They Belong Together escrita por Victor Stark


Capítulo 19
Capítulo 18: Living In The Moment


Notas iniciais do capítulo

Well, desculpem T...T
PLEASE, Desculpem... Realmente :X :X :X :X :X :X
Mas ontem por problemas não pude postar...
Bem, de todas as formas, aqui tem! ^^
Kiss!
Corrigi a maioria dos erros que me falaram nos Review! Obrigado e desculpem o incômodo. Obrigado especial à Chibi Tan e lunasolista... s2 Amo vocês Bonitas.



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Capitulo 18: Living In The Moment

“Ao viver o momento; Vivendo minha vida; Fácil e Alegre; Com a paz em minha mente; Eu tenho a paz no meu coração; Tenho paz na minha alma; Aonde quer que eu vou, eu já estou em casa.” ­– Living In The Moment, Jason Mraz.


Thor havia conseguido convencer ao presidente que Loki fazia aquilo somente sobre ameaça e que também seria julgado com justiça em Asgard e para pagar por todos os danos que Loki fizera prometera voltar a ajudar o Midgard sempre que este exigisse e a batalha fosse justa.

Já faziam alguns meses que eles estavam no Midgard, eles haviam conseguido uma pequena comunicação com Odin por meio do Tesseract, ele havia dado umas férias aos filhos, talvez um ano se desejassem no Midgard. O pai-de-todos não julgou Loki, mas ficou feliz com que o mais novo estivesse bem, e nervoso quando Thor contou a paixão do mesmo pelo humano. Mas o ‘tampinha’ nem se importava e havia falado ao pai que talvez nem voltaria a Asgard. O pai-de-todos quase desmaiou na hora e Frigga teve de conversar com o filho.

Quanto a Loki, estava mais do que tranquilo, já sabia tudo o que falaria a Odin, não seria nenhuma mentira, mas também daria alguma dramatizada nos fatos. Para sua felicidade o velho havia sorrido para ele e Thor em uma pequena parte da conversa, o pai-de-todos provavelmente já deveria sentir que entre ele e Thor agora havia algo além do fraternal.

Com Hugo ia tudo as mil maravilhas, ele estava adorando a Terra, apesar que muitas coisas não se comparava a tranquilidade de Asgard. Mas realmente a Terra estava deixando ele muito animado, principalmente pelos cinemas, a comida doce, o sorvete era delicioso! As pessoas estranhavam ele pelas ruas quando passeava com Thor (somente com Thor, Loki havia sido proibido de sair do perímetro do lugar aonde estavam) e Steve.

Os dois agora tinham laços realmente fortes, era algo como uma boa amizade, como ter um melhor amigo e realmente amá-lo. Ambos eram pacientes e sabiam como era passar o tempo e não se importar com as horas. Depois daquele primeiro beijo eles não tentaram novamente, talvez de vergonha, ou quem sabe pois apenas preferiam ter um romance do jeito que tinham, apenas sendo amigos.

Tudo acontecia as mil maravilhas com o relacionamento de Thor e Loki, ambos estavam realmente apaixonados, todos os dias eles se beijavam calidamente antes de dormir. O loiro abraçava ao moreno fortemente durante as noites para fazer com que o outro não tivesse pesadelos. Era algo que funcionava, pois eles se conheciam desde toda a vida, agora estavam realmente enlaçados para sempre.

— Thor? — Chamou Loki durante uma noite, era muito tarde, talvez as duas da manhã, o loiro roncava profundamente.

O moreno apenas se levantou e foi até a cozinha, caminhando descalço e com os olhos entrecerrados. Estava com sede, precisava de um pouco de água. Mas algo o distraiu, era o barulho de uma porta se abrindo na sala. Ele correu até a sala e deparou-se com um Hugo assustado pelo fragrante.

— Loki! — Surpreendeu-se o garoto.

— O que você está fazendo?! — Perguntou o moreno severamente, ele estava muito irritado, principalmente por ter sempre que ficar dentro da casa, apesar de que Thor nunca faltava quando ele precisava de companhia.

— Eu... Eu... Estava levando o lixo para fora... — Mentiu o garoto.

— Hugo, Hugo, Hugo... — Sorriu Loki. Thor havia conseguido convencer ao presidente que Loki fazia aquilo somente sobre ameaça e que também seria julgado com justiça em Asgard e para pagar por todos os danos que Loki fizera prometera voltar a ajudar o Midgard sempre que este exigisse e a batalha fosse justa. — Por que você acha que eu sou chamado de o Deus das Mentiras... O Deus da Trapaça...

— Bem... — Sussurrou Hugo... Nervoso, o irmão o mataria se soubesse o que estava indo fazer. — Por ser muito verdadeiro...? — Tentou a ironia com um pequeno sorriso amarelo.

— Irmãozinho... Não subestime minha inteligência. — Loki sorriu ironicamente. — Agora, anda, me diz aonde estava indo?

— Eu só queria sair um pouco sozinho... Sempre que saio tenho que sair acompanhado... — Reclamou. — Eu não sou uma criança, eu não preciso sair acompanhado.

— Eu sei querido. — Falou Loki, sorrindo. — Mas é perigoso! Este mundo é completamente perigoso, nós não estamos em Asgard!

— Tudo bem... — Disse desapontado, fazendo o rosto mais triste que ele podia. — Eu só queria sair um pouco... Ficar um pouco sozinho com meus pensamentos... A noite é uma boa hora para pensar. Aliás, já que você me ensinou a voar semana passada, eu pensei que poderia ir a praia refletir um pouco tudo o que está acontecendo...

Loki sentiu pena do mais novo, que tinha um olhar tão triste. Realmente estava sendo um pouco incompreensível. Hugo já havia ficado tempo demais preso em um lugar em que mal podia caminhar, tanto tempo... Talvez realmente ele merecesse sair um pouco.

— Eu sei... Mas... — Pensou Loki, nervoso pelos pensamentos de proteção estiverem em conflitos pelo de ternura. — Eu não queria... Mas... — Continuou, em um estado de raiva de si mesmo por simplesmente não poder negar algo como aquilo. — Pode ir, eu sei que a melhor localidade é uma praia ao este daqui, Thor disse que era o lugar que ele ia com a Vaca-Jane...

— Vaca-Jane? — Perguntou o irmão mais novo, curvando o sobrancelha.

— Esquece, é uma pessoa do passado. — Loki voltou a sorrir. — Bem, lá ele diz que é lindo, e que talvez algum dia vai me levar... Apesar de que até lá eu vou me recusar veemente.

— Hum... — Hugo acenou positivamente, concordando com os pensamentos estranhos de Loki.

— Coloque uma roupa que cubra as asas quando chegar lá, sabe, aquele sobretudo negro que você comprou com Thor... Eu te ensinei a escondê-las sem se machucar. É melhor voltar antes de Thor acordar, ou ele vai ficar furioso comigo.

— Tudo bem! Tudo bem! — O garoto respondeu animado, indo para o quarto pegar o sobretudo, deixando um preocupado Loki na sala.

Quando voltou o moreno preparava uma mochila, colocando algumas frutas dentro, além de alguns passatempos e guloseimas do Midgard.

— Mano, eu não vou passar um mês na praia. — Falou Hugo, olhando o que . — Eu vou ficar algumas horas só...

— Mas você precisa de lanterna, não vai ficar no escuro, ademais eu coloquei um pouco de um pó do desmaio que eu mesmo preparei, se alguém tentar te assediar...

— Tudo bem maninho! — Respondeu Hugo, sorrindo marotamente e colocando o sobretudo dentro da mochila. — Vou tomar cuidado!

O garoto saiu rapidamente, antes que o mais velho mudasse de idéia, sorriu alegremente, finalmente teria uma boa liberdade e claramente utilizaria ela para algo bem legal.

Loki sentiu um aperto no peito, certamente estava fazendo algo errado, mas Hugo era um Deus afinal, nada aconteceria com ele, mesmo que o tentassem matar não conseguiriam. Pelo menos não com facilidade. Aquele pensamento arrepiou sua espinha. Se ele fosse pai com certeza seu filho nunca sairia de casa, com certeza havia sido um erro ter deixado o mais novo sair.

— Hugo! — Gritou Loki, indo até a porta e abrindo-a, mas o outro já havia ido.

— Amor? — Falou uma voz grossa e sonolenta. Ultimamente o loiro estava o chamando mais de amor de que de irmão, Loki realmente gostava daquilo. — O que está fazendo acordado a essa hora? — Loki se virou, pálido. Thor estava apenas de roupa íntima, o que deixou o moreno corado.

Se Thor descobrisse que deixou o irmão mais novo sair, com certeza ficaria muito bravo. O próprio Odin havia dito para cuidarem dele, pois Frigga não parava de chorar quando conversava com eles, perguntando milhares de vezes se o filho estava bem, se estava com fome...

— Eu?...

— Loki, Loki, Loki... — Falou Thor, coçando o bonito cabelo. — Você não está tentando escapar, não é mesmo?

— Claro que não Thor, se eu tentasse escapar teria lhe drogado... — Respondeu Loki, vendo que não ajudava nada falando aquilo.

— Então o que está fazendo aqui a essa hora?

— Eu só vim pegar água...

— Lá fora? — Thor olhou para a porta aberta, ótimo havia pego Loki.

— Não... É que... Ah! Quer saber, tudo bem! Eu conto! Hugo me pediu para ir à praia e eu deixei!

— Você o quê?!

— Sim, eu deixei. O garoto estava sob demasiada pressão. Ele sabe se cuidar, já é grande.

— Hugo! — Gritou Thor, com as mãos na boca, tentando amplificar o som da voz grossa. — Pode sair! Já descobri a brincadeira!

— Não é nenhuma brincadeira Thor...

— Ah! — Zangou-se o Deus do Trovão, pegando em um canto o martelo, a roupa de Thor voando ao seu corpo e deixando-o vestido de Deus do Trovão como sempre. — Para aonde ele foi?

— Thor... — Falou docemente Loki, aproximando-se do mais velho, tocando o Mjölnir com delicadeza. — Vamos dar um tempo para o garoto... — Sorriu verdadeiramente. — Ele precisa, o lugar aonde estava era terrivelmente solitário. Em Asgard você sabe que nós sempre tivemos muita liberdade, então, imagine para um garoto em plena faze de crescimento ter der ficar tanto tempo trancado... Desesperado... Sem comer. Thor, ele não é uma criança.

— Realmente... Talvez você tenha razão. — Sorriu o grandão, dando uma grande espreguiçada. — Ele merece um tempo sozinho. Só imagino se ele mentiu para você e foi se encontrar com o humano... — Comentou por fim o Deus loiro, olhando a reação de Loki.

O Deus da Mentira primeiro ficou vermelho, depois passou ao azul, fazendo a mão ficar em forma de um punho e o cenho ficando contraído. Aquele era Loki irritado, muito irritado.

— Oh, não... Ele não se atreveria... — Falou por fim. — Ele não se atreveria a mentir para mim... — Foi impossível Thor não rir com a cena. O Deus da Trapaça sendo trapaceado por um garoto que mal sabia mentir.

— É Irmão, talvez ele mentiu... — Brincou o mais velho, vendo o quão o moreno ficaria bravo.

— Talvez... — Respondeu o mais novo. — Mas, prefiro ter pensamentos positivos... Ele não pode ter ido tão longe... Realmente não sei o que ele viu naquele humano...

Thor pegou na mão do amado, puxando-o novamente ao quarto. Ele sabia que o moreno já não estava mais tão nervoso, a mão dele havia ficado quente novamente, quando estava com raiva ficava extremamente gelada.

— Acho que é melhor voltarmos a dormir. — Falou o moreno, soltando um falso bocejo, talvez daquele modo ele faria o grandão dormir.

— É, estou com sono ainda. Ontem aquele pivete me fez correr que nem um louco atrás dele em um tal Shopping. — Respondeu cansado, coçando os olhos e novamente deixando a armadura perto da arma.

— Eu realmente teria gostado de ir com vocês... — Loki ficou melancólico, agora ansiando para voltar à Asgard. — Não vejo a hora de voltar para casa... Já faz tanto tempo que estou aqui que vou ficar louco.

— Eu sei meu amor... — Thor se aproximou, puxando o moreninho que estava de pijama verde-claro. — Em breve nós voltaremos, só aguenta mais um pouco. Lembra-se quando nós viemos passas umas férias a tantos anos antes? Na nossa adolescência?

— Lembro... — Loki sorriu, lembrando das travessuras que fazia com os humanos arcaicos. — Realmente, temos de dar uma boa adolescência ao nosso irmão, talvez ela dure menos do que esperamos...

Thor concordou, pegando bruscamente Loki nos braços, fazendo o mesmo se assustar mas logo se acostumar com o abraço estranho ao redor das costas e das pernas. O loiro o levou até o quarto e o deitou, logo se deitando ao lado dele.

— O que foi isso? — Perguntou Loki, arquejando uma das sobrancelhas.

— Hã?

— Por que você me pegou no colo?

— Ah! — O loiro sorriu, apagando a luz e deitando ao lado do amado. — Eu achei que seria... Fofo...

Loki soltou uma pequena risada, se aconchegando no abraço do loiro, com a cabeça em seu peito que de tão forte quase formava uma confortável almofada.

— Boa noite meu anjo. — Sussurrou Thor, dando um beijo na testa do moreno. — De novo...

— Boa noite. — Respondeu Loki, não sabendo se Thor havia o chamado de Anjo de forma carinhosa ou por causa das asas. Dormiu com aquele pensamento na cabeça.


oOo


Era noite, sombria, a lua refletia o mar. Ele realmente estava na praia, era um lugar bonito e nunca quebraria a confiança de Loki, realmente considerava o que ele havia feito por ele, o quanto ele tinha se sacrificado.

Aquela hora os humanos deveriam estar todos dormindo, mas ele não sentia nem um pingo de sono, apenas queria ficar apreciando aquele lindo luau. Talvez aquele planeta fosse bem mais bonito quanto nos contos antigos na biblioteca de Asgard.

O pôr-do-sol era apaixonante, e o luau... Era de tirar o fôlego. Naquele momento mais ainda, quando o silencio das ondas era a única coisa que se podia ouvir. Confortante, podia pensar tranquilamente enquanto observava distante um farol que iluminava em giros o horizonte.

— Talvez eu poderia escrever um livro do Midgard quando eu voltar... — Sorriu para si mesmo. — Aqui é maravilhoso, papai sempre dizendo que aqui era chato...

Hugo também havia sido imposto a uma coisa chamado Capitalismo, e havia gostado, era a forma de governo do Midgard. Talvez fosse porque em Asgard ele não tivesse as opções de compra que tinha naquele lugar. Adorava ir aos tais Shoppings e comprar lindas roupa e comer muita porcaria doce. Apesar de Steve lhe advertir que aquilo não era saudável.

Ele tirou da mochila que Loki havia lhe dado uma maçã, fruta típica do Midgard, embora houvesse uma muito parecida em Asgard, com um nome que nem mesmo Hugo conseguia pronunciar. Não tinha chocolates na mochila, o que deixou o garoto bem nervoso, então se contentou com a maçã.

Se deitou na areia, o cabelo negro se sujou um pouco, os olhos azuis brilhavam refletindo o luau. Mordeu os lábios, os pensamentos estavam confusos, era por algo que ele estava pensando por dias.

Novamente o garoto sentimental tinha uma missão. Uma missão própria daquela vez. O pior jogo do universo eram os sentimentos. Ele havia provocado uma sequencia de coisas que com certeza acabaria em um coração partido e em lágrimas. Não havia como parar.

Mas o garoto sorriu, ele ainda tinha muito tempo de vida e descobrira recentemente que a pessoa que ele amava também. Mas, ambos sabiam que as condições eram diferentes.

Hugo realmente queria voltar a Asgard, era o que mais ansiava, mas não saberia se voltaria logo para a Terra, não enquanto a Bifrost estivesse totalmente construída. Ir para Asgard era fácil, apenas precisavam do cubo para voltar as origens, mas voltar a Terra com ele era impossível.

Aquele era um dilema que cedo ou tarde teria que resolver. Talvez ele ficasse, ou talvez fosse. Era difícil demais se decidir entre duas coisas que realmente amava. O humano o havia cativado, pois nunca recebera para si sentimentos como aqueles, de amor.

De todos os sentimentos que ele conhecia... O amor era o mais amplio e perfeitos de todos. Sob alguns aspectos conseguia identificar, o amor de mãe, o amor de uma pessoa a outra... Mas, quando se tratava dele mesmo não sabia o que estava sentindo e estava se deliciando em identificar aquele sentimento em outra pessoa sem o contato.

Enfim descobrira que não era necessário um poder para saber os sentimentos das outras pessoas. Era apenas necessário olhar para alguém e sentir que aquela pessoa o amava. Era incrível. Queria poder continuar recebendo aquele sentimento e poder dá-lo também, mesmo que fosse apenas em forma de amizade, ou o que é que fosse aquele sentimento que sentisse por Steve.

O garoto respirou profundamente, fechando os olhos, a cabeça agora doía, tendo a imagem da mãe e do pai, dos irmãos de um lado, em Asgard, felizes e irradiantes. E do outro lado, obscuro, a imagem de Steve, infeliz, solitário, apenas se aventurando em missões suicidas naquele estranho planeta.

Aquilo agora era uma missão dele mesmo, ficaria no Midgard, não abandonaria aquele que amava, nunca, não enquanto soubesse que a família poderia estar feliz o suficiente sem ele lá. Havia a possibilidade de Steve ir com ele, mas realmente aquele planeta precisava dele.

O garoto pegou trémulo o telefone que havia ganhado de Steve, não de estar nervoso ou algo do tipo, mas apenas estava com frio demais, tudo bem, um pouco nervoso também. Aquele era o tipo de noticia que deveria dar pessoalmente ao soldado, os irmãos não poderiam interferir em sua decisão.

— Steve? — Falou, a voz saindo doce e tranquila.

— Hugo? — Respondeu a voz calma e nada sonolenta do outro. Provavelmente tendo uma das noites de insônia que ele sempre tinha. — Está tudo bem? — Desconfiou, pelo pouco que conhecia do garoto sabia que era dorminhoco igual ao irmão mais velho.

— Sim está... — Continuou o garoto, olhando ao mar. — Eu só queria falar com você... Mas pessoalmente.

— Tudo bem... Mas, agora? — Perguntou, desconfiando ainda mais. — Você está sob alguma ameaça? Se estiver não responda...

— Por Asgard! Não Steve. — Sorriu, era engraçado ver a preocupação do outro. — Bem, de qualquer forma eu quero muito falar com você.

— Ok. — Respondeu, do outro lado da linha dando um belo sorriso. — Então vou a sua casa, agora.

— Não, espere. — Falou, antes do soldado desligar o telefone. — Eu não estou em casa.

— Então aonde está? — A voz do outro saiu curiosa, aquela hora da manhã ele com certeza deveria estar em sua casa.

— Estou em uma praia.

— O quê? — Surpreendeu-se — Em uma praia?! O que faz aí?!

— Eu estou relaxando um pouco. E antes que você fale, meu irmão deixou...

— É perigoso. — Advertiu Steve. — Ainda mais a esta hora. Mas tudo bem. Eu vou para aí. Em qual praia você está?

Lonely Beach. — Respondeu o garoto.

— Ah, tudo bem. — O soldado sabia que aquela praia era tranquila, não tinha perigo. — Em uma hora estou aí. Beijos.

— Tome seu tempo. Beijos. — Terminou, desligando o celular, inspirando profundamente.

O Capitão América realmente não demoraria nada em chegar, qualquer coisa que envolvesse o Asgardiano ele rapidamente dava um jeito. Ele estava treinando em seu apartamento no centro da grande metrópole, para ir aquela praia demoraria um bom tempo, se ele não tivesse uma potente moto. Então tratou de tomar rapidamente um banho e vestir-se com um bom agasalho, faria um bom frio.

A moto estava no estacionamento em frente ao prédio, a pegou e acelerou, fazendo as rodas cantarem no asfalto da cidade. Os vizinhos provavelmente reclamariam, se já não estivessem acostumados com as saídas rápidas do soldado.

Hugo esperou pacientemente, vendo o mar começar a regressar, a maré abaixava enquanto a lua se distanciava contrariamente no horizonte. O garoto estava ansioso para ver o nascer-do-sol naquele lugar. Talvez aquele momento fosse a cereja da Banana-Split, o pôr-do-sol havia sido perfeito, mas talvez nada se compararia ao nascer-do-sol.

Ao fundo ele ouviu o som de uma moto, olhou na tela do celular, eram as cinco e quinze da manhã, Steve não havia demorado tanto assim, um pouco mais de uma hora, mas nem tanto.

Vaidosamente limpou o cabelo sujo de terra e arrumou a roupa, deixando-a impecável. Uma das coisas que havia aprendido com Loki era ser ordenado, desde a roupa ao cabelo. O outro irmão era muito vaidoso.

A luz da moto iluminou o lugar, parando a alguns metros do garoto, Steve saltou dela, fazendo um pequeno barulho. Então caminhou sorrateiramente até o amigo, sentando-se em silencio. Permaneceram assim.

O humano tinha um olhar fixo no horizonte, tentando compreender o que Hugo pensava, se realmente o outro o deixaria, temia por isto, mas de todos os modos não se importaria se o garoto quisesse voltar à sua família, ele tinha uma família que o amasse.

Lonely Beach... — Comentou o garoto, olhando o horizonte enquanto Steve o olhou. — Nome curioso, pois eu não me sinto sozinho.

— ...

— Bem, talvez seja porque eu realmente não estou. — O filho de Odin olhou ao humano, estendendo a mão pálida.

A mão bronzeada do Sol da Califórnia de Steve se posicionou em cima da mão do outro, apenas em um simples contato. O Deus dos Sentimentos estava aprendendo a se controlar, apenas recusou aquilo que Steve sentia, em partes, pois o sentimento da paixão ainda permanecia. Como havia sido dito, o amor era o mais puro e forte dos sentimentos.

— Eu não quero te influenciar a ficar... — Sussurrou Steve, tirando sua mão de cima da mão do outro.

— Você não irá. — Hugo agarrou a mão dele, entrelaçando os dedos. — Mas, simplesmente quero que saiba que eu não irei, digo, não irei partir.

O corpo de Steve transbordou felicidade, fazendo o Deus sorrir. Era engraçado, sentir aquilo era como estar se deliciando do melhor quitute que poderia existir. Hugo apenas abraçou fortemente o outro, fazendo o mesmo se surpreender e cair contra a areia. Os corações de ambos seres dispararam.

— Por favor, diga que isto é realmente verdade. — Sussurrou Steve, analisando os olhos azuis como o céu do garoto. Eram tão puros que era impossível estar mentindo.

— Você sabe que eu não minto. — Falou, com um sorriso. — E você sabe muito bem que eu não brinco com os sentimentos... Quero dizer. Não literalmente.

— Eu sei. — Respondeu o outro, abraçando fortemente o garoto, dando-lhe um beijo em uma das bochechas e logo, na boca.

Eles não perceberam, mas o Sol acabou nascendo, tão bonito quanto sempre. Mas aquele seria apenas um dos vários pores-do-sol perdidos, ele com certeza veria muitos outros. Agora os únicos pensamentos seria como contaria aos irmãos e aos pais que ficaria, e claro, como os convenceria.


oOo

— Ele está demorando... — Falou um impaciente Thor, checando novamente as horas, deixando o moreno ainda mais nervoso.

— Ele virá...

— Então por que ele não atende o celular?! — Rugiu Thor.

— Não sei, não sei. — Falou Loki impacientemente, querendo matar o irmão por agonizá-lo daquela maneira.

O som de uma potente moto foi ouvido fora da casa aonde estavam hospedados os Asgardianos, Thor e Loki saíram da casa, apesar de Loki estar proibido de fazer aquilo.

— EU VOU TE MATAR HUGO ODINSON! — Gritou Loki, quase estático quando viu o garoto entregando o capacete para Steve. — CLARO QUE TINHA UMA PONTINHA SUA NISTO!

— Calma Loki... — Falou Thor, segurando o amado. — Vá para dentro de casa, com o Hugo, eu converso com o Steve.

— Humpf! — Resmungou Loki, esperando o sorridente mais novo entrar na casa.

Thor colocou um pesado rosto, digno de um Deus do trovão. Se aproximou do humano, aquela não seria a primeira vez que havia lutado com o humano. Provavelmente não seria a última.

— Por favor, Thor, me deixe explicar... — Falou O Capitão América.

— O que você tem para explicar? Você convenceu meu irmão a ir aonde você estava?

— Não, ele me ligou. Falou que queria conversar. Estava em Lonely Beach, seu irmão que o deixou ir... — Falou rapidamente, vendo o Deus do Trovão com os dedos no martelo.

— E o que ele disse para você?

— Sinceramente? Ele disse que irá ficar. — Sorriu torpe.

Thor rápido como um relâmpago tirou a arma do cinturão, e mandando contra o capitão américa, que pulou de um lado. Steve se salvou, mas a moto não teve tanta sorte, se convertendo em escombros.

— VOCÊ ESTÁ LOUCO?! — Gritou o soldado, vendo sua moto feito pedaços, enquanto Thor já vinha em sua direção para atingir-lhe de novo.

— NÃO ATÉ VOCÊ NÃO FIZER MEU IRMÃO TIRAR ESTA IDEIA LOUCA DA CABEÇA! POR SUA CULPA! — Rugiu o Deus do Trovão.

O Capitão América não ficou para trás, conseguiu fazer a volta contra Thor, chegando até os escombros de sua moto e agarrando seu escudo. Ficaram em um círculo, prontos para se enfrentarem. Até mesmo poderia matar o humano, Thor estava com raiva do outro por fazer o mais novo mudar de ideia daquela forma.

— JÁ BASTA! — Gritou uma voz esganiçada, tentando ser a mais grossa possível.

Ambos pararam, e viram um garoto nervoso, o cabelo contra o vento, com o irmão atrás. Parecia rude e nervoso, como nunca havia estado. Os olhos arregalados, vendo em choque como os dois se enfrentavam de tal forma.

— Hugo. — Falou Thor, tentando acalmar o estado do mais novo, realmente parecia estar nervoso. Loki olhava de maneira natural, como se nada tivesse passado.

— Eu disse. Já basta Thor. — O garoto se acalmou, mas ainda assim olhando rude para os dois.

— Thor, para dentro. — Falou Loki.

— Mas...

— EU DISSE PARA DENTRO! — Gritou Loki, fazendo o mais novo tapar os ouvidos de dor pelo grito do outro.

— Tudo bem... — Resmungou Thor, dando um olhar maldoso para o humano, que não baixou a guarda.

O Deus do trovão passou por Hugo, dando-lhe um olhar de pai e depois por Loki, apenas com um pequeno sorriso de criança quando apronta algo. Loki entrou para dentro, tocando levemente o ombro do mais novo.

Envergonhado, Hugo foi até o amado, que obviamente havia abaixado a guarda para o garoto. Ambos ficaram em um silencio constrangedor, até que o menor quebrou o silencio.

— Desculpe por isso tudo Steve...

— Tudo bem, eu tenho outra moto. — Steve sorriu.

— Quer dizer, não falo só da moto. Digo por tudo isto. — Respondeu o garoto. — Não se importe, meus irmãos não me farão mudar de ideia. E nem pense, você também não irá me fazer mudar de ideia.

— Hugo... — Resmungou o soldado. — Este não é o seu lugar... Eu sei que você anseia para voltar a sua pátria e...

O Deus colocou um dedo nos lábios do humano, o fazendo se calar. Então Hugo prosseguiu.

— Eu não sou um objeto Steve. — Sorriu. — Eu não pertenço a ninguém nem a nenhum lugar. Eu amo Asgard por causa dos meus pais, dos meus irmãos. Mas eu pertenço principalmente a mim mesmo. E acho que devemos ficar aonde nós nos sentimos confortáveis. Eu me sinto confortável aqui...

— Eu sei... — Respondeu Steve, olhando nos olhos azulados do outro. — Apenas que... Você sabe... E se você não for feliz aqui, comigo...?

— Você quer que eu fique? — Perguntou. Olhando profundamente nos olhos do soldado. — Apenas olhe nos meus olhos e diga a verdade.

— Sim... — O capitão suspirou.

— Eu ficarei. — Hugo sorriu, dando um pequeno selinho no outro. — ‘Meu soldadinho de chumbo’. — Riu-se, lembrando de uma frase que havia lido em um livro daquele planeta. — Agora. — Olhou-o sério. — Devo voltar para dentro da casa, falar com meus irmãos seriamente. Irão demorar, mas entenderão. Asgardianos são teimosos. — Piscou.

Steve sorriu, apenas acenando, então dando um abraço no garoto. O soldado se despediu, correndo para longe, provavelmente para tomar um taxi em algum dos vários pontos da cidade.

O Asgardiano apenas suspirou, se virando para a casa e suspirando. Por que parecia que aquele momento estava tão bom? Mesmo se a situação não estivesse tão boa. Talvez fosse pelo momento que estivesse vivendo. Não era qualquer Asgardiano que tinha a oportunidade de conhecer outros reinos tão cedo.

— Thor, apenas acalma-se... — Estava falando Loki, assim que o mais novo entrou. — Ele já pode escolher o que quer.

— Não ele não pode! — Exigiu o mais velho. — Aí tem! O garoto que pode se decidir por ele mesmo. — Loki deu um tapa no próprio rosto, ironicamente, dando uma pequena risada. O irmão realmente não sabia ser bravo. Hugo apenas curvou uma das sobrancelhas e enrugou o cenho.

— Thor, você está delirando. — Respondeu o garoto. — Eu já me decidi, é simples. Eu vou ficar aqui no Midgard. Eu vou falar logo com o papai e explicar a minha condição... É simples. Se ele não entender. Paciência.

— Hugo querido, nos dê licença? — Pediu Loki, para conversar seriamente com Loki.

— Com certeza! — Falou Hugo, se afastando dos mais velhos e indo ao seu quarto.

Assim que o garoto já estava longe, Loki sentou-se e encarou Thor, que também o encarava.

— Thor. — Falou Loki, calmo.

— Loki... — Respondeu Thor, com o tom de preocupação. — Não podemos deixá-lo ficar! Se algo acontecer com ele não podemos simplesmente voltar. Não com a Bifrost destruída.

— Eu sei... — Continuou Loki, sentindo uma pontada de culpa pela Bifrost, mas continuou. — Apenas não podemos separá-lo de quem ele ama. Seria como se eu fosse embora e te deixasse. Você gostaria disto?

— Não, claro que não. Mas...

— A resposta está aí! Nós não podemos prede-lo. Se eu pudesse prever o futuro, eu preveria que ele ficaria louco como o velho avô dele, que tinha os mesmo poderes dele. Perdeu a esposa e ficou louco. Você sabe que nós Asgardianos nos prendemos muito a pessoas que amamos... Talvez seja por esta razão que você veio atrás de mim...

Thor acenou, talvez realmente não pudesse parar aquilo. Talvez apenas teria que deixar o mais novo tomar as próprias decisões. Mas não se contentaria até terminar de construir a Bifrost e poder voltar a ter uma ligação direta com o Midgard, para que toda sua família estivesse completa.

Realmente precisava falar com o presidente daquele país novamente, era a única maneira de fazer Loki ter uma presença junto ao irmão novamente, para que ambos pudessem desfrutar juntos um pouco mais de tempo, antes que realmente partissem.

Eles precisavam viver aquele momento, pois logo acabaria. Logo seria a hora de dizer até logo, ou talvez mesmo um adeus. Precisava dar uma última felicidade ao seus dois irmãos que tanto amava.

— Tudo bem. — Concordou Thor, abrindo um sorriso. — Hugo! — Gritou, o garoto apareceu imediatamente, provavelmente ouvia toda a conversa, pois tinha um sorriso imenso.

— Eu os amo! — Falou o garoto, correndo ao abraço dos irmãos. Aquela era a família Odinson.


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Notas finais do capítulo

Hihihihi, só agora vi como este chap tinha ficado enorme X..X
Espero que não os tenha cansado, foi natural, na hora que vi ele ficou desse tamanho xD
Eu apenas não consigo parar de contar... ,--, hehe
Bem, amo vocês s2...
Só mais Dois Chaps e o prólogo, então, é o fim... :X
Kiss, By Aiko Uchiha~Vii.



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