Got My Heart In Your Hands escrita por Julia


Capítulo 68
Quem está aí?




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“Nunca em minha vida senti tanto a presença de alguém como sinto a sua, eu sinto você aqui, bem perto de mim. E essa distância que insistem em nos separar em ? Por muito tempo eu cheguei a pensar que não fosse suportar conviver sabendo que o meu amor está tão longe assim de mim, pensei que fosse desistir na primeira oportunidade que eu tivesse, mas você me mostrou que não é só eu que estou passando por isso, que você também passa, que você tem as mesmas vontades que eu tenho e os mesmos sonhos, acho que isso me faz te amar e ter a esperança de que eu e você teremos um final feliz. A certeza do amor, a certeza de que nem mesmo a distância que me impede de te abraçar, foi capaz de nos afastar, não foi capaz de nos fazer desistir desse amor que na visão de muita gente é um amor impossível. Eu pensei em você ontem antes de dormir, aliás eu fiz isso várias vezes durante o meu dia. Eu senti uma sensação única, como se uma paz tivesse invadido o meu corpo, fazendo meu coração bater mais forte e eu fui sentindo uma felicidade incomparável. Aos poucos fui percebendo isso me dominar, o dia inteiro. De repente fui descobrindo que isso é amor. Mas não um amor qualquer, o meu amor por você. Quero que você lembre-se de mim e se sinta protegido de todo o mal, porque é por isso que eu irei lutar. E pode ter certeza de que quando eu falhar, vou lutar com todas as forças pra consertar o meu erro e reconstruí-lo. Você realmente me ensinou a viver e por isso quero te proporcionar todas as alegrias que houver nesse mundo. Tenho certeza que não foi por acaso que o meu destino foi traçado junto ao teu. Enquanto eu estiver contigo, enquanto eu te sentir, eu sempre irei te esperar, e mesmo que as pessoas tentem por coisas na minha cabeça ao seu respeito, mesmo as fofocas e as mentiras, nada vai mudar esse sentimento que aumenta a cada segundo. Eu juro que enquanto eu tiver vida, meu coração, a minha alma e a minha vida pertencerá somente a você. As pessoas tem mania de achar que um relacionamento a distância não dá certo. Não dá certo se você não quiser e a não ser que não haja amor. Não dá certo se você não tiver disposto a querer, lutar e fazer algo pela pessoa. Não dá certo se você não demonstrar o que você sente. Não dá certo se tu der ouvidos pra todo tipo de pessoa que vai tentar estragar. E por último: Só dá certo se tiver amor verdadeiro. Amor verdadeiro esse que eu sinto por você. O destino traça teu caminho pra se encontrar com o meu. Não é por acaso que estamos juntos, pertinho um do outro é para permanecer e durar para sempre. Gosto de te imaginar no meu futuro e eu no teu. Você é o meu bem mais precioso. É incrível como todos os meus passos me levam a você. Como todas as escolhas incluem seu nome. Como eu penso em você o tempo inteiro. Como eu consigo sentir seu cheiro em mim sem ao menos te tocar. É incrível todo o poder que suas palavras tem sobre as minha atitudes, é incrível a forma como eu não consigo enxergar mais ninguém no mundo como eu enxergo você. É incrível que todas as palavras fazem sentido quando vindas de você. É incrível como, não importa o que eu diga, o quanto eu tente te fazer entender, nada será capaz de explicar a forma como eu te amo, como eu te quero. E se você esquecer o quanto você significa pra mim, todos os dias vou te lembrar.”

Narração Pierre

-Pierre?Ouvi alguém me chamar.

-Hã?Respondi sonolento.

-Acorda,quase todo mundo já foi embora só ficou,eu,você,o Jay e a Marie.Era a linda e doce voz de David me despertando.

-Que horas são?

- Quase uma da manhã.

-Nossa,como eu dormi tanto?

-A gente foi assistir filme e você acabou dormindo.

-Aé.

-Mas o que é isso?

-O que?

David me mostrou uma caixa,acho que era um jogo de tabuleiro ou algo do tipo,esfreguei os olhos mas não consegui identificar da onde era aquilo,apenas consegui ler na embalagem algo como “Sonho Mágico”parecia muito velho,já estava com alguns rasgou no papelão da caixa,eu não fazia idéia de onde era aquilo:

-O que é isso?

-Não sei,Jay achou no seu baú.

-Que baú?

Aquele.Disse David apontando pra um velho baú,ele ficava da escrivaninha,na verdade nunca olhei direito o que havia lá,aquele jogo devia ser dos antigos moradores do apartamento.

-Deve estar ai há séculos.

-Quer jogar?

-Hum,pode ser,vamos lá chamar o Jay e a Marie.

-Ok.

Nós andamos até a sala do apartamento,Jay e Marie estavam assistindo TV abraçados.- Puxa,Jay é rápido.-Pensei,isso me fez dar uma risada maliciosa.Estava feliz por eles,afinal era meu irmão e uma das minhas melhores amigas:

-Querem jogar esse jogo?David perguntou mostrando a caixa.

-Não tem nada pra fazer mesmo.Disse Jay.

Marie Lee concordou,sentamos no chão em uma roda e David abriu a caixa,espiei o tabuleiro,estava empoeirado,não tinha nada de muito impressionante,havia apenas um botão onde você tinha que apertar pra sair uma carta.David começou a ler as instruções:

-“Atenção,só jogue esse jogo se realmente estiver disposto a ganhar,aqui você será transportado a um outro mundo,esteja preparado,existem conseqüências,aperte o botão de play e puxe uma carta,boa sorte!”

-Isso foi tenso.Disse Jay.

-Vamos jogar.Eu insisti.

-Ok.Disseram David e Marie em coro.

Aquilo não parecia nada assustador,pra alguém como eu,que esteve num casarão com uma criança vagando,pra quem sentia e via espíritos,eu não estava com medo,afinal era só um jogo velho e empoeirado que havia sido deixado no meu apartamento pelos antigos moradores,bem aquela era a parte mais antiga de Montreal,iria ser divertido jogar:

-Quem começa?Perguntou Marie.

-Eu.Disse David apertando o botão,uma carta surgiu como quando você retira dinheiro de um caixa.

-O que diz aí?Perguntei.

-Começou bem,avance 5 casas,mas tome cuidado tem coisas que talvez você não queria ver ou sentir...

-Quem diabos criou esse jogo?Perguntou Marie abraçando meu irmão.

-Alguém muito sinistro disse David avançando as 5 casas.

Depois foi a vez de Jay,ele pressionou o botão e assim como na vez de David uma carta apareceu:

-Avance 2 casas,vá de vagar,já é uma conquista estar vivo...

Senti que Jay travou.Marie foi a próxima:

-Avance 7 casas,vou te dar um crédito,me lembro de você e como lembro....

-Cara o que é isso?Jay perguntou assustado.

-Vamos parar de jogar.Disse David.

-Espera,é a minha vez.Eu disse apertando o botão,a carta surgiu e comecei a ler em voz alta para meus amigos.

-O que diz ai amor?Perguntou David.

-Ah você,avance apenas 1 casa,e como está minha filha?

Todos me olharam assustados e eu também.-Nemours.-Pensei.

-Chega,acabou.Disse David se levantando,pegando o tabuleiro e indo até cozinha,seguimos ele,quando estávamos lá ele abriu a lata de lixo e foi jogar o tabuleiro fora,olhei pra janela,me assustei....

-Pessoal,olhem isso.Apontei para janela.

-Meu Deus!Disse David colocando a mão sobre a boca.

No vidro da janela estava escrito em sangue algo como “Hey,nem pense em jogar isso fora,eu avisei,agora que começaram nada de parar pequeno Desrosiers”.Me apavorei,peguei o tabuleiro das mãos de David e joguei no lixo.

-Vamos esquecer isso.

-Ok.Disse ele tomando um copo de água.

Novamente fomos para sala,sentamos no sofá e começamos a assistir um programa de música,passaram-se meia hora e ouvi Lennon chorar,fui até o quarto,me deparei com o tabuleiro no chão,corri até Lennon e a segurei no colo,ela estava bem,devia estar apenas com fome,mas como o tabuleiro foi parar ali?Marie entrou no quarto:

-Quer ajuda ai P...Ela não terminou a frase quando viu o jogo no chão.

-Eu sei,isso é estranho.

-Me diga que você trouxe isso de volta.

-Não fui eu,quando cheguei estava aqui.

Fomos interrompidos por um grito de David,corremos até a sala e ele estava com Delilah no colo:

-Gente,olhem isso:

Ele nos mostrou um papel que dizia ”é feio desobedecer as regras,continuem”.

-Onde isso estava?Perguntou Marie.

-Delilah veio da cozinha com isso na boca.Disse Jay.

O que era aquilo?Nossa vida já não tinha assombração demais?Era Nemours nos atormentando aonde quer que ele esteja?

“Vocês têm medo de fantasmas? Eu não...Não hem!!!

Devia ter meus oito ou dez anos de idade quando comecei a ouvir estranhos ruídos à noite em nossa casa. Pareciam passos de seres humanos que perambulavam pela casa toda depois que todos nós nos recolhíamos para o aconchego de nosso leito. De manhãzinha queixava-me para a minha mãe:

--Ouço passos, tem gente caminhando pela casa à noite. Será algum fantasma? E mamãe respondia:

--Deixe de ser boba menina, são ratos no sótão.

--Só se forem ratos gigantes....

Papai, ciente da estranha caminhada noturna, seguido subia no sótão munido de armadilhas, venenos, incensos, alhos, crucifixos, e lá deixava a fim de capturar o pretenso rato gigante ou afugentar o possível fantasma ou qualquer outra alma penada que fosse.

Mais quê! O invisível visitante noturno continuava com sua estranha caminhada de lá para cá e de cá para lá, sem se importar com os menores viventes da casa ( e os maiores também) que a estas alturas, cobriam-se até o ultimo fio de cabelo e urinavam na cama com medo de levantar-se após a meia noite.

Um dia, papai resolveu tomar providências mais drásticas e trouxe o pároco da vila para dar uma boa benzida na casa, na esperança de que as coisas se normalizassem. A água benta correu solta por todos os lados, cantos e fundos, não faltando uma dose extra para o sótão, já que é ali o esconderijo preferido de todos os fantasmas.

Mas nada adiantou, nosso fantasma era incorrigível e incansável, quanto mais andava, mais queria andar. Com o tempo, acostumamos com o fantasma ou fosse lá o que fosse, era pacífico e o elegemos nosso guardião.

E o tempo passou...

Quando mais mocinha, costumava deixar meus materiais escolares soltos na grande mesa da sala, juntamente com alguns livros e revistas. Nosso fantasma deu então, de ficar curioso. Bastava que apagássemos todas as luzes e lá vinha ele folhear as revistas devagarzinho, como se estivesse a apreciar uma bela gravura ou a ler alguma coisa super-interessante. Não compreendíamos como ele lia ou via alguma coisa no escuro, mas afinal, fantasma é fantasma. As vezes, fazíamos troça e escondíamos todos os livros e revistas dentro de uma pesada gaveta. Mas ele não se dava por vencido, abria a gaveta, tirava a revista preferida e ficava horas e horas entretido em sua leitura silenciosa só quebrada pelo vagaroso folhear das páginas que todos nós escutávamos. Se por acaso abríssemos uma fresta da porta de nosso quarto, é claro que nada víamos, a não ser, o clarão da lua projetando a sombra dos arvoredos através da porta envidraçada entre os móveis da sala espaçosa.

E foi-se mais uns tempos...

Um dia, voltei para casa com um belo romance, disposta a lê-lo bem rapidinho. À noite, distraída com a boa leitura, não senti as horas passarem, e creio que era bem mais de meia noite quando alguém abriu a porta do meu quarto e falou:

--Apague essa luz!!!

--É você mamãe..? Perguntei, estranhando um pouco a voz e que ela não tivesse entrado em meu quarto e nem se manifestado como sempre fazia. Como não obtive resposta e devido a leitura havia esquecido completamente do nosso fantasma, continuei a ler aquele capitulo que já estava no finzinho.

De repente, a luz apagou-se... Demorei só uns instantinhos com os olhos fechados na escuridão, e quando os abro, vejo estarrecida, um estranho vulto todo de branco, envolto em uma espécie de auréola, sentado aos pés da minha cama. Por um átimo, tive vontade de esticar os pés e sentir se aquela figura era real ou imaginaria, mas o medo falou mais alto, e com o coração quase a saltar-me pela boca, dei um grito tão grande ( ou seria berro), que acordou a casa toda e até a vizinhança.

Nosso fantasma nunca mais apareceu. Deve estar lendo em outra freguesia. Ou vai ver, levou um susto bem maior que o meu e morreu do coração.”

What the hell's going on? Have you gone undercover?
You were here, now you're not, been replaced by another
'Cause it's still your face but there's something strange
Not the one I remember
Can you please explain, did they wipe your brain?
This is gonna be forever

'Cause everything you say, everything you do
Is freaking me out, freaking me out
You know we used to be the same, who the hell are you?
You're freaking me out, freaking me out

And I swear I thought I knew you, but all that was yesterday
Now you turned it around, what's that about?
'Cause you're freaking me out, freaking me out

Think you're real, but you're fake
Think you're deep, but you're shallow
You've become what you hate
Now you're lost, just a shadow
So who pulls your strings?
'Cause it makes no sense that you act like you're better
You can say these things to your so-called friends
And they just might think you're clever

But everything you say, everything you do
Is freaking me out, freaking me out (you're freaking me out)
You know we used to be the same, who the hell are you?
You're freaking me out, freaking me out

And I swear I thought I knew you, but all that was yesterday
Now you turned it around, what's that about?
'Cause you're freaking me out, freaking me out

Wake up, wake up, wake up, snap out of it
Wake up, wake up, wake up, snap out of it
Wake up, wake up, wake up!

Everything you say, everything you do
Is freaking me out, freaking me out
You know we used to be the same, who the hell are you?
You're freaking me out, freaking me out

And now everything you say, everything you do
Is freaking me out, freaking me out
So why you're playing games? Who you're trying to fool?
You're freaking me out, freaking me out

And I swear I thought I knew you, but all that was yesterday
Now you turned it around, what's that about?
'Cause you're freaking me out, freaking me out


Freaking Me Out - Simple Plan feat. Alex Gaskarth


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Notas finais do capítulo

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