Stuck On You escrita por Lacrist


Capítulo 15
Capítulo 14 - Círculo de Fogo


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, trago este capítulo para vocês hoje! O capítulo está bem legal, espero que curtam bastante!
Boa leitura



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Elena narrando:

Hoje era o terceiro e último dia do prazo estipulado pelo Klaus. E por mais que a minha decisão já estivesse tomada, Damon, Stefan, Bonnie e Caroline, resolveram ficar de plantão me vigiando a todo o lugar que eu fosse.

Mesmo que eu estivesse na escola com eles nesse exato momento, nenhum dos 4 se desgrudava de mim e isso estava começando a me irritar.

Eu não deixaria que o Jeremy se machucasse por minha causa. Por isso, estou vigiando-o de uma distância segura.

Enquanto estou sentada em um banco rodeada por meus amigos e meu namorado sexy e vampiro que segura a minha mão fortemente junto da sua, estou olhando para meu irmão, que permanece alheio a tudo enquanto conversa com Matt.

E apesar dele ter me olhado de uma maneira estranha hoje de manhã, quando Damon estacionou seu carro em frente a nossa casa, não dei muita importância.

Jeremy era meio estranho de vez em quando.

– Olá pessoal! - Tyler chegou nos cumprimentando e parando ao lado de Caroline. Eles tinham virado bons amigos e isso era bom.

– Olá! - Respondemos em uníssono.

E conversa vai conversa vem, logo o sinal tocou anunciando o fim do recreio e fomos relutantes para a sala.

Na hora da saída, Bonnie tinha chamado a mim e a Caroline para almoçarem em sua casa então, me despedi do Damon com um super beijo antes de seguir com as duas malucas por Mystic Falls.

– Elena, você é a mais sortuda de nós sabia? - Depois de muito tempo em siêncio, Caroline indaga.

– E porque? - Perguntei olhando para ela sem entender o que ela queria dizer.

– Porque você tem um namorado! Um namorado sexy e protetor. E o que nós temos? Uma garrafa de whisky e uma linda ressaca de manhã. - Respondeu Caroline, fazendo-nos dar gargalhadas.

– Eu não sei você, mas tenho certeza de que a Caroline está se lamentando por Klaus ser um vadio híbrido sem coração ao invés de um homem romântico e bondoso. - Comentou Bonnie e só esse simples comentário fez com que Caroline explodisse.

– Vocês acham mesmo que eu estou interessada naquele loiro de farmácia? Pois não, eu não estou. É uma pena que ele seja mal daquele jeito mas eu não estou nem aí pra ele amigas, não estou mesmo! - E mesmo que sua expressão diga totalmente ao contrário, eu e Bonnie apenas suspiramos e fingimos que não percebemos nada e que sua resposta foi coerente o bastante para sustentar o olhar duvidoso e a ponta de incerteza que carregavam seu semblante.

E foi admirando as ruas pouco movimentadas de Mystic Falls que mal percebemos que estávamos sendo seguidas por todo esse tempo. E foi por não percebermos isso, que um carro preto encostou no meio-fio, freiando bruscamente perto de nós, enquanto homens grandes e fortes, saltavam do carro rapidamente, sem nos dar a chance de nos movermos, colocando um pano úmido na frente de nossos rostos, impossibilitando a nossa fuga.

O torpor me atingiu rapidamente e meu corpo amoleceu. As pálpebras pesaram e a escuridão me consumiu, engolindo-me e levando-me para um lugar sem sombras, totalmente escuro e sem rota de fuga.

(...)

Algumas horas depois...

Acordei sentindo-me tonta e confusa. Olhei o lugar ao meu redor e era tão assustador quanto as pessoas que ali estavam. As paredes cinzentas e o carpete empoeirado mostravam o quanto o lugar era mau cuidado.

Sentei-me em cima do carpete vermelho empoeirado vendo que minhas amigas já estavam acordadas. Seus olhos arregalados mostravam o quando elas estavam assustadas.

Eu não conseguia me levantar, por mais que eu quisesse e por mais que eu fosse forte, era como se uma força me impulsionasse para baixo, impedindo-me de levantar.

– Onde estamos? O que está acontecendo? Porque eu não consigo me levantar? O que eles querem conosco? - Fiz a pergunta baixinho para as meninas. Eu estava no meio, Bonnie do meu lado esquerdo e Caroline do lado direito.

– Nós também não sabemos onde estamos e muito menos o que está acontecendo. Também não conseguimos nos levantar, nossos poderes não funcionam aqui e o que eles querem conosco eu também não faço a mínima idéia do que seja. - Respondeu Bonnie.

– Seja lá o que for, eles são muito poderosos. Sabem as fraquezas dos Imortais, dos vampiros e das bruxas. - Disse Caroline.

– Olha só, o trio ternura acordou! - Um homem de terno alto, loiro, bronzeado e bonito parou em nossa frente. Ele vestia terno, assim como todos os outros homens.

– O que vocês querem com a gente? - Perguntei, sentindo-me ficar gelada de medo.

– Nossa, vocês são rápidas hein... nem fomos apresentados formalmente. - Ele prosseguiu, mesmo quando ficamos em silêncio, já fartas de tudo aquilo.

– Eu me chamo Aaron Rasmussen e desejo vingaça. E como a Elena já é uma imortal, a Caroline é uma vampira e a Bonnie é uma bruxa, podemos preparar tudo para o ritual! - Ele disse empolgado, como se ele tivesse acabado de dizer que vamos tomar um chá da tarde.

– Ritual? Que ritual? - Perguntou Bonnie.

– O ritual que fará com que eu me torne bruxo, imortal e vampiro sem perder meu lado de lobisomen tudo de uma vez só. - Pude sentir o clima tenso se instalando. Todas nós desesperadas e assustadas, querendo fugir, mas sem a mínima chance de escaparmos.

– Ficou louco? Isso nunca irá funcionar! Para se tranformar em Imortal tem que tomar um elixir e você não pode ser 4 coisas ao mesmo tempo! - Falei, achando aquela a idéia mais louca do mundo.

– Mas é claro que eu posso. Na verdade, com esse ritual, eu poderei fazer o que quiser, sem temer mais o Klaus. Estarei tão forte, que serei quase invencível. A mistura de 4 seres poderosos em uma pessoa só e será tão divertido... Vou me vingar de toda aquela família original maldita! Vou me vingar por todos meus amigos. - Ele deu uma olhadela para os outros que estavam sentados e pude perceber que eles eram vampiros. Apenas tinha um bruxo ali e é claro que ele não sacrificaria dois de seus amigos, podendo sacrificar a nós.

– Esse ritual requer que façamos o que exatamente? - Perguntou Caroline. Aparentemente ela era a única que não tinha entendido o significado dos rituais.

Ou então estava fingindo não saber, para adiarmos nossa possível sentença, talvez.

– Requer que vocês fiquem em um círculo de fogo enquanto cada uma de vocês terá seu sangue derramado e a possível morte das envolvidas. - Toquei meu pescoço temendo meu destino, ele derramaria meu sangue e logo depois, quebraria meu pescoço, ou arrancaria a minha cabeça.

Olhei para Caroline que tinha ficado branca como papel e foi aí que me dei conta de que ela não sabia mesmo para que serviam esses loucos rituais. Bonnie estava apavorada e pensativa, mas não adiantava, na situação em que nos encontrávamos, só poderíamos ser salvas, se Damon e Stefan viessem ao nosso encontro.

Damon... só de pensar nele dói meu coração. Só de pensar em deixá-lo, em perdê-lo, em morrer... isso me sufocava de uma forma lancinante.

– Então, vamos para o lugar que eu preparei para vocês ficarem no ritual e não tentem nenhuma gracinha. Sei exatamente as fraquezas de suas espécies. Algo que nem o Klaus sabe.

Damon narrando:

Eu estava preocupado. Totalmente preocupado. As 3 meninas sumiram já tem mais de 4 horas que estão desaparecidas e eu e Stefan não temos nem idéia de onde procurar mais.E então, me dei conta de uma coisa.

– Ei, Stefan. tem um lugar que ainda não procuramos. - O cutuquei, chamando a sua atenção.

– E onde seria esse lugar? - Ele perguntou curioso e ávido para irmos.

– Na mansão do Klaus! É óbvio que ele está tentando passar a perna em todos nós e levar não somente a Elena mais sim, todas as meninas.

– Que canalha! - Ele socou o banco do carro.

– Vamos logo pra lá! - Falei, acelerando o carro.

Chegamos a mansão e lá estava Rebekah parada na entrada.

– Hum... os dois irmãos Salvatore juntos... Não demoraram a virem me procurar. - Disse Rebekah de um jeito provocante e sexy. Mas isso não me afetava mais, muito menos ao meu irmão.

– Não viemos aqui falar com você e sim com o Klaus. Ele está? - Respondi acidamente e ela ficou furiosa.

– Ora, ora, ora... o que trazem os irmãos Salvatore até a minha humilde mansão? - Klaus trazia um copo de whisky em sua mão.

– Onde elas estão? - Perguntei, me segurando para não partir pra cima do infeliz.

– Elas quem? - Ele riu, fingindo não saber.

– Não se faça de desentendido! As garotas, onde elas estão? - Stefan revirou os olhos irritado.

– Andaram bebendo demais? - Klaus perguntou debochado e eu explodi.

– Sem brincadeirinhas Klaus! ONDE AS MENINAS ESTÃO? - Gritei.

– Não grite comigo, rapaz. Posso te matar antes mesmo que você possa entender o que está acontecendo. Primeiro, não tem nenhuma garota aqui e segundo, se for um truque pra que eu vá embora sem a Elena esqueça!

– Não é nenhum truque. Elena, Bonnie e Caroline sumiram e já tem mais de 4 horas. - Falei frustrado por saber que Klaus estava falando sério.

Um lampejo de preocupação irrompeu em seu semblante quando pronunciei o nome de Caroline, mas ele logo se endireitou, transformando a preocupação em um sorriso cheio de deboche.

– Sério? Vai ver elas foram vendidas a algum vampiro. - Ele deu uma risada estrondosa, sendo acompanhado por Rebekah que estava adorando toda a situação.

– Klaus, você podia nos ajudar a encontrá-las. Elas podem estar em perigo. - Sugeriu Stefan. Logo, lhe mandei um olhar que dizia:

"Ficou louco?"

– Perigo? As 3 tem poderes pra se defender! Ou elas não sabem usá-los? - Ele contorceu o canto da boca, querendo irromper em mais uma risada.

– Se elas não estivessem em perigo, já teriam voltado. Não temos a mínima idéia de onde elas possam estar. Já procuramos em todos os lugares. - Respondeu Stefan ignorando meus olhares nada sutis.

– Eu não tenho nada haver com isso. - Ele virou-se de costas, bebericando seu whisky, dando o assunto por encerrado.

– Caroline está em perigo também. Mesmo que ela seja uma vampira, é como se ela ainda fosse uma adolescente frágil... Pode estar assustada e precisando de ajuda. – Tentei fazer com que isso o convencesse. Seus ombros ficaram rígidos.

– Eu não me importo com ela. - Murmurou secamente

– Tudo bem então. Mas não sinta remorsso se algo ruim acontecer a ela... afinal, ela é uma vampira comum, não é imune a estacas de madeira. - Falei, agarrando-me a esperança de que pelo menos isso o fizesse pensar. Ele ponderou por uns segundos mas secamente, ele disse:

– Saiam agora.

Saímos com o único fio de esperança de que Klaus pudesse nos ajudar destruído. Ele era sem coração, não se importava com nada e nem ninguém. Isso era um fato consumado.

Mas, surpreendentemente, quando estávamos atravessando o portão principal, ouvimos sua voz ecoar no que antes era só silêncio:

– Esperem, eu vou com vocês.

Elena narrando:

Tudo estava preparado para que o ritual começasse. Estávamos cada uma em um círculo de fogo. Bonnie era a primeira, Caroline a segunda e eu a terceira. Eu tremia de medo, de raiva, de frustração. Porque eles ainda não tinham nos encontrado? Porque?

Os minutos estavam se passando numa velocidade incrível e o medo arrepiava-me por inteira. Minhas amigas estavam como eu, só que Caroline chorava baixinho.

– Tudo pronto, agora podemos começar. - Ele deu um sorriso doentio em nossa direção e o bruxo começou a falar algumas palavras estranhas que talvez só Bonnie pudesse entender.

Tentei a todo o custo usar meus poderes mas eles estava mesmo bloqueados.Tentei passar pelo círculo mas o fogo apenas aumentou, fazendo-me parar e enfrentar o que vinha pela frente.

Aaron pegou uma faca enorme e brilhante e logo, perfurou seu braço, fazendo um corte profundo enquanto seu sangue jorrava pelo chão.

O bruxo continuou repetindo as palavras enquanto o loiro se encaminhava para o círculo de Bonnie.

E eu fiquei logo desesperada. Comecei a chorar ao mesmo tempo que as lágrimas alcançavam minha amiga.

Ele perfurou seu braço e o sangue correu. Ela fez uma careta de dor mas não fez nada para matá-la.

– Primeiro é feito o derramamento de sangue. - Ele disse, se explicando, me dando um alívio enorme.

Depois ele repetiu o mesmo processo com Caroline que estava chorosa.

E ele veio em minha direção e perfurou meu braço mais forte, para que sangue o suficiente jorrasse antes que minhas feridas se curassem rapidamente. A única coisa de minha imortalidade que não era imune aos bloqueios exercidos por eles para imunizar nossos poderes.

E agora, tudo começaria. A última rodada. A rodada fatal.

Começou por Bonnie. O vento começou a chacoalhar as árvores e as folhas do grimório do bruxo. O trovões rasgavam o céu e do nada, Bonnie correu para fora do círculo de fogo, tentando atacar Aaron, que sorria divertido. Sua roupa começou a pegar fogo e eu e Caroline começamos a gritar, desesperadas.

– BONNIE! - Gritamos as duas, tentando sair do círculo mas nós sabíamos que não era a nossa vez. Essa era a vez de Bonnie, dela ser sacrificada.

Sem mais delongas, Aaron enterrou a faca na barriga de minha melhor amiga, que nos lançou um olhar seguro e tranquilizante, como se soubesse o que estava fazendo, antes de cair no chão.

Eu e Caroline nos entreolhamos confusas e assustadas. Chorávamos, sem entender realmente tudo o que estava acontecendo.

Então, chegou a vez da Caroline. Ela atravessou o círculo de fogo e o fogo pegou em sua roupa, igual como aconteceu com a Bonnie. Só que diferente da Bonnie, Caroline é uma vampira e certamente, o fogo é fatal para ela.

Caroline começou a se debater desesperada e chorosa, enquanto gritava agonizantemente, tentando se livrar do fogo que consumia seu corpo.

Eu chorava enquanto olhava minha amiga gritar agonizante, e enquanto olhava o corpo de Bonnie no chão, ensanguentado.

E quando Aaron pegou a estaca de madeira para acertar bem o peito de Caroline, Klaus chega, acertando um golpe em Aaron que o faz voar longe e soltar a estaca.

Logo, Stefan chega trazendo um balde de água, jogando em cima de Caroline, apagando o fogo. E Damon vem atrás dele, lançando-me um olhar complascente.

Eles olham para o corpo de Bonnie no chão e nos olham desolados.

Aaron vai pra cima de Caroline novamente e a pega desprevenida, dando-lhe uma injeção de verbena, fazendo Caroline cair desmaiada.

E então Klaus fica furioso, enquanto olha seu rival.

– Aaron, eu deveria saber que estava por trás disso por todo esse tempo! - Klaus estava enfurecido e isso me deu medo, muito medo.

– E eu nunca te perdoarei por ter se intrometido. - Disse o loiro, irritado e acuado.

– Claro, não vou deixar que você viva para me perdoar. - Klaus correu até Aaron, arrancando seu coração, me fazendo contorcer o rosto de horror.

– E quanto a vocês... removam o círculo de fogo de Elena e sumam. - Não precisa ser uma vidente para saber que ele usou a compulsão em todos eles, o bruxo e os outros vampiros que ali estavam presentes e não fizeram nada para interferir.

Eles logo fizeram o que Klaus ordenara e saíram. Eu saí correndo e abracei Damon com todas as minhas forças, chorando, enquanto Stefan checava o pulso de Bonnie e verificava se tinha como salvá-la.

– Shiii, fique tranquila Elena. - A voz dele me acalmava, mas isso não conseguia diminuir a dor que havia se instalado em meu coração.

E então, eu olhei para o lado e Bonnie tinha acordado.

Eu mal acreditei no que via mas quando percebi, já estava abraçando-a.

– Amiga!! Mas... como? - Perguntei olhando confusa para Bonnie.

– Eu consegui fazer um feitiço que me protegia... consegui tirar todo o bloqueio que estava no meu círculo e tratei de proteger vocês também caso vocês não chegassem.

Olhei para trás e Klaus estava com Caroline nos braços. Bonnie parecia bem exausta então, Stefan ajudou-a a levantar e se disponibilizou a deixá-la em casa.

Stefan e Bonnie saíram daquele lugar pavoroso em que nos encontrávamos e eu olhai para Klaus, me perguntando que horas eu teria que dizer a decisão que eu tomei.

– Não se preocupe com nada agora, Elena. Ficarei por mais algum tempo aqui na cidade resolvendo alguns prejuízos de Elijah e dos outros irmãos inconsequentes. Na hora certa, eu anunciarei a minha ida e você terá que tomar a sua decisão. Vou deixá-la em segurança em sua casa, fique tranquila. - Meu coração se acalmou um pouco por tudo o que o Klaus disse. Por mais estranho que possa parecer, quando se tratava de Caroline, eu confiava no Klaus. Eu sabia que ele não era capaz de fazer mal a ela.

– Obrigada, Klaus. - Ele apenas assentiu enquanto eu saía de mãos dadas com o Damon.

– E agora, o que faremos? - Perguntei, assim que o vi estacionar o carro numa rua escura.

Ele deu um sorriso malicioso, aproximando-se de mim.

– Vamos matar a saudade. - Ele me deu um beijo caloroso, cheio de amor, enquanto sussurrávamos entre o beijo um "eu te amo" abafado.

No calor da noite, nada mais importava. Eu estava livre de Klaus temporariamente e era isso o que importava.

Todo o resto estava reduzido a nada agora que eu estava nos braços do Damon, nada.

Caroline narrando:

Meus olhos abriram-se enquanto eu me acostumava ao lugar em que eu estava e então percebi que era a minha própria casa, meu próprio quarto.

Senti uma mão leve que acariciava o meu rosto em movimentos circulares e quase pulei da cama quando vi de quem se tratava:

Klaus.

Na minha casa, no meu quarto.

– O que está fazendo aqui? - Perguntei, quase pulando da cama.

– Eu te trouxe pra cá. Não tinha ninguém em casa mas... como sua mãe já tinha me convidado pra entrar aqui uma vez em que você não estava... não tive nenhum problema para lhe deixar aqui. - Ele deu de ombros.

– E o que você e a minha mãe estavam fazendo? - Minha voz estava aguda, o que o fez sorrir de um jeito malandro.

– Ciúmes? - Ele arqueou a sombrancelha.

– Não, apenas curiosidade. - Tratei de acalmar um canto quase oculto dentro de mim que praticamente gritava dizendo que eu estava com ciúmes.

– Tudo bem, não vou insistir nisso. Não era nenhum assunto importante. Falávamos sobre vampiros. Você sabe que ela é contra isso não sabe? E que ela própria não sabe que tem uma filha vampira em casa, não é? - Ele soltou uma risadinha e eu apenas bufei.

– E o que você vai fazer? Vai contar pra ela? - Perguntei, mas a pergunta não me deu medo.

– Não, eu não vou... - Ele ficou sério e acabamos nos fitamos por alguns minutos.

– Acho que vou embora. Tenho assuntos a resolver.

– Ah é, esqueci que quer levar a Elena embora. - Automaticamente acabei me lembrando de que ele ia embora junto e tentei ignorar o aperto no meu peito.

– E quem disse que é isso que eu vou fazer? Eu falei pra ela que ficarei na cidade por mais um tempo, tenho que resolver algumas coisas. - Ele deu de ombros e eu achei estranho ele não estar fazendo suas gracinhas, dando em cima de mim, me elogiando. Vai ver ele tinha perdido o interesse por mim, mesmo sabendo que ele ainda me olhava com admiração.

"Deve ser apenas o costume, Caroline."– Uma vozinha chata dentro de minha cabeça respondeu por mim e isso me deixou um pouco abatida.

– Sério? - Perguntei, feliz por saber que a Elena não teria que ir embora. E foi só por isso nada mais.

– É sério, Caroline. - Logo, comecei a lembrar-me de tudo o que aconteceu, especialmente pela Bonnie.

– Oh meu Deus, Bonnie! - Gritei, levantando da cama aturdida.

– Calma, ela está bem. Ela conseguiu desfazer o bloqueio de poderes e fez um feitiço para proteger a ela e a vocês. - Suspirei aliviada enquanto minha respiração descompassada regularizava-se aos poucos.

– Obrigada, Klaus.

– Eu ouvi direito? - Perguntou-me, colocando a mão próximo ao ouvido.

– Você me salvou hoje, eu poderia ter morrido. Sei muito bem que foi você que ajudou os rapazes a nos encontrarem então... obrigada.

– Não tem de que. - Klaus estava diferente. Não tinha feito nenhuma gracinha além de acariciar meu rosto enquanto eu estava desmaiada e isso o deixava... admirável.

–Bom... quero que fique com isso. - Ele tirou do bolso da jaqueta um papel e colocou em minha mão.

– Não jogue fora, foi a maior inspiração que já tive. - Continuei olhando para ele. Por mais que eu quisesse, não conseguia desviar o olhar.

– Te espero amanhã de manhã, no bosque. - Assenti, ainda meio afetada pelo seu olhar hipnotizante. Ele deu um sorriso enquanto beijava a minha mão e saía pela janela.

Assim que olhei para o papel, fiquei surpresa de um jeito que me fez sorrir.

Era um desenho.

Onde meu rosto perfeitamente bem desenhado, parecia com o de um anjo e ao meu lado, estava a Lua.

Os traços eram precisos e tão bem desenhados que me encheram de coisas boas.

Meu rosto estava lindo, lívido, puro e tinha algo em meu olhar que nem eu conseguia enxergar.

Será que era assim que Klaus me via? Não importava o quão diferente ele estivesse hoje, ele continuou me olhando admirado.

E por um momento, eu me permiti sorrir mais uma vez, esquecendo-me de todas as coisas horríveis que tinham acontecido comigo.

Talvez Klaus não fosse tão insensível como eu pensava, talvez ele pudesse ter alguma salvação...E mesmo que isso me enchesse de esperanças, eu tinha as minhas dúvidas e meus medos. Eu não queria mergulhar de cabeça nessa história e sair ferida pelas rochas mas se eu não tentasse, seria pior e então eu estava decidida:

Eu iria encontrá-lo no bosque amanhã.

Elena narrando:

Cheguei em casa nas nuvens. O dia fora totalmente péssimo mas a noite, por incrível que pareça, foi ótima. Estar com o Damon sempre me fazia esquecer meus problemas.

Assim que subi para o meu quarto, encontrei Jeremy me olhando estranho.

– Oi, Jer, está tudo bem?

– Não Elena, não está. Porque não me contou que nossos pais eram imortais e que você é igual a eles? Melhor, porque não me contou que seus amigos e até seu próprio namorado é um vampiro? Porque escondeu isso de mim? - Meu coração quase saltou pela boca com as coisas que Jeremy havia me perguntado. Como ele havia descoberto tudo isso?

Eu tinha certeza de que pelo jeito que ele me olhava, as coisas piorariam para nós dois.

E a minha noite que tinha sido ótima, acabara de piorar novamente, como um círculo vicioso que insistia em me perseguir.

Por mais que eu tentasse me esquivar, era praticamente impossível fugir disso e agora, eu teria que arcar com as consequências.

Jeremy sabia de tudo.





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Notas finais do capítulo

Uooooou meninas que reviravolta não? Klaus todo diferente, salvando a Caroline oooowwwn o vilão virou o herói HSAUHSUAH E agora a Caroline vai se encontrar com ele *-* O que será que acontece?
Jeremy descobriu tudo e agora a Elena vai ter que se explicar...
No próximo capítulo os imortais aparecerão se tudo der certo como estou planejando.
Comentem esse capítulo meninas e obrigada por tudo
Beijos e boa noite.