Quidditch Revenge escrita por KarenLuizaM


Capítulo 2
As quietinhas são as piores?


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco pra postar, né? Foi por que o carregador do meu pc quebrou D: Mas, o capítulo está aqui! Espero que gostem :]



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Havia uma neblina muito densa em Hogwarts naquele dia. Os indícios de que o inverno estava chegando estavam claros. Mal se dava para enxergar as árvores dos jardins. Aproveitando o clima úmido, os alunos permaneciam dentro do castelo, conversavam sobre as novidades do fim de semana e alguns estudavam. O que era o caso de Rose Weasley.

Era a hora do almoço, mas, já que a ruiva não estava com muita fome, resolveu ir mais cedo para as masmorras. Mesmo sabendo que iria se sair bem no teste da Professora Fildfraser, ela gostava de revisar tudo para ter certeza de que tudo sairia como o planejado. Arrumava os ingredientes, lia e relia a receita, via se não havia nada faltando. A sua revisão acabara alguns segundos antes de ouvir a porta se abrir. A pessoa que entrara era uma garota morena de cabelos até os ombros e muito lisos e olhos verdes como os detalhes de sua roupa. Era Katie Fryland, a Sonserina mais inteligente, educada e bonita do sexto ano.

– Weasley. – Cumprimentara a garota.

– Fryland. – Retribuíra a ruiva.

A morena se sentou longe da ruiva e começou a tirar ingredientes do caldeirão que carregava. Rose observava pelo canto do olho os movimentos da garota – Era bem provável que a sonserina estava lá pela mesma razão que ela. Desviara o olhar, e voltara para seu livro. Via novamente se estava tudo em ordem. A sineta do começo da aula tocou.

Os alunos e a professora logo chegariam à sala e o teste começaria. A ruiva queria muito se sair bem, como em todos os outros testes que fazia. Ela se empenharia ao máximo e, se nada de errado ocorresse e ela tirasse uma boa nota, poderia se concentrar mais no jogo de Quadribol que aconteceria no Sábado à tarde. O primeiro jogo do campeonato: Corvinal X Sonserina.

Como seu pai, Rose era a goleira do seu time. Sempre quis jogar quadribol e, finalmente, conseguira entrar no time. Não podia decepcionar ninguém. Tinha que dar o seu máximo dentro do campo – Ainda mais que seu adversário direto, além de ser o melhor atacante da escola, era seu maior inimigo – e não conseguiria fazer isso com o peso de uma nota ruim em sua consciência.

Os alunos começaram a entrar na sala, interrompendo os pensamentos da garota. Ocupavam os lugares vagos e colocavam os ingredientes na mesa. Havia uma movimentação muito grande na sala. Praticamente todos os alunos estavam na sala quando ela sentiu alguém a cutucar no ombro.

– Weasley... – Rose se virara e vira Katy Fryland em pé ao seu lado – Posso sentar aqui? Malfoy pediu pra ficar no meu lugar.

Rose olhara para o lugar onde Fryland estava sentada e vira Malfoy e os amigos sonserinos ao seu redor conversando animadamente. Virara seu olhar para a morena e balançara a cabeça positivamente. A Sonserina se sentou ao seu lado e arrumou suas coisas.

– Bom dia, alunos. – Dissera a professora (uma mulher alta e magra, de meia idade, cabelos loiros e bem presos em um coque no alto da cabeça) ao adentrar na sala. – Hoje, como todos já sabem, é o dia do teste prático. Espero que todos estejam preparados. – A professora andava de um lado para outro.

“Vocês tinham que escolher uma poção da lista que eu passei há duas semanas, encontrar a receita e conseguir os ingredientes. Agora terão que prepará-la em uma hora e dez minutos. Quanto mais eficaz ela ficar, melhor será a sua nota. E, aproveitando que vocês estarão fazendo as poções, eu também vou preparar uma e quero que pelo menos um aluno consiga reconhecê-la. Muito bem. Podem começar.”

Assim que a professora Fildfraser terminou de falar, vários sons diferentes acoaram pelas masmorras. Páginas de livros sendo virados, caldeirões sendo arrastados, pessoas conversando, andando pela sala, etc. Mesmo com toda aquela distração, os alunos estavam dispostos a fazer o melhor possível.

Depois de aproximadamente cinquenta minutos, mais da metade das poções da sala estavam prontas. Rose conversou com Katie enquanto fazia a tarefa – Falaram sobre as casas, sobre as aulas, sobre um tal loiro sonserino e Katie até elogiou a inteligência da ruiva - mas, isso não a fez perder a concentração. Sua poção já estava quase pronta. Só faltava uma coisa. Rose abaixara para pegar um ingrediente guardado em sua mochila.

– Crianças, alguém viu um vidro pequeno de infusão de losna com meu nome nele?! – Dissera a Professora de modo que todos ouvissem.

Nesse momento ouviu-se uma explosão. Uma fumaça fina invadiu a sala. Rose levou um grande susto, não só pelo fato da explosão ter acontecido, mas pelo fato de ter sido ao seu lado.

– O que aconteceu aqui? – Perguntou Professora Fildfraser ao se aproximar da mesa.

– A minha poção explodiu, professora. – Respondeu Katie, que estava coberta por grande parte substância que havia em seu caldeirão.

– Isso nota-se, senhorita Fryland. Eu quero saber o que você fez pra ela explodir!

– Eu não fiz nada! Eu estava mexendo ela, de acordo com o que o livro dizia, e, de repente, ela explodiu! – Gesticulou a morena.

Mesmo sendo uma professora muito rígida, Helena Fildfraser não se incomodava em ajudar sua afilhada e aluna preferida. A mulher pegara o livro de cima da mesa da garota.

– Você colocou alguma quantidade errada de ingredientes? – Perguntara passando os olhos pela página.

– Não, coloquei tudo direitinho, como diz a receita! – Ela fizera uma pequena pausa – A não ser aquele ingrediente que a Rose colocou, tentando me ajudar, dizendo que eu tinha esquecido.

– O quê? – Os pensamentos de Rose foram interrompidos ao ouvir seu nome. Estava tentando terminar sua própria poção.

– Que ingrediente? – A professora cruzara os braços desconfiadamente.

– Uhm... – Katie olhara para mesa procurando o fraco – Esse aqui. – Pegara um pequeno vidro que estava ao lado do caldeirão de Rose e o estendera para sua madrinha – Ela colocou isso na minha poção. – Reforçara.

– Eu? – A garota ruiva questionara confusa. Não se lembrava de ter tentado ajudar a Sonserina.

A Sra. Fildfraser, ao olhar a etiqueta do ingrediente que Katie a entregara, arregalara os olhos. O vidro em suas mãos a pertencia. Mas, havia algo diferente. “Infusão de losna. Profª H. Fildfraser” era o que ela esperava ler, mas, haviam riscado seu nome e escrito logo à cima em letra maiúscula: “Vadia”.

– Senhorita Weasley! – Ela gritou, chamando a atenção de todos ao redor – A Senhorita roubou um ingrediente meu, sabotou o trabalho de uma aluna e ainda me insultou usando uma palavra de baixo calão!

Os alunos estavam perplexos. Se dissessem que Rose Weasley fizera o que a professora estava dizendo, diriam que era mentira. Nunca passaria em suas cabeças que a garota mais santa e quieta de toda escola pudesse fazer algo do tipo.

– Mas, professora, não fui eu qu...

– Não tente inventar desculpas! – Interrompera – Você foi pega em flagrante.

– Como fui pega em flagrante? Eu não fiz nada! – Disse Rose entrando em desespero.

– Sem mais discussão! Você vai perder vinte pontos pra sua casa por causa disso! Eu vou mandar uma coruja para seus pais dizendo o que você fez, você vai ficar sem nota nesse teste e vai ficar de detenção na sala de troféus, quarta-feira, logo após a aula! Agora pegue as suas coisas e saia da sala!

Rose não conseguiu segurar. Grossas lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto. Todos a observavam, mas ninguém se atrevia a dar um suspiro sequer. Ela arrumou as coisas, colocou a mochila nas costa e, quando estava quase na porta, ela se virou e falou.

– Ah, professora. A poção que a senhora estava fazendo era a poção do morto-vivo, pelo fato de um dos últimos ingredientes ser a infusão de losna e demorar tão pouco tempo para ser preparada... – A Sra. Fildfraser levantou as sobrancelhas em espanto pelo que a garota havia dito. Rose empurrou a porta e saiu.

O que havia acontecido? Tudo aconteceu em menos de cinco minutos! Ela mal estava entendendo o que acontecia e foi acusada injustamente daquela forma. Ele nem pôde se defender. Era completamente injusto.

Rose se sentou, encolhida, em um corredor, ainda perto das masmorras. Não estava com vontade de andar. Ela tremia e seus olhos ainda estavam marejados. Isso não poderia estar acontecendo. Rose Weasley, em apenas um dia, tirara uma nota ruim, perdera vinte pontos para a Corvinal, e conseguira uma detenção. Não era possível.

Depois de alguns minutos, a sineta tocara. Alguns passos podiam ser ouvidos no corredor. Os alunos estavam saindo da sala. Rose preferiu manter a cabeça abaixada – não queria ser incomodada.

– Rose. – A ruiva levantara a cabeça e vira Valerie Cleansend, uma garota alta, magra, com cabelos castanhos, longos e levemente encaracolados. Sua amiga corvina – O que aconteceu? – Valerie falava com um tom de pena na voz. Ofereceu sua mão, Rose aceitou e se levantou.

– Eu... Eu juro que não fiz nada... – Ela tentara se explicar

– Eu sei! Eu acredito em você! Mas, quem fez?

– Eu não sei, eu... – Nesse momento, Rose notara um grupo observando-a, como havia acontecido há dois dias, mas, dessa vez com uma pessoa a mais.

Malfoy, seus três amigos inseparáveis e Katie Fryland olhavam-na do outro lado do corredor. Fryland segurava o braço de Malfoy com uma de suas mãos, o que parecia incomodar o garoto. Os três amigos do garoto permaneciam ao redor, como se fossem seus súditos, encarando a ruiva com desdém. O Loiro dissera alguma coisa para os amigos e todos começaram a andar pelo corredor em direção as escadas. Mas, antes de alcançarem uma distancia muito longa em relação a Rose, Malfoy se virara e, com um sorriso perverso nos lábios, dera uma pequena piscadela em sua direção. Isso já era o suficiente.

– Foi ele. – Concluíra a corvina com uma mistura de espanto e ódio no rosto. Rose começara a andar, raciocinando e falando o mais rápido que conseguia.

“Ele usou a Fryland pra me colocar em encrencas! Foi por isso que ela foi pra sala mais cedo. Pra pegar a poção! E, já que eu estava tão concentrada, não notei isso. Deve ter conseguido as chaves do armário da professora de alguma forma. Ela se sentou longe de mim no começo pra poder escrever alguma coisa que insultasse a professora na etiqueta da poção, depois sentou do meu lado para me incriminar e parecer que fui eu quem fiz tudo. E, a professora Fildfraser não acharia que a afilhada tinha errado a poção se ela dissesse que não tinha e nunca iria dizer que ela estava mentindo, ainda mais pelo fato da poção dela ter explodido. Ela a apoiaria de qualquer jeito e assim, a culpa ficaria toda em cima de mim. Era um plano perfeito.”

– O quê? – Perguntara Valerie, confusa. Rose respirara profundamente.

– Malfoy armou pra mim.

– Loiro aguado, mau caráter de uma figa! – Indagou a morena – E, você conseguiu descobrir todo o plano dele só por saber que realmente foi ele? Uau! Não é à toa que você é a garota mais esperta do sexto ano! Mas, voltando ao assunto... Ele usou a Fryland pra isso? Mas, o que ela fez exatamente? – Rose parara por um segundo, franzira o cenho e lançara à garota um olhar que queria dizer “Você estava naquela sala de aula, não estava?”. – Eu não consegui prestar muita atenção no que estava acontecendo... Estava distraída com seu primo.

– Ah... – Rose fechara os olhos decepcionada – Valerie, você não pode fica pensando o tempo todo em garotos! Tem que se concentrar mais em estudar! E, além do mais, o Alvo tem namorada!

– Eu sei... E isso martela na minha cabeça todos os dias. – Disse tristonha – Mas, enfim, o que você vai fazer quanto ao Malfoy?

– Nada. Não há nada que eu possa fazer... – Rose olhava para o chão sem expressão - Ele conseguiu o que queria. Tudo o que eu tenho que fazer agora é me explicar para meus pais, encarar a detenção, recuperar minha nota de poções e tentar manter a mente limpa para o jogo de quadribol. Só isso.

As duas permaneceram sem falar até chegarem ao Salão comunal da Corvinal. Guardaram suas coisas e foram para a aula de Herbologia do Professor Longbottom. Pelo menos, com uma aula mais produtiva e um professor mais amigável, Rose conseguiria tirar a tensão que havia acumulado. Só de pensar em tudo o que passou, lhe causava arrepios. Seria uma longa semana para a ruiva mais quieta de Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O Malfoy foi muito mal? rsrs Bem, o capítulo ficou bem maior do que eu esperava (achava que não ia alcançar 1000 palavras .-.) e também não ficou EXATAMENTE do jeito que eu imaginei no começo... Mas, saiu do jeito que eu queria. Desculpa se tiver algum erro ortográfico que eu não vi quando revisei... O Teclado do pc que eu to usando ta meio ruim : Mas, bem... Mande uma review com a sua opinião (aceito boas e ruins)! Obrigada por ler :D
PS: Desculpa por ter colocado uma "palavra de baixo calão" na fanfic... Eu até me sinto mal por causa disso :



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