Tricks of Fate escrita por Sali


Capítulo 39
"Está claro que o seu problema é só preconceito."


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaaaaah, mi ladies.
Depois de... uma certa demora, cá estou eu! *u*
E dessa vez eu tenho boas explicações pro bloqueio que me deu. E toooodas elas estarão nas notas finais.
POR FAVOR LEIAM-NAS, apenas para evitar... futuras surpresas desagradáveis.
C'est tout. Leiam! :D



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Logo que Madison pegou no sono eu saí do quarto, indo até uma lanchonete próxima ao hospital. Eu tinha um leve receio de encontrar Eva no caminho, afinal ela provavelmente ainda estava com raiva de mim, e sabe-se lá o que uma mãe com raiva pode fazer. 

Por sorte, não encontrei nenhum Dale no trajeto, e me sentei em uma mesa vazia depois de pegar um sanduíche e um copo de chocolate quente para mim. Afinal, já passava do meio dia. 

– Tori! – Ouvi a voz de Yuri e me virei, vendo o garoto moreno vindo na direção da minha mesa. 

– Hey, Yuri! Senta aí. – Sorri, empurrando uma cadeira para ele, que se sentou. 

– Como está Maddy? – Ele perguntou.

– Está ótima. – Sorri, tomando um gole do meu chocolate. – O médico disse que ela vai ter alta ainda nessa semana!

– E Eva? 

– Bom... teve uma discussão entre ela e Maddy agora há pouco. Acho que o ódio dela por mim aumentou mais, se é que isso é possível. – Revirei os olhos e Yuri riu. 

– Relaxa, isso passa.

– Será? 

– Bom, com esperança... 

Dei uma risada.

– Com esperança... – Repeti.

Yuri riu e assentiu com a cabeça.

– E Tom, onde está? 

– Ele disse que já estava chegando aqui. – Ele deu de ombros. – Nós vamos almoçar com os pais dele. – Yuri abriu um sorriso radiante.

– Sério? Que ótimo!

Ele sorriu e assentiu, pegando o celular do bolso.

– Ah, ele chegou. – Disse depois de mirar a tela do objeto. – Eu já vou, Tori. Até outra hora. Boa sorte com Eva e Maddy. – Ele sorriu e nós nos levantamos.

– Obrigada, Yuri. Até outra hora. Boa sorte com a família Asher. – Sorri e ele riu. 

– Muito obrigada. 

Nos abraçamos e eu voltei a me sentar enquanto Yuri saía da lanchonete. 

Terminei de comer a metade restante do meu sanduíche e tomar o que sobrara do chocolate quente sem demora, me lembrando das discussões com Eva. Depois de pagar o meu "almoço", saí da lanchonete e resolvi caminhar pela rua, vendo as lojas que se espalhavam por ali. Parei diante de uma vitrine onde haviam alguns colares, pulseiras e brincos expostos. 

– Deseja alguma coisa? – Uma vendedora perguntou logo que eu adentrei a loja. 

– Por enquanto não. Eu estava apenas olhando esses colares. 

– Certo. – A vendedora sorriu. – Qualquer coisa, estou no balcão. Meu nome é Jenny.

– Obrigada. – Dei um sorriso leve de volta e assenti com a cabeça, colocando as mãos nos bolsos e correndo os olhos pelos diversos colares pendurados em uma das paredes. 

Estiquei a mão e toquei um pingente delicado, em forma de um coração plano, com a letra A gravada delicadamente. 

– Gostou desse? – A vendedora, Jenny, surgiu ao meu lado, me dando um sobressalto. 

– Sim. – Sorri. – É bonito. 

– É da nossa nova coleção, inteiramente banhado em prata.

– Quanto é?

– Quinze dólares. – Ela sorriu. 

– Ok. Eu vou levar. Tem com a letra M?

– Sim. – Ela disse, puxando alguns colares para frente e tirando o coração com a letra M gravada. – É uma boa escolha. – Ela sorriu e andou até o balcão. Segui-a sem demora. – Qual é o seu nome?

– Victoria. – Respondi e ela arqueou a sobrancelha. 

– Victoria? E o M? É para quem? Bom, se isso não for muita intromissão. 

– Não. – Sorri. – Não é nada. E o presente é para a minha namorada, Madison. 

Percebi a expressão da vendedora mudar levemente, como se o seu sorriso houvesse diminuído. 

– Ah. Entendo. É um bom presente. 

Sorri. 

– Quer que embrulhe para presente?

– Tem alguma caixinha? – Perguntei.

– Temos as de veludo. – Ela disse, mostrando através do vidro do balcão algumas caixinhas de veludo com cores claras. 

– Pode ser a azul?

Ela sorriu e assentiu, pegando uma das caixinhas, de veludo azul claro. Observei enquanto o colar era guardado dentro da caixinha, e essa colocada dentro de uma sacola branca, com a marca da loja. Paguei o preço do colar e a vendedora me entregou a sacolinha com um sorriso e um "volte sempre", que eu retribuí com educação.

Deixei a loja e voltei a caminhar pela rua, dessa vez em direção ao hospital. 

Não demorei muito para chegar ao meu destino, e subi para o quinto andar, caminhando pelos corredores em direção á sala de espera próxima ao quarto de Madison. 

– Você tem que fazer alguma coisa, John! – Era a voz de Eva que ecoava, quase gritando ali. Parei e fiquei atrás de uma parede, sem ser vista pelos dois.

– O quê? O que eu posso fazer? Madison tem quase dezoito anos! Ela não é mais uma criança, Eva. E por mais que seja difícil, nós temos que superar isso. Ela tem idade o suficiente para fazer as próprias escolhas, inclusive a escolha de ter uma namorada e morar com ela. 

– Ela pode ter essa escolha, mas isso não significa que pode simplesmente trazer essa garota para morar com ela no apartamento que nós compramos. 

– Eva, qual é o seu problema com Victoria? Ela é uma boa garota, educada, simpática e faz a nossa filha feliz! Você não acha isso o suficiente?

– Ora, John. Resolveu ficar do lado dela também? 

– Lado?! Eva, por favor. Ouça o que você está dizendo! Isso não é uma guerra, não tem lados. É só uma aversão um tanto quanto infantil que você tem por uma garota de dezessete anos! E uma aversão sem recíproca, porque sempre, sempre que eu vejo você e Victoria conversando, são apenas ofensas que você manda e ela recebe, sem nem revidar.

– Ok, eu já entendi, você está defendendo essa garota. Por que, John? Olha só, ela não serve para a nossa filha. Ela não tem pai nem mãe, foi criada pelo tio! Só veste roupas masculinas e ainda por cima vive andando com esse skate para cima e para baixo, com um bando de garotos!

Arregalei os olhos ao ouvir as palavras de Eva. Eu já estava acostumada com as suas inúmeras ofensas direcionadas a mim, mas por algum motivo, aquela me surpreendeu.

– Esse "bando de garotos" é o grupo de amigos da nossa filha, Eva. E, até onde eu sei, você sempre gostou deles.

– Mas você sabia que aquele loiro, Thomas, e o outro, Yuri, são namorados?

– Ah! Que legal! Exatamente como Madison e Victoria. 

– John!

– O que foi, Eva? Eu já me cansei de discutir com você. Está claro que o seu problema não passa de puro preconceito, e isso é ridículo. – Ele deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça e caminhando em direção ao corredor onde eu estava. Me afastei dali rapidamente, recuando alguns passos e fingindo que eu estava andando em direção à sala. Assim, ainda consegui ouvir uma exclamação de Eva.

– Onde você vai, John?

– Vou te deixar pensar um pouco nesses absurdos que você falou. – Ele respondeu simplesmente, e eu vi o momento em que ele adentrou o corredor onde eu estava. 

Abaixei os olhos para a sacola em minhas mãos e continuei andando em direção à sala de espera. Percebi que o pai de Madison lançou-me um olhar ao passar por mim, mas preferi fingir que não tinha visto. 

Para chegar ao quarto de Maddy, era preciso atravessar a sala de espera. E, depois da discussão que eu presenciara, tudo que eu menos queria era estar no caminho de Eva. Resolvi dar a volta e descer novamente, chegando ao jardim que rodeava o hospital. 

Caminhei por entre os jardins e pensei nas flores coloridas que provavelmente se desabrochariam na primavera, e imaginei quantas pessoas elas já haviam alegrado. Pessoas em recuperação, pessoas em estágio final, pessoas que perderam pessoas. 

Resolvi me sentar em um dos bancos de concreto, logo abaixo de uma árvore, com flores que exalavam um perfume agradável. Peguei a caixinha de veludo com o presente de Madison e abri-a, passando o dedo pelo pingente plano em forma de coração. Imaginei-o no pescoço dela, sobre a pele branca, e sorri. 

Fiquei sentada naquele banco por algum tempo, apenas pensando em diversas coisas, até que eu senti algo molhar-me o rosto. Olhei para cima e vi que uma chuva fraca começava a cair. Resolvi voltar para dentro do hospital, imaginando que naquele momento Eva não estaria mais ali. 

Subi até o quinto andar e segui o corredor pelo qual eu havia passado mais cedo. Atravessei com passos rápidos a sala, entrando logo no corredor que levava ao quarto de Madison. Brincando com a sacola, andei pelo corredor, até que um chamado me fez parar.

– Victoria!

Era a voz de Eva. 


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Notas finais do capítulo

Oooi :33
Ok, eu devo explicações para vocês, certo? Então... bom... vamos lá.
Para começar, eu tenho uma notícia triste para dar pra vocês. Bom... é com muito pesar que eu anuncio que Tricks of Fate, na altura do seu trigésimo nono capítulo, está no fim. Sim, exatamente. Fim. Tá acabando.
É... Eu não sei quantos capítulos ainda vai durar, mas posso dizer que é difícil que passe do 45.
Bom, outra coisa, é que eu estou começando uma fic com a linda da Dark. Se vocês não conhecem, bom, podem ir lá no perfil dela, que ela tem uma fic Yuri também. O perfil dela está na página inicial de ToF, pq ela é uma linda que recomendou a fic (podem seguir o exemplo dela tá? Eu deixo). Essa fic nova também é Yuri e promete ser bem legal. Então eu espero a presença de vocês lá, por mais que nós ainda não tenhamos postado.
Ah, e, por favor, não me matem por causa desse suspense. Eu juro que vou tentar não demorar tanto no próximo.
E... pra finalizar... quem comentou no último cap! >.
» Dark (uia!)
» Baunilha (outra guria muuuito daora u.u)
» Beatriz Moreira
» Samyni (também é muito daora, não precisa me bater. Tem parêntese no seu nome, ó o ciúmes)
» Hachimenroppi (velho, ela tem uma fic muito foda. Vão lá no perfil dela. Tem o link no meu perfil)
» Baka Senpai (ó o IBAMA, minha filha).
» Leah Shintekyo (abandonei ninguém!!)
E só...
Gente, só eu que achei que as leitoras sumiram? Tô sentindo falta, po! Voltem! Eu amo vocês!
Enfim, enfim.
Au revoir!
~Sali T.