Kolybelnaya escrita por themuggleriddle


Capítulo 10
The Trio


Notas iniciais do capítulo

Okay, vou falar um pouco antes do capítulo. Essa fic tem 76 leitores e 29 favoritos e ainda assim a cada capítulo aparecem uns 10 reviews, por ai, pelo que eu andei contando... Isso nos dias bons (he). Assim, eu odeio quando colocam aquela coisinha "mimimi não vou postar até ter 30 reviews novas" e tals, mas assim, a diferença entre reviews/n˚ de leitores é meio forte :B então assim... Deixem um review comentando sobre a história. Vocês não sabem como estimula o autor a escrever mais (no meu caso, a traduzir, o que eu acho ser mais maçante do que escrever) quando pipocam reviewzinhos por ai o/ Obviamente não estou desmerecendo as pessoas que deixam os reviews até agora, até porque eu tenho vontade de sair abraçando vocês because of reasons ehehehe.
Mas é isso, espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/226171/chapter/10

Hermione fez uma careta ao ouvir um barulho de explosão vindo da mesa ao lado da sua e, segundos depois, ergueu o braço para cobrir o rosto, protegendo-se dos respingos de poção que saíram do caldeirão de Abraxas Malfoy. A garota ouviu Minerva xingar alto e Charlus, depois de um momento de choque, começar a rir. Os sonserinos da mesa ao lado estavam ocupados fazendo o mesmo que McGonagall: amaldiçoando Malfoy das maneiras mais variadas possíveis.

“Sr. Malfoy!” A bruxa abaixou o braço para ver Slughorn se aproximando da mesa e franzindo o cenho para o rapaz loiro que agora estava coberto, da cabeça aos pés, de um líquido viscoso que era a sua poção. “O que eu falei sobre ser cuidadoso ao colocar o tomilho?”

“Eu fiz com cuidado, professor!” o bruxo reclamou, olhando para o caldeirão vazio. “Ou pelo menos eu achei que estava sendo bem cuidadoso.”

“Podemos muito bem ver o quão cuidadoso o senhor é, Sr. Malfoy. Você tem sorte de que essa é uma poçãozinha inocente, caso contrário teria sido responsável por machucar pelo menos cinco dos seus colegas!”

Hermione olhou em volta. Além dela e Minerva, que, por estarem perto da outra mesa, estavam cobertas de poção, os outros três sonserinos que dividiam a bancada com Malfoy também haviam se sujado. Lestrange xingava baixinho enquanto limpava aquela gosma cinzenta de seu rosto; Avery passava a mão pelos cabelos escuros, tentando se livrar da sujeira, antes de tirar sua capa suja; e Riddle estava quieto, parado ao lado de Abraxas com uma expressão séria em seu rosto enquanto seu cabelo, sempre tão bem penteado, caía-lhe sobre o rosto, grudando em sua testa e cobrindo seus olhos, oleoso com a poção. Slughorn tinha razão: caso se tratasse de outra poção, todos eles estariam na Ala Hospitalar naquele momento.

“Limpe essa bagunça, Sr. Malfoy, e comece tudo de novo,” disse o professor, afastando-se. “E dez pontos da Sonserina!”

“Ótimo, Abraxas, ótimo!” sussurrou Lestrange, chacoalhando as mãos e fazendo gotinhas de poção voarem delas.

Targeo.” A voz de Riddle foi quase inaudível quando ele murmurou o feitiço que limpou os quatro sonserinos. Hermione não se surpreendeu ao ver que o encantamento não incluiu ela e Minerva. “Pare de choramingar e volte ao trabalho, Canopus.”

“Isso foi um Targeo sem varinha?” perguntou Abraxas, olhando para o colega, a procura do sinal de sua varinha.

“É um feitiço simples; é fácil fazer sem usar varinha.”

“Targeo!” Dessa vez foi a voz de Minerva que soou e, logo, Hermione viu-se sem aquele líquido nojento. A outra grifinória sorriu e guardou a varinha.

“Obrigada.”

“De nada,” disse McGonagall, voltando a mexer a sua poção. Alguns minutos depois, ela ergueu a cabeça e sussurrou para os colegas: “Realmente espero não pegar Malfoy no meu grupo nesse projetinho do Slughorn.”


Nem eu.” Hermione riu. “Slughorn vai sortear os grupos hoje, certo?”

“Exato. Espero que a gente fique no mesmo grupo. Seria legal trabalhar com alguém que sabe como não explodir um caldeirão.”

Como esperado, assim que todos terminaram suas poções (exceto Abraxas, que teve que entregar um frasco cheio de poção não terminada), Slughorn pediu para que todos permanecessem em sala para que ele fizesse a escolha dos grupos. Hermione esperava pegar a Poção Polissuco... Seria ótimo trabalhar com uma poção a qual ela já havia preparado antes, mas as suas esperanças logo acabaram assim que um grupo de meninas grifinórias pegaram com essa poção. Charlus xingou baixinho assim que o professos anunciou que ele ficaria em um grupo com Walburga Black e Atlas Avery. Septimus acabou ficando com outros dois rapazes grifinórios: Basil Hopkins e George Johnson. Minerva ficou radiante ao ser colocada na equipe de Dorea e Alphard Black, os dois sonserinos mais decentes de acordo com ela.

“Graças a Merlin eu consegui bons companheiros de equipe,” sussurrou McGonagall enquanto sorria para Dorea, que estava sentada do outro lado da sala. “E uma boa poção também... Quero dizer, o Soro de Mandrágoras parece ser bom.”

 “Sim, dá pra fazer um monte de pesquisa legal com essa,” disse Hermione, ouvindo o Mestre das Poções anunciar que outro grupo pegara a Veritaserum. “Ah, essa seria boa...”

“Abraxas Malfoy, Tom Riddle e Hermione Elston.” A grifinória se encolheu ao ouvir o seu nome ser anunciado junto aos dos sonserinos. “Amortentia.”

“Não!” A menina escondeu o rosto nas mãos e respirou fundo. “De todas as poções da lista eu peguei a mais boba!”

“Aposto que muita gente queria pegar a Amortentia,” disse Minerva, tentando reconfortá-la.

“Olha,” murmurou Minerva. “Eu sempre digo um monte de coisas sobre o Riddle, mas não posso negar que ele é bom quando se trata de trabalhos do colégio. Fique em um grupo com ele e você ficará em um bom grupo; seu projeto vai ser ótimo. Vai ter que agüentar aquela educação falsa do Riddle por um tempo, mas quem sabe? Ele talvez seja legal com você!”

Hermione olhou para o sonserino novamente e viu que ele também a encarava. Ela não conseguia ter certeza do que a expressão dele queria dizer, mas sabia de uma coisa: ele, assim como ela, não parecia estar muito animado com aquele projeto.

***

Tom suspirou enquanto observava Dumbledore, que estava andando entre as mesas, vendo seus alunos praticarem um feitiço completamente bobo e inútil. O rapaz já havia conjurado pelo menos dez penas de diferentes cores e formatos nos últimos vinte minutos, mas, aparentemente, o professor deixara o seu sucesso passar despercebido já que estava ocupado demais tentando ajudar Potter, que parecia incapaz de criar uma pena inteira. Ele olhou para Avery e Lestrange, ocupados em brincar com as penas que haviam conjurado, e, depois, para Abraxas, sentado ao seu lado, que fazia outra pena escura aparecer em cima da mesa.

“Por que não tenta uma diferente?” perguntou Riddle, deixando sua varinha em cima da mesa ao decidir que Dumbledore não poderia puni-lo por parar de praticar. “Uma pena diferente.”

“Como?”

“Apenas pense em um tipo diferente de pena. Você só está visualizando as que a gente usa para escrever.” O sonserino esticou a mão para pegar a pena preta que estava sobre a mesa. “Pense em algo diferente: cor ou formato.”

Malfoy não falou nada. Ele apenas encarou a sua varinha, suas sobrancelhas se franzindo como se ele estivesse pensando em alguma coisa. Tom teve que se controlar para não revirar os olhos... Como alguém poderia ter tanta dificuldade para imaginar uma pena?”

“Penappareo!” Abraxas sussurrou e, para a surpresa de Riddle, uma pena longa e branca apareceu da ponta de sua varinha. O loiro riu e pegou a pena, acariciando-a.

“Bom trabalho, Sr. Malfoy.” Tom olhou para Albus Dumbledore, que estava parado ao lado de sua mesa, esticando a mão para a sua mesa. O outro rapaz entregou a pena para o professor, que a observou por um tempo. “Muito bonita. Pavão, certo?”

“Sim, senhor.”

“Muito bom. Dez pontos para a Sonserina.”

Riddle encarou Dumbledore, incrédulo, enquanto o homem se afastava, sem nem ao menos olhar para a pilha de penas em cima de sua mesa. Ele cerrou os punhos e respirou fundo, tentando acalmar a magia que ele sentia ficar mais e mais forte dentro de si graças à sua irritação. Como ele odiava quando aquele velhote idiota fazia aquilo! E como ele odiava aquele brilho estúpido que sempre aparecia nos olhos do homem! Dumbledore sabia muito bem o quanto ele odiava quando o ignoravam daquela forma, mas parecia que o homem gostava de contrariá-lo.

“Oh, essa também é muito boa, Srta. Elston.” O professor pegou uma bonita pena azul que Hermione Elston lhe entregara. “De que pássaro ela é?”

“Um arara-azul-e-amarela, senhor.” A garota deu um sorriso radiante que fez as entranhas de Riddle se revirarem. E as pessoas diziam que ele era um puxa-saco.

“Dez pontos para a Grifinória, Srta. Elston.”

“Ela é boa com feitiços, não?” sussurrou Abraxas. Ele ainda brincava com a pena branca. “Espero que seja boa com poções.”

“Sim, eu iria odiar ser o único que sabe fazer uma poção naquele grupo.” Tom ignorou a careta que apareceu no rosto do outro.

“E o que você acha da nossa poção?”

“É uma coisa estúpida, Abraxas,” disse Tom. “Uma poção boba que só é usada por meninas bobas para conseguirem um homem.”

“Não foi uma Amortentia que...?”

“Não, não era. Era outra poção do amor.” Tom suspirou, cruzando os braços em frente ao peito. “Amortentia é a poção do amor mais potente que existe, é difícil de preparar... Uma quartanista não seria capaz de preparar uma.”

“Mas funcionou...” Malfoy começou a falar, mas logo parou ao ver Tom lançar-lhe um olhar frio. “Oh, bem.” O loiro colocou a mão em seu bolso, tirando dali o seu relógio-de-bolso e abrindo a sua tampa. “Quase no fim.”

“Quanto tempo?”

“Alguns minutos.”

Antes de a aula terminar, Dumbledore deu mais dez pontos para a Grifinória depois que McGonagall conjurou uma pequena pena de beija-flor. Assim que o professor os liberou, Riddle pulou de seu lugar e saiu da sala. Ele realmente não estava com paciência para agüentar as piadas do velho... Na verdade, ele não estava com paciência para com quase nada nos últimos dias. Suas noites estavam sendo perturbadas durante toda a última semana e ele estava começando a se preocupar com o sono que ele estava perdendo.

***

Hermione virou o rosto para ver quem estava fazendo todo aquele barulho ao se levantar e sair da sala. A menina ficou surpresa ao ver Riddle sendo a pessoa que saía do local pisando forte, feito uma criança irritada, deixando Malfoy para trás. A bruxa deu de ombros, olhando para Minerva, que se ocupava em falar sobre como o feitiço Penappareo era, na verdade, muito simples.

“O que deu nele?” A grifinória sorriu, apontando para a porta.

“Riddle? Oh, ele é sempre assim em Transfiguração. Acho que é porque Dumbledore não o trata como um deus do jeito que os outros professores o fazem.”

“Bom, ele parecia uma criança de dez anos mimada.”

“Sim.” McGonagall riu. “Ah, esqueci de perguntar: o que achou da extra de Poções hoje?”

“Foi legal... Meio difícil. Não é bem o que eu pensaria em estudar para Poções.”

Na verdade, a aula extra a assustara um pouco. Poções, para ela, sempre fora sobre como preparar algo, entender os ingredientes, os efeitos da poção e seus usos. Naquela manhã, no entando, Slughorn passou um bom tempo explicando coisas sobre biologia para que eles pudessem entender como a poção funcionava no organismo da pessoa – uma Poção Calmante, a qual eles estavam preparando na aula anterior. Sua explicação era cheia noções de anatomia e fisiologia, duas coisas que ela nunca vira serem abordadas em uma aula de Hogwarts daquela forma. No fim da aula, Hermione estava aliviada com o fato de que aquelas aulas extras não caíam nas provas.

“Sim, é por isso que é tão legal! E também é aprender sem a obrigação de fazer isso...” Minerva pegou sua bolsa e se levantou, seguida da outra grifinória. “É muito melhor.”

“Encontrei você!”

Hermione quase pulou ao sentir um par de pequenas mãos agarrarem os seus ombros. Virando-se rapidamente, a menina viu Dorea Black olhando para ela com um sorriso bobo no rosto. Os cabelos da sonserina estavam uma bagunça, o que fazia com que ela se parecer ainda mais com Harry.

“Estava te procurando desde o começo da tarde, mas ai lembrei que você faz Transfiguração,” a bruxa falou, tentando arrumar os cabelos negros com os dedos. “De qualquer forma, lembra que eu falei que iria conversar com a Professora Pesty sobre os sonhos? Só consegui falar com ela hoje...”

“Oh, tudo bem. O que ela falou?”

“Disse que vai dar uma olhada nos seus livros,” explicou Dorea, olhando rapidamente para Minerva, que estava encarando as duas, curiosa. “Ela pediu para você encontrar com ela na quarta-feira, depois da aula de Adivinhação, lá pelas nove da noite...”

“Certo, eu vou...”

“Do que vocês estão falando?”

“Hermione quer saber uma coisa ou outra sobre sonhos e eu falei que a Professora Pesty podia ajudá-la.”

“Adivinhação? Mesmo?” A grifinória revirou os olhos. “Desculpa, Dorea, eu sei que você gosta da aula, mas eu não acho que Hermione quer ficar adivinhando o futuro com sonhos.”

“Eu sei que não, Minerva,” disse Black em um tom sério. Era estranho ver a garota assim. “Mas a Professora Pesty sabe fazer outras coisas alem de interpretar sonhos e ver figuras nas bolas de cristais.”

“Tanto faz.” A garota mais alta deu de ombros. “Vou pra Torre da Grifinória. Te vejo na janta.”

“Eu realmente gosto da Minerva,” disse a sonserina, observando enquanto a outra saía da sala. “Mas as vezes ela é tem a cabeça muito fechada.”

“Ela só não confia na Adivinhação... Confesso que também não confio nisso, mas, como você disse, sua professora sabe mais sobre sonhos do que apenas ver o futuro com eles.”

“Sim, acho que sim. Ah! A Professora Pesty também perguntou se você não quer se juntar à turma!”

“Uhm, valeu, Dorea, mas... Não,” disse Hermione, dando um sorriso amarelo. Ela não conseguia ver a si mesma em uma aula de Adivinhação outra vez. Ela não confiava em tudo aquilo, sem contar que o futuro não seria tão interessante caso você já soubesse o que iria acontecer, certo? “Não sou boa pra isso.”

“Ah, Hermione, vai ser legal!” A sonserina sorriu. “Vamos aprender sobre os sonhos esse ano. E as cartas.”

“Eu só não vejo utilidade...”

“Tom Riddle está nessa aula,” disse Dorea. “E ele só faz o que é útil.”

“Coisas úteis para Tom Riddle talvez não sejam úteis para mim.”

“É a primeira vez que você está em uma escola de magia, não é, Hermione? Então por que não dá uma chance? A Professora Pesty diz que abre uma exceção para você: ela deixa que você entre na turma, mesmo depois de duas semanas de aulas.”

Hermione encarou Black por um bom tempo. Como era possível uma avó se parecer tanto com o neto? Ela conheci aquela persistência, Harry era assim. Ela se lembrava de o quanto era difícil tirar alguma idéia absurda da cabeça do amigo – tanto que ela nunca conseguira o fazer... A invasão do Ministério e a caçada à Pedra Filosofal eram exemplos disso. Pelo que ela sabia, aquele traço havia sido passado para James Potter também, afinal, ele conseguira se casar com Lily Evans depois de muita insistência. De qualquer forma, Hermione queria poder não notar tais semelhanças, pois era muito difícil recusar algo à Dorea quando ela via Harry ali na sua frente.

“Não prometo ficar até o fim do ano.”

“Isso! Você vai gostar, Hermione! As aulas são quarta a noite, começam as sete horas, na Torre Norte.”

“Certo, vou aparecer por lá.”

“Bom!” Dorea sorriu largamente, virando-se e andando para longe. “Te vejo depois!”

Hermione suspirou, observando a outra sair da sala. A única coisa que ela poderia esperar era que as aulas de Adivinhação nos anos 40 fossem, pelo menos, um pouco menos insuportáveis.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como sempre, reviews são sempre bem vindos.