Os Selos Do Destino escrita por Tsukkiame


Capítulo 17
Uma facada de tirar do sério


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente! Quanto tempo, não?
Seguinte, o capítulo tá super legal, gente nova aparecendo, trama começando a fluir (pelo menos na minha cabeça UIAHEHUIAEHUIAEHUIEAHUIAEHUI), toda essas coisas.
Enfim, super aproveitem o capítulo ♥



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Todos voltaram à lavanderia, que estava vazia devido ao horário.

– Ninguém carbonizado? - Perguntou Martin.

– Tudo certo por aqui. - Allan levantou-se rapidamente e seguiu em direção aos dormitórios.

– Aqui também. - Retribuiu Cloe.

– Tirando o fato de quase morrer, estou física e mentalmente traumatizada.

– Vamos lá, Sam. Sem drama. - Riu o irmão.

– Vocês viram o cara de tatuagem?! - Indagou Samantha.

– Que cara? - Estranhou o leprechaun– Estou começando a achar que tudo o que aconteceu realmente afetou você.

– Vocês três se teleportaram e logo depois uma mão com uma tatuagem de pavão apareceu no batente da porta.

– Ah, não! Espero que o Anemoi tenha ficado bem, quando um ajudante é derrotado o preço que se paga é multiplicado por dez! Vou ter que parar de comprar minhas revistas especiais! - Ajoelhou-se, derrotado, fingindo choro. - Nãããão.

– Revistas especiais, hein? - Suspeitou Cloe. Com o canto do olho viu Allan olhar para o nada com certa admiração e um sorriso no rosto. - Você corrompeu até o Allan?!

– N-não fui eu! - O garoto acordou do transe. - Bom - Arrumou os óculos na ponte do nariz -, voltando ao que importa, precisamos relatar o que vimos imediatamente aos professores.

– Você enlouqueceu? - Samantha sentiu uma sensação estranha. - Se fizermos isso seremos expulsos. Com sorte, suspensos.

– Concordo com a Sam, vocês lembram do levantamento que fizemos, os professores saíram por motivos que ninguém sabe, mas suspeitamos que seja para defender a área de caça, consequentemente deixaram os veteranos no comando, que pediram para não sairmos dos quartos depois do toque de recolher.

– Aí que está a vantagem, nós resolvemos o problema dos tótens e ainda encontramos com aquela doida varrida de guarda-chuva, se reportarmos o que vimos talvez ajudemos em alguma coisa. - Supôs Martin.

– Exatamente. Escutem o ruivo, garotas.

No trajeto para os dormitórios o silêncio reinava sobre o ambiente. E nas sombras um sorriso arrogante brilhava, observando cada passo daquelas quatro presas.

– Ainda acho tudo isso uma má ideia, sem contar que eu vi o cara de tatuagem!

O cenário mudou. Estavam de volta ao subsolo da torre do campo de caça.

– Ei! Como é que… - Martin não entendeu o que estava acontecendo.

– O quê?! Vocês ainda estão aqui? Essa é a última vez que falo, seus pirralhos: sumam daqui!

Era a voz de Anemoi. Agora a mão no batente era visível para todos. A entidade tentava drenar o oponente, que se segurava pelo batente da porta. O fogo agora tomava forma.

– Pirralha! Como ousa quebrar a minha ilusão. - As chamas se concentraram na forma de três facas que logo foram arremessadas na direção de Samantha.

Movido por impulso, Allan pulou em direção do ataque e tentou revidar o ataque com uma bola de fogo, porém só foi capaz de revidar um dos projéteis, enquanto os outros acertaram a perna da gêmea.

A garota caiu desacordada. A ferida logo começou a sangrar, os dois que estavam junto da garota a socorreram. Cloe tirou uma poção de seu cinturão e Martin preparava um conjunto de folhas para estancar o sangramento. A ninfa recitou algumas palavras e derramou um pouco do que havia no frasco na ferida recém aberta.

O gêmeo Loup viu a irmã caída e sentiu a raiva tomar conta de seu corpo. Concentrou energia na palma da mão sem pensar nas consequências. A bola de fogo que flutuava em sua mão crescia a cada passo que dava.

– Ei, garoto, pare com isso. - Alertou Anemoi.

– Isso, venha até mim. Hahahahah!

O homem envolto em chamas mostrou o sorriso orgulhoso. Preparava e lançava repetidas séries de ataques. Allan, em transe, desviava de todos, previa cada uma das facas lançadas.

Samantha acordou quando o irmão estava a poucos passos do inimigo. O projétil flutuante dividiu-se e começou a rotacionar, eram duas grandes esferas brilhantes e azuis. Então imaginou a explosão que aquilo poderia causar.

– Não… Alguém precisa pará-lo. - Tentou ficar de pé.

– Calma, Sam. Se se esforçar a ferida vai abrir. - Previniu Cloe.

Duas facas flamejantes foram lançadas e Allan se preparava para lançar seu ataque. O pingente no pulso do jovem Loup começou a brilhar intensamente. Sem opções, investiu.

Os ataques se colidiram. A energia concentrada nas facas perfurou as esferas brilhantes, que, assim como nas outras vezes, absorveram o que havia ao seu redor, porém com uma magnitude incomparável. Parte da construção estava sendo absorvida, os três jovens que assistiam à luta também começaram a sentir a força de atração.

– Precisamos sair daqui. - Insistiu Samantha.

Allan estava prestes lançar mais um ataque, quando uma voz surgiu em sua cabeça. “Pare. Olhe ao seu redor. Mesmo sendo capaz de prever as coisas não percebe?” Deu um passo para trás, o brilho do pingente chegou ao seu ápice, iluminando todo o local, e logo depois apagou. Ao lado do garoto surgiu uma mulher em vestes orientais com mangas apenas na região do antebraço, deixando ombros, costas e parte dos braços a mostra. O vestido ia até suas coxas e logo depois vinham uma espécie de meia amarrada, assim como as outras partes, por laços azuis, deixando a ponta dos pés e calcanhares despidos. Os cabelos negros contrastavam com a pele clara e o coque arranjado com adereços refletiam a iluminação rarefeita do local.

– Ótimo. - Disse a mulher. - Agora que me chamou posso arrumar essa bagunça.

Soltou um sorriso ao gêmeo Loup. Os acontecimentos do lugar haviam estagnado. Tudo havia parado, congelado. Lentamente tocou no garoto ao seu lado e o mesmo voltou a si. Estendeu uma das mãos e a movimentou em sentido anti-horário. As bolas de fogo colapsadas retrocederam ao nada e os projéteis lançados pelo homem tatuado reapareceram. Allan sentiu um arrepio passar por sua espinha. A energia mágica voltando. Sem compreender perguntou:

– O que está acontecendo aqui?

– O quê especificamente. E em que sentido? - Rebateu sem rodeios.

– Tudo. Todos estão como se estivessem congelados, o fogo não está... errrrmm… queimando? Além disso, como estamos respirando?!

– Acalme-se. Tenho pouco tempo. - Começou a andar. - Pra alguém que viveu mais de nove séculos controlar tempo e espaço não é nada fora do normal. Agora, o que me preocupa, pequeno milord, é aquele homem. - Apontou em direção ao tatuado. - Se não consertar tudo a tempo ele pode se libertar. Venha.

A mulher foi em direção de Samantha e os outros. Encostou nas três crianças, uma a uma, e voltaram a seu estado normal. Logo depois chegou perto de Samantha.

– Epa, epa. Sai pra lá! Quem é você?!

– Sou a guardiã de seu irmão, milady. Se me permite... - Encostou no ferimento da garota e retirou fragmentos brilhantes de energia enquanto Samantha se retorcia. - Tome, ruivo. Sei que gostou deles.

Martin pegou os fragmentos e guardou-os. Todos se levantaram sem dificuldades.

– Agora preciso que sigam pelo mesmo lugar que eu. Se bem que...

Com um aceno de mãos a porta que usaram para entrar que ficava na outra torre surgiu na parede oposta à saída, e Anemoi logo a frente.

– Consegue cancelar a invocação ou prefere que ele venha conosco?

– C-claro! Nem pensar, aposto que iria cobrar uma taxa extra só pelo fato de estar nos acompanhando. Só poderia liberá-lo primeiro?

– Como quiser.

Sem movimento algum por parte da mulher, Anemoi tomou vida. O leprechaun pegou sua flauta e soltou uma melodia semelhante à utilizada para a invocação da entidade, calma e leve.

– Não agradece e mal diz adeus. - Reclamou o pequeno ser flutuante. - Que atrevido!

Em resposta Martin fez uma reverência. Um selo mágico pareceu surgir abaixo de Anemoi, brilhou e logo desapareceu junto da entidade.

– Podemos ir!

– Saiam pela porta, preciso fazer um último ajuste. - Ordenou a mulher.

Sem pensarem duas vezes os quatro foram em direção à porta. Em direção do tatuado, a mulher retirou a pequena haste que prendia seu coque, mais três de suas mangas longas e, junto, uma fita azul.

Fincou-as ao redor do homem tatuado e ligou cada vareta com a fita. Após recitar algumas palavras, voltou em encontro dos jovens com um sorriso travesso e os olhos brilhando.

– Vamos?

– Agora que reparei, - Começou Cloe. - seus olhos parecem com os da nossa professora.

– Ah, a mestiça Helen? Sim, devem ser parecidos. O detalhe é que eu sou uma guardiã espiritual real e também uma youkai.

– Uma entidade?! - Surpreendeu-se Allan.

– Uhum, mas isso não vem ao caso. Venham, já perdemos tempo demais.

Todos seguiram para o lado externo da torre. Antes de sair, a mulher fez um sinal de mão e o inimigo a sua frente desapareceu. Com um estalar de dedos os fragmentos e a haste decorada que prendiam a fita ao redor do tatuado reapareceram, flutuando, perto de suas mãos. Pegou-a e rearranjou o coque. Voltou-se para os jovens e a porta se fechou com um golpe forte.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! :B (P.S.: Se teve algum erro de escrita/repetição me avisem, escrevo tarde da noite e as vezes meu cérebro não percebe, nem mesmo quando estou revisando o texto ;~;)
Não prometo nada, como um capítulo semana que vem, porque agora vai ser mais difícil ainda pra postar algo. Mas quem sabe um milagre acontece ;D
Torçam pra luz da criatividade tropeçar em mim!



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