Transfiguratus Futura escrita por Hawtrey


Capítulo 1
O Inicio da Mudança


Notas iniciais do capítulo

Está é a SEGUNDA TEMPORADA de Uma Nova História, Um Novo Destino.
Aproveitem e não deixem de comentar!!!
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Samantha, nervosa, conversava com Harry. Estavam na casa dos Dursley a menos de duas semanas e já estavam de castigo. Mas não era sobre isso que conversavam e sim sobre o fato de que hoje, Samantha já estava de malas prontas, ela irá passar o resto do verão com Snape. Só não sabia quem viria busca-la, e isso a preocupava.

— Eu acho que ele mesmo vem buscar você — opinou Harry.

— Eu também acho. E é exatamente isso que me preocupa — comentou Samantha pensativa.

Eles estavam no quarto de Harry quando ouviram o familiar grito do tio “Potter! Abra a porta”.

O fato de os Dursley não saberem que Snape é o verdadeiro pai de Sam foi uma decisão de Dumbledore, então quando o tio chamava “Potter!”, ele chamava os dois. Samantha, a pedido/ordem de Petúnia, foi arrumar o armário da cozinha, o que não era muito fácil já que seu braço ainda doía e provavelmente ainda estava roxo, umas das consequências do castigo.

Valtér estava na sala lendo o jornal e de forma ríspida perguntou:

— Quem é que está na porta, Potter? — ele levantou e andou até a porta.

A garota estranhou quando a sala entrou em completo silêncio.

— Posso entrar? — perguntou um homem com a voz rouca.

Samantha a reconheceu no mesmo instante, correu até a porta de entrada e se deparou com o tio ligeiramente pálido e paralisado. Harry criou coragem e puxou a visita para dentro, fechando a porta em seguida. Valtér passou de pálido para vermelho de raiva.

— Como ousa Potter! Sabe muito bem que não aceitamos gente da sua laia! Para o quarto vocês dois agora! — ordenou ele furioso, e vendo que ninguém se mexeu, caminhou até Samantha e ameaçou — Vai logo garota! E leve seu irmão junto, ou quer que eu deixe vocês sem comer mais uma vez-

— Espere! — interrompeu Harry — Nós já vamos — completou já puxando Samantha.

Tia Petúnia entrou na sala com Duda e estancou:

— Quem é ele, Valtér?

— Er... Esse é o nosso professor de Poções em Hogwarts: Severo Snape — apresentou Harry.

— Você! — exclamou Petúnia assustada — Você é aquele garoto do parque e que foi para Hogwarts com Lilian.

— Eu diria que é um prazer revê-la Petúnia, mas eu estaria mentindo — retrucou Snape irônico.

— Conhece ele Petúnia? — perguntou Valtér.

— Conheci ele quando criança, era amigo de Lilian — respondeu ela sem tirar os olhos de Snape.

— E ainda é — afirmou Lilian entrando na sala.

— Disse que ia esperar lá fora — lembrou Snape crispando os lábios.

— Até parece que eu perderia a chance de rever minha maninha — respondeu ela sarcástica.

— Eu recebi uma carta dizendo que estava viva — comentou Petúnia quase num sussurro.

— Eu quero deixar bem claro Petúnia — começou a ruiva séria — Eu ainda te amo como irmã pelo tempo em que vivemos juntas, pela forma que fomos criadas. Agradeço por ter recebido meus filhos em sua casa, mas jamais o perdoarei por deixar seu marido ser tão cruel com eles, por deixar seu filho crescer desse modo e principalmente por ser essa pessoa ignorante, ríspida e preconceituosa que se tornou.

— Você não mudou nada... — comentou Snape.

— Harry, arrume suas coisas, seu pai está esperando lá fora — disse ela sem deixar de fitar a irmã.

Harry não esperou por mais e correu para o quarto para arrumar suas coisas.

— Filha, pegue suas coisas agora, não quero ficar nem mais um nesse lugar e muito menos você — decretou Snape entredentes.

— Filha? — estranhou Petúnia acordando do transe — Pensei que você fosse filha de Lilian...

— E sou — confirmou Sam — E dele também — completou apontando para o pai.

Petúnia arfou e ainda pasma, sentou-se na cadeira mais próxima.

Samantha e Harry apressaram-se em pegar suas coisas. Harry não teve muito trabalho, já que ele nunca chegou a esvaziar totalmente a mala que levava para Hogwarts.

— O que você acha que vai acontecer depois? — perguntou ele preocupado quando entrou no quarto.

— Depois? — questionou Sam confusa.

— É depois — confirmou Harry — Quando estivermos morando com nossas famílias... não vamos mais precisar morar com os Dursley!

Você vai morar com sua família, eu vou morar com meu pai, minha família seria ele, mamãe e você — corrigiu Sam enfiando alguns livros dentro da mala do irmão — Mas sim, você está certo: há duvidas quanto ao futuro... e sinceramente, prefiro deixa-las sendo duvidas.

— Acha que meu pai atrapalha alguma coisa? — questionou Harry tentando colocar a coruja de Sam na gaiola.

A garota riu suavemente e disse:

— Todo Potter atrapalha em algo, Harry... Caso contrario, não seria um Potter.

— Acha que a mamãe gosta do Snape? — questionou Harry estranhando a situação.

— Acho que ela ama seu pai.

— Você sempre tem uma resposta em mente?

— Quase sempre — respondeu Sam rindo.

— Espera — pediu Harry voltando a encara-la — Ela pode sim amar meu pai, mas isso não significa que ela não ama seu pai.

— Você sempre foi meio lerdo assim? — questionou a garota rindo.

— Ela ama os dois! Oh Merlin! — concluiu Harry pasmo.

Rindo ainda mais, Sam pegou suas coisas e acompanhou Harry de volta a sala.

— Então você tem um problema... — disse ela fazendo Harry parar no pé da escada.

— Que problema? — questionou vendo Sam passar por ele com um ar divertido.

— Porque quando se ama duas pessoas ao mesmo tempo, deve-se escolher a segunda — respondeu ela indiferente.

— Por que? — perguntaram Lilian e Harry visivelmente interessados.

— Porque se amasse mesmo a primeira, não teria uma segunda opção — completou no mesmo tom.

Lilian ficou ligeiramente vermelha e Harry ficou inquieto. Ai tem problema..., pensou Sam.

— Vamos? Quero sair daqui imediatamente — apressou Snape e com um aceno de varinha fez todas as malas desaparecem.

— Onde vamos ficar? — questionou Harry para Lilian quando estávamos do lado de fora.  

— Na Mansão Snape.

Ele tropeçou e Sam estancou.

— Uou! Como assim?! — questionou exasperada.

— Algum problema? — questionou a ruiva indiferente.

— Claro que não — ironizou Harry recuperando-se.

— Só me diz como Severo Snape e James Potter vão conviver na mesma casa — pediu Sam sarcástica.

— Eles vão se dar bem...

— Mãe, estamos falando de duas pessoas que se odeiam desde o primeiro segundo em que se encontraram. Sabia que isso pode se tornar a III Guerra Mundial?

— Não exagera — pediu James se aproximando.

No céu, o sol estava fraco e havia nuvens carregadas de chuva, o vento frio tornava o clima ainda mais estranho e incomum para o mês de Julho.

— O tempo está mudando... — comentou Snape fitando o céu — Depois que tudo acabar, será uma nova era.

— Pode ter certeza, pai — concordou Samantha fitando Harry.

Ambos deram as mãos e logo desaparataram em frente a uma Mansão, cercada por grandes muros e protegida por um forte e grande portão negro, onde estava gravado dois “S” bem no meio.

— Isso é que é Mansão! — exclamou a garota entrando no terreno.

A Mansão de três andares, possuía um toque de antiguidade em sua estrutura, na decoração interna e externa, na decoração do enorme jardim e nos detalhes entalhados nas portas e janelas, não tinha muitas flores, mas a grama era verde e havia árvores por quase todo jardin.

— Esse lugar é lindo!

— Concordo plenamente — afirmou Harry ao entrar na sala.

— Criei esse lugar com a ajuda da mãe de vocês — revelou Snape sorrindo.

“Estou começando a gostar do seu pai...” disse Harry mentalmente.

“Espere até ele começar a jogar coisas em você, vai morrer de rir com o que ele fala” avisou Samantha.

De repente mamãe correu quase que desesperada para a cozinha.

— O que houve? — questionou James.

Snape apenas riu e a acompanhou, levando todos junto. Quando chegaram, viram-na abraçada com três elfos domésticos de uma só vez. Ao verem Snape, pararam imediatamente e saudaram em uníssono.

— Boa tarde, Mestre Snape.

— Boa tarde. Esses são Louis, Stowe e Amy — apresentou ele apontando para cada um — Pessoal, essa é Samantha Snape, minha filha.

— É um prazer conhecer a filha do nosso Mestre — saudaram os três fazendo uma leve reverência em seguida.

— Esse é Harry Potter e outro é o pai dele, James Potter — completou Snape — Lembre-se: Harry é irmão de Samantha. Amy, pode leva-los para conhecer o resto da casa?

— Claro, senhor — concordou a elfa que usava um vestido simples cinza — Por favor me acompanhem.

— Senhora, senhora — chamou o elfo chamado Louis — Aqui está sua gata.

— Crissy! — a gata negra pulou nos braços de Samantha — Espero que tenha se comportado...

— É uma ótima gata, senhora — elogiou Stowe.

Amy começou a mostrar o primeiro andar, depois passou para o segundo, mostrando o quarto de Samantha e o de Harry que ficavam lado a lado.

O quarto de Sam ficava quase no fim do corredor, onde havia uma porta branca com detalhes parecidos com ramos entalhados na parte inferior da porta, na parte superior havia seu nome “Samantha Snape”.

As paredes do quarto estavam na cor lilás, chegando próximo do branco. Havia um guarda-roupa médio (que provavelmente é enorme por dentro), uma escrivaninha próxima a cama que ficava encostada na parede, uma porta lateral e...

— Uma varanda! — exclamou ela alegre ao ver que a grade da varanda, que impedia que as caíssem, era coberta por flores brancas.

Samantha sacou a varinha e fez com que metade das flores ficassem vermelhas e outra metade ficasse verde-esmeralda.

— Eu tenho mais uma coisa para você — revelou Snape entrando no quarto de surpresa e indo abrir a porta lateral, revelando uma sala perfeitamente equipada para o preparo de poções, também havia duas estantes carregadas de livros variados e um estoque de poções particular para a garota.

— Tem uma biblioteca maior no andar de cima...

Ele não teve tempo de terminar pois Samantha pulou em seu pescoço num jeito que poderia ser reconhecido como um forte abraço.

— Onde você estava escondido esse tempo inteiro? — questionou sem larga-lo.

— Esperando por você eu, eu acho — respondeu Snape sem ar.

— Venha Harry, eu mostro o seu quarto — disse Lilian já puxando o filho.

Harry foi levado para o quarto ao lado, logo na porta teve uma surpresa.

— Essa porta é vermelha? — questionou confuso olhando para a porta completamente vermelha, com seu nome escrito em dourado.

— Sim, querido, é vermelha — confirmou ela abrindo a mesma.

Harry deparou-se com algo que parecia impossível em uma casa do Snape: um quarto totalmente grifinório. As paredes eram todas vermelhas, mas não um vermelho chamativo e sim um pouco mais suave, nas mesmas havia desenhos de pomos de ouro por todo lado e pôsteres do seu time de Quadribol favorito. Sua cama era formada com lençóis igualmente vermelhos e com detalhes em dourado e um brasão enorme Grifinória gravado em uma porta lateral.

— O que tem aqui? — questionou ele apontando para a dita porta.

— Uma surpresa do Severo — respondeu Lilian com os olhos brilhando.

Por um momento Harry hesitou em abri-la, pensou que Snape poderia querer mata-lo e aquele era o momento ideal. Uma bomba ou armadilha do outro lado talvez... Mas sua mãe estava ali e ela confia nele. Se Lilian estava viva e ali, ao seu lado, algo que ele achava impossível de acontecer, então por que Snape também não poderia mudar?

Abriu a porta com um estalo e paralisou com o que viu:

Uma sala repleta de acessórios para Quadribol! Duas vassouras atuais, vários kits de manutenção, uniformes, livros sobre o assunto, pomos de ouro e até mesmo goles! Sem mencionar outros kits que ele não reconheceu de inicio.

— Tem certeza que foi o Snape que fez tudo isso? — questionou ainda pasmo.

— Absoluta. Eu estava presente — confirmou Lilian convicta.

— Brilhante!

— Seu pai contribuiu com algumas coisas, ele brigou consigo mesmo quando decidiu dar a você algumas relíquias de família...

Harry não sabia o que faria primeiro. Diante de grandes surpresas, ele sabia que esse será um ano bem diferente.

Depois de mostrar o jardim, Amy apressou todos com o alerta que perderiam o jantar. Quando o mesmo foi servido, sentiram falta de alguém.

— Onde está James? — questionou Samantha servindo-se.

— Foi resolver alguns problemas no Ministério — respondeu Lilian indiferente.

Todos permaneceram comendo em silêncio, até Samantha decidir que o silêncio havia durado demais.

— Pai — chamou ela inocentemente.

Snape logo a olhou desconfiado.

— Como se sente tendo Harry como seu hospede? — completou ela como se não quisesse nada.

— Nada feliz — respondeu ele de imediato.

Lilian e Harry passaram a prestar mais atenção na conversa.

— Por que? — quis saber a garota.

— Porque ele devia ficar naquela maldita casa que o único lugar que pode protege-lo.

— Então se preocupa com ele? — Sam sorriu de uma forma estranha.

Snape fechou os olhos sabendo que disse o que não devia e tinha acabado de abrir o caminho que a filha queria.

— Não, eu não me preocupo com o Potter mirim — respondeu tentando parecer convicto.

— Está tentando me convencer ou convencer a si mesmo?

— Você.

— Então posso dizer: essa é a pior mentira que já contou em toda a sua vida! — exclamou exasperada.

— Onde quer chegar? — questionou Snape pacientemente.

— Quero chegar à verdade — admitiu Samantha suspirando.

— Ótimo. Comece contando sobre o futuro — pediu Snape sarcástico.

Ele pensou que esse era um assunto sobre qual ela não falaria, mas Samantha já havia decidido que faria qualquer coisa para mudar os acontecimentos desse ano.

— Ah o futuro... — disse ela quase imitando Trelawney — O futuro é algo imprevisível... tão mutável quanto um voou de uma fênix.

— Vá direto ao ponto — apressou Harry.

— E ai Harry? Como tá a vida amorosa? — perguntou ela mudando de assunto.

— Ah tá ótima — ironizou ele — Futuramente vou me casar com a Gina e meu filho vai se chamar Alvo Severo.

Samantha não aguentou e começou a rir.

— Do que está rindo? — questionou Lilian.

— Pois não é... que você acertou! — disse Sam tentando se controlar.

Harry e Snape engasgaram-se com o próprio suco.

— Alvo Severo? — questionou Lilian certificando-se de que ouvira bem.

Sam concordou em meio a risos.

— E ai pessoal? Do que estão rindo? — questionou Aira sentando-se a mesa.

— De onde você veio? — questionou Samantha.

— Snape me deu o endereço hoje de manha e avisou que vocês viriam — respondeu ela rapidamente — Então? Por que estão rindo?

— Harry descobriu que um dos filhos dele vai se chamar Alvo Severo — respondeu Sam recuperando-se.

— Ah... pensei que ele só casaria com a Hermione — resmungou Aira servindo-se.

— Quem é ela? — quis saber Lilian.

— É minha irmã, Aira Snape.

— Sua irmã? Snape, você teve outra filha? Com quem? — perguntou a ruiva num suspiro só.

— Olha o ciúmes... — cantarolou Samantha sorrindo.

Lilian ficou vermelha com o comentário.

— Responda Snape.

— Ela não é filha desse Snape, ela meio que veio de outro mundo, outra realidade — defendeu Harry.

— Eu acho que entendi, eu acho — disse Lilian um pouco confusa.

— Então você é minha madrasta? — perguntou Aira a Lilian.

— Não, sou só uma amiga do Snape — respondeu a ruiva — E não namorada dele.

Sam escutou Harry murmurar um “Ainda...” e teve que segurar mais um ataque de risos.

James Potter que se prepare, pois o amor estar no ar novamente...


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Notas finais do capítulo

O segundo capitulo já está a caminho...



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