Another World escrita por Loving1DBR


Capítulo 1
Belo castigo.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo e espero que gostem. LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Giulia POV

Levantei-me com dificuldade, pois a preguiça dominava o meu corpo. Eu havia chegado quase amanhecendo em casa e provavelmente eu levaria uma bronca daquelas nesta manhã, ou seja, minha vontade de levantar e ter que falar com meus pais, era mínima, levar sermão? Tai uma coisa que eu detesto. Porém uma hora eu teria que encarar logo isso, com certeza iria tirar parte da minha mesada e eu não me importava muito. Fui em direção ao banheiro ainda sonolenta e com os olhos pouco abertos, me olhei no espelho e me deparei com a maquiagem de ontem toda borrada, passei a água pelo meu rosto para despertar e me despi logo após eu adentrei ao boxe e senti as gotas quentes tocando meus ombros gelados. Terminei o banho, me enrolei em uma toalha e peguei qualquer roupa (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=48775097&.locale=pt-br) para encarar as feras, ou melhor, a fera, pois meu pai era mais liberal confiava mais em mim, ao contrário da minha mãe que estava a ponto de me colocar em um internato. Desci as escadas devagar e ouvi meus pais conversando, mas não conseguia entender. Resolvi então agüentar o que viria, entrei na sala e eles me olharam simultaneamente.

- Querem falar comigo né? – fiz a pergunta forçando um sorriso.

- Sim minha filha. – falou meu pai calmo e devagar.

- Claro Giulia, eu sei bem a hora que chegou e o jeito que chegou, acha mesmo que isso é bom pra sua reputação e pior ainda, para a nossa também? Tentamos de por na linha, principalmente seu pai sendo bonzinho com você, mas chegou ao limite. Vai haver um castigo, ou melhor, não é um castigo, pois não encaro como ruim, mas será bom para aprender. – disse minha mãe rude enquanto me fitava séria.

- Nossa mãe, se acalme, não é pra tanto. – disse e ri de leve.

- Dessa vez não estamos brincando Giu. Desculpe. – falou meu pai dando um leve sorriso de lado tentando não aparentar ter sido grosso. Meu pai não era nunca assim.

- Ok, qual o castigo, retirar toda a minha mesada? – arquei as sobrancelhas.

- Não. Você irá para o acampamento este ano. Sei bem que não queria, mas será obrigada a ir. – disse minha mãe por fim já se levantando.

- Mas... – fui interrompida.

- Mas nada, decidido, suba e faça suas malas. – minha mãe disse se retirando logo dali.

Sentei ao sofá ao lado de meu pai e encostei a cabeça em seu ombro.

- Não adianta nem pedir nada, dessa vez eu estou de mãos atadas meu anjo. – disse meu pai cabisbaixo.

- Ah pai, sabe bem que não quero ir pra lá. Sabe bem. – disse choramingando.

- Mas terá que ir. Será uma boa oportunidade de mostrar você de verdade, não só a parte frágil que sei que foi machucada inverno passado, mas também a parte forte e que sabe colocar qualquer um em seu devido lugar. – meu pai disse tentando me confortar, de certa maneira ele estava conseguindo.

- É, acho que está certo. – levantei rápido dando um beijo na testa de meu pai e subindo as escadas. Eu iria arrumar logo a minha mala. Até que realmente não seria má idéia voltar para o acampamento e mostrar quem eu sou de verdade. Principalmente para a minha querida priminha que não sabe nada se comportar como uma dama, mas se faz de uma. E também teria que encarar ele, sim, infelizmente eu teria que encará-lo com certeza. Mas eu seria forte perante todos que já me machucaram, conheceriam a nova Giulia Marcone.

Cheguei ao meu quarto já entrando e abrindo o guarda-roupa, não sabia o que levar, então fui jogando tudo o que estava na minha frente na mala, levaria tudo que podia, assim não ficaria na dúvida e não precisaria ‘’arrumar’’ de fato a mala. Terminei o processo super rápido e desci as escadas, eu sabia que o acampamento começava já hoje, meu pai iria pra lá, ele controlava a parte musical do local. Fui até a garagem e meu pai já me esperava, minha mãe viajaria hoje para a França para assistir a um desfile de uma estilista amiga sua. Éramos só eu e meu pai e isso seria ótimo, conversaria a viajem toda sem a minha mãe me chamando de imatura, irresponsável ou seja lá o que ela falaria como sempre fala e sempre irá falar.

Annabella POV

Como era difícil acordar tão cedo assim em um sábado. Qual é tia? Pra que inventar de me colocar em um acampamento cheio de patricinhas e garotos metidos a pegador? Eu não iria responder por mim naquele lugar. Tomei um banho quente antes de arrumar minhas coisas, que para variar eu tinha deixado para a ultima hora, pois ainda tinha uma pequena esperança de que minha tia iria mudar de idéia e simplesmente me deixar ficar em casa e curtir com os pouquíssimos amigos que eu tenho, de fato seria melhor eu aqui do que eu em um acampamento ridículo onde eu odiaria as pessoas e as pessoas me odiariam. Mas se tem uma coisa que minha tia é, é persistente e como eu odiava isto. Desci rapidamente as escadas e o motorista dela já havia pegado a minha mala, apenas fui até a garagem onde minha tia me esperava com um grande sorriso na cara, como se ela tivesse tomado a melhor decisão para mim. Claro tia, ótima decisão.

- Não sei pra que ele deve trazer minhas malas, logo de manhã e ele acordando cedo pra isso. – disse para minha tia me referindo ao motorista.

- É o trabalho dele, depois de tanto tempo ainda não sei porque não se acostuma logo com as mordomias que tem Bella. – disse ela entrando no carro.

- Um dia quem sabe. – bufei e entrei ao carro sentando ao seu lado.

- Deve se comportar no acampamento querida. – disse minha tia ainda concentrada no celular, sempre.

- Claro tia. – sorri irônica e ela me fitou.

- Não gosto dessa risadinha, eu estou falando sério Anna, sem aprontar nada, absolutamente nada, você me entendeu? – disse ela séria enquanto eu tentando segurar o riso.

- Ta ok tia. – disse revirando os olhos.

Estávamos na estrada, eu adorava olhar as paisagens, sempre adorei. Sentia-me livre, calma. Talvez esta fosse a parte boa do bendito acampamento, teria ar fresco, eu teria liberdade, isso me ajudaria com certeza a manter a calma e não pular no pescoço de quem me enchesse a paciência. Comecei a lembrar de meus pais e me deu um aperto no peito. Eu evitava lembrar, pois doía, eu sentia falta do meu pai, eu sentia falta da minha mãe que eu mal podia ver. Deixei escorrer uma lágrima em meu rosto, mas enxuguei rapidamente, encostando a cabeça no bando e dormindo calmamente.

- Acorda Bella. Chegamos. – disse minha tia me chacoalhando.

- Ok! Vamos para o treinamento. – disse me despertando.

- Treinamento? – perguntou ela confusa.

- É, tipo um ‘’teste a paciência da Bella’’ – disse com um sorriso a encarando.

- Engraçadinha você, acho bom mesmo aperfeiçoar esta sua paciência que eu sei que anda em falta. Colabora aqui, sou uma grande amiga de um dos donos e coordenadores. Não quero que me desaponte Annabella. – disse ela me depositando um beijo na bochecha e saiu, acenando um tchau e entrando no carro me deixando ali completamente sem ninguém e sem saber o que fazer. Acho que eu devia ter chegado muito cedo, pois não havia ninguém lá fora. Resolvi então andar pelo lugar, enorme e cheio de arvores, pelo menos isso me agradou. Ouvi uma grande gritaria em um salão que avistei a minha vista. Pois é, estava enganada, eu tinha chegado atrasada, decidi tomar coragem e ir lá, atravessando uma ‘’rua’’ que dava pra uma entrada lateral, chamaria menos atenção. Pois mal consegui atravessar a rua e quase fui atropelada.

- Qual é o ser idiota que consegue quase atropelar alguém em um acampamento? – gritei nervosa com o carro encostado em minhas coxas.


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Notas finais do capítulo

Hey gente, se estiverem gostando e forem acompanhar, deixem um recadinho aqui pra mim, uma reviews POR FAVOR. Obrigada desde já :3