Chapeuzinho Vermelho escrita por Nana San
Notas iniciais do capítulo
Mais um cap hoje. Éééé, manolo, pedir ajuda do Divino + Reviews fazem milagre.
Andou olhando para o chão, temendo tropeçar em algo e ficar entre o desejo e a boa vontade de Lorenzzo a levantar. Pensou nas perguntas, nas objeções, nas broncas. Mas tudo isso se perdeu na sua memória quando o viu recostado numa árvore, com um livro de capa preta nas mãos, contrastando com sua roupa.
Sempre que Lorenzzo e Violet se encontravam ele estava vestido de branco e impecavelmente limpo. As pessoas costumavam dizer que ele fedia a carne podre e terra, mas tudo que Violet sentia era o suava perfume masculino, tão agradável quanto o frescor dos pinheiros. Ele tinha o cabelo castanho, raramente bagunçado. Quem o visse de longe, nunca diria que ele mora nas árvores do Bosque.
– Por que não fala nada, criança? Ainda está tentando ouvir a voz vibrante do Autor?
– Não... Ele não tem motivos para falar comigo.
Lorenzzo atirou o livro sobre o monte de folhas secas ao seu lado e cruzou os braços.
– Você acredita nesse Autor? Crê que eles nos criou à sua imagem e semelhança? Diga-me, por que então ele haveria de nos trancafiar nesse mundo? Por que nos impediria de conhecê-lo? Por que escolhe a dedo os que vão ter a vida farta e os que sofrerão?
– Sinceramente, não sei Lorenzzo. Você poderia se mostrar para os outros do modo que fala comigo. Talvez eles o aceitassem. Mas você os assusta. Não tem pelo que reclamar, faz por merecer.
– Ingrata. É assim que agradece ao livro que te emprestei?
– A minha mãe quase o destruiu essa manhã.
– E o que você fez?
– Menti.
– Muito bem, criança. Muito bem. – Ele disse abrindo um sorriso. – Agora... Por que esconde nossa amizade? Tem medo de não ser mais amiga das outras garotas do Bosque?
– Não me faz falta a simpatia delas.
– É mesmo?
– Podemos parar de falar sobre isso Lorenzzo? Ainda não me contou como conseguiu o livro dos Irmãos Grimm.
Ele se jogou no meio da pilha de folhas secas e apoiou a cabeça nas mãos. Violet esperou para começar a ouvir sua aventura exatamente onde parou, em pé. Lorenzzo poderia ser gentil, mas ela nunca se esqueceria de quando encontraram a ossada de um carneiro bem na frente da pedra do Era uma Vez, o monumento que marca o início da população no Bosque.
Não o culpou por acreditar nas outras pessoas, mas sim por seu ódio imensurável pelo Autor. Lorenzzo seria a única pessoa capaz de retirar todo sangue e carne do carneiro somente para provocar a fé dos demais habitantes do Bosque.
– Eu fui até a fronteira. Peguei o livro lá. Foi bem fácil, eu sai, corri por alguns segundos e pedi emprestado à um ...
– Você foi ... Onde?
Lorenzzo se apoiou nos cotovelos e a olhou como se tivesse falado a coisa mais estranha do mundo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tá gente, agora é sério. A maioria dos leitores aqui do site, também são escritores. Nós, como escritores somos motivados quando aparecem reviews. Como leitora, eu deixo os meus, então... Reviews. (meus argumentos estão ficando bons ^^)