They Belong Together escrita por Victor Stark


Capítulo 7
Capítulo 6: Yesterday


Notas iniciais do capítulo

Here it is xD
Pontualmente =D
Espero que gostem xD
Kiss =)



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“Ontem, meus problemas pareciam tão distantes; Agora parece que eles vieram para ficar” – Yesterday, The Beatles.


Thor não entendia do irmão ter ficado tão sério, quase não falava mais com ele, ou, quando falava, era algo do tipo “Vamos Logo”, ou “Vamos Parar e Comer”. E o Deus do Trovão estava ficando irritado com aquela antipatia por parte do outro.

Eles estavam caminhando por aquele estranho mundo, Musphelhein. Era talvez o mundo mais estranho e selvagem que exista. Imagine, um planeta totalmente inóspito por seres de inteligência, apenas árvores e alguns animais com propriedades realmente raras, além de perigosos.

Só que nenhum dos dois Deuses temiam os animais, mas sim a tensão que crescia cada vez mais entre eles. Thor sentia vontade de agarrar o irmão e forçar-lhe a dizer qual era o problema, mas de alguma forma, a autoridade que sempre lhe pertencia, lhe havia sido removida.

Diferente do outro planeta, Musphelhein ficava todo o tempo escura, e a única coisa que a iluminava eram vaga-lumes estranhos que se mantinham acesos por todo o tempo, além é claro, das estrelas do Cosmos, que eram vivamente iluminadas.


Dias haviam se passado, e talvez, Loki havia falado vinte palavras com Thor no máximo, aquilo matava o loiro. Principalmente pela corrida rápida que o moreno insistia em andar por aquele lugar, tentando de todas as formas encontrar a saída daquele mundo e voltar para o deles.

A cabeça de Loki latejava, era uma dor de cabeça de culpa que apenas lhe dizia “Vergonha”, “Vergonha”. E isso lhe deixava deprimido, não tinha vontade de comer, dormir, em realidade, não tinha vontade de fazer nada. Embora, sim, ele tinha uma vontade. Sua vontade era voltar para Asgard, agora mais do que tudo, queria o abraço apertado de sua mãe de criação, mesmo que não tivesse o apoio do pai, desejava o lar mais do que tudo.

— Loki, acho que devemos parar para descansar, apesar de eu não me cansar...

— Você não nos colocou nisto? Agora aguenta!

— EI! — Bradou o loiro, imprensando Loki em uma das árvores, fazendo-o bater a cabeça na madeira rija e escura como uma parede de ferro. — QUAL O SEU PROBLEMA?! — Thor não controlou sua força, e acabou machucando o irmão, com seus fortes músculos.

Mas algo realmente não controlado por parte do moreno aconteceu. Em um segundo, Thor não olhava mais nos olhos de Loki, o irmão estava bem distante, no céu, com o ombro deslocado e com lágrimas nos olhos.

Aparentemente aquelas asas haviam tido alguma utilidade, mas ele não conseguiu controlá-las por muito tempo, pois a dor era demasiada, então caiu tão rápido quanto subiu, e com um estalo alto caiu no chão a metros de distante de onde estava, quebrando alguns ossos.

Realmente ele era muito diferente do irmão. Enquanto Thor poderia ser arremessado da mais alta ponta do Castelo Dourado de Asgard e sobreviver sem arranhão algum, Loki não aguentava um pequeno atritos. Para muitos, isto o tornaria um fraco, entretanto, era isso o que o tornava forte. Ao contrário do irmão, Loki havia passado mais tempo em bibliotecas e estudando Asgard enquanto o irmão mais velho passava na academia treinando seu físico. Então, Loki tinha um amplio conhecimento de todos os mundos habitáveis, tinha um grande conhecimento de ervas curativas, de magias, entre outras coisas que até Odin, Pai de Todos, desconhecia.


Thor havia ficado desesperado, Loki, seu irmão, havia desaparecido bem em frente de seus olhos, de modo tão rápido. Será que ele havia machucado Loki? Isto era o que realmente o preocupava, ele tinha tanto medo, de alguma forma que seja, ter perdido seu querido irmão. Aquele que com grande custo havia recuperado. Não, ele REALMENTE não o iria perder depois de tudo.

O loiro fez o que sempre iria fazer pelo irmão, saíra correndo atrás dele, por aquela grande e estranha floresta. Por ser desajeitado, volta e meia tropeçava, mas não desistiria, e o encontraria, aonde quer que estivesse naquele lugar.


Loki despertou depois de um bom tempo, seus ossos haviam se cicatrizados, até mais rápido do que ele esperava. Talvez aquela fosse alguma habilidade que havia ganhado com o pacto com aquele pequeno e malandro Rei. De todas as formas, estava agradecido, pois as dores havia diminuído, mas o lugar aonde Thor o havia apertado ainda estava avermelhado.

Ele se levantou, e rapidamente se colocou em uma posição estranha de luta, os dedos pegaram fogo. Ele era esperto, se sentia observado. E com razão, pois alguém saiu por detrás dos arbustos. Mas não era Thor, não era quem ele esperava ver. Não era o babaca do seu irmão.


oOo


Em um outro lugar muito distante no Cosmos, na torre mais alta de um grande palácio chamado Valaskjálf, uma mulher gemia enquanto sentia contrações em sua barriga. Lágrimas caíam sem parar, e havia angústia em sua voz, muita angústia.

— Já vai passar, minha querida Frigga. — Falou o Deus para a esposa, que gemia e chorava, ela já havia passado por aquilo a muito tempo atrás, e havia se esquecido o quanto doía.

Mas, de alguma forma, aquela dor era deliciosa, pois sabia que estaria dando a luz a uma criança, ao seu filho, a mais um filho, a mais uma vida. Só de pensar naquilo, já a deixava realmente feliz.

Ela fez mais força, e lágrimas peroladas escorreram por seu rosto, caindo sobre o lençol delicado de um seda ancestral. Mais força, e logo, um choro de criança se disparou por todo o cômodo.

Uma velha senhora saiu do meio das pernas da maravilhosa Deusa, que sorriu imediatamente ao ouvir o choro da preciosa criança. A dor havia sumido, apesar de ainda estar lá, mas a dor dava espaço a felicidade, que era maior.

A velha senhora limpou delicadamente o recém-nascido que chorava a plenos pulmões. Então ela o enrolou cuidadosamente em um manto brilhante, cálido e bem macio, e entregou a criança à mãe.

— Obrigado Narcisa. — Disse o Pai-de-Todos, Odin, a velha mulher que havia feito o parto de seu outro filho.

— Quando Quiser, querido Odin. — Respondeu Narcisa, fazendo uma longa reverencia.

Narcisa era bem mais velha que Odin, aliás, ela havia feito o parto do próprio, além de várias outras crianças na grande Asgard.

A mãe contemplava a criança em seus braços. Era um lindo menino. Um lindo menino moreno, de olhos completamente azuis. Era a mescla perfeita entre a face carinhosa da mãe e os olhos puritanos do pai. Entre os dois irmãos, Thor e Loki.

— Ele se parece seu pai... — Comentou o pai, fazendo carinho com um dedo, na testa do recém-nascido. — Como vai se chamar?...

O Pai de Frigga tinha um cabelo negro tal como a criança, mas os olhos azuis haviam vindo da família de Odin. Aquilo deixava Frigga feliz, pois o filho se parecia com o pai dela.

— Eu quero chamá-lo Hugo. — Respondeu a mãe, ainda abraçada ao filho.

— Hugo...? — Pensou o Deus. — Este é um nome tão Midgardiano.

— Realmente. — Sorriu a mãe. — Mas eu amo este nome. É o nome de um dos personagens de histórias que eu contava a Thor e Loki antes de dormir.

Odin sorriu, se aquela era a vontade da esposa, não falaria nada, apenas assentiria, e trataria e dar poderes ao filho assim que já tivesse idade.

— Pois assim será. Este se chamará Hugo Odinson.


oOo

— Olá, jovem príncipe. — Falou a criatura, a face encoberta por uma fumaça desconhecida, as mãos nodosas gesticulando com harmonia.

— Quem é você? — Perguntou o Deus das Trapaças.

— Oh, esta não é a pergunta... — Riu-se a criatura sem rosto. — A pergunta é: Quem é você?

— Eu não te respon...

— Oh! — Exclamou a criatura, chegando rapidamente em frente do rosto de Loki.

Agora ele podia ver claramente o rosto da criatura. Era algo incomum, surpreendentemente humano, mas, algo morto, a pele pálida e conservada, os lábios alinhados, os olhos cor-de-mel carinhosos. Mas, algo fez Loki notar que aquele era o rosto daquela criatura.

— Todos dizem que não me responderão. Mas, eu. Sou a única salvação. — Sorriu, agora Loki percebia, os lábios não se mexiam, aquela não era a verdadeira face do ser. — Agora, peça-me, e qualquer desejo te concederei.

— Meu desejo é impossível. — Respondeu Loki em um tom ríspido.

— Oh! Vejo, claro, amor verdadeiro é algo que nenhuma magia jamais fará. — A criatura se afastou e novamente e a fumaça cobriu-lhe o rosto. — Mas, eu posso realizar outro desejo que aquele quem você ama anseia, sim, eu sei quem é, e eu sei que ele está aqui. Pois neste mundo, tudo sei.

— E como realizando o desejo dele, eu irei ter o que Eu desejo?

— Simples, deste modo estarão juntos, sem a interferência da ninguém.

— Para você me fazer algo assim? Qual o seu preço?

— Digamos que... Um fio de cabelo.

Aquilo assustou Loki. Ele, entendedor de magia como era, sabia que para que algo maligno fosse criado, apenas bastava de um pequeno fio de cabelo. Mas, o coração apertou-lhe, então ele puxou da cabeça, e o fio negro saiu.

— Bem. — Respondeu o moreno, se aproximando da criatura, que estendeu a mão nodosa. — Aqui está.

— Sua ambição será sua maior fraqueza, aventure-se com cuidado, jovem Loki.

A criatura pegou o fio, e Loki desapareceu. Simples. Apenas desapareceu. Nenhum som, nenhuma luz, nada, apenas, desapareceu.


oOo


Enquanto isto, Thor corria pelos vales daquele estranho mundo escuro. E sem ser notado, uma criatura o fez parar. A mesma que fizera Loki parar, só que, o Ser estava bem mais apresentável. O rosto descoberto pela fumaça, um rosto até que infantil, diferente daquele que Loki vira.

— Olá. — Disse o ser ao Loiro, que estreitou os olhos e tocou o Mjölnir em seu cinturão.

— Quem é você?

— Ah! Sou o guardião do portal, meu príncipe. — Respondeu o garoto, que cada hora que Thor se aproximava, se via menor.

— Oh! Mil perdões guardião, quase lhe fiz em pedacinho. — Sorriu o Loiro bobamente. — Mas antes de cruzar o portal, devo achar meu irmão.

— O Outro? — Sorriu o garotinho. — Cabelo negro, olhos verdes? Alto assim? — O garotinho fez esforço com a mão para demonstrar o tamanho do irmão de Thor.

— Sim, o nome del...

— Loki?

— Este mesmo! Você o achou?! Aonde ele está?

— Ele já se foi. — Comentou o garotinho. — Disse para eu achá-lo e mandá-lo ao mesmo lugar que ele foi.

— Por favor, nobre criança, manda-me para lá! Meu irmão sempre entre em confusões sozinho!

— Claro, eu farei isto.

— Obr...

Antes de terminar a frase, Thor desapareceu, tal como o irmão. Mas, ao contrário do mesmo, foi a um lugar bem diferente. E a criatura sorriu, em breve se livraria daquele maldito Sistema, Midgard, em breve aquele planeta que o havia banido seria destruído. Apenas com a idéia, o Ser sorrio e voltou a sua forma comum, algo aproximado de uma fumaça enegrecida, buscando por qualquer fonte de felicidade que pudesse sugar. Os Chitauri haviam prometido isto a ele, em troca de levar os dois irmãos para a direção da destruição.


oOo


Odin estava com sua esposa, Frigg, e seu filho de quinze anos Asgardianos — por serem Deuses, eles têm uma vida diferente de mortais, o crescimento até os quinze anos é rápido, depois, vai ficando cada vez mais e mais demorada.

Em um dos quartos luxuosos do grande castelo dourado, Valaskjálf. Odin colocou um colar dourado no pescoço do pequeno Hugo.

— A bondade será sua virtude. — Sussurrou o Deus Odin ao filho, que nada compreendia. — Este será o seu poder. Protegerá a quem ama, a todo custo.

— Eu não entendo... — Refletiu o filho, olhando infantilmente para o Pai.

— Isto é um fardo poderoso demais para uma criança. — Comentou Frigga. — Você não espera que ele... — Pensou a Deusa. — Oh Não Odin! Ele não pode fazer isto.

— Fazer o que mãe?! — Perguntou o filho.

— Você saberá filho. Você deverá salvar seus...

Um estampido alto ressoou em todos os lugares de Asgard despertando desde os guardas até as mais sonolentas borboletas douradas em seus casulos.

Não precisou muito para que Odin, com seu cajado, já estivesse do lado de fora do castelo, seguindo com a guarda real até o lugar do maldito barulho que havia despertado a todos. E quando, depois de alguns breves minutos do barulho, chegou ao lugar do estampido, tomou um grande susto. Mas não ouve tempo, pois logo em seguida, ele pensou em voltar ao castelo, mas era tarde demais.


No curto momento em que Odin havia ficado fora do quarto, um homem vestindo uma armadura totalmente desconhecida adentrou o quarto. Frigga nem teve tempo de defender a si e ao filho, pois logo havia desmaiado. Um homem odioso pegou o garoto, que também havia desmaiado. E tão rápido quando havia ido aquele mundo, sumiu. O poder para se teletransportar tão distante sem ser com a Bifrost(que já havia sido destruída por Loki) era além da conta de qualquer ser, mas aquele havia conseguido, por alguns segundos — e ele havia conseguido o que queria.


oOo

Thor havia entrado em um turbilhão, algo sufocante, sentia milhares de socos em seu estômago, milhares de agulhadas em sua cabeça. Sentia algo como se estivessem o virando ao contrario e então parou.

Ele teve apenas algum tempo para ver aonde estava. Era um lugar estranho, com pessoas falando em aparelhos enquanto andavam por um lugar cheio de árvores, havia também grandes construções. As pessoas olhavam assustados para ele e saiam correndo. Então ele sentiu o corpo desabar sobre o solo.



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Notas finais do capítulo

Well, e aí? =D
próximo chap fica ainda melhor xD
Kissuss!!
Até próximo domingo! xD