The Lost Princess escrita por Lana6Willa


Capítulo 7
Capítulo 5: A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, andei meio ocupada esses dias, mas aí está o quinto capítulo.



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"Por que é que me despertas, hálito da primavera? Fazes-me carícias e dizes: Eu te orvalho com gotas do céu. Mas o meu tempo de murchar vai próximo, está próxima a tempestade que há de arrancar minhas folhas." (Citação de um dos Cantos de Ossian encontrada em Os Sofrimentos do Jovem Werther, Johann Wolfgang Goethe)


Viserys foi o primeiro a despertar, sentindo Rhaenys em seus braços, sentindo o calor reconfortante que emanava de seu corpo. Um dia ainda voltariam à Fortaleza Vermelha, planejava ele, retomariam o Trono de Ferro. Rhaenys seria sua rainha, e o filho dos dois governaria depois deles, casado com uma das irmãs que dariam a ele. Seus outros filhos e filhas arranjariam-lhes alianças com as maiores casas de Westeros, e os Targaryen voltariam ao poder, dessa vez para sempre. Só precisavam arranjar uma forma de derrotar o Usurpador.

Rhaenys começara a insistir na ideia de um exército e de uma aliança com Dorne. "Os Martell não vão me ignorar.", ela dizia, "O Príncipe de Dorne continua sendo meu tio. Ficará do nosso lado, desejará vingar a morte de minha mãe. Dorne, Porto Real. Rochedo Casterly e o Norte. Precisamos deles se quisermos vencer. Dorne já é praticamente nosso. Os traidores Lannisters se voltarão para a nossa causa assim que preceberem nossa vantagem sobre eles. O Norte será mais complicado, mas aos poucos, com guerras ou alianças, também os conquistaremos. Precisaremos de navios e um exército para reconquistar Pedra do Dragão, e daí partiremos para Porto Real. Os outros reinos nos seguirão depois disso, verão que já ganhamos a batalha e tentarão entrar em nossas boas graças". "E os navios e o exército?", ele perguntava. A resposta viera rápida. A baía dos escravos. "E o dinheiro? perguntou novamente. A resposta demorou um pouco mais. "Daremos um jeito."

Quand o Sol já se erguera totalmente, Rhaenys acordou. Acordaram Daenerys e voltaram a andar pelas ruas, agora cheias. De vez em quando paravam para bater em uma porta. Rhaenys tentava parecer frágil e confiável ao mesmo tempo, arregalando os olhos e gaguejando um pouco, tentando comover seus prováveis futuros anfitriões. Mas eles estavam em uma região particulamente pobre e supersticiosa, que olhava com medo para seus cabelos prateados e olhos lilases. Alguns queriam ajudar, mas não tinham condições para isso. Uma senhora deu-lhes algumas laranjas sanguíneas que comprara de mercadores dorneses. Um menino que não devia ter mais que seis anos arrumou-lhes um pouco de água escondido dos pais.

_Mesmo com suas dificuldades arranjam um jeito de nos ajudarem - sussurrou Rhaenys para Viserys e Dany. - E é assim que vamos conseguir o Trono de Ferro. Acharemos um bem feitor rico o suficiente e teremos tudo pronto.

Não acharam tal bem feitor naquele dia. Um casal não tão pobre concordou em dar-lhes abrigo. Duas noites, alertara o marido. Sua mulher era mais gentil, mandara a única criada da casa preparar-lhes um banho, penteou os cabelos das duas garotas e mandou a criada limpar seus vestidos, ainda sujos de palha.

_Você quer ter filhos - afirmou Rhaenys mais tarde, quando se encontravam sozinhas na sala.

A mulher corou. Ela já não era tão jovem, mas era bonita com seus cabelos castanhos e olhos verdes e cansados. Era muito mais alta, fazendo com que Rhaenys se sentisse uma criança perto dela.

_Eu achava que já tinha me conformado - suspirou - Dois anos se passaram, depois três, depois quatro. Acabei desistindo. Engravidei, mas nenhum de meus filhos e filhas sobreviveu. Natimortos, todos eles.

Rhaenys a observava com cuidado,

_Gostaria de ajudá-la, como você me ajudou. Lembrarei de ti quando voltarmos ao Trono de Ferro.

_Não quero ouro, embora o senhor meu marido fosse apreciar tal oferta...

Rhaenys ficou em silêncio por alguns momentos, concentrada. Por fim disse.

_Deixe-nos ficar aqui durante um ano. Podemos ajudar com o que der. Não comemos muito. Se nos deixar ficar aqui, darei-lhes uma recompensa. Não é ouro. - ela disse rapidamente quando a mulher abriu a boca para interromper. - O ouro virá depois. É outra coisa a que lhe prometo. Algo que vocês dois querem.

Os olhos da mulher se esbugalharam ao entender aonde Rhaenys pretendia chegar.

_Você...

_Sim. A lua já veio duas vezes, e meu sangue não desceu. Estou grávida. E se nos deixar ficar aqui por um ano, será teu o filho que carrego no ventre.

* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Por fim, Rhaenys conveceu a mulher, cujo nome era Elenya,a aceitar sua proposta.

_Não posso manter um bebê. Ele será um bastardo, já que Viserys e eu não somos casados. Ainda. Ele não herdará o Trono de Ferro, só nos atrapalhará. Você será uma boa mãe. Você merece, Elenya. - Rhaenys deixou escapar por seus lábios todos os argumentos que dissera a si mesma quando descobrira o que se passava em seu interior.

_Preciso falar com meu marido. - sussurrou, e saiu da sala. Mas ela aceitaria. Rhaenys podia ver em seus olhos.

Os três Targaryen tinham se acomodado em um quarto que teria sido dos filhos de Elenya, caso tivessem nascido. Havia duas camas modestas no quarto. Viserys deu a melhor delas para Daenerys e dividiu a outra com Rhaenys. Era apertado, mas Dany estava exausta.

_Às vezes... é quase como se ela fosse nossa filha. - disse Viserys, observando-a dormir. - E pensar que cheguei a odiá-la quando nossa mãe morreu... - Rhaenys ficou tensa e sua mão desceu sobre a barriga ainda lisa. Tudo o que ela dissera era verdade. Era um bastardo que ela carregava no ventre. Mas também era o filho de Viserys. Um dragão Targaryen.

_Viserys... - ela murmurou tão baixo que ele mal a ouviu. Ela entrelaçou sua mão a dele e levou-a até seu ventre.

_Eu tenho de te contar uma coisa.


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