideia de seu pai na verdade, você sabe que ele admira muito o Damon e tudo aumentou agora. Eu achei uma ótima ideia.

Caroline sorriu e Elena a fuzilou com um olhar poderoso. O riso tinha sumido quase que no mesmo instante.

-Que ótimo! Bom jantar pra vocês então, estarei muito
bem aqui em meu quarto descansando.

-Nem pense nisso mocinha, você não vai fazer esta desfeita
pro seu pai e nem pra mim.

-Não vou jantar com ele!

-Escute aqui Elena, eu não sei qual o seu problema com o Damon, isto realmente não vem ao caso agora, aquele homem salvou a sua vida,
eu quase te perdi, você vai descer e participar deste jantar.

Miranda terminou se levantando e indo em direção a porta.

-Vai me obrigar?

-Vista-se adequadamente... Fim de conversa. – Miranda
ordenou.

Caroline voltou a rir e não se conteve:

-Você sabe que não vai poder declinar.

-Eu me recuso a crer nisto. Eu não quero ver ele.

-Elena vocês devem conversar, você sabe disto, há muitas coisas mal resolvidas, não é justo pra nenhum dos dois.

-Você sabe o que eu vi no dia do acidente.

-Sim sei, ele com a amiga saindo pra almoçar.

-E rindo como se não quisesse estar em nenhum outro lugar.

-Elena eu estava lá no hospital esse tempo, eu vi, não existe nada entre os dois. A única coisa que eu notei e a qual você devia estar mais preocupada é o aspecto cada vez mais debilitado do Damon. Eu já te falei,
ele me parece doente.

-Só se for de culpa.

Caroline a encarou com uma expressão repreensiva.

-Você sabe que tem que falar com ele, você o ama, sente a falta dele. Estava disposta a reconhecer seu erro e tentar tê-lo de volta e agora que ele se reaproxima de você, depois de quase te perder, você se afasta? Não parece que você consegue entender o que ele sente Elena, pior as vezes acho que você realmente não liga.

Elena encarava os lençóis agora. Sem ter o que falar.

-Vamos lá, resolva logo tudo isto, você sente a falta dele.

Elena encarou a loira.

-Sim eu sinto, mas não posso esquecer o que vi.

-Elena...

-Eu vou descer, vou jantar, mas não espere muito.

A loira pulou na cama dando um beijo em Elena e se levantando eufórica.

-Então vejamos – falou indo em direção ao closet de Elena. -O que vai vestir?

Elena riu se rendendo e foi em direção a amiga.

(Damon)

Eu realmente não queria ir a casa dos Gilbert’s hoje, não depois de um dia puxado no hospital, não sabendo que Elena não quer me ver, por um motivo ainda não definido em minha mente, mas principalmente porque a noite não estava uma das mais estreladas falando eufemizadamente. Desde o início da tarde chovia sem parar, mas eu não podia recusar o convite. Após o plantão, tomei um banho no hospital mesmo e passei em uma floricultura e só então fui até a mansão Gilbert.

Chovia muito, eu mal enxergava a estrada, o senhor Grayson convidou toda a minha família, mas meu pai havia arrastado mais uma vez minha mãe para uma viagem de negócios e Stefan tinha ido resolver outras questões da empresa, em outra cidade, levando Rebekah com ele.

Cheguei no meu destino, descendo do meu carro protegendo o bouquet de rosas brancas embaixo de meu sobre tudo e correndo até a porta, já havia me molhado muito.

-Boa noite Damon! – Era Caroline.

-Boa noite! Que tempinho não?

-Verdade, mas entre por favor.

Eu avistei a senhora Gilbert. Ela vinha em minha direção sorridente, enquanto eu dava meu sobre tudo a Caroline par ela guardar.

-Senhora Gilbert, boa noite!

-Boa noite querido! – ela me abraçou.

-São para a senhora. – Eu falei lhe entregando as rosas, ela pareceu surpresa.

-Para mim? – eu sorri assentindo. – Ora muito obrigada! – ela riu.

-Galanteando minha mulher na minha casa, que audácia! – Era Grayson e eu não pude evitar rir. Ele se aproximou de mim me dando um
abraço. -Como tem passado rapaz?

-Muito bem obrigado!

-Bom rapazes – disse Miranda com ar de riso - porque os moços não vão até o escritório fofocar, quando o jantar estiver servido mando avisar.

Nós obedecemos, ficamos conversando sobre trabalho, dinheiro, jogos e mulheres, me surpreendi com ele a respeito do último.

(Elena)

Caroline tinha vindo me avisar que Damon já estava lá em baixo, eu tremi com a notícia, eu escolhi um vestido muito simples pra ocasião, que eu considerei informal, quase um simples jantar em família, já que meus pais faziam tanta questão de tratar tanto Damon quanto Stefan com filhos. Um vestido no tom mostarda, de corte e modelagem simples, colado quase que totalmente ao meu corpo, marcando minha cintura e com um decote bem trabalhado nas costas. Uma sandália de salto médio prateada e um par te brincos dourados cravejados com brilhantes. Deveria bastar. Caroline me ofereceu o braço e nós saímos do quarto.

(Damon)

Miranda veio pessoalmente nos chamar, Grayson e eu a acompanhamos até a sala e foi aí que eu a vi, descendo as escadas acompanhada pela Caroline, estava simplesmente linda, Elena nunca precisou se  esforçar para sê-lo, ela sempre sabia exatamente o que vestir e sempre funcionava.

(Autora)

Damon encarou Elena e ela fazia o mesmo. Ao chegar no fim das escadas ela foi até sua direção e o cumprimentou.

-Boa noite Damon!

-Boa noite!

Damon estava lindo também é claro, uma camiseta azul marinho, com um terno colocado por cima, calça jeans preta, ele não era de muita frescura com roupa.

Todos se dirigiram para a sala de jantar, no decorrer da janta Grayson e Miranda falavam com Damon sobre o hospital e como ele estava indo com tudo por lá, vez ou outra os olhares dele e de Elena se cruzavam, mas ela desviava.

-Bem... – disse Grayson – eu gostaria de propor um brinde, a esta pessoa admirável a quem devo a coisa mais preciosa de minha vida, a vida de minha Elena. Obrigada Damon, você nos devolveu nossa razão de
viver.

Damon riu sem jeito erguendo a taça e seguindo todos na mesa. Novamente seu olhar caiu sobre o de Elena, ela o encarou e ele desviou
desta vez.

-Saúde! -Disse Grayson.

-Saúde! – todos o seguiram.

Ao final do jantar Grayson recebeu uma ligação e foi atender no escritório, Miranda, não sei se por estratégia, possivelmente sim, tirou Caroline da sala com a desculpa de terem algo pra resolver com as empregadas na cozinha, deixando Damon e Elena a sós. O silêncio era o líder entre os dois, até que Damon o rompeu.

-Como você está? – disse a encarando do sofá onde estava sentado, ela estava no da sua frente.

-Muito bem, aparentemente você cumpriu bem seu papel de médico. –Ela disse seca.

-Elena qual é o problema? Precisamos conversar seriamente porque creio que perdi algo.

-Você realmente perdeu algo Damon- Ela disse finalmente olhando para o moreno que a encarava confuso. – perdeu meu interesse em conversar com você sobre qualquer coisa que seja.

A morena se levantou, ela ia deixar a sala, mas Damon a segurou pelo braço após se levantar abruptamente do sofá. Ela tremeu com o toque.

-Espera Elena, por favor, precisamos conversar. Eu preciso conversar com você. Deus você não imagina o quanto eu tenho desejado
isso, você não quis falar comigo mais eu...

-Não quis e nem quero! – ela falou se livrando do braço dele.- Não temos mais nada que conversar, foram palavras suas Damon, só conversaríamos quando eu crescesse e bem eu não cresci, pelo contrário,
continuo a mesma caprichosa e mimada de antes.

-Elena para com isso!

-Eu estou cansada, tenha uma boa noite!

A morena ia deixar a sala quando seu pai voltou.

-Elena querida, onde está sua mãe?

-Na cozinha papai.

Damon estava olhando para Elena, então se virou para Grayson e falou:

-Eu preciso ir embora, está tarde. Eu agradeço o jantar, eu me diverti muito Grayson, mas agora tenho que ir.

Antes que Grayson pudesse responder algo Miranda invadiu a sala dizendo:

-Nem pense nisso mocinho. É bastante tarde, está caindo uma tremenda tempestade lá fora é perigoso. Você dorme aqui!

-Oh não, sério não. Eu realmente tenho que ir.

-É melhor você obedecer de vez Damon, Miranda não vai parar. – Grayson falou.

-Não mesmo. – Miranda falou sorrindo pra Damon.

O moreno olhou para Miranda soltou um riso de rendição e falou:

-Tudo bem.

Elena que até então ouvia tudo calada se pronunciou:

-Bem, já é tarde, estou cansada. Boa noite a todos!

-Tão cedo filha? – perguntou Miranda.

-Ora mamãe a senhora a pouco falou que já era tarde?!

Miranda a encarou, ela tinha a pego de jeito agora.

-Como queira então minha princesa, boa noite! – disse Miranda.

-Boa noite! – disse Elena indo em direção a mãe e lhe dando um beijo, fez o mesmo com seu pai.

-Descanse querida! – disse Grayson.

-Vocês também! Damon... – ela falou encarando o moreno.

-Boa noite Elena!

Então ela se retirou.

(Elena)

Eu estava ofegante quando cheguei em meu quarto, quando eu senti a mão firme dele no meu braço, eu só queria beijá-lo, mas eu estava tão ressentida com ele, a forma como ele me ignorou, como não me respondia as ligações, o fato de deixar seu orgulho na frete de tudo, na frente do que ele dizia sentir por mim. E agora ele estava ali, tão perto, não era a primeira vez que Damon dormia em minha casa, mas era a primeira vez que eu não parava de imaginá-lo entrando pela porta de meu quarto e me dando um beijo abrasador.

A tempestade estava realmente forte, os trovões e raios não me deixavam dormir, não que eu tivesse medo, eles apenas não colaboravam, eu já não estava conseguindo só em pensar em Damon. Eu decidi fazer algo que sempre fiz em noites assim, descer até a cozinha e beber um copo com leite morno, era sempre uma boa ferramenta que me faria dormir melhor e mais rápido. Levantei-me e desci, a casa estava deserta, ninguém por perto, eu agradeci por resistir a vontade de bater na porta do quarto de Damon e também por não esbarrar com ele pelo corredor.

Ao chegar na cozinha percebi que tinha agradecido cedo demais. Ele estava lá com um copo com água na mão e me encarava surpreso, eu estava apenas de camisola.

(Damon)

Eu não conseguia dormir, eu sei que eu fui um estúpido orgulhoso com Elena antes do acidente, e na ocasião fazia todo o sentido pra mim, eu estava convicto de que era isso que eu deveria fazer, dar um gelo nela,
mas  apesar de tudo eu desejava tanto estar nos braços dela, eu não conseguia pensar em outra coisa, mas não cedi aos meus desejos e agora não sei como tê-la novamente, ela se fechou. Esses pensamentos estavam me atormentando.

Eu conhecia bem a casa de Elena, era quase como se fosse a minha, eu resolvi descer até a cozinha e pegar um copo com água, tive
que resistir no caminho para não adentrar no quarto de Elena, rezei em silêncio para que ela talvez estivesse de bobeira pelo corredor, encarei a sala e o resto da casa desertos, cheguei até a cozinha, me servi da água e comecei a beber devagar, ouvi um barulho e quando me virei pra entrava da cozinha ela estava lá, paralisada e surpresa. Uau! Linda!


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Notas finais do capítulo

E aí? queram Mais? kkk Estou cinderando isto ...
BRINCADEIRA!!!! Mais tarde tem mais... Beijos!



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