Solstício - Fic em Hiatos escrita por Junko, Nathany


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

essa é uma história feita em parceria com a minha prima Nathany, espero que vocês curtam



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Sabia que tinha sido muito grossa com Jacob, precisava pedir desculpas corri desesperadamente atrás dele pela floresta. Segui seus rastros, farejá-lo era fácil, seu cheiro amadeirado se destacava para mim...

O encontrei perto do rio, ele estava em forma de lobo, vi sua tristeza , ultimamente não sabia fazer outra coisa a não ser magoar as pessoas que amo.

- Desculpa!-murmurei baixo mais era suficiente para ele me ouvir.

Capítulo 1: Decisões

 

 

 

 

 

Eu devia me acostumar à isso. Vagar através do tempo. Afinal, o que realmente define a idade? Os anos de vida? A maturidade mental ou corporal? As experiências vividas? Ou simplesmente as decisões que tomamos? Bom, era com estas respostas que eu sonhava todos os dias. Apesar disso, eu não podia reclamar de minha vida, ou melhor, existência.

Eu estava preocupada, porque sabia que logo teria que me afastar de algumas pessoas que eu amava. Meus tios já haviam viajado, para procurar uma casa grande o suficiente o para nossa família de nove pessoas, de preferência próxima a uma escola, em um lugar adequado para os Cullens - onde o sol raramente aparecia.

Me chamo Reneesme Cullen. Todos me chamam de Nessie, exceto minha mãe, Bella. Tenho quase quatro anos de idade e corpo e mente de quinze. Meu desenvolvimento foi acelerado devido ao que eu sou. Meio- vampira, meio- humana. Um ser híbrido. Mas apesar disso não sou considerada uma anomalia. Não pela minha família. Nós, os Cullens, nos consideramos vegetarianos, porque sobrevivemos apenas com sangue de animais.

Havia chegado a hora de nos mudarmos. Não poderíamos ficar mais em Forks. O tempo havia se esgotado porque minha família, sendo todos vampiros, chamaria muita atenção, uma vez que nós não envelhecemos. A decisão não poderia ser adiada, porque meu avô Carlisle é o médico da cidade, e não poderia mais mentir sua idade. Essa seria minha primeira mudança. Eu teria que ir para a escola, e não poderia ser a de Forks, como eu desejava. Vivi meus quase quatro anos na clandestinidade. Bom, pelo menos meu avô humano, Charlie, sabe sobre mim, mesmo sem entender o que sou. Sentirei saudades de dele. De ver jogos na tv e dormir em sua casa. -Pelo menos lá, as pessoas dormem e eu não fico com a sensação de que estou perdendo alguma coisa.- Na casa de meu avô, além dele é claro, moram Sue, que é sua segunda esposa, e também os filhos dela. Leah e Seth,

Leah e Seth são transmorfos, chamados popularmente de lobisomens, como muitos garotos em La Push, que se localiza na reserva indígena dos Quileutes. Os dois fazem parte do Bando de Jacob, o amor da minha existência. Eu soube que nossos destinos estariam traçados desde que o ví pela primeira vez.

Como meia- vampira, tenho memória prodigiosa. Lembro de tudo que ví, escutei e vivi com perfeição. Mas também, posso projetar minhas lembranças ou conversar através do toque. Graças a isso, sou considerada talentosa. Nada muito grande para uma pessoa que tem um pai que lê mentes, uma mãe que cria barreiras psíquicas, um tio que controla a aura emocional das pessoas e uma tia que é capaz de ver o futuro.

Forks ficaria para trás, junto com meus amigos e meu Jacob. Me lembrei de todas as vezes que fui para a aldeia brincar com ele. Ver as brigas dos meninos do bando era divertido.

Eu estava sentada na minha cama pensando nisso, quando ouvi baterem na porta. Eu despertei do meu devaneio e os convidei a entrar.

- Nessie? – Carlisle chamou.

  • Oi Carlisle – respondi calmamente.

Eu estava achando estranho ter que chama- los pelos nomes. No começo, até achei engraçado quando papai disse que era para me acostumar. Era melhor não correr o risco de chama- los de vovô e vovó perto de ninguém. Inclusive com meus tios na escola. Era melhor assim.

  • Rosalie e Emmett ligaram. Acharam uma cidade perfeita com uma escola excelente para você. – Esme falou meio apreensiva, incerta de minha reação. Eu a encarei cuidadosamente.

  • Se tudo ocorrer bem- Carlisle disse – nos mudamos no próximo mês e você poderá entrar para a escola no início do período letivo.

  • Eu vou para a escola? – perguntei ansiosa.

  • Claro querida. - Esme respondeu tranquila.

Senti a felicidade passar por todo meu corpo como se fosse uma corrente elétrica. Mas de repente algo me preocupou.

  • Jacob também irá se mudar conosco? – perguntei esperançosa.

  • Creio que não Nessie. Ele tem obrigações em La Push, ainda mais sendo Alfa. Ele não poderá deixar o bando. E Billy, ainda está doente. Jacob não pode abandona- lo. – Carlisle disse preocupado.

  • Tudo bem - eu murmurei tentando esconder minha tristeza. Minha voz saiu fraquinha, quase inaudível.

  • Não fique assim Nessie, você vai adorar a escola. – Esme falou confiante.

Eu me aproximei e toquei o rosto dos dois ao mesmo tempo, deixando- os ver que não era o fato de ir para a escola que me magoava. Mostrei a eles Jacob, Charlie, Seth. Todos os meus amigos em La Push. Esme olhou triste para mim.

  • Sei que vai ser difícil pra você. – Carlisle murmurou.

  • Eu te prometo, você poderá sempre visita- los e recebe- los em nossa casa quando quiser. – Esme disse compreensiva. –Vamos nos reunir assim que todos chegarem.

  • Tudo bem - eu disse novamente. – Posso aguentar isso.

Carlisle me deu um meio sorriso e Esme me abraçou antes de deixarem o quarto desejando boa noite.

Eu queria tanto frequentar a escola, meu lado humano clamava por isso. Porém meu crescimento acelerado não permitia. Tive aulas em casa com papai e Carlisle. Eles eram realmente excelentes professores. Mas agora que meu crescimento se igualara com o dos humanos, eu poderia entrar pra escola com minha família. Cheguei até a ficar feliz com a notícia, pensando em como seria bom ficar perto dos humanos e tentar ser um deles. Mas aí me lembrei de porque eu estava na defensiva quando fiquei sabendo que teria que me mudar. Lembrei que teria agora pouquíssimo tempo com meus amigos, Charlie e principalmente, com meu Jacob.

É irritante. Ninguém se preocupava muito em me dar detalhes e nem pedir minha opinião. Simplesmente me deixam de fora das decisões da família. Fica parecendo que sou sempre o assunto do “Concílio da Mesa de Jantar”.

Eu decidi ir dormir. Mesmo sabendo que seria difícil depois de hoje. Me enrolei na coberta e fiquei pensando em porque meus país não quiseram vir falar comigo. Concluí que o motivo era minha reação. eles não queriam me ver consumida pela ira. Ou simplesmente porque eu poderia explodir com eles, coisa que eu certamente não faria com Carlisle ou Esme. Senti sede, mas eu havia caçado na noite anterior. Um urso e duas gazelas. Não cabia mais sangue em mim. Eu estava com raiva por ter que me afastar de Jacob. E com mais raiva ainda por Jacob preferir La Push e o bando ao invés de mim. Eu era o objeto de adoração dele. A impressão que ele teve comigo deveria ser mais forte do que qualquer coisa. Eu não podia me afastar. Eu o queria perto de mim. Eu resolvi não pensar mais esta noite. Me virei de bruços como costumava fazer e abracei um dos meus ursinhos preferidos para dormir, apenas pensando em não pensar.

Quando acordei na manhã seguinte, eu pude ouvir o barulho da chuva forte. Ainda era muito cedo, quando me levantei e puxei a cortina para poder ver o céu. Ele estava escuro e sombrio, assim como meu coração. Eu não dormi bem. Fiquei me mexendo na cama a noite toda, inquieta. De repente, ouvi os passos de minha mãe ao subir as escadas. Mandei um aviso mental para meu pai não deixa-la subir, pois eu não queria conversar agora, mas foi inútil. Mamãe abriu a porta do quarto, papai ao seu lado.

  • Bom dia querida – mamãe disse feliz – Como você está? –

Eu não respondi. Papai me olhou preocupado. Cheguei perto dela e encostei minha mão em seu rosto, mostrando a ela que eu não me importava de mudar, mas não queria deixar Jacob. Eu não conseguiria ficar longe dele. Mamãe estava impaciente, vendo- me angustiada. E mesmo não gostando de falar, preparou um discurso que seria digno de Rosalie:

  • Meu amor ele vai precisar ficar aqui. A saúde de Billy não está muito boa e Jacob tem compromissos com o bando...

Eu não consegui me controlar. Eu estava tomada pela ira de novo. Eu pensei em gritar para quem quisesse ouvir, que não ligava a mínima para Billy e muito menos para um bando de lobisomens idiotas. O que era uma grande mentira. Afinal, eles também eram parte da minha família. Eu só queria Jacob. Meu Jacob.

  • Reneesme! - Papai falou chamando minha atenção em resposta aos meus insultos mentais, interrompendo o que mamãe continuava a dizer. Mas eu nem a ouvia mais. – Nós já conversamos com ele e vocês poderão se ver sempre que quiserem. Nós viremos visitar Charlie e eles poderão nos visitar.

Quando eu olhei para meu pai, ele já havia lido minha mente.

  • Quando os dois puderem. – ele respondeu deixando mamãe confusa. – Nessie queria saber quando poderá ver Jacob depois da mudança. – Disse ele explicando tudo.

  • Querida, por que você não passa o dia em La Push? - Mamãe ofereceu animada.

Eu avaliei minhas alternativas e decidi que seria bom eu aproveitar meu último mês em Forks. Ainda mais que meus tios chegariam hoje e o “Concílio da Mesa de Jantar” se reuniria mais uma vez, então, seria bom se eu não estivesse por perto. Balancei a cabeça afirmativamente, sabendo que o clima ficaria pesado em breve com tantas decisões a serem tomadas, e eu, aproveitaria meu dia em La Push, agora mais do que nunca, pois em breve eu me afastaria. Minha mãe saiu do quarto e papai me olhou desconfiado. Seu dom podia ser muito inconveniente, como agora.

  • Sinto muito – Ele murmurou antes de fechar a porta.

 

Um sentimento de culpa me tomou, porque eu sabia que ele não havia escolhido poder ler mentes e ele sempre tentava me dar privacidade. Mesmo sendo meu pai. Depois decidi esquecer toda informação que eu havia recebido nos últimos dias e me concentrei em me preparar para meu dia quase perfeito.

Eu utilizei minha velocidade sobre-humana para tomar banho e me arrumar. Coloquei na mochila, meu celular e uma roupa limpa, porque eu sempre voltava de La Push em frangalhos. Desci para a cozinha e mamãe tinha feito meu café. Eu tomei um copo de suco de laranja e comi duas fatias de torrada o mais rápido que pude. Peguei um pacote de biscoitos grande que eu sempre levava para ajudar no lanche e guardei junto das minhas coisas, pronta para partir.

 

Mamãe me deu carona até a casa de Jacob, mas não quis entrar. Disse que tinha muita coisa pra resolver hoje. Ela iria providenciar os documentos e ainda teria que participar da maldita reunião, para decidir quando minha vida se tornaria um inferno.

Quando cheguei, a casa até parecia vazia. Fui direto ao quarto de Jacob, e empurrei a porta, mas não era ele quem estava dormindo. Olhei para Seth todo esparramado e sem camisa atirado em cima da cama. Saí do quarto sem fazer barulho e encontrei Billy na cozinha passando café.

  • Bom dia Billy! – Eu comprimentei sorridente.

  • Bom dia Nessie! Chegou cedo. – Ele observou.

  • É, minha família quis se livrar de mim hoje. – Respondi fazendo um pouco de drama.

  • Jacob vai largar o turno as oito e meia.

  • Humm, tudo bem. – Eu murmurei. – Vou acordar o Seth. Ele já dormiu demais. – Billy sorriu e fui para o quarto.

Billy sempre gostou de mim, mas nós não éramos o que possa se considerar como falantes. Eu não tinha muito assunto com ele. Entrei no quarto novamente. Era impressionante como eu me sentia bem ali. Cheguei perto de Seth e passei a mão em seus cabelos.

  • Bom dia dorminhoco, hora de acordar – sussurrei. Ele se mexeu um pouco e se virou na cama.

  • E aí Nessie? – ele murmurou sentando e se encostando na cabeceira da cama. – Como você esta?

  • Eu vou levando. – respondi pouco animada. – Surpreso em me ver?

  • Um pouco na verdade. Mas é uma surpresa agradável. – ele respondeu e abriu um enorme sorriso.

Ele me olhou por um momento e ficou sério.

  • O que está havendo Nessie? – ele perguntou de repente

  • Não é nada Seth, só estou um pouco preocupada. – eu disse tentando parecer impassível.

  • Você está triste. Percebo isso em seus olhos. Além disso, você não mente muito bem.

  • É, eu realmente não consigo esconder nada de você, não é?

  • Bem, parece que não. – ele pegou minha mão e colocou entre as dele. Elas eram quentes e macias. – Pode confiar em mim. Sempre.

  • Obrigada. – Eu respondi. Eu não tinha planejado contar nada para ninguém. Ainda. Eu só queria curtir meu dia em La Push. Eu pensei um pouco e percebi que Seth estava esperando que eu dissesse alguma coisa. E decidi contar toda a verdade.

  • Vamos embora Seth. Todos nós. Não podemos ficar mais aqui e meu pai quer que eu frequente a escola. Hoje minha família vai decidir para onde vamos. – Eu despejei tudo em cima dele, antes mesmo de ter me dado conta. Percebi meus olhos molhados e tentei me controlar.

  • Oh, sinto muito, Nessie. Sinto mesmo. – Seth me puxou para um abraço que retribuí rapidamente. Eu toquei seu rosto, deixando ver tudo que haviam me informado. Eu não conseguia mais falar. Quando me soltou, ele me olhou tristemente.

  • Vou sentir muito a sua falta. – Ele murmurou.

  • Eu também. Não sei como vou sobreviver sem você, sem Charlie e ...Jacob. – minha voz vacilou na última palavra.

  • Pelo menos, vamos poder nos ver. Eu prometo te visitar sempre que possível. E você pode fazer o mesmo.

Eu não disse nada, só continuei a fita- lo.

  • Jacob já sabe? – Seth perguntou quebrando o silêncio.

  • Sim. – respondi. – Mas, não estive com ele depois que ficou sabendo. Não sei qual será sua reação.

  • Bom, eu acho que ele não ficará muito feliz com sua partida, mas... Voces poderão se ver sempre, não é?

  • Espero que sim. – eu disse. – Estou contando com isso.

Nós nos olhamos por mais um longo momento, até que Seth se levantou.

  • Bom, vou te fazer companhia até Jacob Chegar. Depois vou assumir meu turno. Leah anda muito estressada, não estamos querendo sobrecarrega- la. – ele tagarelou.

  • É por isso que está dormindo aqui? – perguntei curiosa.

  • É. É difícil dividir um quarto com ela na casa de Charlie. E como eu sempre fico por aqui, resolvi usufruir do quarto do Jake. – ele disse ainda sorrindo.

  • Humm, fico feliz por você estar aqui hoje. – murmurei. – Obrigada por seu meu amigo Seth. – meu melhor amigo.

  • Disponha. – ele respondeu abrindo um grande sorriso perfeito.

Seth se levantou e fomos caminhar na frente da casa enquanto esperávamos. Fiquei feliz por não estar chovendo. Aqui em Forks, isso era praticamente um milagre. Talvez meu dia pudesse ser mesmo perfeito, mesmo depois de tudo.

Fiquei observando a natureza por um bom tempo, analisando a sua perfeição. Seth, estava olhando pra mim com interesse. Com certeza se perguntando o que eu estava pensando ou porque estava olhando como uma boba para o céu.

Não demorou muito e Jacob chegou. Ele olhou para mim e sorriu. Pude ver a tristeza através de seus olhos e isso me deixou um pouco insegura. Eu fui correndo em sua direção para lhe dar um abraço.

  • Oi Jake! – eu disse feliz por estar ali tão próxima dele. – Como vai?

  • Estou bem meu anjo e você? – ele falou e pude sentir a preocupação em sua voz.

  • Agora melhor. – eu respondi.

Eu realmente estava. A melhora era instantânea. Fora só Jacob chegar para eu me sentir completa e feliz. Eu não poderia me separar dele. Eu não suportaria.

Seth se despediu de nós e foi embora, prometendo que ia voltar antes de eu ir para casa. Ele me deixou sozinha com Jacob era o que eu esperava ansiosamente. Eu queria aproveitar cada segundo com ele. Sentir seu cheiro amadeirado, ouvir sua voz linda e rouca. Queria senti-lo perto de mim, saber que ele estava aqui, ao meu lado.

Nós passamos o dia juntos. Correndo pela floresta, conversando e rindo. Era como se nada tivesse acontecido. Ele não tocou no assunto e eu não queria me lembrar de nada. Até agora, tudo estava indo como planejado. Eu não parecia a mesma pessoa de hoje de manhã.

Juntamente com a tarde, a chuva começou a cair. Eu e Jacob fizemos todo o caminho até a praia em silêncio e isso estava me incomodando. Minhas roupas estavam sujas, molhadas e um pouco rasgadas, mas não estavam ruins como costumavam ficar. Jacob me olhou nos olhos e eu sustentei seu olhar. Então, ele quebrou o silêncio.

  • Nessie, você já sabe? – perguntou ele preocupado.

Eu fiquei paralisada. Eu queria adiar essa conversa. Ou melhor, não ter essa conversa. Esperei um pouco para parecer mais tranqüila.

  • Estou Jake, e sinto muito. – respondi, tentando parecer impassível.

  • Por favor, me diga que vocês não irão para muito longe. – ele pediu e sua voz estava carregara de dor.

  • Eu não sei. Não perguntei para onde estamos indo. Mas pelo que eu ouvi, acho que vamos para Great Falls. Foi o que Rose disse para o papai ao telefone.

  • Onde? – ele perguntou confuso.

  • Great Falls, estado de Montana. Eu acho que não é muito longe. – disse tentando animá-lo.

 

Nós ficamos em silêncio. O clima estava cada vez pior. Eu tinha que fazer alguma coisa. Eu me aproximei e toquei seu rosto projetando nossas imagens juntos e felizes. E ví um sorriso aparecer em seu rosto.

  • Nós estaremos sempre juntos. – eu disse acariciando seu rosto.

  • Eu não posso deixar você ir. – ele murmurou. – mesmo sabendo que não há outra forma.

  • Eu estou feliz Jake, eu vou para a escola! – eu disse exagerando um pouco na falsa animação.

  • Se você me pedir para ir com você Nessie, eu não poderei negar. – ele falou, e eu pude sentir o desespero em sua voz.

  • Eu queria que você fosse, mas não posso te pedir isso. – eu respondi. – Não posso fazer isso com Billy. Você deve ficar e cuidar dele.

  • Não sei se vou poder suportar a dor de viver longe de você. – ele falou com tristeza.

  • Assim que Billy melhorar Jake você poderá me visitar. – eu disse e ele percebeu a tristeza em meus olhos.

  • Tudo bem, mas não fique triste meu anjo. Isso é provisório. Eu prometo que quando Billy melhorar eu vou...

  • Não estou triste Jake. Não agora. – eu disse ainda acariciando seu rosto.

  • Você não está triste? – ele perguntou e suas palavras estavam cheias de dúvidas. A dor transpareceu em seus olhos e eu senti meu coração vacilar.

  • Eu estou Jake. Mas não agora. Não perto de você. Agora eu estou muito feliz.

Nunca gostei muito de falar. Mas com Jacob, as palavras simplesmente fluíam.

  • Desculpe por te fazer lembrar disso agora. – ele disse corando. Sua pele acobreada ficava linda assim. Senti um arrepio.

  • Oh Jake, não tem problema nenhum. – eu falei dando um falso sorriso.

  • Tudo ficará bem. – ele disse, me puxando para um abraço.

  • Eu sei Jake. – murmurei em seu ouvido.

 

Nós ficamos abraçados por um longo momento, e então, meu celular tocou. Jacob me libertou do seu abraço enquanto eu abria a mochila para pegar o celular. Pude ver, no identificador de chamadas que era mamãe.

  • Oi mãe! – eu disse ao atender o celular.

  • Oi querida, estou ligando para perguntar se já posso ir te buscar. Já está ficando tarde e Jake precisa descansar.

  • Tudo bem mãe. Só que vou demorar um pouco. Não estou na casa do Billy.

  • Não tem problema. Se eu chegar antes de você eu espero. Até daqui a pouco meu amor.

  • Ok, mãe. Te amo.

Quando notei, o céu já estava escuro. Era impressionante como o tempo passava rápido quando eu estava com Jacob. A brisa que vinha do mar, próximo de onde nós estávamos era morna e aconchegante. Tudo que eu queria era ficar ali. Com meu Jacob.

  • Nessie, sua mãe está vindo te buscar? – Jacob perguntou e sua voz estava triste e cansada.

  • Sim, mas eu disse que iria demorar um pouco. Não precisamos nos preocupar. – eu respondi.

  • Então, acho melhor voltarmos para casa. – ele disse amargurado.

  • Quer apostar corrida Jake? – perguntei tentando faze- lo esquecer todos os pensamento ruins em sua mente. Ele me olhou desconfiado.

  • Claro. – ele respondeu sorrindo. – Só não sei porque você insiste em perder.

  • Eu? Perder!? – exclamei cética. – Vamos ver Jake quem vai perder.

Quando ele percebeu, eu já estava correndo pela floresta. Pude ouvi- lo atrás de mim. Eu não estava realmente me esforçando e ele me alcançou facilmente.

  • Você não me pega! – eu gritei para ele.

Foi ai que senti algo vindo direto em minha direção. Jacob pulou em cima de mim nos derrubando no chão.

  • Quem é o mais rápido agora? – ele perguntou rindo.

  • Humm, deixe- me pensar. Eu? – respondi incerta.

  • Tem certeza? – ele murmurou aproximando mais seu rosto do meu. Seu hálito quente era delicioso.

  • Não. – eu respondi. – não tenho mais tanta certeza.

Naquele momento, eu não pude sentir mais nada além do contato entre nossos corpos. Sua respiração descompassada em meus ouvidos e o contato com sua pele quente. Eu olhei em seus olhos e ví um brilho verdadeiro. Era reconfortante. Meu coração batia muito rápido, como se fosse parar a qualquer instante. De repente, ele beijou minha testa e rolou para meu lado. Eu não gostei de seu afastamento repentino. Eu queria mais de Jacob. E queria agora. Me lembrei de que meu país se beijavam. Será que era isso? Eu estava apaixonada por Jacob? Eu não tinha tempo para responder estas perguntas. Eu não ficaria em Forks por muito tempo. No máximo um mês. E a essa altura o Concílio da mesa de jantar já havia se decidido. Eu precisava agir. Reuni toda minha coragem para pronunciar as palavras certas.

  • Jake, me beije! – eu pedi esperançosa. Meu tom foi um pouco imperativo.

Jacob se virou e me beijou no rosto. Eu o olhei desapontada. Ele sorriu, tentando ler minha expressão.

  • Um beijo de verdade Jake. – Eu disse me aproximando dele.

  • Todos os beijos são de verdade, Nessie. – ele disse tranqüilamente.

Eu não consegui por meu desejo em palavras. Me aproximei mais. Nossos braços se tocando. Toquei seu rosto e mostrei o que queria. Projetei uma imagem dele com seus lábios colados aos meus.

Quando Jacob compreendeu o que eu realmente queria, ele se levantou afastando- se de mim. Eu ví o terror em seu rosto. Seus olhos estavam cheios de dúvida.

  • Você ficou louca, Nessie? – ele disse exasperado.

  • Eu só quero que você me beije, Jake. Não pode ser tão ruim. – eu exigi. – Ou você me beija, ou eu não venho mais te visitar. – ameacei.

  • A Bella me mata se eu fizer isso.

  • Eu me recuso a acreditar que você esteja com medo Jacob Black! – eu disse para provoca- lo. Eu estava enraivecida agora.

Quando percebi, eu já estava em seus braços fortes. Seus lábios macios e quentes envolvidos nos meus com voracidade. Pude sentir o desejo que emanava de seu corpo. Seu beijo tinha um gosto forte. Minha imaginação não lhe fazia justiça. Senti que poderia ficar ali com ele para o resto de minha existência. Apenas sentindo meu Jacob.

Hoje, mais do que nunca, nosso relacionamento ficava cada vez mais intenso. Um beijo, se transformou em vários. E cada um era melhor do que o anterior. Jacob estava radiante.

  • Acho melhor nós voltarmos agora, Nessie. Bella deve estar impaciente.

  • Tudo bem. – murmurei infeliz.

Nós corremos até a casa de Jacob e quando nos aproximamos, notei o volvo prata estacionado em frente. Mamãe já estava a me esperar.



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Notas finais do capítulo

galera esse é o primeiro capítulo deixem rewiew para eu saber como está pois as rewiew são o termometro do autor

bjs!