“É como se eu tivesse sido despertado; Tantas regras eu tive que quebrar; É grande o risco que estou correndo; Nunca te deixarei de lado” – Halo, Beyoncé

— Vamos! Escolha logo! — Pediu o homenzinho, encarando Loki com seus pequenos olhinhos azuis. — Eu sou um Rei bem ocupado! Você sabia?! Eu não tenho todo o tempo do mundo como um Deus!

— Tudo bem! Tudo bem! — Respondeu Loki, aflito. — Eu aceito o seu “Pacto” ou seja lá o que for.

— Tudo bem, eu te transferirei um pouco de meu sangue então. — Disse o homenzinho, trazendo a lança próxima da própria mão. — Calma querida, sugue apenas um pouquinho do meu sangue. — Ele falou infantilmente com a lança.

Ele fez um pequeno corte no dedo, e em alguns segundos escorreu o sangue vermelho sobre a ponta da lança dourada. A ponta dela então começou a brilhar como um diamante exposto sobre o mais forte sol e então voltou a sua cor metálica habitual.

— Agora estende sua mão. — Pediu o Rei dos Loops.

— Eu não vou encolher de tamanho, não é mesmo?

— É claro que não! Não diga asneiras. — Respondeu ironicamente o rei.

O Rei de maneira graciosa estendeu a lança para Loki.

— Isso, agora toque a ponta dela com o dedo. — Pediu, fitando com atenção os movimentos delicados do moreno.

Ele tocou a lança com a ponta do dedo, não aconteceu nada.

— Com um pouco mais de força. Não seja medroso.

Loki empurrou um pouco mais o dedo, até que ele se furasse. Então sentiu espasmos em todo o seu corpo, ficando tonto e caindo no chão.

— Pronto! — O homenzinho deu um saltinho infantil.

— Agora... Cumpra... Sua promessa! — Loki falou com dificuldade, sentindo seu corpo tremer.

O homenzinho acenou sorrindo, então, com um ato forte, atirou a lança nas costas de Thor. Loki não pode nem gritar em desespero, pois desmaiou.

oOo

— Loki...? — Uma voz grossa chamava por seu nome, ele sabia de quem era a voz, só não acreditava que poderia ouvi-la novamente.

O moreno abriu os olhos e fitou duas lindas safiras azuis como o mais límpido céu azul. O loiro tinha uma expressão preocupada, e ele também estava preocupado, o que havia acontecido?

— Você está bem Loki! — Bradou Thor, dando um forte abraço no irmão, tão forte que por pouco não havia lhe quebrado a coluna.

O Deus do Fogo sentou-se, aonde estava? Já não estava na praia branca, pelo contrário, estava em um lugar com um grande gramado, um lindo céu azul, árvores, flores... E sentia frio! Porque estava sem camisa?! Será que Thor havia as tirado?... Não. O moreno abanou a cabeça.

— Você é um tolo! — Thor balançou a cabeça. — O que pensava estar fazendo?! Se atirando no Cosmos?!

Loki não queria encarar o irmão, pois não queria responder aquela pergunta. Naquele momento sentia mais vergonha de si mesmo do que jamais havia sentido tão estúpido. Mas tinha uma resposta para aquilo, claro, não conseguia conter seu orgulho.

— Você queria que eu fizesse o que?! — Gritou Loki para o irmão. — Encarasse o Pai depois daquilo que fiz? — O mais novo deixou lágrimas escorrerem pelos olhos, estava tão... Triste e Nervoso. Sentia-se aflito com aquilo.

— Ei! Pare de chorar! — Pediu o irmão. — Sabe que eu não gosto de ver ninguém chorando. Principalmente você, maninho.

— Então não dê motivos. — Respondeu Loki, de maneira rude, secando as lágrimas que escorriam de seu rosto. — Agora, aonde diabos estamos?

— Estamos em um lugar chamado Nierbfasto. — Falou Thor, olhando seu entorno.

— Aonde?

— É incrível, estamos na maior profundeza da Yggdrasil. — Thor sorriu ao irmão. — E é claro que eu forcei O Rei desses anãozinhos a falar como voltarmos a Asgard.

— E o que ele respondeu? — Perguntou o Rei do Fogo. Torcendo para a resposta ser “Não há como voltar”.

— Ele disse que temos que cruzar o portal de fogo, assim seremos levados ao Musphelhein, depois, acharmos o portal pálido, onde seremos levados ao Midgard, e depois poderemos encontrar o portão celeste, aonde poderemos ir para casa, finalmente. — Disse relaxado.

— Não acha que isso é muito esforço? — Falou Loki, começando a influenciar as decisões do irmão para não voltarem para Asgard.

— Para voltar para casa em segurança de você eu faço tudo, maninho. — Disse o maior sorrindo. — Talvez tiramos alguns dias para descansar aqui... Eu dei algumas voltas e achei o lugar bem confortável para passarmos o tempo.

Loki acenou, não atento, encarando o céu.

— Aliás. — Comentou o irmão loiro, sorrindo para o outro. — Adorei as Asas.

— O que?! — Loki arregalou os olhos, e olhou para as costas.

“O QUE DIABOS ERA AQUILO?!” Foi o primeiro que pensou.

— O pequeno homenzinho me contou sobre o que você fez para me trazer de volta... — Comentou o maior, olhando com um sorriso de lado para o moreno. — E eu acho... Não ficou tão estranho assim.

— O QUÊ? NÃO FICOU TÃO ESTRANHO ASSIM?! — Gritou o Deus do Fogo, tocando as asas das costas. Com o braço inclinado com dificuldades para tocarem-nas.

As plumas eram macias e brancas. Elas não pesavam nada, nem conseguia as sentir nas costas. Era como uma parte de seu corpo. Era realmente gostoso tocá-las. Mas, ele estava muito irritado.

— Você vai cortar isso das minhas costas! — Falou o mais novo ao primogênito, que se assustou com o comentário do mais novo.

— Eu de você não faria isso... — Uma voz anunciou-se, os dois pularam na direção aonde ela havia vindo. Thor deixou uma mão em cima do Mjölnir.

O Rei do Loops saiu de trás de uma grande árvore. Caminhando sobre o gramado lentamente, com suas asas abertas graciosamente.

— Eu já perdi minhas asas em uma batalha, e o crescimento de um par novo foi tão doloroso que eu implorava para morrer. — Comentou o Rei. — E se você desmaiar, elas só voltam a crescer enquanto você estiver desperto. Então, cuide de suas asas.

— Ora seu! — Loki iria matar aquele anãozinho de araque, mas Thor o segurou. — Você disse que nada mudaria em mim!

— Não, você perguntou se diminuiria de tamanho. E você está do mesmo tamanho.

Loki ficou tão nervoso que suas asas começaram a abanar com fúria, sem que ele se desse conta. Thor olhou aquele movimento agraciado, as asas batiam em seu braço, que segurava Loki para não atacar o anãozinho.

— Acalme-se criança. — Pediu o Rei, ficando sério. — Ou senão sairá vagando pelos céus sem rumo, e ficará vagando PARA SEMPRE.

Loki abanou a cabeça e acalmou. Realmente havia se elevado alguns centímetros do chão e sentiu um pequeno baque ao voltar ao chão.

— Bem, seria bom vocês passarem alguns dias aqui. — Disse o homenzinho aos dois.

— Para quê?! — Perguntou Thor, nervoso, não queria mais esperar. Queria voltar para casa!

— Seu irmão precisa aprender a controlar as asas, se não pode não se controlar. — Respondeu o homenzinho com calma. — Seria o melhor a fazer. E eu não vou controlar a decisão de vocês. E é claro que vos ofereço o meu castelo para passarem alguns dias.

— Loki? — O mais velho dirigiu suas safiras ao mais novo. O Deus das trapaças viu ali uma oportunidade de ganhar tempo com o irmão.

— Eu acho que devemos ficar... — Pediu o Deus mais novo, seus olhos eram pedintes. — Tenho medo de não conseguir controlar as minhas... — Com graciosidade ele abriu as asas de plumas brancas, batendo-as uma vez.

— Bem, se é assim... — Falou Thor, dando um sorriso aberto ao irmão.

— Claro, claro. — Respondeu o Rei. — Agora, desejaria muito apresentar-lhes o meu castelo. Tenho certeza que vão gostar, Filhos de Odin.

Thor acenou.

— Bem, é melhor irmos então, pois é perigoso ficar aqui fora pela noite. — Falou Rei, olhando para os lados.

Thor riu abanando a cabeça e passando os dedos no Mjölnir.

— Com isso aqui, ninguém vai machucar a mim ou ao meu irmãozinho. — Abanou a cabeça.

Loki pensou que havia entendido errado, então deu um cascudo no mais velho.

— Não seja tão convencido Thor!

O mais velho se defendeu rindo da histeria do Deus do Fogo. Então fez algo que o deixou mais irritado ainda, segurou-lhe as duas grandes asas.

— Thor Odinson! — Loki gritou com o irmão, mas doía quando tentava se virar para atacá-lo.

O Deus do Trovão ria com vontade, dando um certo humor no rosto do homenzinho a frente deles.

— Thor Odinson! Eu vou te transformar em uma rã novamente! — Gritou o mais novo. Thor viu que o irmão falava sério quando os dedos de Loki ficaram com um brilho verde fosforescente.

Os três então começaram o caminho ao ‘grande’ castelo do rei Loop. Com Thor ainda brincando com as asas de Loki, e esse se estressando com a brincadeira bruta do Deus do Trovão. Ainda ameaçando o maior de transformá-lo em sapo milhões de vezes.