-Oi Jas, você ta linda -Ele me entregou o copo.

-Ah valeu -sorri sem jeito e cheirei a bebida -Isso é o que?

-Vodka, não gosta?

-Gosto -Tomei uns goles.

-Então como foi a atividade extracurricular?

-Normal.

-Hum, legal. Olha a Mellanie disse que você ta afim de mim, é verdade?

-Aquela vaca! Não, olha...você é só meu amigo entende, você não faz meu tipo.

-Então eu sou feio?

-Não! Eu não disse isso.

-Mas pensou.

-Não. Igor, para de infantilidade, eu não estou afim de ti, eu gosto de você como amigo!

-Hum, ok, eu não sirvo pra você! Já saquei.

Ele saiu caminhando pra sei lá aonde. Ai mas que garoto. Agora vou ter que ir atrás dele.

Segui ele.

Ele entrou dentro da casa e subiu as escadas, fui atrás dele.

-Igor! Ei, para de ser bebesão!

-Eu pensei que você tava afim de mim, porque eu estou afim de você!

-Sério? -Ri fraquinho -Mas nós somos apenas amigos, é sério.

Ele puxou minha cintura.

-Eu não quero ser apenas seu amigo -Ele apertou minha cintura de uma forma brutal.

-Você está me machucando.

-Você me deixou excitado, dês de quando eu te vi hoje ao meio dia!

-Para Igor! Você ta bêbado, me solta!

-Ah, vai dizer que você não se sentiu atraída por mim?

-Você é gatinho, mas nada além da amizade, agora me solta.

-Então você acha gatinho?! -Ele me virou e me prensou contra a parede.

-PARA! VOCÊ ESTÁ ME MACHUCANDO -Gritei já com medo.

Ele colocou a mão na minha perna e foi subindo. Eu estava quase chorando.

-Me solta, por favor -murmurei tremendo de medo.

-Sh! fica quietinha! Não vai doer nada -ele sorriu malicioso.

-ME SOLTA! -Gritei  e empurrei ele pra longe de mim.

Ele se levantou e logo me empurrou contra a parede novamente.

-LARGA ELA IGOR! -Olhei pro lado e vi o Justin.

Ele veio correndo e derrubou o Igor. Primeiro o Igor me "salva" do Justin, agora o Justin me "salva" do Igor.

Fui pra trás. O Igor reagiu e deu um soco no Justin. O Justin reagiu e deu um soco no Igor. Eu estava apavorada e tremendo, eu não conseguia me mexer, só via o Justin e o Igor e quebrando.

Depois de um golpe desses de UFC o Justin conseguiu derrubar o Igor de vez. Ele veio correndo até mim e segurou meus braços de uma forma amável.

-Você está bem? -ele perguntou.

-Aham -assenti.

-Vem -Ele puxou minha mão e saiu correndo, escadas a baixo.

Saímos da casa da Paloma e ele foi correndo até um carro tri lindo, Ele abriu a porta pra mim entrar mas eu me recusei a entrar.

-Entra. Não vou te fazer nada.

Entrei no carro e logo Justin deu a volta e entrou também.

Ele deu a partida e começou a dirigir muito rápido. Eu já não reconhecia nada em volta. Já não tinha nada em volta. Era só mato e escuridão.

-Onde você está me levando? -Perguntei com os olhos arregalados.

-Calma. Já disse que não vou te fazer nada.

Mais alguns minutos se passaram, quando o carro começou a parar.

-Droga! -Justin deu um soco no volante.

-O que houve?

-A gasolina acabou!

-Você tem uma garrafa com gasolina no porta malas, né?

-Não.

-Caralho! Olha pra onde você me trouxe! Ainda esse carro para no meio da estrada de barro!

-Então me ajuda a empurrar ele até aquelas árvores!

-Não.

-ótimo, então vamos deixar um caminhão passar por cima do carro e nos matar.

-Ai que horror. Ok, eu ajudo -Bufei e sai do carro.

Fui atrás do carro e o Justin do lado do carro, começamos a empurrar. Eu coloquei toda minha força pra fora. Quando estávamos quase colocando o carro perto das árvores, aquele cu de cavalo do Justin parou de empurrar e o carro voltou. Fui pra trás tentando fugir de ser esmagada pelo automóvel filho da puta, mas acabei quebrando meu salto e caindo em uma poça cheia de barro.

Pude ouvir as risadas do Justin. Depois de uns segundos tirando sarro da minha cara ele me ajudou a levantar. Eu estava toda melecada, meu penteado tava cheio de barro, meu vestido molhado e fedendo e meu salto lindo, perfeito, estragado.

-MERDA! -Gritei.

-Vem cá, vou te ajudar.

-Sim, claro, depois de ter quase mijado de tanto rir de mim, você vai me ajudar, que fofo -ironizei.

Ele abriu a porta do banco carona de trás e me colocou sentada. Ele se ajoelhou e tirou meu sapato, como se eu fosse uma princesa. Segurei pra não rir. Ele estava sendo fofo mas ao mesmo tempo idiota.

-Meu pé ta doendo -Fiz biquinho.

-aqui? -ele apertou meu pé e começou a fazer massagem.

Eu estava pra explodir na gargalhada.

Então...

....Explodi.

Eu dava gargalhada e o Justin me encarava confuso.

-Sabe, tem uma pergunta martelando na minha cabeça, você é mesmo o Justin?

-Sou. Por que?

-Não, porque tipo, você está bem diferente do almoço, no qual me jogou aquelas cantadas idiotas!

-Eu sou idiota as vezes. Mas quem não é?!

-Ok, mas minhas amigas disseram que você é mó galinha, que gosta de sabores diferentes, e não transa com a mesma garota mais de 1 vez, isso é verdade?

-é.

-Isso é ridículo, quer dizer que você não tem sentimentos.

-Eu tenho sentimentos! Não sou feito de gelo! Só que figurinha repetida não completa álbum.

-Ah, então as garotas são figurinhas?

-Não...eu não quis dizer isso.

-Mas disse.

-Foi mal.

-Ok, ok, a gente ta parecendo um casal. E com certeza nunca seremos.

-Se eu fosse você não diria isso.

Eu ia perguntar uma coisa mas ele logo começou a falar novamente.

-Então, você é a irmã da Selena Gomez?

-Sou.

-Ela é gata....

gata? GATA? G-A-T-A??????? Coitado, é cego.

-...Mas você é mais. Muito mais.

Ok, agora minhas bochechas ficaram dois tomates.

-Nossa, essa minha roupa ta fedida -Mudei de assunto rapidamente.

-Bom, eu tenho uma camisa do basquete, quer?

-Não, obrigada.

-Você prefere ficar fedendo?

-ok, ok, me da a camisa.

Ele foi até o porta malas e voltou com a camisa 24 dos Lakers.

(http://weheartit.com/entry/28106246 )

-Só visto porque é dos Lakers -disse.

-Você gosta?

-Aham -sorri -Meu pai era do Lakers...

-era?

-Ela já faleceu, bom, ahn, você pode -Fiz gestos pra ele me deixar sozinha.

-Ah, ok.

Ele foi pro outro lado da estrada de barro, perto de um arbusto.

Tirei meu vestido que realmente tava uma nhaca. Coloquei a camisa rapido e desmanchei meu penteado, transformando meu cabelo em um coque totalmente mal feito.

-DEU! -Gritei e ele voltou.

-Ahn, vou ver se meu celular tem sinal pra chamar ajuda.

Ele foi até o banco da frente.

-Nada de sinal, você está com seu celular?

Peguei o meu celular da bolsa.

-Sem sinal também -bufei.

-Bom, o jeito é a gente passar a noite aqui e quando amanhecer procurarmos ajuda.

-é...que legal -revirei os olhos.

Ele ficou sentando na frente e eu ali. Um vento bateu em meu rosto me deixando arrepiada. Pelo menos aquela camisa dos lakers ficava como um vestido, já pensou eu de bunda de fora.

Sem comentários.

Um silêncio torturante surgiu.

-Ahn, você tem namorado? -ele perguntou.

-Não, e você? Ah, óbvio que não, você gosta de novos sabores.

-é.

-Ta frio né?

-Você acha?

-Aham. Você ta de calça, e sapato, e blusa  e jaqueta, e eu estou só com essa camisa, é óbvio que eu vou achar frio.

-Toma -ele tirou sua jaqueta e deu pra mim.

-Ah, valeu -vesti a jaqueta -Agora você vai ficar com frio.

-Deixa...posso ir ai atrás?

-Ta.

Ele pulou pro banco de trás.

-Que horas são? -perguntei.

-Ahn, 00:20.

-Nossa, já?

-é...pode dormir, não me importo, eu vou ficar acordado.

-É, eu to caindo de sono -ri fraquinho e fechei a porta do carro.

Encostei minha cabeça no banco e fechei os olhos. Mas o sono passou. Eu não consigo dormir sentada.

Que porra.

Abri os olhos.

-Que foi? Não consegue dormir? -ele perguntou.

-é, sentada não é uma boa posição pra dormir.

-pode deitar aqui, eu vou ali pra frente.

-Não! -Segurei seu braço -Fica aqui.

Ele sorriu no canto da boca.

-Faz o seguinte, deita com a cabeça aqui -Ele sentou de pernas de índio.

Deitei em seu colo, ainda meio tremula, não sei se por medo, insegurança, frio.

-Você ta gelada -ele tocou meu braço -Espera.

Ele tirou sua blusa, Jesus, Maria, José, que garoto mais suculento! Ele é magrinho mas tem um tórax bem definido.

-Coloca essa blusa por baixo da do lakers.

Ele me entregou a blusa mas eu ainda fiquei o encarando.

-Ta, eu fecho os olhos.

Ri.

Tirei a jaqueta dele e a blusa dos lakers. Coloquei sua blusa de manga cumprida e depois a do Lakers.

-Pronto, pode abrir os olhos.

Ele abriu e eu me deitei novamente em seu colo. Coloquei sua jaqueta em cima da minha perna para esquentar.

Me virei de lado.

Me virei novamente. Daquele jeito ainda não estava confortável.

-é, um carro não é um lugar bom de dormir -ele riu.

-é né. Podia ser uma limusine, ai tinha espaço para nós dois deitarmos.

-Nós dois deitarmos... -ele repetiu o que eu disse -Pera ai, se ajeita.

Ele me empurrou um pouquinho e se deitou ao meu lado. Segurando minha cintura pra não cair no chão do carro.

Sei não, mas acho que está rolando um clima aqui.

Fiquei analisando seus olhos caramelados e sua boca totalmente desenhadinha e apetitosa.