Bizarro Triângulo Amoroso escrita por Annabeth Leon


Capítulo 2
Uma (quase) Aproximação




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Acordei algumas horas depois. Era noite. Nico estava do meu lado.

-Nico? – sussurrei – Está acordado? – Minha garganta estava seca, muito seca.

-Finalmente acordou!

-Eu desmaiei? O que aconteceu?

-Nós chegamos aqui, você apagou, mas eu estava te segurando, então... Então você não caiu. Já passaram onze horas, eu... Fiquei preocupado... – Suas bochechas ruborizavam novamente. – Tudo bem?

- Onde está minha mochila?

-Eu vou pegar.

Ele voltou com minha mochila, eu a peguei como se minha vida dependesse dela, e abri o bolso lateral. Peguei duas garrafas de água, estendi uma para ele, que pegou, e bebi metade, quase de uma vez.

-Agora está melhor... – Eu disse, indo me sentar na pedra larga que Nico estava antes. Ele se sentou do meu lado.

-Eu gostei da sua camisa.– Ele olhava para o céu. - Sua família é tão ‘ruim’ assim?

-Como?

-Você viajou com um estranho, sem nem hesitar muito...

-Meu irmão me torturava, minha mãe me odeia, eu quero viver com o meu pai...

-Se você não fosse para o acampamento, poderia ir a missões comigo. E passar o resto do tempo no palácio do meu pai.

-Seu pai tem um palácio?

-Sim.

Fez-se silêncio durante um minuto.

-Eu jogava Mithomagic. – E comecei a rir.

-Eu também! – Ele riu junto.

-Que estranho.

-Meu pai é Hades. Deus da Morte.

-Você me levaria ao mundo inferior?

-COMO ASSIM VOCÊ QUER MORRER?? – Ele se levantou furioso, seus olhos pareciam me queimar.

- E-eu não disse isso! É que eu...eu só queria saber como é! Há algo de errado nisso?? - Fiquei furiosa. Levantei, peguei minha mochila, e corri mais para dentro da floresta. Parei numa árvore larga, quase sem folhas, seca, alta e retorcida. Não era um lugar confiável. Larguei-me no chão e comecei a soluçar baixinho.

‘Foi só uma pergunta, ele precisava ficar com tanta raiva?’

Ouvi passos em minha direção. Eu não ia levantar. Era só o Nico. Fui para trás de uma pedra grande. E, chorando, adormeci. Acordei de manhã, deviam ser umas onze horas. Levantei calmamente. Sem barulho, sem pressa. Nico estava em pé, andando ali perto. Agachei-me atrás da pedra novamente. Ele não parecia bem. Caiu, e ficou no chão.

-NICO! – Corri até ele – Nico! Nico! – Ele olhou para mim, levantando a cabeça, não parecia ter dormido.

-Annie! – Ele me puxou para o chão, me abraçando. – Graças aos deuses! Eu passei a noite te procurando!

- Oh Nico! Não era necessário. Me desculpa, desculpa!

-Me promete que não vai fugir de mim de novo. Promete? – Seus olhos estavam tristes.

-Prometo! – Disse eu, me deitando ao seu lado, abraçando-o. Fiquei mexendo em seu cabelo, esperando ele adormecer. Quando ele acordou, me disse, que eram apenas alguns quilômetros até o acampamento. Andamos o resto da tarde, de noite paramos. Então dormimos. 


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