When Hatred Turns Love escrita por Gwen


Capítulo 14
Keep you safe


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooii!!!!! Sentiram saudades da minha pessoa??
Como eu avisei, dei prioridade a minha outra fic, escrevendo dois capritulos lá como fiz aqui.
Agora eu vou calar a boca (parar de digitar, que seja) para que você possam ler.
Aproveiteem!!



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Annabeth:

Quando abri os olhos a luz do sol passava pela janela. Olhei tonta para os lados, e levei um segundo para me lembrar de onde estava. Olhei para baixo e vi Percy ressonando baixinho no meu colo. Ele parecia um anjo dormindo, e poder ver seu rosto na luz fez meu coração palpitar. Mas sua respiração estava estranha, e eu me lembrei de sua costela machucada.

Tentei me levantar, mas o mínimo movimento fez Percy gemer enquanto dormia.

- Calma, tudo bem... – sussurrei, tentando acalmá-lo, mesmo enquanto dormia, e colocando meus pés no chão. Levantei seu tronco, saí do sofá e o coloquei deitado de volta. Percy estava com os lábios cerrados para não gritar. – Desculpe. – sussurrei.

Levantei-me e pensei no que faria agora. Então corri até a escada, subindo rapidamente até chegar ao quarto de Thalia. Eu podia ligar para ela pelo telefone fixo, mas, é claro, eu não sabia o número. Disquei e esperei impaciente até ela atender, o que só aconteceu no quarto toque.

- Olá Annabeth. – disse Thalia, mais formalmente possível.

- Thalia. – eu a cumprimentei seriamente, de tão irritada que eu estava.

- Em que posso ajudá-la?

- Já está na hora de acabar com essa palhaçada, você não acha? – eu disse, seca.

- Você acha? – ela disse, ainda num tom de brincadeira.

Eu nem me dei o trabalho de controlar minha raiva.

- Olha aqui, Thalia, eu ainda tenho um conversa séria para ter com você. E é bom ter medo, porque ninguém aqui gostou do circo que você e Luke armaram. Eu estou muito decepcionada com você, Thalia.

- Eu mereço isso, eu sei. Mas, Annie... – ela tentou se explicar. Eu a interrompi.

- Mas nada, Thalia. Não vamos ter essa conversava pelo telefone. Agora é bom você vir aqui e destrancar a porcaria da sua casa. E nos levar para o hospital.

O tom de brincadeira sumiu da voz de Thalia.

- O que? O que aconteceu? Você se machucou? – ela perguntou preocupada.

- Eu não, mas Percy está. E muito. – eu disse severamente.

- Meu deus. – eu ouvi seus passos descendo uma escada rapidamente e uma porta se fechando com força. – Estamos indo para aí. – e desligou o celular.

Tentei ignorar o fato dela ter dito “estamos indo” e não “estou indo”. Provavelmente, ela deve ter dormido na casa de Luke, mas eu não iria parar para criar dúvidas. Peguei minha bolsa e desci as escadas. Percy me observava do sofá, com um olhar preocupado. Eu me ajoelhei no chão, do lado da sua cabeça.

- Como você está se sentindo? – eu perguntei, acariciando seus cabelos.

Percy suspirou.

- Não muito bem. Na verdade, eu mal consigo me mexer.  – Ele me olha. – Como você está?

- Com muita raiva, mas bem. – eu dou um sorriso, porque ele sabe do que eu estou falando. Percy retribui o sorriso porque ele sente a mesma coisa.

Naquele momento ouvimos um barulho de chaves e porta se abriu. Thalia entrou, num estado de quase-desespero, nos procurando e depois correndo para o sofá. Luke veio atrás dela.

- Oh meu Deus, oh meu Deus... – ela murmurou enquanto se aproximava e via Percy no sofá. Eu estava de pé, com meu olhar mais cheio de acusação possível. – Você está bem, Percy?

Percy olhou para ela e levantou as sobrancelhas. Ele também não estava com vontade de ser paciente ou educado.

- Eu pareço bem?

Thalia olhou para Luke, procurando ajuda. Ele apenas suspirou e disse:

- Vamos levar você para o hospital. Consegue levantar?

- O que você acha? – disse Percy ironicamente. Luke também estava ferrado conosco.

Nós três ajudamos Percy, que ficou meio verde, a se levantar. Depois eu e Luke o apoiamos em nossos ombros e o levamos para o carro. Eu fiquei no banco de trás, com sua cabeça no meu colo. Quando chegamos no hospital chamamos por ajuda, e vinheram algumas enfermeiras com uma maca e o levaram para um quarto. Não nos deixaram ir também. Eu liguei para a mãe de Percy e expliquei o que havia acontecido (é claro que eu não falei da brincadeira da casa escura, mas que ele havia caído da escada, em cima da mesa de vidro).

Devem ter passado umas duas horas de exames até um médico aparecer para falar com a gente. A mãe de Percy quase pulou no pescoço do doutor quando ele se aproximou.

- E então? Como está o meu filho? – ela perguntou nervosa.

- Bom, ele teve duas costelas fraturadas, o corte no braço foi bem feio, e ele perdeu muito sangue. Algumas escoriações também, por conta da queda, mas nada muito grave. – disse o médico sério, e depois deu um sorriso tranquilizante, vendo nossas expressões preocupadas. – O garoto vai ficar bem.

Nós soltamos a respiração de alívio e a mão de Percy agradeceu fervorosamente ao doutor, e praticamente implorou para falar com o filho, mas o médico avisou-lhe que Percy estava dormindo. Tudo o que podíamos fazer era esperar... mais.

Liguei para minha mãe contando o que havia acontecido. Ela perguntou, preocupada também, como estava Percy, e eu disse que ele estava bem. Avisei que passaria o dia no hospital, pelo menos até Percy acordar e eu conseguir falar com ele. Minha mão disse que tudo bem, e que mandasse seus pedidos de melhoras para Percy.

Quando perguntamos a uma enfermeira, ela nos disse que demorariam algumas horas até Percy acordar. Aproveitei e dei uma passada em casa, tomei um banho e coloquei roupas limpas. Só então percebi o quando estava com fome, já que não havia comido nada desde o fim da tarde de ontem. Passei em uma lanchonete (peguei uma carona com Thalia, que havia entendido que teria que parar de se desculpar a cada minuto) e peguei um sanduíche para viajem. Voltamos para o hospital.

Segundo a enfermeira, Percy havia acordado há alguns minutos, e a mãe dele havia corrido (literalmente) até o quarto. Fui até a máquina de café e pedi um cappuccino, já que estava ficando meio sonolenta, por conta da noite mal dormida. Fui me sentar na poltrona ao lado de Thalia e me preparei para a nossa conversa. Thalia parecia abatida, com os cabelos bagunçados e olhos vermelhos de choro.

Eu me sentei e ela olhou com um olhar transbordando culpa, expectativa, e até medo. Eu cerrei os lábios e a encarei, pensando no que diria primeiro. No final, acabei soltando a respiração (depois de perceber que a estava prendendo) e lancei um sorrisinho compreensivo para Thalia, que voltou para a torrente de desculpas, com lágrimas transbordando dos olhos azuis.

- Ah, Annie, me desculpe! Me desculpe, me desculpe! Sério, eu não sabia que isso iria acontecer. Por favor, me desculpe!...

- Tudo bem, Thalia. – eu disse calmamente.

Ela me lançou um olhar confuso.

- Você não está uma fera comigo? Você não vai gritar, me xingar, nem nada disso?

- Não.

Thalia suspirou de alívio, mas seu tom de voz ainda era confuso.

- E por que não?

Eu ri um pouco.

- Você sabe que eu não consigo ficar muito tempo irritada com você, Thalia.

Ela abriu um sorriso enorme.

- Ah, Annie, você e demais!

Thalia jogou os braços no meu pescoço e não nos abraçamos forte. Era bom ficar de bem com Thalia, mesmo sabendo que o que ela fez foi errado. No momento em que eu liguei para ela, mais cedo, eu estava cega de raiva. Mas todo aquele circo foi idéia da minha melhor amiga, tentando descomplicar minha vida. Não podia simplesmente culpa-la por tudo aquilo.

- Se você fizer uma brincadeira daquelas de novo, eu mesma te empurro da escada, ok? – sussurrei no seu ouvido, brincando.

- Pode deixar. – ela sussurrou de volta. Nos soltamos e vi que Thalia continuava com um sorriso enorme.

A mãe apareceu na nossa frente, com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

- Annabeth, Percy disse que quer te ver.

Eu olhei nervosa para Thalia, que balançou a cabeça, me incentivando. Levantei-me e fui andando lentamente pelo corredor até o quarto. Hesitei na porta, depois a abri devagar. Percy estava me encarando na porta, e um sorriso se abriu no seu rosto.

- Qual é, não me faça ir aí.

Eu entrei e fechei a porta atrás de mim. Fui andando lentamente e me sentei em uma cadeira montável, do lado da cama.

- Parece que eu vou te morder. – comentou Percy, ainda sorrido.

- Cale a boca. – eu disse, sorrindo também. E corando. Suspirei e me senti mais calma. – Como você está?

- Você contou quantas vezes já me perguntou isso de ontem para hoje?- ele brincou. – Estou bem, sério. Mas ficaria melhor se parassem de me drogar.

- E o que você queria? Refrigerante e pizza? – brinquei também. – Isso aqui é um hospital. Você vai melhorar melhor se estiver medicado.

- Drogado. – consertou Percy. – Eu posso muito bem dormir sem isso. E essa dor de cabeça não passa.

- Deixe de ser tão chato. Está parecendo um velho.

Percy revirou os olhos.

- Que seja. – ele disse. – E então, você deu aquela bronca histórica em Thalia?

Eu suspirei.

- Bem, no final eu não consegui. – eu olhei para ele, que estava com uma expressão confusa, e comecei a me explicar. – Sabe, não foi tão culpa dela assim. Ela e Luke só estavam tentando ajudar. Eles não planejaram todos aqueles acidentes.

Percy respirou fundo e olhou para a janela do outro lado do quarto.

- É, você tem razão.

Então, de repente, ele pegou minha mão, que estava pousada no canto da cama. Fui pega de surpresa, mas isso não evitou que meu coração desse um pulo e minha respiração acelerasse, por pouco que fosse. Percy me encarou com seus olhos verde-mar brilhando.

- Pelo menos alguma coisa boa aconteceu, hein?

Não consegui responder por que um sorriso enorme se abriu no meu rosto. Não pude evitar que meus olhos se enchessem de lágrimas, mais que essas não transbordassem. Eu estava tão feliz que seria capaz de pular em cima dele, mas me contive. Apertei mais sua mão e a beijei. Ele a puxou de volta e beijou a minha.

Fomos interrompidos por uma enfermeira, que entrou antes de eu hiperventilar. Ela sorriu, se desculpando.

- Desculpe se estou atrapalhando, mas está na hora de seus remédios, querido.

Percy suspirou e murmurou:

- E lá vem as drogas.

A enfermeira mexeu em alguns tubo ligado ao braço de Percy, mas eu não vi, pois continuava olhando para ele.

- Você dormirá em alguns minutos, tudo bem? – ela disse, e depois saiu.

Nos olhamos por mais algum tempo, e depois eu percebi que o aperto da sua mão começa a enfraquecer e seu olhar ficava mais vago. Me levantei quando sua mão já não fazia nenhuma pressão na minha e saí quando seus olhos se fecharam. Ele estava dormindo.


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Notas finais do capítulo

Então, então??
Talvez eu demore um pouquinho meis para escrer o rpoximo, porque eu meio que não sei como começar..
Vocês devem estar se perguntando: E o beijo?
Esperem, esperem...