“Agarrar-me como as estrelas. Você é como a gravidade” – Safe, West Life

— LOKI NÃO! — Gritou o mais velho, assim que o irmão mais novo soltou-se do Mjölnir.

O loiro não aguentaria, mesmo depois de tudo que o mais novo havia feito, nunca aguentaria deixá-lo, ele havia feito uma promessa, e promessas não se quebram.

Foi tudo muito, muito rápido, mas de uma maneira tudo passou muito lentamente, como um flash. Ele havia se apaixonado por uma pessoa, uma mortal, Jane, mas em sua cabeça ele amava, amava de amar outra pessoa.

E foi aquele amor que o fez pular no abismo profundo do Cosmo. Era a gravidade de uma estrela que nunca pensou que fosse a SUA estrela.

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Os dois irmão estavam no topo da Torre de Loki. Era um lugar lindo de se estar. As estrelas refletiam o ouro maciço de forma linda. Thor tocou o ombro do irmão mais novo, Loki, que estava com medo daquele lugar. Era a primeira vez que o mais velho levava o mais novo lá.

Eles tinham poucos anos de diferença, quer dizer, tinham tudo de diferente. Um era fisicamente poderoso, enquanto o outro era mentalmente poderoso. Eram verdadeiros opostos que se atraíam.

— Eu não quero estar aqui, não sei porque o pai mandou você me trazer aqui. — Disse Loki, olhando com os olhos esmeraldas para as safiras do irmão.

— Ele disse para mostrar da onde seria jogado ‘se continuasse a fazer traquinagem’. — Respondeu rindo o mais velho.

— Hahaha. — Loki forçou-se uma risada irônica.

— Na verdade, foi eu que quis te trazer aqui.

— Para o que? — Bufou o mais novo, seus pensamento eram confusos. E apenas com os pensamentos podia conversar, e dizer para si mesmo o que realmente sentia pelo irmão.

— Você é muito curioso! — Resmungou o mais velho aproximando-se do caçula. — Agora, olhe para lá. — Thor apontou para uma direção no cosmo, eram as estrelas mais brilhantes que existiam.

— Sim, sei, são as estrelas Nefastas, são gêmeas. — Respondeu o irmão mais novo.

— Se chamam Nefastas? — Thor pensou e falou lentamente, apesar de ser mais velho, não tinha nem um quarto da inteligência do mais novo. — Bem, que seja.

— E porque me trouxe para vê-las se eu as vejo todos os dias?

O primogênito sorriu abertamente, pegando na mão do menor. Em um segundo, o caçula pensou em algo diferente do que realmente aconteceu. Thor segurando a mão do menor apontou para as estrelas gêmeas.

— Nós somos como elas. Somos irmãos. — Thor sorriu abertamente, tanto que seus olhos entrecerraram. — E eu vou sempre te proteger, maninho.

— Eu não sou tão frágil como você pensa. — O moreno bufou puxando a mão da mão cálida do loiro. Desejou não ter feito aquilo.

— Bem, tanto faz. — O loiro desmanchou o sorriso, mesmo assim com algo engraçado no rosto. — Mas, eu sempre serei seu Mano mais velho, então sempre te protegerei. Isso é a Gravidade.

— Impressionante você saber o que é a gravidade! — Riu-se Loki, já correndo do irmão mais velho, que começou a perseguí-lo rindo também.

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“Talvez, nos mais profundos sonhos, mas eu (realmente) nunca pude falar nada para ele, mas, foi a gravidade que sempre me fez estar tão perto, mas sentir-me tão longe. E será a gravidade que irá me sentir perto novamente”. O loiro pensou, enquanto caía no cosmos atrás do irmão, que estava de costas para o maior.

“Eu deixei tudo, pensando que estava fazendo o certo, eu mudei o meu futuro, tentando reparar os erros do passado”. Pensava Loki, enquanto caía no abismo, ele rodopiava enquanto caía, estava de olhos fechados, lágrimas rolavam por seu rosto, mas elas rapidamente secavam. “O erro do passado, de eu ter existido”.

Algo frio atingiu o corpo de Loki, deixando-o imobilizado, depois caiu sobre algo macio, seu corpo estava imobilizado, não conseguia sentir nada, nem seus olhos conseguia abrir. Havia morrido? Era daquele modo em que passaria a eternidade? Congelado eternamente com sua burrice?

Depois de alguns segundos, um forte baque emitiu-se ao lado de onde estava, mas foi o único som que teve, depois tudo pairou em um silencio profundo novamente.

Segundos antes do irmão mais novo de Thor ficar invisível, o coração do grande Deus do Trovão ficou apertado, será que havia perdido seu irmão para sempre?

Mas não, ele sentiu-se aliviado quando cruzou uma barreira gelada, que pareceu sugar-lhe a alma. Rapidamente depois de cruzar a barreira, atingiu o solo branco, era macio, como um tecido.

O Deus não conseguia se mexer, era como estar petrificado. Nem mesmo conseguia piscar. Seu coração apertou-se, o que poderia ser aquilo? Seu irmão... Estava... Morto? Ou seus olhos o enganavam?

Uma estaca negra cruzava o corpo pequeno do Deus do Fogo e Gelo. Sangue estava derramado por todo o solo branco. Será que havia morrido? E aquela era a penitencia? Ver quem amava morto pela eternidade? Não podia ser, não. Estava errado.

Deuses não morrem, mas naquele momento nem ele mesmo tinha certeza se ele era tão mesmo um Deus. Não havia defendido e ajudado a única pessoa com quem se importava. Naquele momento sentia-se culpado de chamar o irmão de traidor.

...Gravidade, me puxou para você... O Cosmos conspirou para que nós, duas estrelas, ficássemos em equilíbrio... Ou talvez, não seja conspiração, seja apenas... A Gravidade.