A Profecia escrita por Semideusa 4ever


Capítulo 3
Brasil! (Sam)


Notas iniciais do capítulo

Esse cap demorou um pouco pra sair...mas ta ai!Espero que amem!



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(Sam)

Eu não relaxei até sairmos dos Estados Unidos. Como eu fui de pégaso, que por sinal é tão rápido quanto um avião, a viagem demorou menos do que eu estava esperando. Foram três dias de vôo, apenas com pequenas paradas para ir ao banheiro, para as refeições e para o descanso merecido de Perola. Sempre que parava eu me informava onde estávamos. Passamos por diversos países, desde o México á Colômbia.

Acampávamos constantemente, mas logo Perola me dava um sinal com a cabeça e continuávamos a viagem. Eu sempre dava o meu máximo para ficarmos o mínimo de tempo possível no chão para não corrermos o risco de recebermos visitinhas, mas, por incrível que pareça durante toda a viagem nenhum monstro foi atrás de nós.

Ao chegarmos ao Brasil eu olhava constantemente para a bussola, que de acordo com ela, agora eu estava muito perto. O Brasil é um país agradável, como disse Apolo, tinha muitas praias. A cidade em que a bussola me indicou era Fortaleza, uma cidade muito quente, mas agradável.

Quando chegamos em Fortaleza nós descemos em uma praia que,aparentemente,estava vazia,preferi assim pois como a névoa é muito frágil no Brasil eu tinha medo do que poderia acontecer se algum mortal visse um cavalo com asas pousar no meio da cidade.Por sorte tinha uma pequena pousada perto da praia,então eu usei o dinheiro que Quiron tinha me dado para não precisar ficar oito dias acampado,isso mesmo,oito dias,eu só tinha oito dias para achar e convencer a semideusa a ir para o acampamento comigo e apenas três para voltar.

O único problema de me hospedar em uma pousada e que eu não sabia como manter contato com Perola, então eu me lembrei que antes de sair do acampamento Percy havia me dado um apito para pégasos, então eu disse para Perola relaxar e dar uma volta pela cidade, mas é claro, por ar. Quando eu falei isso seus grandes olhos castanhos ficaram graves e ela encostou a sua cabeça na minha.

–Não se preocupe comigo quando eu precisar de você eu uso o apito, mas fique alerta.

Eu não queria deixá-la sozinha, mas não tinha escolha. Ela assentiu e desapareceu nas nuvens.

Então fui até a pousada e pedi um quarto, como sou um filho de Atena sou fluente na maioria das línguas, inclusive em português, por isso não tive dificuldades para me comunicar com os brasileiros. Tomei um banho, comi um pouco e logo chamei um taxi e fui à procura da semideusa.

Eu simplesmente rodei a cidade inteira. No final das contas eu parei em frente ao que parecia ser um colégio. O colégio se chamava Alternativa, eu, sinceramente, achei um nome esquisito para um colégio, mas eu fiquei na minha. Paguei o taxista e entrei.

Eu não tinha idéia de como iria encontrá-la, mas mesmo assim eu entrei no colégio disposto a procurar sala por sala se fosse preciso. Acabou que nem foi. Ao entrar eu fui recebido por uma recepcionista, eu disse a ela que era um aluno novo e que o meu pai pediu para ir diretamente a diretoria para conversar sobre a minha matricula. A recepcionista me indicou a sala e disse para eu esperar os alunos subirem para poder falar com a diretora. Depois que ela falou isso me toquei que o pátio do colégio estava repleto de adolescentes, e provavelmente, a garota que eu estava procurando. Ainda era cedo, as portas para as salas ainda estavam fechadas, então eu aproveitei essa oportunidade para tentar encontrá-la.

O que eu sabia sobre essa meio-sangue?Sabia que ela era a semideusa mais poderosa do século, sabia que para mim seu nome era comum, sabia que ela tinha quinze anos e sabia que os nossos destinos estavam entrelaçados de alguma forma... Esqueça essa parte. -grito mentalmente para mim mesmo.

Eu estava completamente perdido, sem direção e apavorado. Aquele colégio deveria ter pelo menos três mil estudantes, como eu iria achar uma única semideusa no meio de tantos mortais?É isso mesmo, ela é uma meio-sangue e eles são apenas mortais. Não desista, você irá encontrá-la. -tentei me acalmar.

Aos poucos fui bolando o meu plano. De acordo com o zelador o primeiro toque para o inicio da aula iria ser daqui a vinte minutos, eu tinha tempo. Iria procurar por ela no meio da multidão, quando a encontrasse entraria na sala dela e faria amizade, e por fim acabaria convencendo-a a ir comigo para um acampamento para ser preparada para uma missão que poderia levá-la a própria morte. Seria uma moleza.

Comecei tentando separar as meninas pelo físico e pela idade. Deveria ter umas duzentas meninas do primeiro ano naquele lugar, pelo menos o número baixara bastante. Eu as olhava uma por uma prestando atenção em seus traços ou em detalhes, mas ainda não tinha nem chegado perto.

Eu estava perdido e completamente tonto pelo desgaste mental por tentar ler todas aquelas garotas. Já começava a questionar o meu treinamento. Então por livre e espontâneo acidente eu a encontrei.

Enquanto eu andava feito um louco não percebi onde estava indo e acabei meio que esbarrando em uma garota, e assim, deixando todos os livros dela caírem. Quando abaixei para pega-los a garota fez o mesmo que eu, e então eu vi o rosto dela. Era um rosto familiar, ela era a garota que eu estava vendo freqüentemente nos meus sonhos. Ela era alta, talvez uns cinco centímetros de diferença em relação a mim. Ela não parecia ter apenas quinze anos, aparentava ser mais velha, tanto por causa de suas feições quanto por causa de seu corpo. O seu físico era atlético, ela possuía uma cintura fina... E bem... Como podemos dizer?Depois eu explico, preciso me concentrar. Ela tinha uma pele clara e seu cabelo castanho-claro era penteado de lado. Seus olhos eram impressionantes,quando ela estava na sombra eles tinham um tom de castanho-mel, mas quando ela ia para a luz eles ficavam esverdeados, eu só pude ver esse efeito quando ela se levantou parecendo constrangida.

Só foi ai que eu percebi que tínhamos ficado o maior tempão nos encarando, senti o meu rosto esquentar um pouco. Então eu olhei para o livro que eu estava segurando, por sorte ele possuía uma etiqueta colada na frente que dizia:

“Clarisse Maria Cabral Montenegro

Colégio Alternativa

1°ano 03 Manhã ”

Quando eu li a etiqueta simplesmente gelei. Era ela, eu tinha certeza. Agora eu entendi a parte em que dizia que o seu nome seria familiar para mim, tinha uma amiga chamada Clarisse no acampamento, filha de Ares, ela não era bem uma amiga, mas era uma conhecida, conta assim mesmo. Hoje definitivamente deveria ser o meu dia de sorte. Nem precisei de uma hora em seu colégio e já havia encontrado a semideusa e ainda por cima já sabia em que sala ela estudava. Obviamente, o meu próximo passo era ir até a diretora e conseguir fazer com que ela me colocasse no primeiro ano três da parte da manhã.

–Gosta de Física?-Ela perguntou para mim.

Claro que sim, eu amava física, mas isso não vem a o caso. Só foi ai que eu percebi que eu estava encarando o livro dela.

–Muito. Me desculpe por esbarrar em você.-disse tentando perecer sutil.

–Tudo bem. -ela falou, acenou para mim de um jeito amigável e foi em direção a escada.

Perfeito, agora eu só precisava encontrar a diretora.

Assim que o sinal para o inicio da aula tocou fui à direção. A diretoria parecia um purgatório, enquanto eu aguardava para falar com a diretora pelo menos três alunos tinham saído de lá chorando. Eu não sabia por que, mas estava muito nervoso. Ao receber um sinal com o dedo da recepcionista, entrei na sala. Era uma sala inteiramente cinza, moveis cinzas e paredes cinzas, e sentada em uma cadeira atrás de uma mesa havia uma mulher alta e muito bonita, com cabelos negros lisos e olhos azuis brilhantes que usava um paletó preto de executiva. Logo que a vi os pelos do meu braço se arrepiaram. Ela fez um sinal para uma cadeira que estava em frente a sua mesa e eu sentei.

–O que deseja meu jovem?-ela perguntou de um jeito amoroso.

–Eu fui matriculado nessa escola recentemente e vim para a primeira aula. –afirmei com um sorriso no rosto.

–Qual é o seu nome jovem?-ela perguntou ainda amorosa.

–Sam Clark.

–Me desculpe, deve haver algum engano, seu nome não esta em nossos formulários.-ela me disse com um sorriso estranho.

Nesse momento eu coloquei o meu plano B em ação. Antes de entrar na sala fiquei pensando o que faria se ela não acreditasse em mim, então me lembrei de uma das visitas de Thalia, filha de Zeus e minha amiga, ao acampamento, neste verão eu pedi para ela me ensinar a manipular a névoa, e foi isso o que eu fiz. Me levantei da cadeira com um único movimento, me concentrei para juntar o máximo de névoa que era possível, o que é bastante complicado levando em consideração que eu estava no Brasil, e estalei os dedos.

–Desculpe-me diretora, mas eu estou matriculado nessa escola. -foi ai que eu percebi que a recepcionista havia entrado na sala junto comigo e completei. –Meu pai ligou para cá há duas semanas com a intenção de me matricular nessa escola, ele me disse que havia falado com a atendente e ajeitado tudo para a minha chegada. Ah... Quase havia me esquecido, ele também pediu para eu ficar na mesma sala em que ele havia estudado. O primeiro ano três da parte da manhã.

–Isso é verdade Lucia?-a diretora perguntou a recepcionista com uma cara confusa.

–Hum... Eu acho que me lembro vagamente de uma conversa que tive com o pai deste jovem. -disse a recepcionista tentando se lembrar.

–Tudo bem então. Lucia acompanhe este jovem até a sua sala e o apresente aos alunos.

Sai da sala deixando uma diretora muito confusa. Logo depois fui levado para a minha nova sala de aula para ser apresentado a minha mais nova colega de turma.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do cap,continuem lendo!Deixem reviews!



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