– Lumus! – uma voz sonora produziu.

Em questão de segundos as luzes do andar de baixo foram acessas. Duas crianças estavam ali, o menino aparentava ter seus dez anos, e a garota, seis, ela encontrava-se deitada, aparentemente, desmaiada. O garoto estava com uma expressão de angústia. Seus olhos estavam marcados pelas lágrimas, mas quem não choraria caso visse o assassinato dos pais de uma maneira que julgou ser impossível? Ele só lembrava de um homem usando um capuz com uma espécie de vareta falando umas palavras estranhas e um feixe de luz verde rompendo a sala e então acordou ali.

- Me deixem sair! – o garoto gritava.

Na sala de vidro, algumas gargalhadas foram ouvidas, mas foram cessadas quando a mão do líder ergueu-se.

- Sonorus! – o mesmo falou, apontando aquela mesma vareta para sua garganta. – Você quer sair?

O garoto congelou ao ouvir aquela voz, ele a reconhecia, era a mesma.

- Eu vou deixar você sair.

O garoto sorriu.

- Para isso você basta escolher entre pegar a chave que está dentro desse balde a sua frente, ou, a que está dentro da sua irmãzinha – o homem falou com um sorriso cínico.

O garoto direcionou-se para o balde, com certeza era a melhor opção a ter que matar a sua irmã. Assim que pôs a mão dentro sentiu seus dedos começarem a formigar, ele logo retirou a mão, ou pelo menos o que era para ser sua mão, um grito estridente rompeu naquela sala, o balde estava repleto do sangue. Aquele líquido poderia parecer água, mas causava o mesmo efeito que o ácido, e uma vez ali dentro, o objeto, nesse caso, a mão, iria corroendo-se. O sangue jorrava pela mão daquele garoto trouxa e o fazia ficar tonto, a ceifadora aproximava-se dele sorrateiramente para pegá-lo de surpresa.

- Malfoy, faça um favor ao garoto, acabe com a vida dele, e depois, com a da irmã dele, nós não iremos querer que aquele pequeno erro se repita novamente, não é?

O garoto Malfoy, que mal tinha terminado Hogwarts ali estava, assentindo acerca da ordem de seu superior.

Ele entrou naquela sala, viu o vislumbre do braço do garoto, e com seus olhos cinza e frios, fitou aquele pequeno ser antes de retirar a varinha das vestes.

- Avada Kedavra!