You and me, face to face

And there's so much I could say

On these words, and forever seem the silence

Você e eu, cara a cara

E há tanta coisa que eu poderia dizer

Nestas palavras, e sempre parece o silêncio

(Jessie J feat David Guetta - LaserLight )

Annabella POV

Saí correndo dali. Não era do meu feitio fugir covardemente, mas eu fiz. Todas aquelas palavras trouxeram meu passado não tão distante para mim novamente e para piorar compartilhou com todos do acampamento. Qual a moral eu iria ter de abrir a boca para falar de Megan, Paola ou Alessa? Talvez eu fosse até pior que elas. Harry de fato tinha razão, mas eu sou teimosa, do tipo que não gosta que a contrariem, e Harry vivia fazendo isso. Eu simplesmente não devia criticar, sendo que sou a pessoa menos adequada para isso. Mas e agora, o que eu iria fazer? Eu confesso que não tenho santidade em mim, não sou pura e nem nunca quis ser. Mas não quero mais ser aquela vadia que adora provocar e fazer o que bem entendesse, praticamente me afundando. Mas eu também não podia mais ser quem me tornei para esconder meu passado. De agora em diante, o que adiantaria eu tentar provar que não sou uma vadia? Nada. Então eles teriam que ver do que eu sou capaz, querem Bella mais impiedosa? Pois terão. Não iria mais ligar se todos me olhassem e apontassem dedos na minha cara, se eu tivesse que encarar isso, eu enfrentaria, sozinha ou não, até porque creio que agora eu esteja só. Eu não sou nenhuma santa, mas eu não sou também nenhuma puta a sair dando para qualquer um. Acho que as fotos não mostraram o bastante, eles vão entender, eu vou mostrar a Annabella que creio que estejam curiosos para conhecer. Voltei a cabana correndo, apenas troquei de roupa, umas das minhas antigas roupas (http://data.whicdn.com/images/31000121/tumblr_lcy7afwjiZ1qzcn63o1_500_large.jpg), sai apressada, na verdade eu queria um lugar tranqüilo e reservado, eu precisava fumar e beber, eu ainda bebia em festas normalmente, mas fumar eu sempre continue escondido, mas desde que cheguei aqui só consegui fumar meu cigarro em paz sem ninguém me ver na floresta. Sabia que ao me verem fumando iriam pensar, como a Bella faz isso? E todas aquelas idiotices. Não penso e nem nunca pensei que fosse certo, pois não é. Mas quando nossa vida está uma merda acabamos nos afundando em coisas que não devemos, achando que aquilo nos fará bem, mas é passageiro, acredite. A única coisa que fica de verdade é o vício infeliz. Pensei por alguns minutos e tive uma idéia de lugar. O porão, é claro, era de tarde, creio que ninguém iria lá agora. Apertei os passos chegando lá, fiscalizei e estava realmente vazio. Adentrei ao local e me joguei no sofá, acendi meu cigarro e dei uma tragada, relaxei. Abri a garrafa de vinho e tomei um gole. Eu amava vinho. Pensei em como seria agora, Giulia iria me entender? E Niall? Oh meu Deus, o que ele pensaria? Sem contar Harry que deveria estar querendo me estrangular neste momento. Minha vida nunca foi fácil, mas eu podia ter melhorado, mas o comodismo me fez ir para o caminho mais fácil, onde eu não precisava de ninguém para me divertir, só os meus vícios. Nunca fiz amigos de verdade, eram só trocas de favores. Só. Senti-me por um momento inútil, como eu me sentia antes. Aquilo era um das piores dores que eu tinha, ninguém amaria um ser tão fraco e vulnerável como eu. Mesmo me camuflando e fingindo bem, mentindo bem como sempre menti, não deu certo. Meus planos sempre iam por algo a baixo. Dessa vez eu estava determinada e abrir mão da vadiagem, mas olha só o que o destino me apronta, na verdade um filho da puta fofoqueiro mesmo. O que me salvaria disto? Respirei fundo e tomei mais um gole de vinho. Uma lagrima escorreu, como eu odiava chorar, só me mostrava o quão frágil eu podia ser. Contive-me, a limpei me segurando para outras não caírem. Ouvi um barulho vindo da direção da porta, caralho! Eu esqueci de trancar. Quem iria vir aqui a essa hora? Perguntei-me em pensamentos.

– Quem está ai? – gritei perguntando.

– Harry, Harry Styles. – ele respondeu. Merda, ela devia estar morrendo de ódio de mim neste momento e fomos logo nos encontrar aqui. Era hoje que eu morria. Ri de leve da piada inútil que havia feito mentalmente. – E quem pergunta? – perguntou ele e riu baixinho, quase não escutei naquela lonjura.

– Hã, Ah, Awn... – tentava dizer algo, mas absolutamente nada queria sair da minha boca. Afinal o que eu iria dizer para aquela criatura que esperava uma resposta, talvez ‘’Ah, sou eu Bella, você gostaria de entrar e tomar uma xícara de café?’’ ‘’Desculpe, mas por hoje só temos vinho, cigarros e eu’’ Ri internamente. Eu podia ser a mais absoluta idiota quando queria, meus pensamentos então? Os mais imbecis possíveis, principalmente quando eu estava nervosa. A pressão e nervosismo me faziam se sentir idiota e até meus pensamentos agirem da mesma forma.

– Vai me responder ou não? Vou ser obrigado a conferir quem é então. – disse ele com um tom de deboche. Eu não conseguia ainda responder, sabia que ele iria vir, e infelizmente eu me calei. Burra, falasse logo quem era, e que ele deveria ir embora, talvez nem precisasse mandar, ele iria com certeza. Respirei fundo. Ele apareceu, balançou seus cabelos num modo de tentar arrumá-los ou não.

– Hm, Oi, sou a Bella. – disse irônica só para descontrair quando ele me viu. Sua expressão era séria. Como se tivesse acabado de presenciar uma morte trágica. – Que foi, morreu alguém? – perguntei e ri de leve.

– Acho que a Bella morreu, pelo menos a comportadinha fingida. – provocou ele.

– Não adianta me provocar Harry. – disse dura e séria.

– Certeza? Porque creio que as minhas palavras de hoje mais cedo ainda rondam a sua mente, estou mentindo? – perguntou cínico com um sorriso nos lábios. Descarado imbecil.

– Não, não está, mas isso não quer dizer que me importa, não agora. – disse seca.

– Sério? Porque eu acho que alguém andou chorando aqui. – disse ele se aproximando e fitou meu rosto. – Não é? – perguntou zombando.

– Vai ficar aqui para me encher mais ou vai sentar e beber? – perguntei sem mais delongas.

– O que eu ganho? Só vinho? – atentou.

– Só vinho. Até porque creio que é a única coisa que presta aqui. – disse convincente.

– Que isso, eu presto aqui. – disse ele descarado e eu gargalhei.

– Não, tanto eu como você não prestamos Harry, aceite o fato. – disse já enrolando na fala. Olha a bebida fazendo efeito, confesso que eu era fraca para vinho, não sei o porque.

– Perfeitos um para o outro, tanto em comum. – disse debochado Harry.

– As vezes o que é parecido demais não agrada, no fim não combina. – disse e ri.

– Nossa, mas que facada no peito. – disse ele fingindo ter sido atingido com uma faca e ambos rimos. Já tínhamos aberto outra garrafa de vinho e mandávamos ver bebendo. Bêbados, eu e Harry.

– Não fique triste babe, podemos nos divertir. – provoquei brincando e ele me fitou sério.

– Hm, gosto dessa idéia. – ele disse se aproximando de mim. Meu cigarro já havia chegado ao fim e meu copo estava sobre a mesa vazio. Deixando então minhas mãos livres. Ele sorriu malicioso se aproximando mais, fui indo devagar para trás e eu via o sofá se acabando e eu não teria mais para onde ir. Ri da situação, bêbados e falando merda. Eu e Harry após uma briga feia, após falarmos coisas horríveis um para o outro. Bela relação estranha tínhamos. Sem querer fui obrigada a me deitar no sofá, arqueei as sobrancelhas e Harry sorriu sem vergonha se pondo em cima de mim.

– O que pensa que está fazendo? – perguntei o desafiando.

– Que tal nos divertimos? Juntos. – disse ele sorrindo me fitando.

– Que tal você me deixar sair de baixo de você e pegar outro cigarro para mim? – disse e ri de leve. Enquanto ele me fuzilou, mas permaneceu onde estava sem se mover.

– Cigarro? Jura? Vai deixar um gosto horrível na sua boca. – disse ela com cara de nojo.

– Ué, e o que isso de importa? – perguntei dando ombros.

– Como irei te beijar assim? Odeio esse gosto de cigarro. Perco o tesão, sério. – disse ele fazendo uma careta.

– Você não gosta de garotas que fumam? – perguntei sorrindo de lado.

– Não gosto do gosto que deixa na boca delas, mas delas, bom, é mulher, sendo bonita e gostosa eu gosto. – disse ele com um largo sorriso.

– Hm, e cérebro, você não gosta não? Prefere uma bunda grande e gostosa? – perguntei com uma careta estranha.

– Depende, pra fuder não precisa ter uma inteligência grande. – disse ele sussurrando em meu ouvido.

– É por isso que elas transam com você. Burras. – disse o empurrando e não contive o sorriso ao ver sua cara de taxo.

– E o Niall? Como vai o namoro de vocês? – perguntou provocando.

– Não estávamos namorando Harry, você sabe disso. Estávamos ficando e agora nem sei mais se isso restou. – disse um pouco desanimada.

– E isso te afeta? Magoa? – perguntou ele atentamente me olhando.

– Te importa se eu falar meus sentimentos? Afinal eu sou uma otária vagaba não é? – perguntei com uma expressão mais séria.

– Uma vadia louca. – disse ele rindo. – Mas isso não quer dizer que não tenha sentimentos, só não sabe usá-los. – disse ele calmamente.

– Harry Styles me dando conselhos de como demonstrar sentimentos? Ual. – disse caçoando.

– Olha como você deve estar no fim do poço mesmo hein. – brincou ele e ambos rimos.

– Idiota. – xinguei para não perder o costume.

– Não perde a chance de me ofender né? Estou aqui te ajudando quando devia estar te dando uns tapas e me retribui assim? – disse ele fazendo biquinho.

– Aw tadinho. – disse e apertei suas bochechas rindo.

– Gosto quando me toca. – disse ele com um leve sorriso de canto.

– Porque? – perguntei e ri timidamente.

– Porque me arrepio facilmente. Só com você. – ele disse sério me fitando.

– E não se arrepia facilmente com as outras porque? – perguntei provocando.

– Elas não têm essa verdadeira marra que você tem. – disse ela sorrindo.

– E o que essa marra te provoca? – continue provocando.

– Quer mesmo que eu te diga, ou que eu mostre? – disse Harry com malicia ao extremo.

– Não sei se vou notar algo se tentar me mostrar? – zombei e ele me fuzilou.

– Aé? – disse ele e então pegou em minhas duas pernas as arrastando até seu colo. Cada uma delas ficou de um lado e meu rosto estava tão perto do seu, nossos corpos bem colados e alinhados perfeitamente. Encaixados, como peças que se completavam. Ele me olhou nos olhos e suas mãos desceram até minha cintura. Sorri involuntária.

– Sorrindo é? Gostando de ficar assim? – perguntando ele com a voz mais rouca em meu ouvido, num sussurro que me arrepiou.

– Acho que não é só você que se arrepia fácil. – disse rapidamente sem pensar.

– Acho que quando estamos juntos faíscas acontecem. – disse ele zombando e rimos.

– Devemos deixar isso acontecer? – disse e mordi o meu lábio inferior de vagar.

– Devemos não deixar acontecer? – perguntou ele fitando meus lábios.

– Você está se excedendo. – eu disse e tentei me livrar de seu colo. Segurou-me firme em seus braços me trancando em uma espécie de abraço.

– Qual é, me deixa sair. – disse tentando me livrar de seus braços. Mas era fortinho. Foi em vão as tentativas.

– Você provocou Bella. – ele disse sorrindo de lado.

– Não provoquei ninguém não, você que não agüento nada, fraco. – disse provocando. Ok, eu provoquei, confesso. Ri internamente.

– Viu como provoca? Agora agüenta você Annabella Carraro. – ele disse e então foi de encontro ao meu pescoço. Dando leves beijinhos que arrepiavam ligeiramente os meus pelos do braço. Ajeite-me em seu colo, ele soltou confiante os seus braços, agora apertando minha cintura. Seus leves beijinhos deram lugar a chupões fortes e que com certeza deixariam ali suas marcas. Eu revirava os olhos as vezes, eu adorava caricias daquele tipo. Sua mão esquerda subiu agarrando meu cabelo e tombando minha cabeça um pouco para o lado, dando meu pescoço mais ainda de presente a ele. Começou a morder e lamber, intercalando com beijinhos e alguns chupões. Eu respirava pesado. A sua mão direita ainda em minha cintura me apertou contra baixo e eu pude sentir sua ereção ali. Gemi baixinho e ele riu de leve. Subiu até minha orelha, mordiscando o meu lóbulo, e eu sorria involuntária enquanto a sua mão em minha cintura novamente agiu, desceu até minha bunda dando um aperto forte que fez meu corpo se projetar para cima por um instante. Foi distribuindo beijos pelo meu queixo até encontrar a minha boca, a tomando em um beijo quente e cheio de desejo, logo pediu passagem para a língua e eu cedi, deixando invadir cada canto da minha boca com vontade, minhas mãos agarraram seus cabelos atrás e puxei, soltando nossos lábios, ele me encarou confuso e eu sorri maliciosa...