Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Como morro de preguiça de ficar procurando sinal e odeio ficar sem o que fazer, eu fico aumentando os capítulos...



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-Ei! Você conseguiu dormir baixinha. –Alguém fala, na hora que eu acordo.

 -O que você está falando...? –eu falo ligeiramente grogue. Mas voz rouca e me chamando de baixinha... só pode ser Cato.

 -Você dormiu! E não acordou. –ele fala.

 -Espera. Eu dormi na janela. Não aqui no... –onde é aqui, Deus? –Cato! Estamos no seu quarto? Como assim? O que eu estou fazendo aqui? –me levanto rapidamente.

 -Você dormiu aqui.

 -Não, não, não. Eu dormi na janela. Seu... seu tarado! – Que ousadia!

 -Clove, você dormiu na janela. Mas eu não ia passar a noite toda lá com você no meu ombro não é? Eu também queria dormir. –ele está segurando o riso enquanto eu me seguro para não bater nele.

 -Porque não me colocou no meu compartimento?

 -Porque Peeta estava lá - ele diz obviamente. – relaxa baixinha você só dormiu. Olha está até com a roupa da festa.

 Pelo menos isso. Minha vida está arruinada e eu estou dormindo com um cara. Bela maneira de tentar melhorar as coisas, não?

 -É, estou.

-Não me aproveitei de você, sério.

 -Tá bom. - Eu me sento de volta na cama, do seu lado.

 -Distrito 12 hoje não é?

 -É. Logo vai acabar.

 -Vai...

 -Snow não vai nos matar ainda, se contou com a nossa presença pro casamento de Katniss e Peeta.

 -Belo pensamento. – tento brincar.

 -Eu sei. E o nosso?

 -Nosso? Nosso o que?

 -Nosso casamento ué. Katniss e Peeta já foram, só falta a gente. Ou você espera casar só quando Snow mandar?

 -Não! É só que é tão estranho tudo isso...

 -Eu sei. Mas acho que nosso casamento não seria estranho.

 -É, acho que não. Até já dormimos juntos.

 - Eu devia ter deixado você jogada no banco.

 -Que horas nós vamos chegar lá mais ou menos?

 -Effie falou que por volta das 5.

 -Hum... Cato tenho uma coisa pra te falar.

 -O que? –ele se levanta rapidamente da cama e se senta exatamente atrás de mim.

 -Sobre  a carta. Lembra a assinatura?

 -Não...

 -Uranius, Cato. Só Uranius.

 -Uranius... Uranius Snow.

 -É. Ele me disse que ele era o único Uranius da Capital.

 -Aquele... Clove então seu pai estava certo. Ele é o sobrinho do presidente. Isso duplica o perigo. Eu disse... Nós tínhamos que ter anunciado esse casamento antes.

 -Mas Cato não tem como... Eles já vão se casar ficaria estranho.

 -Não vai ficar estranho! –ele se levanta e começa a andar pelo quarto. –Não vai. A gente diz que queríamos um pouco mais de tempo, mas resolvemos aproveitar a chance da Katniss e do Peeta.

 Eu nem sei o que pensar. Estou certa de que não esperava que Cato quisesse se casar. Muito menos tão cedo... E muito menos comigo. Sei lá, para mim ele preferiria alguém mais parecida com a Glimmer... Cheia de curvas, loira, olhos verdes, alta... O meu oposto. E alguém mais fácil de lidar, claro.

 Tudo bem, ele diz que me ama, mas aquilo é a arena... Faz a gente confundir as coisas... E é bem provável que dois aliados acabem sentindo alguma atração depois de tanto tempo juntos... E esse é Cato. Mas acho que eu amo ele... O negócio é o vice-versa.

 -Mas você... Cato, é melhor você pensar um pouco mais, sabe? Um casamento não é algo assim tão fácil. A Capital nunca iria nos deixar em paz. E se nós brigássemos e decidíssemos nos separar? E os nossos filhos estariam sempre com muitas mais chances de ir para os Jogos... Não é que eu não queira, você sabe...

 -Não, eu não sei. Clove, antes de pensar no futuro, você deveria pensar no agora sabia? Esses caras não se importam com um namorado. Mas um marido... Olha, até Snow ia pedir espaço para nós. Para não ser ridicularizado.

 Eu mordo meu lábio inferior.

 -E tenho certeza que se nossos filhos fossem para os Jogos eles voltariam. Nós iríamos treinar eles... Eles iriam adorar a gente.

 Olha, realmente não é como se eu não quisesse casar com ele. Eu quero. Não é como Katniss que não quer nada com o Peeta. Eu quero. Mas... Imagina ele e eu casados. Por algum motivo eu sempre imagino a gente brigando, quebrando coisas, gritando um com o outro, nos descontrolando... Nunca como pessoas normais e calmas. Mesmo porque nós não somos calmos. Praticamente ninguém no 2 é, mas nós somos excepcionalmente irritados.

 E ele fala de se casar como se fosse uma coisa banal. E ter filhos não é apenas mandá-los dia após dia para a Estação de Treinamento e ensiná-los como matar alguém de várias formas. Isso é como os parentes de vitoriosos tratam seus filhos. É ter tempo e condições para eles. É saber que ano após anos você pode vê-los mortos.

 E convenhamos, eu só tenho 16 anos. Mesmo fazendo 17 no dia da colheita do Massacre, continuo sendo nova demais. Eu esperava ter filhos com 20, 21. Certamente não 17.

 -É... –eu digo tentando não desapontá-lo ou decepcioná-lo. –Mas isso deve ser pensado. E muito.

 -Eu sei. Vamos falar isso com o resto do pessoal.

 -Vamos?

 -É, vamos.

 -O.k... Mas você tem que entender que isso é sério. Nossas famílias dependem da gente não fazer mais nenhuma merda.

 -Eu sei. E essa seria uma forma mais que boa de concertar as coisas. 

 Ele quer mesmo prosseguir com isso? Eu sinto que não estou conseguindo acompanhar o ritmo dele. Na arena era mais fácil. Eu não acredito que estou falando isso, mas é verdade. Ele era menos estranho. Essas conversas de casamento, noivado, filhos, me assustam. Eu não sei cuidar nem de mim, imagina de um filho... Mas seria legal...

 Ou talvez aquele Cato que eu conheci não seja ele de verdade. Talvez esse seja o verdadeiro. Esse que quer casar comigo. Mas talvez ele esteja certo. Esse seria um bom jeito de tentar concertar as coisas. E se ele diz que está bem com isso... Quem sou eu para contrariá-lo?

 -É então vamos... –eu digo.

 Eu me levanto e vejo meu estado no espelho.

 -Não, espera. Olha a minha situação... Eu vou tentar dar um jeito em mim. Se você quiser indo na frente, pode ir.

 -Você está bem assim. –ele fala querendo rir.

 -Para de ser mentiroso, idiota. E você nem ta lá essas coisas. – é claro que eu estou brincando. Mesmo ele rolando na lama, continua lindo.

 -Acabou comigo... Então eu vou tentar ficar lindo novamente, e, quando acabar, eu vou.

 Eu rio.

 -Tudo bem, até.

 -Até.

 Me preparo para a cena que verei quando entrar no quarto. Peeta e Katniss naquele drama eterno. Talvez hoje seja melhor bater.

 -Pode entrar. –uma voz sonolenta me diz. Agora devem ser 10 da manhã por aí...

 Eu quero um compartimento só para mim, não pode ser? Eles estão na cama da Katniss, abraçados e me encarando.

 -Desculpa. Você disse que ia voltar, mas demorou demais, então... –Katniss fala olhando para a minha roupa da festa. Nem eu sei como consegui dormir com isso...

 -Tudo bem. Eu acabei ficando por lá. –digo enquanto separo as minhas roupas para o banho.

 -Você foi pra lá depois que saiu daqui? –Peeta fala.

 Honestamente, isso é da conta dele?

 -Não.

 Isso basta. Vou até o banheiro e fecho a porta, escutando Peeta falar que vai se arrumar para o café.

 Após sair do banho, tento pentear meus cabelos com uma força de quebrar paredes. Ter dormido com ele naquele penteado complicado me rendeu problemas. Depois de uns de minutos, consigo sair, já vestida com a minha calça e camisetas.

 Felizmente, Peeta já foi. Senão eu mesmo trataria de expulsá-lo. Uma grande ousadia esse garoto não ter saído assim que eu abri a porta. Ainda  me esperou  entrar no banheiro e ficou me fazendo perguntas particulares.

 Katniss está se arrumando para entrar no chuveiro. Nós, como fazemos frequentemente, não trocamos nenhuma palavra. Não é grosseria minha, é que apenas não temos nada para falar. É melhor deixar para pagarmos de amigas na frente das câmeras para não enjoarmos uma da cara da outra...

 Quando entro na sala, Cato ainda não saiu do banho. Estão presentes apenas Enobaria, Justin, Layran, Haymitch e Effie. Deveria ter pagado de amiga e esperado Katniss, sabia? Agora a bronca por todas as coisas erradas que fizemos na festa virão apenas para mim.

 Me sento e apenas respondo bom dia para Effie, porque ela foi a única que me disse.

 -Ouvi fofocas no trem que você estava com o Cato a noite. –ergo meus olhos e vejo que Layran disse isso.

 Suspiro.

 -Bom, acertou.

 -Mesmo depois do mau comportamento que teve com Enobaria.

 -Mesmo. E não acho que tenha sido mau comportamento, uma vez que eu apenas disse a verdade para ela. No mesmo tom que ela usou para falar a verdade para mim.

 Olho provocativamente para ela e vejo seus olhos negros escurecerem ainda mais. Olho para todos eles, esperando alguém vir falar mais alguma coisa.

 -Aquele cara provocou, Enobaria. –eu digo mesmo ela não tendo falado nada comigo. Eu sei o que estou fazendo. –eu acho que sei – Cato e eu já planejamos tudo e isso será abafado.

 -Você acha que será. –diz Justin.

 -Resolveu se pronunciar? Há quanto tempo não escuto sua voz... Desde... Acho que desde que sua mãe mandou você segurar o Cato e você não conseguiu.

 -O que planejam fazer? Fugir? –Haymitch fala.

 -Longe disso. Não imagina o quão longe disso. Vamos aperfeiçoar a ideia e depois falamos com vocês.

 É lógico que eu estou enrolando. Eu falei coisa demais para apenas dizer que nós vamos aproveitar e nos casar junto com Katniss e Peeta.

 -Bom dia. –Cato fala para todos, se sentando ao meu lado enquanto ainda mantenho o contato visual com Justin.

 -Bom dia. –eu respondo sem olhá-lo.

 - O que você está fazendo? –ele me pergunta.

 -Nada. –eu respondo, me virando para ele e tacando-lhe um beijo na boca. Perfeito, como sempre. Acho que dispensa descrições.

 Quando nós nos separamos, ele parece bastante surpreso e eu passo um olho pelas pessoas na mesa. Todos, a não ser Haymitch e Effie estão bem irritados.

 -Então você vão se casar mesmo  na Capital? –Effie pergunta para Katniss e Peeta, na hora em que todos já estão presentes.

 -Sim. O presidente Snow acha que perto do Massacre desse ano. –Peeta responde.

 -Bela combinação. Massacre e casamento... – digo distraidamente.

 -Sem dúvida, queridinha. –Haymitch fala.

 -Bom, eu e Clove pensamos e acho que temos que falar algo com vocês. –Cato fala. Bom, ele não pode falar isso agora. Vai, definitivamente, me contradizer.

 -Temos, mas não agora.

 -O combinado foi... –ele diz, irritado.

 -Eu sei o que foi combinado, Cato. Mas, antes eu preciso falar com você.

 -Vão falar ou não vão? –Katniss fala.

 -Espera, Cato. Terminha de comer e... depois eu falo com você.

Me levanto da mesa e vou para o compartimento de Cato esperá-lo. Que ele não tenha mais um de seus ataques de raiva. Eu também estou tentando salvar tudo, mas não vou apenas abaixar a cabeça e os deixar ficarem gritando comigo.

 Eu me sento na cama de Cato e espero ele voltar. Ele não arrumou o quarto, pra variar. Como estou sem nada para fazer, vou arrumar.

 A bagunça me enlouquece desde sempre. De bagunçada já basta a minha cabeça, que, desde sempre, também, é bagunçada.

 Quando estou  colocando as toalhas de volta no banheiro a porta se abre. Mas não é Cato, é uma Avox.

 Ela parece bem surpresa ao me ver saindo com toalhas penduradas no ombro.

 -Tudo bem aqui. Obrigada.

 Ela parece hesitante.

 -Sério, eu já arrumei aqui. Não se preocupa. Eu não mordo nem vou falar nada. Estava só sem o que fazer aqui.

 Ela acena que sim com a cabeça e finalmente fecha a porta. Estava bem sem o que fazer mesmo, mas a cama do Conquistador nem estava bagunçada, então foi bem fácil arrumar tudo.

 A porta se abre novamente quando estou abrindo a persiana do quarto. E dessa vez. é ele. Termino meu serviço e me sento na beirada da cama, mordendo o lábio inferior. Ele anda calmamente e se senta ao meu lado, erguendo as sobrancelhas, esperando.

 -Cato... –eu começo, buscando coragem. O fato, é que, após pensar bem, decidi que o melhor a fazer é realmente ter esse noivado. E esse casamento. Eu não posso apenas dizer que não quero me casar com ele ainda e deixar toda a minha família morrer. É como ele disse, no futuro eu penso depois. –Desculpa. Na hora do almoço nós podemos falar isso com a equipe.

 Ele assente pensativamente com a cabeça.

 -Porque não quis falar naquela hora?

 -Por causa da Enobaria. Eu tinha dito que nosso “plano” era algo estupendo. E na verdade é algo bem simples.

 -Hum... Você não está segura com isso não é? Ou você não quer?

 -Eu quero... Mas... Não interessa. Eu quero casar.

 -Clove, as coisas vão dar certo. Nós não vamos brigar todo dia. Nem podemos fazer isso. Eu sei, a gente é muito novo para isso.

 Nessas horas eu percebo como eu sou idiota. Ele já descobriu do que eu estou medo. Mas mesmo nós conversando sobre isso e tudo, é inútil. Nós, querendo ou não, vamos fazer isso. 

 -Eu sei. –agora eu acho que sei.-  Nós podemos anunciar isso no Distrito 2. Você me pede em casamento oficialmente na Passeata.

 -É.

 Eu queria ser mais durona. Olha, não seria mais fácil se eu tivesse que me casar com um desconhecido? Eu amo o Cato e tudo, mas eu sinto que só a pressão da Capital meio que força as coisas. E faz parecer que nós estamos nos casando só porque é obrigatório.

 E não é assim, acho. Eu queria me casar com ele sem nada que envolvesse a Capital. No nosso distrito, com nossos rituais e leis. Sem nada disso. Vão me colocar em um vestido enorme, cheio de coisas enormes em uma celebração enorme.

 E isso pode atrapalhar não é? Se um dia a gente sair e não tiver a fim de ficar um em cima do outro, vão vim e dizer que temos que andar um e cima do outro porque se não, ele manda aquelas pessoas estranhas da Capital ficarem nos mandando cartas ou  mata a nossa família.

 E o pior: Se ele já não tiver feito isso. Sinto que se isso acontecer com o irmão dele por causa desse meu drama, Cato nunca vai me perdoar. Ou vice-versa.

 Nós ficamos um tempo assim, um sentado do lado do outros, sem nos olharmos ou falarmos.

 -Não está com raiva de mim, está? –eu pergunto para Cato, depois que o silêncio cresceu demais.

 Ele olha para mim e faz que não com a cabeça.

 -Tenho motivo?–ele pergunta quase acusatoriamente.

 -Não. Acho que não. É só que você ficou calado do nada...

 -Estava só pensando... Se nada disso der certo, nós dois vamos ser vistos casados e fugindo da Capital com nossas famílias pela floresta. Uma imagem estranha, não?

 -Bastante... Mas acha que isso pode dar certo?

 -Um casamento faria todo mundo pensar que eu só fiz aquilo porque sou doente mental e de amor. E de certa forma não é mentira.

 Eu sorrio fracamente.

 -Nós temos que falar com os outros e ver o que eles pensam. –eu digo.

 -E você o que pensa disso?

 -Eu acho um pouco estranho... As coisas mudaram tão rápido. Mas estou o.k com o fato de termos que fugir.

 -E o fato de termos que nos casar?

 -Hum... Exatamente. É esse o problema. Esse “termos”. Eu acho que não queria que esse “termos” existisse. Mas e você?

 -Estou o.k com tudo. E acho que até gosto desse “termos”.

 -Gosta? Como assim?

 -Se ele não existisse, eu não conheceria você. E nem poderia me casar com você. Nem poderia estar com você.

 -Você poderia me conhecer em um outro dia. Sem ser o da Colheita, ano passado. E se desse certo a gente podia casar. Só que depois.

 -Mas e se eu quisesse agora, você não ia querer. E nem ia ser obrigada.

 -Eu não estou fazendo isso obrigada.

 Ele ergue as sobrancelhas para mim.

 -Sério. Um dia, se você quisesse, eu ia me casar com você. Mais cedo ou mais tarde.

 -Mas você preferiria mais tarde, certo?

 -Cato! Para com essa história. Nós vamos casar e pronto.

 -Só me fala...

-É. Talvez... Estou com medo, Cato. E se você desistir? E se der tudo errado?

 -Eu não vou desistir. Olha, baixinha, eu te amo. Isso não entra, Clove? A gente vai brigar, mas a Capital não vai saber. Isso é, se a gente não estiver no meio de uma floresta fugindo.

 -Tudo bem. Desculpa, também te amo.

 -Então eu posso falar na Passeata?

 -Acho melhor vermos o que os outros pensam. Talvez eles achem melhor falar no 12 mesmo... Não sei.

 -A gente devia se esforçar pra ser mais amigo da Katniss e do Peeta...

 Bom, acho que não sou eu que pulo no pescoço do Peeta quando ele fala comigo... O.k, eu pulei na Katniss, mas na arena. Eu tinha que tentar matá-la... E eu não agüento esse melodrama deles. Eu só dou respostas mal-criadas por causa disso. Se eles não me fizessem ter vontade de vomitar, eu não as faria. Mas, é claro, eu não falo nada para ele.

 -É acho que podemos fazer isso.

 Ele sorri.

 -E seus pesadelos? –ele me pergunta.

 -Essa noite eu não tive... Mas como eu quase nunca consigo dormir, eu quase nunca os tenho.

 No começo, eu ele ficamos assim, enrolando conversa, perguntando um ao outro coisas que nós já sabíamos. Mas depois nós esquecemos temporariamente a nossa condição e ficamos brincando e rindo de coisas idiotas.

 -Acho que  já está na hora do almoço. –ele me diz, após um tempo.

 -É, já deve ser, mesmo.

 -Eu falo, o.k?

 -O.k. –Nós dois nos levantamos e andamos rumo à porta.

 Quando chegamos na sala de jantar, quase todos já estão presentes. Exceto Haymitch e Justin.

 Nos sentamos e Effie fala que devemos esperar os dois chegarem. Logo Haymitch surge, alegando estar em uma ressaca. Justin aparece com uma carranca enorme e não fala com ninguém ao se sentar pesadamente entre Enobaria e Layran, 

 Alexander começa o assunto, comentando com Aurélia (N/A : Estilista do Cato, pra quem   não leu a outra fic ou não lembra dela mesmo, tipo EU ~ nã na ~ que fez a mulher e se esqueceu. E rimou!)  as roupas que usaremos nas nossas últimas aparições. Elas precisam ser deslumbrantes, segundo eles.

 -Então, eu e Clove resolvemos que vamos aproveitar e nos casar junto com Katniss e Peeta. –Cato anuncia normalmente, como se anunciasse que nós iríamos à mercearia.

 O choque é coletivo.

 -Mas vocês decidiram pelos termos da Capital, ou porque vocês querem? –Katniss pergunta.

 -Porque nós queremos. –Cato responde.

 Peeta engole em seco e parece bem mal com isso.

 -Exatamente igual a vocês. –eu digo sorrindo para ele e Katniss, tentando amenizar.

 Vejo de canto de olho Enobaria coçar o nariz e Haymitch arregalar os olhos.

 -Ah presidente Snow vai adorar! –diz Effie dando pulinhos na cadeira. Ela certamente não sabe das ameaças dele. –Os dois casais da septuagésima quarta edição dos Jogos se casando juntos... Que coisa mais romântica.

 -É... muito romântico... –Enobaria fala, nos fazendo olhar para ela e recebendo um olhar de “que pessoa mal-educada” de Effie.

 -Mas vocês não acham que estão um pouco novos demais para isso, queridos? –diz Flerwy. –Me refiro aos quatro.

 -Oh não! eles não estão nem um pouco novos demais. Para o amor não se tem idade.  –Effie fala, sem nos dar chance de abrir a boca. Ela só quer ter mais um evento chique para ir.

 O almoço transcorre normalmente com todos tentando tampar a preocupação de seus rostos com risadas e parabenizações para nós.

 -Bom, sugiro que acabem a sobremesa e vão se arrumar, meus pombinhos! Vocês têm que estar deslumbrantes para as suas últimas aparições. –Effie diz.

 Ela se refere à nós...

 -Tudo bem então. –Peeta fala.

 Depois de acabarmos, nós nos levantamos e vamos para os nossos compartimentos. Katniss e Peeta não ficarão em casa. Irão para o 2 conosco e depois voltarão sozinhos, uma vez que eu e Cato ficaremos por lá.

 Essa programação inclui uma passagem tradicional na praça, mais para as pessoas verem Cato e eu, depois uma passeata, e um jantar na casa do prefeito. À uma hora da manhã, temos que estar no trem rumo ao Distrito 2. Rumo à minha casa.

 Me dão um vestido coral com babados e um salto e deixam meu cabelo natural. Vou para a sala e encontro o resto da equipe lá, todos arrumados e sentados esparramados pela sala.

 Me sento no sofá e aguardo a hora que a porta se abrirá eu darei de cara com o Distrito 12.


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Notas finais do capítulo

Agradeço do fundo do meu coração ás pessoas fofas e divônicas que me deixam Reviews e fazem coisas legais que me fazem feliz. Amo vocês, povão! #Elatentabajularosleitores