Eterno... escrita por Miyu


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Olá! essa historia tipo meio que é um outro ponto de vista de uma outra fic minha chamado Otousan ( https://www.fanfiction.com.br/historia/85231/Otousan)

As lágrimas da moça caiam em abundancia, seu corpo gélido e tremulo amparada pela ama. Temia por eles, não queria deixa-los partir para aquele destino tão incerto.

No fundo, bem no fundo sabia o que iria acontecer.

Aqueles são sua família, montado sobre aqueles cavalos, seus irmãos, seu pai.

Doía o coração vê-los partir, pois eles enfrentarão aquele que ela não escolheu para amar.

Alguém podia compreender seus sentimentos?

Livrou-se dos braços da ama, assim que os homens do seu pai saíram do seu campo de vista, correu em direção oposta, ignorando os gritos pavorosos da mulher, pedindo inutilmente que ficasse dentro da casa.

Sabe como doía, quanto você tem noção do destino terrível de alguém? Mesmo fortes e guerreiros, aquilo não seria nada diante das grandiosas armas metálicas de longo alcance.

O que homens sobre cavalos, com armaduras e espadas podem fazer?

Eram homens presos em sua época, presos a crenças e histórias. Não queriam que aquela cultura e tradição se perdessem, mais os tempos não são os mesmos, iriam mudar, eles não podiam fazer nada contra aquilo. O século estava mudando, para uma nova era. Caminhando para o futuro.

É tolice lutar, apesar de muito digno. Aquilo os mataria e mesmo assim vão, todos eles têm família e os abandonam, deixando para trás aqueles que os amam preocupados, com um sufoco no coração. Ninguém estava disposta perder sua realidade.

Montou sobre a égua branca do curral, partiu em velocidade pelos campos de soja abertos até adentrar a intensa floresta de sakuras, cerca o vilarejo.

É mulher, o que podia fazer a não ser ficar sentando dentro de casa e baixar a cabeça, sua mãe fora assim.

Mas não dessa vez, não enquanto tudo que mais amou nessa vida, está indo em direção à morte.

Mesmo que não pudesse impedir, somente queria ser útil em algo. Talvez morrer ao lado deles, ao lado daqueles que tanto ama. Em vez de cruzar os braços, agonizar-se dentro de casa, na dor que enlouqueci a alma e rezar para os ancestrais. O que eles podiam fazer?Estavam mortos, por que adormenta seus descansos eternos? Aquilo não é problema deles.

Aqueles homens de vários clãs unidos tinham seu objetivo, ela também tem. E não era ficar aguardando agonizada dentro de casa por uma notícia. Não, jamais, não fora isso que apreendeu quanto estudou fora. Quanto esteve com milhares de pessoa que nunca vi-la, encantava-se com tudo que apreendia.

Desceu do animal, olhou para morro abaixo, tento uma visão plana da clareia em embaixo de si. Os bambus farfalhavam com o vendo do sul, os dois lados aproximavam-se perigosamente para o confronto. Lá estavam vidas inocentes, lutando por um destino cruel.

O vento desfazia seu penteado, fazendo a cabeleira amendoada dançar, cobrindo o rosto alvo, as expressões de desespero, tornavam os traços tensos. Afastou nervosamente os fios com a mão.

Não soube por qual lado chorar, por aquele que ela ama de todo coração ou por aqueles que a amararam a vida inteira.

Sentiu seu o rosto molhar-se, as lágrimas corriam contra sua vontade, traçando caminho pelo rosto jovem, um sorriso desconcertado bailava nos lábios rosados. A mão pequena segurou firmemente a katana presa na cintura, não tinha como escolher, não podia jamais trair aqueles que lhe deram a vida, aqueles que cuidaram e amaram incondicionalmente.

Também não podia lutar contra o coração, naquela agonia sem fim, que a enlouqueceria cedo ou tarde. Se for para aquele que ela ama morrer que, morresse em seus braços. Talvez fosse aquilo que buscava.

Mandou a égua embora, que voltasse para sua casa. Dali em diante, ela caminharia sozinha, trilharia seu caminho com próprios pés, construiria sua história. Seja o que Kami-sama quiser.

Desceu pelo caminho íngreme, seu pai o bateria se visse fazendo tal coisa. É dama, devia ser educada e delicada.

Amarrou o cabelo com uma fita. Calculou a distancia ente seus pés e o chão, pulou. Chegando a tempo de ver os cavalos e seu pai na linha de frente aproximarem.

– Haruna, o que faz aqui?! – Questionou autoritário em um quase grito, o homem na linha de frente em uma careta zangada.

– Cumprindo meu destino, talvez – Deu de ombro, ignorando totalmente o olhar ameaçador.

– Volte para casa, agora! – Ordenou, fuzilando-a com os olhos negros cheio de autoridade.

– Deixe-me lutar ao seu lado, pai – Pediu firmemente.

– Seu lugar e dentro de casa, não ouça me desobedeça Hakuri Haruna! – Exclamou impaciente – Tora leve-a para casa e impossibilite sua saída! – Ordenou autoritário ao homem que cavalgava ao seu lado.

O rapaz olhou para a filha do líder, ela encarou de tal modo, como se questionasse se realmente iria ter coragem de cumpri à ordem.

– Eu sou tão capaz quanto meus irmãos! Posso ser de grande ajuda, eu conheço aquelas armas que o senhor desconhece. Eu conheço o seu estilo de luta, sua gente – Argumentou sem perde a compostura – Deixe-me ajuda-lo, quero tanto quanto você proteger nosso povo, o país que eu conheço. Eu também amo todas aquelas pessoas, quero protegê-los tanto quanto você. Por favor, deixe-me ajuda-lo – Pediu.

Ela tinha seu orgulho, implorar não fazia parte de seu vocabulário. Encarou o olhar gélido lançado pelo patriarca. O murmuro ficou audível, os outros samurais sussurravam entre si, o que acabaram de ouvir.

– Haruna, eu a amo, herdou minha personalidade, reflete o que fui muito tempo atrás, diferente dos seus irmãos. E tão parecido comigo que chega a ser assustador, não quero perdê-la aqui e hoje, diante dos meus olhos...



– Pai, eu vou morrer um dia, todos vão, cedo ou tarde não faz diferença. Conhece-me melhor que ninguém, sabe que eu estarei naquela clareira com ou sem sua permissão... Mas eu gostaria que eu tivesse sua autorização – Interrompeu, com a coragem que poucos têm.

O homem à frente suspiro derrotado, onde errara com aquela menina? Onde estava a doce garotinha que conhecia? Era melhor diante dos seus olhos que fora deles. Pelo menos poderia protegê-la, se sobreviesse, aquela atitude não ficaria impune.

Haruna sorriu vitoriosa, um soltado trouxe um cavalo. Montou sobre o animal marrom, preferia sua égua, mas é melhor que nada.


Param de frente, a poucos metros do inimigo, todos armados com armas de fogos. Ali estava a desvantagem. Bateu com pé, para que o cavalo percorre mais. Olhou para o comandante do exercido do inimigo.

Sorriu internamente ao rever seu adorável Mikhael, tal como a religião deles acreditava, um anjo sem asas. Maravilhosamente belo, como da ultima vez que viu. O rosto das expressões sempre neutras, do sorriso do canto debochado, dos olhos profundos e cinzas, tão magnificamente belas e mortais. O cabelo batia na altura dos ombros largos, os fios dourados como ouro, macio e agradável ao toque dos dedos. Sempre roçando em sua face de pele alva.

Uma beleza mortal, agressiva, selvagem, ferina. O coração palpitava com o encontro dos olhos, eles sabiam de algum modo, seria ultima que se veriam. Nem um dos lados parecia querer se render.

– Eu fico com o loiro! – Anunciou.

– Não, ele e meu – Discordou seu pai.

– Sinto muito pai, ele é meu – Repediu possessivamente.

Bateu as pernas na lateral do cavalo, fazendo avançar. Os olhares de cruzaram novamente, com uma vaga mensagem nas órbitas de ébano. Compreendido prontamente pelo rapaz loiro. Seguiu a dama do kimono vermelho, para dentro da tensa floresta de bambus.

Lá estava ela, parada imponente, os cabelos esvoaçando juntamente com seu kimono. O olhar lascivo e felino, compostura elegante de uma fera preste a dar o pote. Essa é sua adorada, que escolhera para ser sua companheira.

Seria sua, se o destino não fosse tão sádico e cruel. Puxou seu sabre, em passos calmos aproximou-se, parou em um distancia onde a espada dela não poderia alcançar.

- Não precisa ser assim – Sussurrou em inglês.

– Você trairia e mataria sua família, seu povo, para ficar ao meu lado? – Fitou o loiro, ela parecia que a qualquer momento iria cair no choro.

O loiro não respondeu, compreendendo a resposta silenciosa da japonesa. Em um suspiro triste, posicionou-se para o empate.

Seu peito agonizou-se mais que podia calcular fazendo suas estranhas afundarem quanto partiu para a luta. O metal se chocou e barulho de tiro foi ouvido.

As lagrimas dela caiam contra sua vontade, um dor insuportável dominou seu corpo. Nem por isso deixou de revidar e defender-se. Ele é um ótimo espadachim, não tinha como negar. Defendia bravamente todas as suas investidas.

Não podia dizer que ela é uma adversaria fraca, pois Haruna não era. Tão bom quanto ele, uma rival que está a sua altura. Com esforço significativo tentava achar uma brecha em sua investida e atacar.

Quando gritos preencheram o ar, o coração da morena falhou uma batida, tirando sua atenção e tendo a lateral da sua perna cortada pela lamina prateada. Trincou o maxilar de dor, uma mancha rubra tingiu seu kimono.

Mikhael aproveitou da distração e avançou, isso é um combate sério. Estão em meio de uma guerra. Não poderia sair daqui sem derrota-la, preveria mata-la com suas próprias mãos em vez de vê-la ser morta sem nenhuma honra.

A morena deixou que ele aproximasse, quanto ele investiu ela agarrou-o pela mão. Ele revidou, em meio à luta para atingir ela. Em um momento oportuno o loiro cravou seu sabre na costa da japonesa.

Seus olhos negros arregraram-se, cuspindo sangue em seguida. A lâmina tinha atravessado seu torso. Não se sentiu magoada por ser apunhalada.

Mikhael deu três passos atordoado para trás, recuperando o folego perdido. Era doloroso demais, seu peito agonizava, tanto que parecia que iria corroer-se de dentro para fora.

Usando o que restava da sua força, Haruna levantou-se com ajuda da adrenalina puxou a lamina pela frente, atravessando ainda mais seu corpo. Agarrou com todas suas forças os trajes do soldado distraído, fazendo que o sabre penetrar na região do tórax e pergurou-o.

Foi à vez dele de se surpreender. Havia um sorriso cansado, mas satisfeito nos lábios tão adoráveis da morena. O soldado não resistiu em beija-la uma única vez, em quanto seus corpos caiam em direção ao chão.

– Que Deus permita-me de encontrá-la novamente. Pois eu a amo quero demostrar isso a você – Confessou em um ultimo suspiro.

– Onde nossos dois não precisamos ser inimigos – Completou.

No alvorecer, jaziam caídos na grama cercado de bambu, dois corpos atravessado por um lamina prateada. Seus rostos serenos, como tivessem descoberto à paz com a morte.


O clã de guerreiros seguia o pai de Haruna, considerados bárbaros foi morto antes de chegar ao lado inimigo, pelas armas de fogo.

Seus corpos foram achados por um soldado que foi inculpado de procurar seu superior. O homem chocou-se com a cena.

O a morena japonesa estava caído por cima do loiro, como estivessem dormindo eternamente de mãos unidas. Os corpos banhado de sangue de ambos as partes.

A partir daqui sugiram mais tarde especulações de um amor proibido. Mas a morte deles não causou um impacto tão grande quanto de Romeu e Julieta.

Com o tempo seus nomes foram apagados pelo tempo, seus esforços esquecidos.

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beijinhos para todos que passaram por aqui, que

leram!

também gostaria de dizer que não betei, qualquer errado de ortografia

me perdoe, ok

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A moça que segurava um pergaminho finalizou a leitura, as crianças que sentavam em uma meia lua estavam encantadas em ouvir mais uma história de amor.


- Que triste tia Hana – Comentou uma menininha de sete anos.


- Sim minha querida – Concordou a pedagoga.


- Onde fica o lugar onde eles morreram tia? – Perguntou um segundo.


- Atrás do templo dos bambuzais, perto da montanha – Sorriu doce – Agora vão pegar suas coisas, que estava na hora de irem para casa – Informou levantando-se do banquinho.


         As crianças levantaram, correram para pegar suas mochilas. O sinal soou pela escola, todos saíram correndo. A morena olhando-os sair.


- De novo essa história. Não é muito forte para eles? – Perguntou loiro dos olhos cinza, com um sorriso de canto debochado.


- Eu adoro essa história. Mas agora que te encontrei – Murmurou, piscando o olho puxando-o pela camisa para dentro da classe.


- Agradeço todos os dias por isso – Abraçou-a por trás depositando um beijo carinhoso em seus cabelos castanhos amendoados.


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Fim definitivo, comentários


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