musiquinha para deixar mais fofinho AWN *o* 

Já havia se passado um mês após o meu termino com Harry. Era um sábado frio, eu estava debaixo das cobertas assistindo o show da Amy Winehouse na MTV, é...tributo a ela. Uma alma que era tão boa e se perdeu no caminho errado. Suspirei enquanto escutava Back To Black, eu estava quase a esse ponto de ir para o breu. Até que escuto o meu celular tocar, me assustei por reconhecer o toque era “”Wonderwall” do Oasis, ou seja, o ringtone que havia colocado quando Harry me ligasse, engoli a seco ao ver a nossa foto no visor sorridente e escrito “Harry esta chamando” deslizei os meus dedos pela tela e levei ao ouvido.

-Alô?,Tess?!- a voz rouca do outro lado da linha me fez arrepiar, respirei fundo e respondi:

-Sim...- eu o vi respirar fundo e ficamos um pouco em um silêncio. Um silêncio doloroso e constrangedor, só conseguia escutar o barulho de sua respiração do outro lado da linha.

-Erm..-ele murmurou- teria como você passar o telefone para o seu irmão? – ele disse  eu fiquei extremamente atordoada e irritada – é que ele não atende o celular dele.- eu suspirei baixo temendo que ele escutasse, e mordi o meu lábio inferior tentando descontar a minha raiva. Respirei fundo e respondi:

-Sim...espera só um pouco. – eu me levantei da cama pisando firme com o celular em minhas mãos, eu apertava forte, muito forte parecia que eu ia quebrar, abri a porta do meu quarto e me dirigi ao quarto do meu irmão que ficava no final do corredor, bati rapidamente na porta e logo Louis abriu, ele estava completamente arrumado ele me olhou surpreso e eu disse estendendo o telefone e me controlando para não gritar- Seu amigo que falar com você!- eu falei seca e ele pegou o telefone logo levando na orelha e pronunciando:

-Alô? A Hazza! – e quando eu tentei entrar ele bateu a porta na minha cara. PRONTO. Conseguiu me irritar. A MERDA ESTA FEITA. Eu estou puta da vida. Respirei fundo e fui andando de volta para o meu quarto me enrolei embaixo das cobertas, estava morrendo de frio. Vestia apenas uma suitshirt azul da Jack Wills. Encostei a minha cabeça no travesseiro e fiquei fitando Amy Winehouse terminando de cantar Back to Black enquanto algumas lágrimas se formavam em meus olhos. Fechei os olhos e escutei um barulho mas não liguei deveria ser meu irmão, ele tinha a mania de dançar e rebolar enquanto falava no telefone. Escutei alguns passos e logo a maçaneta se abriu dando lugar a silhueta de Louis que veio andando em passos rápidos em direção a minha cama:

-Maninha linda, eu estou indo sair com a Hannah! Papai e mamãe estão de plantão então...não me espere, e nem espere eles! Hoje a casa é toda sua. – ele disse após jogar meu celular sobre a cama, e beijar minha testa – fique bem. – ele disse antes de fechar  a porta, fiquei encarando o meu celular e lembrando da conversa com Harry.

Deu uns 10 minutos e meu celular tocou de novo a mesma melodia de “”Wonderwall” invadiu o ambiente, eu fiquei surpresa ao ver o monitor a nossa foto novamente. Deixei tocar. Não iria atender, não iria mesmo. Fitei a tela da televisão que havia desligado. E voltei meus olhos para o celular. Voltei os olhos para a parede. E logo depois para o celular. E me rendi e acabei atendendo.

-Tess!- o sotaque rouco ecoou novamente em meus ouvidos.

-Louis já saiu, Harry. – eu disse fria e eu escutei uma gargalhada baixa.

-Não é com ele que eu quero falar, boba. É com você.- ele disse manso, e eu sorri – só que esta muito frio aqui fora...teria como você abrir a sua sacada para eu entrar? – eu gelei quando ele disse isso, me senti a Gabriella do High School Musical, eu não acredito que Harry estava do lado de fora na minha sacada esperando que eu abrisse para ele, agora iriamos fazer o que cantar Breking Free?

-Você...você...esta ai fora? – eu mal conseguia falar estava tão surpresa pela atitude de Harry, que eu estava com as mãos trémulas.

-Sim..eu estou.- logo escutei três toques em minha sacada, e levantei da cama sorrindo e largando o telefone em cima da mesinha de cabeceira, abri a sacada fazendo uma rajada de vento forte levar os meus cabelos para trás, e eu o vejo ali parado. Com aquele mesmo sorriso encantador que deixavam a mostra as suas covinhas. Com os olhos verdes e brilhantes voltados para a minha face. – Surpresa.- ele disse calmo e eu sorri – Tess, eu tentei! Eu tentei ficar longe de você. Eu tentei não te querer tanto. Eu tentei , Tess. Eu resisti, mas foi em vão...eu estou sufocado e me arrependendo totalmente do que eu fiz. Eu não consigo mais, Tess. Eu preciso de você. Eu não consegui evitar,Tess...eu estou apaixonado por você. – ele disse eu senti meus olhos arderem, como era bom ver ele dizendo isso para mim – Me da mais uma chance? Só mais uma, por favor...prometo parar de ser tão escroto e idiota.- ele disse se aproximando mais e juntando nossas testas, ele espera a resposta de olhos fechados.

- Eu te perdoou ,Harry. – eu disse em um fio de voz, e ele me beijou. Passeava suas mãos em minha cintura, e me beijava calorosamente aquecendo cada parte do meu corpo. Prendi minhas pernas em volta de sua cintura enquanto colocava meus dedos em seus cabelos, eu o ajudei a tirar a sua jaqueta e fomos andando em direção a minha cama, ele  me deitou e me olhou sorrindo.

                                               [...]

-Que marcas são essas? – ele perguntou olhando o meu colo desnudo enquanto eu estava deitada ao seu lado entrelaçando nossos dedos.

-Ah..- eu disse tentando olhar para baixo- são as marcas do dia do acidente...- me lembrei dos pequenos círculos vermelhos que estavam quase  desaparecendo sob minha pele – quando eles tentaram me ressuscitar. – eu falei – são horríveis, eu sei. – disse fechando os olhos.

-Não são não. – escutei Harry falar, e logo senti ele deslizando o dedo indicador pelos os círculos que estavam na estação da escapula e clavícula. – Elas são lindas, por que salvaram sua vida. – eu sorri e me virei de lado para ele e fiquei admirando os olhos dele, que novamente mudavam de cor...hora verdes. Hora cinzas.

-Eu amo quando seus olhos mudam de cor – eu disse olhando fixamente para eles e ele sorriu mordendo o lábio inferior:

-Como se o seu não mudasse? – ele disse se aproximando de mim , e acariciando minha bochecha – você acha que eu não vejo ? Tem hora que são azuis...depois são verdes...sempre me lembram o oceano. – ele disse e beijou a ponta do meu nariz, ele deslizou os dedos pelos meus cabelos, e aquilo me trouxe uma embriaguez de sono. Fechei os olhos e rapidamente adormeci. De mãos dadas com ele.