Nathan Pov's

Estava em casa tentando ver um filme com os meninos, mas minha mente não me deixava prestar atenção. Juliana não saia de meus pensamentos. Eu a amava tanto, e tinha botado tudo a perder anos atrás, mas agora, agora era diferente, o amor que eu sentia por ela não parecia algo apenas grande, como antes. Agora parecia algo incondicional.Eu não sabia mais onde por tanto amor, já que ela não me deixava demonstrar em forma de beijos, abraços e carinhos com ela. Estava intrigado. Tinha que tentar reeconquistá-la enquanto era tempo.

Já que mais cedo tinha visto num noticiário, que Liam havia terminado com sua namorada, e agora estava solteiro. Tinha que agir rápido.

Sai sem ao menos dar satisfações aos meninos, passei numa loja, comprei flores, tulipas, na verdade, as favoritas de Juliana. Comprei um cartão maravilhoso, pelo menos eu achei isso, e escrevi a declaração mais profunda e amável que consegui.

Fui até o prédio dela, o porteiro já me conhecia, e nem interfonou para o apartamento dela, me deixou subir.

Entrei no elevador. Me olhei no espelho, arrumei o cabelo, a roupa. Queria que tudo estivesse impecável. Queria que ela sentisse aquele amor.

Quando sai do elevador escutei barulhos na porta, e vi que vinham da porta de Juliana. Escutei uma voz masculina, e logo desconfiei. Havia uma coluna mais pra trás no corredor. Me escondi ali atrás. Fiquei apenas observando.

Vi Liam saindo de lá, Juliana com uma cara de boba alegre, que, que eu me lembre somente eu a deixava assim antes.

Antes dele entrar no elevador, eles ainda deram um longo e calmo beijo. Nessa hora quase perdi a cabaça. Queria chegar metendo um murro na cara de Liam. Mas me segurei. Esperei Liam sair, e Juliana entrar.

Me sentei no chão, e fiquei pensando. Será que deveria ir embora, e aceitar a derrota? Ou usaria de lema a famosa frase "No amor vale tudo". Não sabia o que fazer. Fechei os olhos, e veio em minha mente a imagem dela e Liam se beijando. Pensar naquilo me revirava o estômago. Me levantei, e uma raiva, misturada com nervosismo, e amor tomaram conta de mim.

Fui com passos rápidos e firmes até sua porta, e toquei várias vezes a campainha impacientemente.

Juliana Pov's

Quando abri aquela porta, vi Nathan. Seus olhos estavam cheios d'água. E ele parecia estar extremamente nervoso e perturbado.

–Oi, Nathan. Tudo bem? O que faz aqui?-disse preocupada com ele.

–Não. Não estou nada bem. Mas pelo visto você está ótima né. Com seu novo namoradinho, Liam.-disse ele bastante impaciente e irritado.

–C-como você sabe do Liam? Quer dizer, você estava me espionando?-disse gaguejando. Estava nervosa, ele estava bastante alterado. E não queria que ele soubesse do Liam assim.

–Nem preciso. Vocês saem se beijando do corredor.-disse ele num tom de voz elevado. E enquanto ele falava, olhei para suas mãos. Tinham um buquê, e um cartão.

–Olha, Nathan..-começei a falar, mas ele não me deixou terminar, me interrompendo.

–Agora eu vou falar. Nesses dias ouvi muito, mas não falei o que tá intalado aqui.- falou ele, me deixando assustada.-Olha, depois de termos feito as pazes venho tentando de tudo para te reconquistar. Sei que te magoei, mas dá pra você entender que eu ainda te amo, quer dizer, te amo mais do que antes,não sei nem como isso é possivel. Que eu não queria te fazer sofrer, a única coisa que eu queria era te poupar. E depois daquele beijo, achei que você estava reconsiderando me dar uma chance. Achei que você tivesse percebido, que não é toda garota que tem um homem, mais do que gostando, mais do que apaixonado por ela. Um cara que a ama incondicionalmente, e que faria tudo pra vê-la feliz.-deu uma longa, enquanto meus olhos estavam cheios de lágrimas.-Mas pelo visto você preferiu um cara que não sabe nada sobre você. Se duvidar ele nem sabe o dia do seu aniversário. Mas tudo bem, então. E parabéns, você consegui fazer a história de Warzone virar real pra mim.-disse ele deixando as lágrimas cairem.

Ele disso aquilo praticamente gritando, e quando acabou, jogou o buquê, que inclusive era de minhas flores favoritas, e o cartão com raiva no chão, e saiu andando.

Eu fiquei muito mexida com o que ele disse, não sabia ao certo o que dizer ou pensar, mas sabia que não iria deixá-lo ir. Estava com medo de ter me precipitado com Liam. Mas enfim, sai correndo atrás dele.

Puxei-o pelo braço, e ele se virou pra mim. Chorava como nunca o vi chorar na vida.

–Nathan, por favor...-disse chorando também.

–Para, deixa...-disse ele tentando se virar, mas não sei da onde que tirei tanta força, mas o segurei sem deixá-lo ir. Olhei em seus olhos e disse:" Eu também te amo." Ele pareceu surpreso quando disse isso. Beijei sua bochecha, e o abraçei mais forte do que nunca abraçei ninguém nessa vida.

Depois do abraço, ele parecia mais calmo.

–Nathan, me dá um tempo pra pensar, e colocar as ideias no lugar. Mas por favor, calma. Só isso que eu te peço, Nath.-disse segurando suas mãos.

–Tá bom, nos falamos depois.Eu te amo.-disse ele susurrando, e saindo.

Assim que ele foi embora. Entrei em casa, e levei comigo o cartão e o buquê. Arrumei as flores, e li o cartão. Me deitei no sofá, e começei a chorar como uma criança. Suas palavras, seu buquê, o cartão....tudo. Estava muito confusa. Não sabia o que fazer