Capítulo 17- White Roses for my Little Princess

                Percy corria feliz, sorrindo feito bobo e correndo. Correndo muito. Afinal, o lugar que ele queria ir já estava quase fechando devido ao fato de ser domingo à tarde. Enquanto corria, Percy pensava sobre o destino e como as coisas acontecem simplesmente porque tem que acontecer.

                Ele se lembrava como se fosse há pouco tempo, ele se lembrava que pensou nela, na loirinha, na sua princesinha, durante muito tempo. Na escola, ele pensava em quão inteligente ela devia ser, em seus olhos cinzas ele podia ver a inteligência e o conhecimento brilhando ali sempre presentes. Em casa, ele pensava na casa dela, em seu quarto, em onde ela morava, onde dormia, se era feliz ali. No parque, ele pensava nela ali, andando pelo parque, embaixo das árvores, sentada, lendo um livro talvez ou apenas vendo as imagens que se encontravam nas páginas. Foi assim que ele sempre a imaginou: uma garota inteligente e linda. Como se ele já não pensasse o suficiente nela, ele ainda sonhava com a garotinha loira. Sonhava em quando iria vê-la de novo, no que iria dizer quando isso acontecesse, o que ela iria dizer, ela se lembraria dele? Ele esperava que sim.

Durante anos, Percy a imaginou como a garotinha com a qual ele queria se casar, ter filhos e envelhecer sempre ao lado um do outro. Mas, com o tempo, pensar na pequena garotinha daquela forma lhe parecia errado de alguma forma. Ele sabia que, assim como ele, ela também havia crescido e que ela era apenas um ano mais nova do que ele, mas em sua cabeça, quando ele pensava em Annabeth, ele pensava na garotinha de cinco aninhos que ele conhecera na estação de metrô.  Em sua cabeça, ele tentava imaginar como ela estava, se havia mudado muito. Talvez por isso, seus sentimentos pela sua princesinha haviam mudado. Ou pelo menos ele quis acreditar nisso. Ele se obrigava a pensar na garotinha como sendo sua irmãzinha, sua protegida, alguém que ele devia proteger com todas as suas forças, amor e carinho. Mas lá no fundo, Percy sabia e sempre soubera que ela era a mulher da sua vida e que ninguém o faria se sentir da forma como ela o fazia.

E foi assim que Percy parou de pensar nela. Bem, não foi de uma vez, foi algo gradativo. Pensar nela daquela forma, com aquela freqüência, parecia a ele errado. As responsabilidades foram crescendo e Percy estava constantemente ocupado. Com isso, não lhe sobrava tempo para pensar na garotinha. À noite, ele costumava sempre pensar nela. Ele não soube dizer quando nem como, mas nem mesmo durante a noite ele pensava nela. Não que seu amor por Annabeth tivesse diminuído. Não, claro que não. Ele havia aumentado. Mas pensar nela era doloroso demais. Trazia-lhe muita saudade e Percy não acreditava que pudesse viver com aquela dor tão pouco com aquela saudade. E, com o tempo, Annabeth passou a ser apenas uma lembrança feliz. A lembrança mais feliz que Percy guardava.

E foi pensando nisso que Percy chegou ao seu destino.

-Olá. –disse ele cumprimentando a mulher que estava à sua frente.

-Olá. O que vai querer? –perguntou a mulher.

-Rosas. Rosas brancas, por favor. –ele respondeu sorrindo. Rosas brancas para minha princesinha.

To be continue...