Os planos de ir até a casa dos Sullivan depois das aulas foram frustados pelo treino de Tony. Por algum motivo, a menina sentia que tinha que ir com Tony.
- Francamente, Tony. Você tinha mesmo que fazer esse maldito treino hoje? – a menina reclamou, quando ele, suado, foi pegar a mochila com ela, para tomar um ducha. – O celular da Win ta sem bateria e eu to começando a ficar estressada com isso tudo.
O rapaz pegou nos braços dela, com um sorriso no rosto que quase a fez desmaiar.
- Calma aê, princesa, eu tomo uma ducha e vou lá com você, beleza? – disse ele.
Princesa? Ela se perguntou, sentindo que estava a ponto de ter algum tipo de ataque cardiaco. Ele nunca antes a chamara de princesa.
- Ta bom... Eu acho...
- Otimo, vou rapidinho. – ele piscou e lhe deu um beijo na bochecha, antes de correr para o vestiário.
Ela ficou olhando pro nada, sentindo as pernas moles. Tocou a bochecha e cambaleou pra trás, sendo amparada por um outro jogador do time.

- Cuidado, gata!
- Cala boca e não estraga o momento!
Ele franziu a testa e saiu dali, deixando a menina com um sorriso bobo no rosto. Não soube quanto tempo ficou ali, já que, quando se deu conta, Tony já havia voltado.
- Já voltou?
- E você acha que eu ia te deixar esperando? – ele disse com um sorriso que quase desmontou a menina.
- Ah... Claro. – ela disse, se contanto para não atacar o “amigo”. – Mas, vamos? Já passam das cinco e essa história da Win me deixou muito intrigada.
O rapaz sorriu amarelo, seguindo-a para fora da escola.
- Eu que o diga... – murmurou a si mesmo.

- Cuidado, gata!
- Cala boca e não estraga o momento!
Ele franziu a testa e saiu dali, deixando a menina com um sorriso bobo no rosto. Não soube quanto tempo ficou ali, já que, quando se deu conta, Tony já havia voltado.
- Já voltou?
- E você acha que eu ia te deixar esperando? – ele disse com um sorriso que quase desmontou a menina.
- Ah... Claro. – ela disse, se contanto para não atacar o “amigo”. – Mas, vamos? Já passam das cinco e essa história da Ju me deixou muito intrigada.
O rapaz sorriu amarelo, seguindo-a para fora da escola.
- Eu que o diga... – murmurou a si mesmo.

- Kaaa! – gritou Win, ao atender à campainha. – Entra. Bom dia pra você também, Tony!
- Dia, Karol! – ele respondeu, parecendo desconfortavel.
Os dois adentraram a casa e deram de cara com a mãe de Jimmy que assistia Tv na sala.
- Bom dia, Sra. Sullivan! – comprimentou karol, educada, enquanto Tony apenas acenava, envergonhado.
- Boa noite, quase. – disse a mulher com um sorriso, levantando e indo até a cozinha – Sintam-se à vontade!
- Você ouviram. – disse Winter, indicando o sofá.
Tony se sentou, achando que Kenna faria o mesmo, mas viu a menina olhar aflita para Winter, sem sair do lugar.
- Amiga, o que aconteceu lá?
- Nada de mais. Aquela escandalosa daquela diretora chamou os Sullivan e falou um monte. A bronca, no final das contas, foi quase que totalmente pra eles, ao invéz de ser pra mim.
- Mas a gente sabe que ela não faria isso. – gritou a Sra. Sullivan, da cozinha.
Win sorriu com o comentário e Kenna suspirou, aliviada.
- Otimo, amiga, tá com crédito ein?
Winter sorriu, tímida. Não que essa fosse uma caracteristica dela.
- E cadê o Jimmy? – perguntou Tony, curioso.
- Não sei... No quarto dele, eu acho. Por que?

- Nada não...
Kenna deu os ombros para a menina, que ficou confusa.
- Você dois querem jantar conosco? – perguntou a mãe de Jimmy, da porta da cozinha.
Kaenna e Tony se entreolharam.
- Não queremos atrapalhar.
- Magina, será otimo.
- Nesse caso, eu aceito. – disseram os dois.
Winter pulou, comemorando.
- Ótimo, então subam lá pro meu quarto que eu vou terminar de ajudar a Sra. Sullivan na cozinha e já subo lá. Quero mostrar umas músicas brasileiras pra vocês, pode até servirem de inspiração pra você escrever alguma coisa pra sua banda, Tony.
- Projeto de banda, ainda. – ele corrigiu. – Falta um bom baterista.
- Que seja, mas subam lá.
Os dois concordaram e subiram as escadas, até o quarto da menina.
Eles entraram e Kenna fechou a porta, rapidamente.
- Esta bem, diga logo.
O menino, que antes parecia em outro mundo, olhou pra ela assustado.
- Oi?
- Vamos, desembucha! Eu te conheço desde que me conheço por gente e sei que está escondendo alguma coisa.
- Mas eu não disse nada.
- Anthony Lovato, se você acha que consegue esconder algo de mim, saiba que isso não passa de uma doce ilusão!
O rapaz arregalou os olhos. Será que era uma boa ideia contar pra ela?
- Kenna... É difícil dizer isso... Não sei nem por onde começar.
- Fala clichê essa a sua... Mas respondendo, começe do começo.
O rapaz suspirou, derrotado. Convercer Karol de algo que ela não queria ser convencida, era o tipo de coisa que não se faz com facilidade.
- Eu acho que sei quem armou pra Win no dia da apresentação com a Leana! – ele disse de uma vez, sentindo que tirava um peso de cima dos ombros.
Kenna olhou pra ele, indignada.
- Por que você não disse antes? Gosh, você tem noção da impotância dessa informação?

- Tenho, claro, mas é complicado. A pessoa que eu vi embaixo do palco... Entenda, Kenna, é uma acusação que eu não podia sair fazendo.
- Como assim?
- Alguém colocou aquele ferro, ou sei lá o que era na hora que a Leana disse tudo aquilo. Era algo planejado, entende? O negocio das roupas sairem acho que foi só sorte pra Leana, um prato cheio, mas o que derrubou a Win foi posto ali naquela hora.
- E por que é tão difícil dizer quem é essa pessoa?
Tony rolou os olhos e suspirou profundamente.
- Porque essa pessoa deveria ser nossa amiga... Ela mora bem aqui!
- O QUE? – Kenna gritou.
- Fala baixo!
- O que? – tornou a dizer, sussurrando. Ela não conseguia dizer mais nada, tamanha era sua incredulidade. – Você... Tony, ta me dizendo que...
- Que essa pessoa esta aqui no quarto ao lado. – ele suspirou, vendo que a amiga custava a acreditar. – Foi o Jimmy que fez tudo aquilo.
- Não pode ser... – foi a única coisa que Kenna conseguiu dizer, enquanto esperava a ficha cair de vez. Ela sabia que Jimmy odiava Win, mas nunca chegara a imaginar que o rapaz seria capaz disso.
E, ainda mais, como ficaria a amiga se soubesse disso, depois de se descobrir apaixonada por ele?

- Está tudo certo por aqui, querida, vá chamar seus amigos para jantar!
A menina sorriu, olhando a mesa de jantar, que toda colorida, de comidas californianas e brasileiras, formava o mais lindo banquete que a menina já vira.
Era ótimo sentir que podia fazer pessoas de uma cultura diferente gostar do que estava acostumada a fazer, ainda mais se fosse na cozinha. Não que ela soubesse cozinhar perfeitamente, mas dentro do relativamente limitado cardapio da menina só estavam coisas que ela sabia fazer maravilhosamente bem.
Ela foi chamar os amigos, ouvindo a Sra. SUllivan pedindo ainda que chamasse Jimmy também.
Subiu as escadas com um sorriso no rosto, indo primeiro ao quarto de Jimmy, ate ouvir um grito de Kenna e decidir ver o que estava acontecendo.
Chegou ao quarto e viu a menina conversando com Tony, num tom de voz tão baixo que quem ouvisse acharia que queriam esconder alguma coisa.
A porta estava entreaberta e ela precisou apenas empurra-la milimetros a frente para ouvir melhor a conversa.
Eles pareciam falar sobre alguem que havia feito alguma coisa grave e acabou deduzindo que a conversa era sobre o acidente na apresentação teatral que fizera contra Leana.
Aprumou os ouvidos.
- Que essa pessoa esta aqui no quarto ao lado. – ela ouviu Tony suspirar e fazer uma pausa – Foi o Jimmy que fez tudo aqui.
- Não pode ser... – ouviu Karol dizer, parecendo chocada.
A menina não teve nenhum tipo de reação. Apenas ficou parade, com dificuldade para diregir o que acabara de ouvir.

Ela cambaleou para frente, sentindo as mãos ficarem frias e tremulas, e empurrou a porta sem querer, fazendo sua presença notável. Sentia como se alguem martelasse fortemente sua cabeça. A imagem de Jimmy armando contra ela debaixo do palco da sala de teatro surgiu diante dos seus olhos.
Sob os olhares assustados dos amigos, escorregou as costas no batente, sentindo como se seu coração sangrasse sem parar, mas não chegou a encostar no chão. Levantou-se e levantou a cabeça.
De dentro do quarto, Kenna pode ver o rosto da amiga, em meio a algumas lágrimas, havia um olhar de raiva...