5 Colours In Her Hair escrita por AgathaPedotte


Capítulo 9
She's Just a Loner With a Sexy Atittude


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap ai pra vocês, espero que gostem, beijos



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-Minha merdinha arrasa! – Hay falou fazendo graça com a capa da revista.

 -É, a NOSSA Av ta virando a... Como vocês garotas chamam mesmo? Ah sim, Diva! – Dougie falou me abraçando. Pude ver a cara que a Hayley fez, a mesma cara que ela faz quando imagina ela com o Tom.

 -Nossa? – George falou se ajeitando no acento do carro.

 -Sim, nossa Avril. – Dougie respondeu casual e me dando um beijo na bochecha.

 Eu sorri e olhei para George, como eu não vi isso acontecendo? George estava quase tão vermelho quanto quando Britney ficava tentando agarra-lo para tentar me fazer ficar ciumenta, mas não pense que é vermelho tipo “estou envergonhado” é vermelho de bravo. Eu não acredito que ele esteja com ciúmes, nós somos amigos a tanto tempo, pensei que nunca teria esse tipo de problemas com George, principalmente porque ele sabe o quanto eu gosto de Doug.

 O resto do caminho até em casa foi meio constrangedor, Danny ficou o tempo todo conversando com George, ele entendera meu olhar pedindo ajuda, e acho que não seria difícil de entender depois da cara que ele fez para mim e Dougie abraçados como um casal. Hay ficou bem entretida conversando com Tom, Harry, eu e Dougie, de vez em quando Danny e George se juntavam a nós, mas não por muito tempo.

 Nós largamos cada um dos garotos em casa, apesar de eu saber o quanto Hay queria passar uma noite maravilhosa com os boys, ela tinha que descansar, amanhã iríamos a escola, ensaiaríamos e passaríamos o resto da tarde com os garotos, ela que esperasse, afinal, quem ela realmente queria estava morando comigo, não vou dizer que não fico enciumada em pensar que Tom pode começar a dar mais atenção a ela do que pra mim que sou a irmã dele, mas eu sou a melhor amiga de Hay, e sei que ela não negaria um irmão pra mim também.

 - Chegamos. – Meu pai disse enquanto entravamos na garagem de casa.

 Nós descemos do carro, Tom, George e meu pai pegaram as malas, enquanto eu e Hayley entravamos em casa, fomos até o quarto de hospedes e largamos as malas deles, e fomos para a cozinha, estávamos famintos e Diana tinha feito um jantar para nos esperar, o cheiro do espaguete á bolonhesa dominava a casa.

 -Nossa, esse cheiro está maravilhoso! – Hay falou salivando.

 -Obrigada. – Diana falou largando a travessa de macarronada na mesa. – Sr. Fletcher, eu já vou indo para casa, vejo vocês pela manhã.

 Diana ficava em uma casa nos fundos do terreno da casa dos Fletcher, o que era muito conveniente todos mantinham sua privacidade.

 -Não quer se juntar a nós no jantar, Diana? – Meu pai perguntou enquanto nos sentávamos na mesa.

 -Não, obrigado Sr. Fletcher, vou ir jantar na casa da minha mãe hoje, lembra-se? – Ela falou sorrindo.

 -A é verdade, tinha me esquecido. – Meu pai falou envergonhado.

 -Tchau, vejo vocês de manhã.

 Diana saiu e logo escutamos o ronco de seu carro saindo da garagem.

  -Nossa, essa é a melhor macarronada de todas. – Hay falou com o canto da boca suja de molho.

 -Você tem uma coisinha aqui ó. – Tom falou apontando em sua boca.

 -Aqui? – Ela passou o dedo perto do local, mas não acertou.

 -Não, aqui. – Tom riu e passou um guardanapo onde Hayley estava suja, por um momento acho que vi olhares se cruzando e bochechas corando.

 Olhei para George e nós trocamos nosso olhar cúmplice, parece que alguém vai conseguir o que quer.

 -Então... – Hay mudou de assuntou rápido. – Nós dois vamos dormir no quarto de hóspedes?

 -Na verdade, eu não sei... – Respondi. – Porque nós temos só um quarto de hóspedes, então, ou o George dorme com o Tom ou você...

 -Dormir com o Tom vai ser meio estranho merdinha. – Hay falou tensa.

 -Você não me deixou terminar Hay, ou você dorme COMIGO! – Falei e todos caíram na risada, Hay corou e riu também.

 -A, assim então pode ser, se o George concordar. – Hay olhou para o moreno que mal abrira a boca dês que chegamos aqui.

-Por mim tudo bem. – Ele falou e enfiou uma garfada de macarrão na boca.

  Terminamos o jantar e eu fui levar George até o quarto de hospedes enquanto Hay me esperava na sala com Tom, o curto caminho foi mais silencioso do que eu gostaria, ele ficou completamente calado e eu não sabia o que dizer. Mas ora essa, que frescura é essa agora? Somos amigos dês de sempre e agora porque estou feliz ele tem que emburrar a cara e agir como um bicho do mato?

 -Estou tão feliz que vocês estão aqui! – Falei quebrando o silêncio. – Que você está aqui. – Pulei no pescoço dele e dei um longo abraço. – Sabe que eu vou sempre ser sua tampinha né?

 -Estou feliz por estar aqui também. – Ele disse me abraçando ligeiramente e depois tirando-me de seu pescoço.

 Chegamos ao quarto e eu empurrei ele pra dentro e fechei a porta, empurrei ele sentado na cama e cruzei os braços o olhando nos olhos.

 -O que você tem hoje hein? – Perguntei. – Que bicho te mordeu Georg?

 -Nada, ta tudo bem. – Ele falou levantando, então eu empurrei ele sentado de novo.

 -Não! Não está nada bem. – Falei séria. – Depois que entramos no carro você fico todo diferente, parecia até bravo, se não queria vim, era só não vir.

 -Não é isso Avril, não tem nada que eu quisesse mais do que te ver, é só que... Que... – Ele ficou fitando o chão.

 -Que o que George? – Perguntei.

 -Nada, é bobagem.

 -Fala!

 -Parece que estou perdendo você, só isso. – Ele levantou e me encarou.

-Para de ser bobo George, você é meu melhor amigo, e mesmo com Tom sendo meu irmão, Dougie e eu estarmos juntos, e Danny e Harry terem sido ótimos amigos pra mim enquanto estou longe de vocês e de casa, isso nunca vai me afastar de você, o que nós temos nem o príncipe da Cinderela pode tirar de nós. – O abracei e dei um beijo em seu rosto. – Entendido? – Ele fez que sim com a cabeça e me abraçou. – Amanhã quero que desamarre essa cara e que seja o mesmo George que eu conheci anos atrás, os garotos vão te adorar, assim como eu adoro. Boa noite.

 -Boa noite!

 Peguei as malas de Hay e fechei a porta, fui até a sala e encontrei um Tom e uma Hayley sorridentes conversando no sofá. Imagino tudo o que ela vai me falar quando entrarmos no quarto.

 -Hay, vamos? – Olhei para ela sorrindo.

 -Aham. – Ela se levantou em um salto e deu um sorriso para Tom.

 Subimos as escadas até o meu quarto, Hay se jogou na cama enquanto eu entrava e fechava a porta, ela ficou um bom tempo olhando par ao teto calada e com os olhos brilhantes.

 -E então Hay, o que achou? – Perguntei me sentando ao seu lado.

 -É tudo incrível, a casa é linda, os garotos são legais e ... – Ela parou de repente e se levantou. – Vou tomar um banho.

 -Tudo bem, vou arrumar a cama para você que amanhã temos escola!

 -A é, escola, seria bom me livrar disso por alguns meses, mas ai eu iria rodar. – Ela falou rindo e pegando um pijama na mala.

 -Digo o mesmo. – Falei.

 Hayley entrou no banheiro com sua roupa e sua nécessaire, e eu comecei a arrumar a cama que meu pai tinha colocado ali, com lençóis e cobertores, logo que Hay saiu do banho já nos enfiamos em baixo das cobertas, as duas estávamos cansadas, e amanhã seria um longo dia na escola.

~*~

 Ao longe uma música começou a tocar, e aos poucos eu ia retornando a consciência, por mais que eu agora  tivesse consciência de tudo o que acontecia em volta de mim, eu não conseguia abrir os meus olhos, pareciam que estavam mais pesados do que deveriam.

 -Avril... – Hay sacudia meus ombros gentilmente.

 -O que? – Perguntei com a voz embargada de sono.

 -Seu irmão passou aqui e disse que temos uma hora pra estar na escola! – Hay falou e eu levantei em um salto.

 -Só isso? – Eu tinha ainda que tomar banho, secar e arrumar os cabelos e me vestir, e tinha a Hay ainda.

 -Eu já tomei banho ontem, então você pode ir que eu vou ficando pronta. – Ela disse rindo da minha reação.

 -Tudo bem!

 Peguei uma jeans, uma t-shirt, minha lingerie e meus tênis e fui pro banho, tomei o banho mais rápido da minha vida, entrei, passei o shampoo, condicionador, sabonete e pulei fora, me vesti rápido e vi que ainda tinha quarenta minutos para ficar pronta, Hay estava terminando de se maquiar enquanto eu começava.

 -Pode ir descendo para tomar café, daqui a pouco eu desço. – Falei enquanto passava o lápis de olho.

 Ela fez que sim com a cabeça e desceu as escadas, comecei a secar o cabelo só para garantir que ele não ia armar quando terminasse de secar, deixei-o quase seco e desci para o café, ainda tinha vinte minutos e daqui á cinco Danny estaria aqui na frente. Desci correndo e encontrei George, Hay e Tom fazendo guerrinha de ovos mexidos na mesa.

 -Se a Diana ver isso vai ficar louca! – Falei rindo da cena.

 -Abre a boca, tampinha. – George falou com um pedaço de salsicha na mão.

 -Pra que? – Perguntei me sentando na frente dele.

 -Abre!

 Abri a boca e ele atirou o pedaço de salsicha dentro dela, estava bom, mesmo eu não gostando muito de salsicha no café da manhã. Peguei uma panqueca, coloquei mel e enrolei, quando esta preste a morder uma busina ecoou na frente da casa.

 -Vem! – Tom falou pra todo mundo.

 Nos levantamos e corremos, cada um comendo uma coisa, gritamos um tchau para Diana que estava podando as flores da casa e entramos no carro de Danny. Harry já estava lá, sentei ao seu lado acompanhada de Hay e George, Tom sentou na frente com Danny. Passamos para pegar Dougie e chegamos na escola, faltavam ainda dez minutos para o inicio da próxima aula. Por sorte o armário de Hay e George ficaram ao lado do meu e eles ficariam na mesma classe que eu, Tom e Danny, corremos para primeira aula e sentamos nas bancadas do fundo do laboratório de biologia.

 -Bom dia. – A professora de biologia entrou, largando a larga pasta e as apostilas na mesa. – Juntem-se com seus parceiros e vamos começar a aula.

 Era a minha primeira aula de biologia, e obviamente a primeira de Hay e George, portanto não tínhamos parceiros de laboratório, Tom e Danny estavam juntos, então um de nós três teria que ficar sozinho, a não ser que a professora permitisse um trio.

 -Professora? – Falei levantando a mão.

 -Sim, Srt. ...? – Ela olhou para mim indagativa, e então me lembrei que eu não conhecia a professora.

 -Lavigne! – Falei.

 -Pois não?

 -Eu, George e Hay não temos parceiros de laboratório, podemos ficar nós três? – Perguntei. – Eles são os alunos do intercâmbio.

 -Não, a Srta. Febray está sem parceiro igualmente, um de vocês terá que fazer com ela. – A professora respondeu e apontou para a loira aguada.

 -Tudo bem eu faço. – George falou se levantando e eu puxei ele de volta.

 -Não, você faz com a Hay, eu faço com a Febray. – Falei e me levantei indo sentar ao lado dela.

 Eu não deixaria essa bruxa ficar com o George, mas nem morta, nem que eu tivesse que aturar a presença dela ao meu lado durante o resto do ano. Sentei do lado de Cindy enquanto a professora escrevia algumas coisas no quadro, ela nem olhou para mim, parecia estar furiosa por me ter como colega de classe, mas se ela ao menos cogitou a ideia de ter como colega o George, ela estivera muito, mas muito enganada, isso nunca aconteceria, nem por cima do meu cadáver!

 -Bom, vamos começar, peguem suas apostilas e abram na página 549, vocês verão as instruções para um experimento, e o que precisaram, esse experimento é o que abrira a nossa nova matéria, e a prova desse semestre será a perfeita finalização do mesmo, vamos começar então.

 O resto da aula de biologia foi mais silenciosa do que eu esperava, achei que Cindy ia fazer alguma coisa para eu me dar mal ou qualquer coisa do gênero, mas não, a única coisa que ela fez foi sentar lá e dividir metade do trabalho para ela e metade para mim, as vezes falava uma coisa ou outra, mas sempre referente a aula, ela mal olhava na minha cara, bom, acho que o aviso sobre cada uma ficar no seu canto tinha adiantado de alguma coisa no final das contas.

 Quando a aula terminou eu me levantei, juntei meus livros e esperei por Hay, George, Tom e Danny na porta da sala, saímos os cinco e fomos para nossos armários.

 -Nossa, essa escola é tão diferente da nossa! – Hay falou admirada.

 -Você achou? – Eu perguntei.

 -Sim, as pessoas parecem mais inteligentes. – Hay riu. – Até aquela garota do seu lado parecia mais inteligente do que jamais seria morando em Los Angeles. – Nós rimos quando nos demos conta que Cindy era a versão inteligente de Londres da Britney.

 Pegamos o livro de Inglês e deixamos o de biologia no armário e fomos para a sala de aula, o resto da manhã se transcorreu tranquila, só aulas teóricas, durante a tarde teria educação física por duas horas e então seriam aulas extras para os estudantes matriculados nas aulas extras.

 -Hay, temos que ir para o vestiário feminino, trocar de roupa para a aula! – Puxei ela, já que ela parecia não me escutar, só ficava escutando as baboseiras de Tom e Danny sobre Baseball.

 Corremos para o vestiário e trocamos de roupa, prendi meu cabelo em um rabinho, enquanto Hay fazia um rabo para o lado, essas roupas de ginástica me deixam muito desconfortável, shorts muito colado e muito curdo, camiseta que deixa parte da barriga aparecendo, meias estranhas e tênis que não gosto, mas é obrigatório, não tenho muita escolha!

 -Essas roupas fazem eu me sentir uma piranha! – Hay falou desatolando o short.

 -HEY! – Falei colocando a mão nos olhos. – Eu não preciso ver isso! – Nós rimos e fomos para a quadra.

 Quando saímos do vestiário ainda tinham muitas meninas se vestindo, o que significa que não estávamos atrasadas!

 -Olá, você deve ser a Srta. Fletcher e você a Srta. Williams do intercâmbio! – A professora bem atlética e bonita nos cumprimentou com um aperto de mãos forte. – Sou a Professora Vanderwall.  Vão se alongando e depois deem uma volta em torno do campo, assim que todas as alunas estiverem aqui e completado essa tarefa  começaremos o jogo!

 -E o que jogaremos? – Hay perguntou enquanto alongávamos as pernas.

 -Cricket! – A professora sorrio e foi dar as ordens para mais algumas alunas que chegaram.

 -O que? – Hay me olhou confusa.

 -Cricket, eu costumava jogar com a minha mãe quando era pequena, mas nunca mais joguei.

 -E como se joga isso, Av? Eu não tenho a menor ideia!

 -Vamos correndo que eu te explico! – Começamos a correr em volta da quadra e eu comecei a explicar para Hay o jogo. – Cricket tem dois objetivos básicos, primeiro, a defesa tem que eliminar os dez wickets adversários e o ataque tem que conseguir o maior número de corridas. Se o time perde os seus 10 wickets, a entrada encerra e atacantes e defesa mudam de lugares, quem estava defendendo, ataca, e quem estava atacando, defende. Quem tiver mais corridas vence o jogo. – Eu continuei a explicar. - O críquete é um esporte de taco e bola. O objetivo do jogo é marcar mais "corridas" do que o time opositor. A partida é dividido em "entradas” durante o qual, um time rebate e o outro arremessa .

 “Se, em partidas de duas entradas, o primeiro time que rebater for derrotado na segunda entrada e o somatório dos pontos da primeira e da segunda entrada for menor que os pontos somados somente da primeira entrada do time oponente, o que acontece muito raramente, a partida é concluída e a vitória do outro time é anunciada como "um entrada e x corridas", onde x é a diferença de pontos entre os times. Se o time que rebate por último é derrotado com o mesmo número de pontos do opositor, eles tem uma corrida curta para marcar,algo extremamente raro, para desempatar a partida.” 

  “Uma entrada no Críquete consiste no turno em que cada equipe usa para defender (arremesso) ou atacar (rebater), cada entrada no Críquete pode ter várias quantidades de overs. Um over no Críquete consiste em uma série de 6 arremessos válidos feita por apenas um jogador, dependendo das leis do jogo costuma-se ter entre 10 e 50 overs por entrada.

Cada time consiste em 11 jogadores. Dependendo das suas habilidades primárias, um jogador pode ser classificado como um batsman ou bowler especialistas. Um time balanceado costuma ter 5 ou 6 batsmen especialistas e 4 ou 5 bowlers especialistas. Um jogador que é especialista nos dois tipos é conhecido como craque.”

 -Acho que é isso que eu me lembro! – Falei e terminamos a corrida.

 -Só isso? – Ela falou arregalando os olhos. – Pra quem não se lembrava, até que sabe de mais.

 -Nunca disse que não lembrava só que não jogava há tempos! – Falei.

 Nós rimos e ficamos junto com as outras garotas que tinham terminado a corrida, agora faltava só Febray e mais cinco garotas e começaríamos o jogo.  Separada por uma peque estradinha estava o campo dos garotos, vi Dougie, Danny, Tom, Harry e George correndo, acho que para educação física eles juntam as duas turmas. Por isso tinham algumas garotas que eu não conhecia por ali.

 -Muito bem, vamos ver, quem quer ser capitã? – A professora perguntou, levantei o braço e fiquei surpresa de ver que mais ninguém além de Febray e eu tínhamos levantado. – Hmm, parece que a novata quer tentar desafiar a veterana, tem certeza disso Srta. Fletcher?

 -Não é uma boa. – Uma menina de cabelos escuros, chamada Emma, sussurrou ao meu ouvido, ela era da minha classe e já fizemos alguns trabalhos juntas, ela era bem legal, a única menina que eu poderia considerar uma Londrina amiga até agora.

 -Prefiro que me chamem pelo outro sobrenome, professora, e sim tenho certeza!

 Não levem a mal, eu amo o sobrenome Fletcher, mas deixar que as pessoas me chamem assim parece que estou deixando Tom me levar nas costas em tudo, e eu não quero que as pessoas tenham essa impressão de mim.

 -Tudo bem, então, Srta. Lavigne e Srta. Febray, escolham seus times.

 Fomos a frente e ficamos lado a lado, as garotas formaram uma linha para podermos ver todas, podíamos escolher apenas 11 para jogar, então umas 5 ou 6 ficariam na reserva.

-A, ia quase me esquecendo, vamos tirar na moeda para ver quem escolhe primeiro! – A professora tirou uma moeda do bolso jogou para cima e tapou com a mão.

 -Cara! – Eu disse!

 -Deu cara! – A professora falou. – Srta. Lavigne, pode começar.

 -Hayley! – Falei.

 Ela veio pulando para o meu lado, apesar de Hay não saber jogar direito, eu queria que ela ficasse comigo, era melhor assim, e também, isso era só uma aula de educação física, não era nenhum tipo de competição e parecia que as competições entre mim e a Sra. Perfeita tinham acabado.

 -Mindy. – Cindy mal tinha terminado de pronunciar o nome e a garota veio a frente.

 Não tinha mais que um metro e sessenta, talvez um pouco menos, o short dela parecia dez vezes mais curto do que os de qualquer uma ali, os cabelos presos em marias-chiquinhas e os peitos quase rasgando a camiseta, não me parece uma ameaça, só se resolver ficar me dando peitadas na cara.

 -Emma. – A garota de cabelos negros se posicionou ao lado.

 Eu não conhecia as garotas e se eram boas no jogo ou não, mas preferi escolher primeiro Hay por ser minha melhor amiga e Emma, porque acho melhor fortalecer a amizade que tenho com ela, já que em 3 meses Hay e Georg vão embora.

 -Lindsay! – A ruiva e Cindy eram inseparáveis, elas viviam juntas, como se tivessem nascido grudadas ou algo parecido, e pela maneira como se estressava só de bater as unhas extremamente compridas na mesa, tenho plena certeza de que ela não joga muito bem.

 -Hm... Rachel?! – Eu não me lembrava muito bem dos nomes por ser nova, mas acertei exatamente quem eu queria que viesse para o meu time.

 Rachel era loira, cabelos na altura dos ombros repicados, não muito alta, mas muito atlética, era lindíssima, mas pela maneira como já derrotou vários garotos no judô talvez seja uma boa parceira.

 -Giovanna. – Morena, olhos claros e muito, muito, dramática.

 -Gabriela.

 -Monica.

 -Júlia.

 -Mona.

 -Emily.

 -Ariana.

 -Jade.

 -Kathlin.

 -Victoria.

 -Amanda.

 Sobraram apenas quatro, duas usavam aparelho e óculos, o que não era muito legal para o jogo, então descartei-as imediatamente da minha mente, o que me deixa com somente duas, uma garota baixinha, de cabelos mel, ondulados e soltos, que dificultaria muito jogar, mascando chiclete e olhando as unhas, e uma garota de estatura média, magra, cabelos platinados, olhos claros marcados por causa da maquiagem preta carregada, e com cara extramente entediada!

 -Ei, você ai, loira! – Ela olhou para mim. – É você mesmo.

 Ela veio e murmurou um “obrigado, melhor você que as patricinhas de beverly hills”, o que eu preferi entender como um elogio, e então, meio emburrada, Cindy chamou a ultima garota.

-Megan.

 Começamos o jogo e até que estava bem tranquilo, estávamos ganhando, e então começou, Cindy bateu com o taco na minha perna me fazendo cair no chão, o que ela pensa que está fazendo?

 -Ei Cindy! – A professora falou quando me viu de cara no chão.

 -Desculpe professora, foi sem querer! – Ela falou fazendo biquinho.

 -Tudo bem, voltem a jogar! – E a professora apitou.

 -Gostaria de acreditar que não foi por querer! – Falei me levantando.

 -Espero que não acredite. – Cindy sussurrou passando por mim.

 Continuamos a jogar e dessa vez ela se jogou contra mim, me fazendo cair de cara outra vez, ela está começando a me irritar! Levantei-me e voltei a jogar e quando menos esperei, ela me deu um encontrão, e por um segundo achei que fosse cair de bunda no chão.

 -Já chega! – Berrei atirando o taco no chão.

 O jogo parou e todo mundo ficou olhando para mim, fui em direção a Cindy e fiquei cara a cara com a bitch, sem o salto ela era alguns centímetros mais baixa do que eu, e estando tão perto eu consegui olha-la de cima, fazendo-a parecer inferior.

 -Olha aqui, Cindy! – Falei encarando-a. – Estou perdendo a paciência com você! Acho que chega desses joguinhos estúpidos, se você não notou, não estamos mais na primeira série pra ficarmos brincando de saco de pancadas.

 -Nossa to morrendo de medo! – Ela falou com a voz quase tão sínica quanto o rosto.

 -É melhor estar!

 -Ei meninas, se acalmem, é apenas um jogo escolar, vamos voltar ao jogo, agora SEM BRIGAS, por favor! – A professora apitou e voltamos a jogar.

 Estava tudo transcorrendo bem nos últimos cinco minutos, mas a Febray nunca se cansa pelo visto e bateu com o taco atrás da minha perna, fazendo meu joelho falhar e eu cair outra vez, mas agora já chega, essa garota nem ao menos me conhece, isso tem que acabar e já, e só tem uma forma de parar um “valentão”.

 -Mas que merda é essa?! – Gritei, atirei o taco longe e voei para cima de Cindy.

 Fiquei em cima dela dando uns tapas na cara dela, então ela trocou nossas posições e começou a... FALA SÉRIO, ELA TA PUCHANDO O MEU CABELO? SÉRIO MESMO CINDY? Dei um tapa na mão dela, joguei ela para o chão e me levantei, olhei para ela de cima.

 -Sério mesmo Cindy? – Falei irônica. – Você fica em cima de mim podendo me bater e puxa o meu cabelo? Você é mais fracote do que parece! – Comecei a rir e todo mundo que estava ali em volta também.

 Virei as costas para ela e fui andando em direção ao bebedor, me surpreendi que a professora não tivesse feito nada, e me surpreendi mais ainda com a quantidade de meninos que tinham saído de sua aula para olhar a briga, incluindo os McFlyers e George, e então eu cai no chão, com algo super pesado em cima de mim, era Cindy, ela me virou para ela e quando foi dar o primeiro tapa eu empurrei-a e levantei, ela levantou num supetão e as duas fomos para dar socos uma na outra quando senti alguém me agarrar por trás e vi um dos garotos da outra turma pegar ela por trás também, e então a professora apitou.

 -Queria ver até onde isso iria, parece que temos duas ótimas jogadoras de Cricket, mas que não se suportam, é por causa disso que vou coloca-las no time da escola, para aprenderem a se comportarem como uma equipe e não como rivais! – Ela falou série olhando para nós duas que respirávamos pesadamente e arrumávamos os cabelos escabelados. – Desta vez não vou dedurá-las para a direção, mas se isso acontecer outra vez vocês correram o sério risco da expulsão, classe dispensada!

 Olhei para Cindy que estava vermelha, ela soltou os cabelos e me encarou nos olhos brevíssima, sorri para o garoto que me segurou e segui com Hay e Emma ao meu lado que ficavam tirando onda com a situação, pelo visto Hay está se dando bem com Emma, fico feliz, já que vai passar 3 meses aqui é legal que tenha amigos que vão além de mim, George e os McFlyers.

 -Ei, Avril! – Olhei para trás e era a loira que eu tinha escolhido para o meu time.

 -Oi! – Falei sorrindo. – Podem ir, alcanço vocês no vestiário! – Falei para Hay e Emma.

 -Sou Kirst. – Ela falou sorrindo. – Só queria dizer que nunca vi uma garota tão pequena bater tão bem!

 -Obrigado! – Falei sorrindo enquanto caminhávamos para o vestiário pouco atrás de Hay e Emma. – Ela merecia!

 -Eu que o diga, essa garota é um inferno! – Kirst falou rindo. – E o pior é aquela amiguinha dela, a morena peituda! Ela é a garota mais burra do mundo, sério, ela deveria estar no Guinness Book. Às vezes ela usa óculos tentando parecer mais inteligente, mas não rola, quando ela abre a boca ela se entrega!

 Entramos no vestiário e pegamos nossas roupas e acessórios de banho, fomos para os boxes lotados e esperamos na fila conversando animadamente, Hay, Emma, Kirst e eu estávamos nos tornando muito amigas em tão pouco tempo. Chegou nossa vez e entramos no chuveiro, por termos perdido tempo conversando do lado de fora ficamos por último.

 Tomei um banho rápido porque não queria demorar muito, estava louca para ir para casa, e depois iria para a casa de Emma, com Hay e Kirst, íamos alugar uns filmes e comer umas batatinhas, fazia muito tempo que eu não tinha uma noite das garotas, acho que seria divertido, e eu teria que falar com Tom para talvez ele e o resto dos garotos saírem com George, ou sei lá, fazer algo com ele. Sai do Box enrolada na toalha e fui pegar minhas roupas.

 -OMG. – Me desesperei, olhei onde as garotas tinham deixado as roupas delas, só tinham as calças e as lingeries. – MENINAS, PEGARAM AS NOSSAS BLUSAS!

 As três saíram dos correndo nos boxes enroladas nas toalhas, estavam apavoradas, o que nós iríamos fazer?

 -Bom, com as blusas de vocês, porque eu só tenho minha lingerie! – Falei desesperada.

 -Eu tenho uma calça extra no meu armário! – Kirst disse.

 -É melhor do que sair completamente nua! – Falei. – Obrigado.

 Ela foi pega Ra calça extra enquanto eu e as outras vestíamos o que tínhamos ali. Kirst, Emma e Hay colocaram as blusas suadas da aula de educação física, mas eu não tinha nem a blusa suja para vestir.

 -Quer saber, foda-se, elas estão esperando que eu saia daqui aos prantos ou só de lingerie, pois então vou sair de calça e sutiã. – Falei.

 -Mas você não pode sair daqui assim! – Emma disse. – Se algum professor ver, você está ferrada.

 -Não, não estou, ela vai estar, ela que pegou minhas roupas, eu não tenho culpa, tinha que arranjar uma maneira de ir para casa, e se a única maneira é atravessar a escola de sutiã, que seja!

 -É, você está certa Av. – Hay disse e tirou a camiseta.

 -Vamos ferrar com aquelas bitches! – Kirst e Emma tiraram as camisetas também.

 E assim saímos do vestiário, as quatro de sutiã e jeans, a escola ainda tinha alguns alunos que se organizavam para partir depois do ultimo período de aulas, recebemos assobios, olhada e cantadas, e a cara da Cindy e das amiguinhas estúpidas dela foi a melhor recompensa de todas.

 -Tchau Cindy, até amanhã! – Falei entrando no carro de Tom junto com Hay. – Ás sete estaremos na sua casa Emma, até mais Kirst! – Entrei totalmente no carro e vi os garotos olhando apavorados para uma Hay sem blusa e então arregalaram ainda mais os olhos para uma “eu” sem blusa.

 -Porque diabos você, Avril Lavigne Fletcher, está sem sua blusa? – Tom falou de olhos arregalados.


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Notas finais do capítulo

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