Fantasiverden escrita por Lirium-chan


Capítulo 8
Epilog


Notas iniciais do capítulo

Olá?
Faz tanto tempo que eu não posto no prazo que estou sentindo a mágica no ar *-* *apanha*
Então. Aqui está o epílogo~ Ele é bem pequeno e é basicamente para mostrar o que aconteceu com o Emil. Se alguém ainda tiver alguma dúvida, é só avisar por reviews que eu vou tentar explicar o melhor possível, ok? :3
Bom. Uau. Acho que é isso.
Boa leitura.



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Encostou-se ao vão da porta, observando a figura que fruto de sua atenção. O norueguês estava sentado na poltrona, lendo algum livro muito grosso e antigo. Parecia estar muito imerso na leitura, pois não deu sinais de ter notado a presença do mais alto. Embora, de fato, ele estivesse perfeitamente ciente de que o outro lhe estava observando. Mathias lhe conhecia o bastante para saber disso.

– Quem ligou?

O norueguês fechou o livro, parecendo ter terminado a página, descansando-o no colo e olhando para o mais alto. Havia escutado o telefone soar anteriormente, e assimilou vagamente que o dinamarquês havia atendido a ligação. O supracitado riu e andou até o namorado, depositando um beijo em seus lábios, o outro não protestou, aprofundando o toque enquanto o maior ria. Mathias se afastou, com um sorriso no rosto.

– Tino. Ele pediu desculpas, mas disse que ele e o Berwald tinham compromissos e tiveram que desmarcar o nosso convite para hoje à noite, no bar. Eu sei muito bem quais são os compromissos inadiáveis que eles têm – Respondeu; um bico surgindo na face – Amigos vêm antes do sexo, eu disse a ele.

– É mesmo?

– Sim!

– E ele?

­– Negou!

– Como esperado de uma esposa decente, zelando com discrição pelo que acontece na cama.

Lukas debochou, embora nada em seu tom sugerisse que fosse brincadeira. Mathias concordou copiosamente, balançando a cabeça com as palavras do outro. Ninguém poderia negar que Tino era uma esposa excelente e Berwald era um homem de muita sorte. O norueguês levantou-se.

– Seja como for, ainda tenho um compromisso hoje.

O de cabelos bagunçados também se ergueu, num salto. – Eu vou com você! – Ele exclamou, sabendo para onde o menor estava indo. Ele só achava que deveria ir também. E, mais uma vez, o outro não protestou.

Mesmo sentindo que devia estar lá, ele teve o bom senso de observar a cena de longe. Nunca chegou a conhecer Emil em vida, tampouco em morte. Embora gostasse de pensar que era amigo do garoto. Quer dizer; havia passado horas conversando com ele. Embora, na verdade, o fantasma raramente ouvisse ou nem fosse a quem se dirigia. Mas os dois simpatizavam um com o outro, de um jeito estranho e complicado. E por isso foi triste quando o irmão deste disse que não conseguia mais vê-lo. E já fazia um ano. Inacreditável.

Aconteceu aos poucos. O mais velho ia com cada vez menos frequência á floresta, e o mais novo às vezes não estava lá, e quando estava, tinha um ar ausente. Não foi um choque, nada aconteceu de repente. Eles conversaram sobre o caso, e houve algumas lágrimas e até mesmo alguns pedidos de desculpa. Se alguém perguntasse a Mathias, foi exatamente como uma despedida comum entre irmãos. Como se Emil estivesse indo viver em outro país, mas tudo bem, porque ele iria voltar no Natal. Embora ele não fosse voltar em feriado nenhum, garantiu que iriam se reencontrar no outro plano. Falou que não podia mais ficar, e que estavam chamando eles e todo esse tipo de informação vaga que os fantasmas insistem em colocar. Ameaçou o dinamarquês, via Lukas, avisando que puxaria o pé dele de noite caso ousasse magoar o irmão dele. O norueguês tinha um sorrisinho vitorioso (e por que não feliz?) no rosto quando passou a mensagem. Emil o havia chamado de irmão sem perceber, ou será que havia percebido? Mas não foi uma ameaça necessária. Não magoaria ele, ao menos não de propósito.

Fazia tanto tempo que não via o velho. O homem estava mais magro, e parecia bem cansado. Mas havia algo de mais conformado no jeito dele, como se pudesse finalmente estar em paz com aquilo tudo. Lukas também estava lidando bem com aquilo – embora ele houvesse conversado com Emil a respeito. Abraçaram-se, e havia tanta coisa não dita ali, e até se perdoaram por uma coisa ou outra no passo, silenciosamente. Pai e filho encararam o túmulo, as flores renovadas sobre o mármore e o vento soprando no cemitério. E soltaram algumas palavras, aquelas palavras melancólicas que geralmente se solta quando se lembra de alguém que já se foi. Embora para o primogênito ainda fosse estranho se referir ao rapaz no passado. O velho tossiu, e o norueguês até perguntou se ele estava saudável e o convidou para morar com ele, mas Bondevik negou categoricamente. Ao que indicou o dinamarquês discretamente, falando que não iria incomodar a vida dos dois e que ele parecia ser um bom homem, embora meio idiota. Ficaram mais um tempo de pé, cada um se despedindo individualmente e se foram, bem assim. Ninguém ficou para esperar que algum fantasma aparecesse.

Porque talvez fosse assim que as coisas deveriam ser.

Mathias ficou, no entanto, mas não tinha esperança de ver nenhuma alma penada. Ele encarou a sepultura por um tempo, provavelmente pensando no que dizer. Em momento nenhum se sentindo bobo por fazer aquilo, mas talvez fizesse algum sentido agradecer. Simples. Provavelmente a frase mais curta que já saiu de sua boca em qualquer despedida, embora não achasse que era bem uma despedida.

– Obrigado. – Ele limpou a garganta, sorrindo e levantando a mão como num aceno para se virar – Até logo!

E correu para alcançar os Bondevik, gritando um pouco alto considerando o lugar onde estavam.

Talvez, só talvez, um garoto de cabelos prateados e olhos ametista tenha escutado tudo. Talvez ele tivesse sorrido e acenado para o homem. Talvez um pássaro em seu ombro tenha feito um comentário grosseiro sobre a compostura do dinamarquês.

Foi só um talvez. Mas não seria mágico poder pensar assim?


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Notas finais do capítulo

Eu amo DenNor. They're so silly♥♥♥
Ficou satisfatório? Eu não faço ideia, nunca sei como fazer epílogos muito bem - mas essa história precisava que eu pelo menos explicasse isso, certo? XD
Acho que pelo menos metade de vocês não gostou do final. Eu não sei, não recebi review reclamando mas também deixei de receber alguns -q
De qualquer forma, se for esse o caso, eu gostaria de pedir minhas sinceras desculpas. Vou me esforçar para melhorar isso da próxima vez, escrever toda a fanfic antes de postar ou algo assim. Acho que vai evitar isso ^^ Espero não ter desperdiçado o tempo de ninguém /OMG
Bom. Queria agradeçer, de novo, a todos que acompanharam a fic. Muito obrigada pela força O/
Vejo vocês por aí~