My Same escrita por Ane Viz


Capítulo 3
Capítulo 1:


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior:
Antes de terem uma briguinha boba o carro parou em frente à estação. Descemos enquanto papai colocou os dois malões nos carrinhos. E nos vimos diante da barreira. Papai e Hugo atravessaram, eu segui atrás com a mamãe. Mal surgimos e tia Gina começou a conversar com a mamãe e meu olhar vagou pela estação. Apoiado a pilastra da estação estava ele. Nossos olhares se encontraram e o sorriso debochado surgiu em seu rosto, mas por um instante pensei ter visto algo mais. Balancei a cabeça achando ser maluquice, nem mesmo devia ter me visto. Resolvi me despedir de todos e dar uma volta. Estava pronta para começar meu sétimo ano.
Boa leitura!



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Capítulo 1:

And we've never met
I bet you don't know my name
Am I outta my mind
I think that I might be goin crazy”(Jennette Mccurdy)


Dei um beijo nos meus pais, saindo de perto deles voltando a caminhar para encontrar meus amigos. Perto de uma pilastra estava minha prima Lily, que sorriu quando nossos olhares se encontraram. Segui em direção onde estava, era bom passar tempo do seu lado. Durante o caminho, ao estar passando, desviando de muitas pessoas acabei esbarrando sem querer em Victorie Weasley me fazendo parar ali. Droga, sou muito desastrada. Pelo menos é a minha prima. Pensei e relaxei ao ver o lado positivo. Sim, podia ter sido pior, muito pior.

Ao darmos o encontrão, ela se virou imediatamente fazendo os cabelos loiros bateram contra seu rosto. Sua pele pálida ganhou um tom avermelhado pela raiva. Então, sorriu para mim ao reconhecer sua “atacante”. Sorri de volta e falei sem som “desculpas”. Ela assentiu voltando a se virar para ir, provavelmente, ver se descobria algo do Teddy. Bom, isso é normal. Falou uma voz na minha cabeça. Digo, o fato de querer saber sobre ele. Continuei, resmunguei algo de forma que ninguém pudesse me escutar. Deixa isso para lá.

Retornei a pensar no que queria. Tinha escutado semana passada meus pais conversando sobre os dois. Tio Gui parecia preocupado com a Victorie, porque desde o dia em que, como diz o tio Gui, o pequeno Lupin sumiu da casa deles ela começou a se sentir mal. Tia Fleur tentou fazer com que comesse algo, mas nada deu muito resultado até uns dias antes de 1° de setembro. Procurei analisar a situação. Vendo seu caminhar ninguém podia dizer que havia ficado vários dias sem comer. Por quê? Merlin, por que eu me interessei justo por quem não devia?


– Só pode ser castigo. – Sussurrei de modo que ninguém pudesse me escutar, outra vez. Agradeci por todos estarem envolvidos em suas próprias conversar para prestar atenção no que acontecia a sua volta.


E só melhora! Pensei debochada pronta para enfrentar o mesmo de todos os anos. Como sempre ao passar escutava vários comentários. “Olha a certinha da Weasley” ou “Nossa, a Weasley está muito gata, não acha?” Suspirei profundamente, antes de soltar algo e me arrependesse. De acordo com meu pai puxei o gênio da minha mãe. Acenei para umas garotas que são amigas da Vicky. “Uau, quem é ela?” Escutei um garoto bonito, de cabelos pretos curtos, perguntar baixinho para um amigo, sentindo meu rosto corar ao mesmo tempo. Acelerei os passos e escutei uma voz baixa.


– Rose. – Uns segundos depois. – Ei, Rose!


Parei no mesmo instante. Girei procurando por quem havia me chamado e nada. Estranho, essa voz parece familiar. Dei de ombros, pronta para ir conversar um pouco com as meninas. Continue andando, não pare. Ordenei a mim mesma não seria uma boa ficar parada no meio da estação sem motivo. Mesmo que aparentemente ninguém estivesse olhando para mim. Comecei a andar outra vez passando pelos lugares já conhecidos sentindo uma pontada ao lembrar que seria pela última vez.

Hogwarts foi mais do que uma escola. Foi uma segunda casa, outra família. Uma feita pelos amigos que estavam juntos comigo em situações boas e ruins. E tive sorte de poder contar com os meus parentes. Se duvidar a família Potter e Weasley era responsável por uma boa parte da mesa da grifinória. Sorri com esse pensamento. É bom ter com quem contar. Ajeitei uma mecha dos meus cabelos ruivos, lisos com cachos bem feitos nas pontas, que caíram sobre meu rosto tampando meus olhos azuis. Senti uma pontada ao “notar” que realmente não voltaria mais para a escola.

Isso me fez ficar desanimada, mas tratei de deixar isso para lá, não precisava me sentir triste agora. Tenho um ano pela frente. E vai ser o melhor. Decidi pelo pensamento positivo. Vou aproveitar ao máximo as oportunidades. Sorri, iria fazer minha família ser orgulhar de mim. Sou mais do que a filha do Rony e Hermione Weasley. Antes de chegar onde queria senti alguém me puxar pelo braço e tampar minha boca. Senti meu corpo ficar tenso, e me remexi querendo me soltar imediatamente.


– Calma Ruivinha.


Aquelas palavras me fizeram ficar mais calma. Sorri tendo certeza de que realmente conhecia a voz. Não tinha reparado sentir tanta falta de escutar ele até agora. Não pense nisso! Repreendi com todas as forças meus pensamentos. Como não?Ele é tão lindo! Por sorte fui distraída da discussão.


– Promete que não vai gritar?


Concordei com a cabeça, sentindo sua mão soltar minha boca devagar. Rolei meus olhos, num ato involuntário. Ah fala sério sabendo quem é porque gritaria? Não era segredo para ninguém que somente duas pessoas me chamavam assim. E tinha certeza de quem estava falando. Uma vez livre me afastei para poder olhar para ele. Seus cabelos estavam vermelhos e com os olhos castanhos claros. Mordi o lábio para não cair na risada. Merlin! Achei um irmão perdido. Pensei risonha. Vi seu olhar desconfiado e no momento seguinte arqueou a sobrancelha ruiva. Não faça isso, pensei tentando prender a risada.

Cada gesto seu me dava mais vontade de rir, e sabia que se continuasse a fazer essas expressões, que de acordo com a vó Molly são “expressões Weasley” iria cair na gargalhada e demoraria muito tempo para voltar ao normal. Inspira, expira, inspira, expira. Pensei procurando retomar o controle. Lembrei de seu rosto normal. Prefiro quando está do jeito que é realmente. Confidenciei a mim mesma. Merlin tira essa paixonite boba de mim, por favor! Implorei e me segurei para não jogar as mãos para o céu. Respirei fundo, e falei o que tinha pensado primeiro.


– Teddy, para, por favor.


– O quê?


–Desculpa. – Pedi sorrindo olhando para meus sapatos sabendo que tinha de explicar o motivo do meu comentário. Não era uma boa ideia olhar para ele por dois motivos. E no momento o principal era conseguir falar o que queria. Talvez não conseguisse segurar os risos desta vez se olhasse para o ruivinho. – É que assim parece ser um irmão perdido. – Balancei a mão em sua direção para ele ver o que queria dizer.


Ele acompanhou meu gesto se olhando de cima a baixo, depois colocou a mão no queixo e me examinou. O que está fazendo? Meu rosto começou a corar. Isso me fazia ficar totalmente desconfortável. Vi um pequeno sorriso no canto dos seus lábios. Se concentra, Rose!Para de olhar para aí! Meu rosto ficou mais vermelho ao ver o que fazia e a forma como continuava a me analisar. O que posso fazer? Vamos, anda, arruma um plano para acabar com toda essa cena.

Sempre me sentia sem jeito quando algum garoto me olhava assim. Ainda mais ele. Teddy riu balançando a cabeça negativamente fazendo uma falsa expressão de tristeza. Empurrei de leve seu ombro, para ver se parava de ficar rindo da minha cara. Odeio que riam de mim. Cruzei os braços mostrando todo o meu desconforto. Desviei os olhos para procurar por minha prima outra vez. Aí que notei o lugar onde estávamos, era uma parte afastada do local onde estava o expresso de Hogwarts. Quero dizer, afastada dos olhos de quem estivesse na plataforma.


–Não me quer como irmão? – Ergueu a mão aberta para mim, me pedindo silêncio quando abri a boca para retrucar. – Claro, sou lindo demais. – Piscou o olho galanteador. – Um desperdício, não é?


–É para concordar? – Brinquei erguendo a sobrancelha.


Fez uma cara de zangado me fazendo engolir em seco. Estou ferrada! E, claro, me arrependi na mesma hora porque sofri um ataque de cócegas gigantesco. Ar. Pensei tentando me afastar. Não conseguia segurar minhas risadas, quando tentei fugir, sua perna me fez cair no chão e o ataque ficou mais forte. Virava para me esquivar, mas nunca funcionava por muito tempo. Somente consegui voltar a respirar de verdade e com facilidade quando outra voz falou perto de nós.


–Rose? Teddy?


Com esse momento de distração consegui empurrar o garoto de cima de mim, pulei para longe, tentando parar de rir, me escondendo atrás do meu melhor amigo.


–Al, ele estava me fazendo sofrer. – Falei manhosa. – Ele é malvado.


Os dois começaram a rir. Alvo fez que ia se mover e me segurei em seu braço, ele ergueu a sobrancelha negra me interrogando silenciosamente. Era a chance perfeita para sair de lá. Cada instante perto dele era pior. Não posso alimentar essa loucura. Teddy nunca me veria desse jeito.


–Não me deixe sozinha com ele. – Fiz uma expressão dramática e apontei para Teddy. – Ele me fez um ataque de cócegas e quase morri sem poder respirar. – Empurrei Al em direção ao outro. – Anda, me defende Al.


–Tudo bem. – Respondeu o ruivo erguendo as mãos para o ar. – Eu me entrego.


Rimos da sua brincadeira boba, e o olhar de Teddy se focou no relógio e nos empurrou em direção à parte da estação onde estava o expresso. Antes de conseguir sair de perto dele, senti quando segurou meu braço me fazendo parar.


–Acabou que não consegui te contar a novidade. – Deu de ombros e sorriu. – Bem, não tem problema ser surpresa.


Girei no calcanhar para poder olhar em seus olhos, senti minhas pernas bambas ao notar o quanto estávamos perto um do outro. Abri a boca para falar algo, mas não pude concluir. Ele também abriu a boca para dizer algo, mas parecia não saber o que dizer tanto quanto eu. Quando finalmente achei minha voz outra doce e melodiosa nos fez pular para trás, assustados. Coloquei a mão sobre o peito tentando acalmar as batidas descompassadas pelos últimos acontecimentos.


–Teddy! – Anunciou feliz ao encontrar quem tanto queria. Ponto positivo, ou talvez negativo... Parou por uns instantes, aí notou minha presença. -Oi Rose. – Sorriu para mim. – Acho melhor ir logo antes que o Alvo entre e vocês se percam.


–Ah... Claro. – Assenti. – Tchau, Teddy.


–Tchau, Ruivinha.


Saí em disparada o mais rápido que meus pés permitiram. Alcancei meus pais dando mais um abraço e fui puxado por Alvo para dentro do expresso. Não soltou minha mão enquanto andávamos pelos corredores sendo cumprimentado por todos. Alguns também falavam comigo, mas notei o fato da maioria dos “cumprimentos eram gracinhas, que me deixavam vermelha da cor dos meus cabelos. Andamos até chegarmos à última cabine, Al abriu e fez um gesto para entrar antes dele.


–Obrigada.


–Não foi nada.


Sentamos um de frente para o outro e ele me estendeu uma revista. Curiosa me aproximei tirando de suas mãos. Passei meus olhos reconhecendo ser a revista da Tia Luna. O Pasquim. Sorri por ter visto várias pessoas segurando e lendo. Minha mãe comentou que na época deles da escola ninguém parecia gostar da revista, ou da Tia Luna. A porta foi aberta e escutamos risadas, entraram sorrindo e nos cumprimentando alguns dos nossos primos e meu irmão.


–Rose. – Chamou Hugo.


–Sim?


–Será que se comprar um kit mata-aulas do Tio Jorge a mamãe briga comigo?


Segurei a risada tentando não deixar o garoto chateado.


–Não sei Hug. – Comecei. – Talvez, mas sabemos que esses kits já ajudarem os nossos pais a saírem de encrenca.


–Quem é você e o que fez com a Rose Granger Weasley? – Perguntou Alvo sentado a minha frente causando uma onda de risos.


–Muito engraçado.


–Eu sei. – Piscou o olho. – Rosinha, sabe, andei pensando...


Balancei a cabeça negando.


–Você pensa? – Impliquei.


–É sério, Rose.


–Não vou fazer seus deveres, Potter.


–Nossa! – Fingiu estar chateado. – Depois conversamos. – Virou de lado e começou a conversar animado.


Apoiei minha cabeça na janela, e fiquei calada o resto da viagem. Queria chegar logo porque não estava nem um pouco interessada sobre quadribol. Garotos. Resmunguei sem fazer som. Como mamãe podia aguentar? Seus melhores amigos, papai e tio Harry, são loucos por quadribol. Olhei o relógio, vi que estava na hora de me arrumar, saí do vagão avisando que iria me trocar e desapareci da vista de todos. Talvez eu demore um pouco. Pensei na posibilidade.



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Notas finais do capítulo

Olá a todos, queria agradecer a Lô, Claricota Horan e Estherly pelos reviews! Espero que gostem do novo capírulo. Aguardo ansiosa a opinião de vocês. E desculpem pela demora, mas andei brigando com o Nyah, não conseguia postar as fics.
Beeeeeeeeijos,e até o próximo capítulo!



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