Dividida escrita por Aliciana


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo ficou um pouco dramatico...
revelaçoes...
sentimentos...
bla bla bla...
n sei escrever isso muito bem...
espero que gostem...



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Quando eu desci do carro, eu vi o Cascão muito tenso e preocupado com algo. Fui até ele e, quando me viu, não sabia se ficava feliz ou misterioso.

- Isa, eu quero conversar com voce, mas a sós. Podemos nos encontrar no antigo clubinho do parque umas sete da noite?

- Oi pra voce também Cascão. Tudo bem, mas por que todo esse mistério? O que aconteceu enquanto eu estava de folga, quero dizer, de castigo?

- Folga? Véi, eu sabia. Voce aprontou tudo aquilo no colégio só pra tirar uns dias na tal fazenda da sua vó. Mas depois voce me fala, hoje à noite.

- O.K. Até mais. – e ele saiu correndo no skate dele, indo em direção a casa da Magali.

Quando deu o horário, eu fui correndo pro antigo clubinho dos meninos no parque. Eles viviam aprontando planos contra a Monica nesse barracãozinho de madeira velha. Hehehehehehe imagino o que eles faziam quando criança.

- Cas, você ta aqui?

- O... oi Isa. Sou eu.

- Monica? Por que... o cascão que aprontou isso não foi?

- Foi. Eu queria com...

- Eu já disse mil vezes que não houve nada com o Cebola e eu, eu não quero brigar, sei que voce gosta dele, por isso vou deixá-lo em paz pra voce, Monica, já que ele também gosta de voce. E isso eu te disse no inicio do ano, todo mundo já sabe que vocês nasceram um pro outro e eu não quero mais incomodar.

- Eu não vim falar disso, eu...

- Eu vou ficar quieta no meu canto. Só não vou sair do colégio porque meu pai deu um duro danado pra eu ta estudando lá e ele não merece isso, mas eu não vou mais ficar no caminho de ninguém, até o Luca pode ficar tranqüilo que eu não vou mais ser um estorvo pra ele.

- O Luca não tem nada a ver com iss...

- E a Carminha vai me deixar em paz, já que ele vai ficar livre pra seguir com a vida dele e ficar com ela. Não sei nem por que eu vim parar nesse bairro que ninguém me quer mesmo, e pensava que eu seria amiga de todos vocês, a Marina, a Cascuda, Aninha, voce e a Magá. Tinha tanto bairro em São Paulo e fui parar logo aqui e...

- CHEGA! – a Monica deu um grito de repente. – Garota eu não to aqui pra falar nada disso. Vê se me escuta porque o buraco é mais embaixo.

- Do que voce ta falando então?

- Uma coisa séria. Aconteceu. Com a Magá.  – ela não conseguia falar, sem se sentir triste, sentir dor – E com o Quim.

- Oh meu Deus, eles sofreram uma acidente?

- Digamos que sim.

- Em que hospital eles estão?

- Esse acidente demora um pouco pra parar no hospital.

- Como assim, sua louca? Temos que levá-los rápido, pode ser perigoso pra saúde deles e...

- Eu to querendo dizer que esse acidente só precisa ser levado pro hospital nove meses depois. Ta entendendo ou quer que eu desenhe?

- Nove meses... O quê?! Ela tá ...- de repente Monica tapou minha boca para ninguém ouvir o que eu ia gritar, praticamente.

- Pelo visto ela já sabe né? – disse Magali, com uma voz tranquila, como se nada estivesse acontecendo. Entraram junto com ela, o Quim, Cascão e Cebola.

- Magá, como...

- Vai me dizer que voce não sabe como os bebês são feitos? – Cê disse, irônico.

- Eu sei, sim, senhor óbvio. Mas como? Vocês são tão responsáveis. E voce não tinha me dito que tinha perdido a virgindade. – eu falei isso sem me lembrar de que estava na frente dos garotos.

- Sem esses detalhes sórdidos, por favor, Isa. Já tem confusão demais acontecendo. – reclamou o Quim, morrendo de vergonha.

- Eu vou te contar, já que os meninos também não sabem e eles são meus melhores amigos, Quim, eles merecem saber. Quando o Quim e eu viajamos naquele fim de semana antes do meu aniversário, aconteceu nossa primeira noite. – Magali tava morrendo de vergonha, mas ela tinha uma aura serena e acho que estava até feliz por contar isso pra alguém – foi com camisinha, e todas às vezes seguintes também. Mas no mês passado, houve um acidente e a camisinha estourou. Nem nos importamos muito porque eu tomo pílula já faz um tempo. Mas ai eu atrasei e fiz o teste de gravidez. Deu positivo.

- Voce fez aqueles testes de farmácia? – Cascão perguntou.

- Sim, duas vezes. Eu tava com ela.

- Mas Mo, esses testes podem dar falso positivo.

- Voce ta sabendo demais disso heim Cebolinha? – perguntei irônica.

- Eu vejo televisão, e é Cebola.

- Sabemos disso, e eu fiz o de sangue também semana passada.

- Então tá confirmado mesmo que deu positivo? – perguntei nervosa, mesmo sabendo a resposta.

- Sim, mas isso não é o pior. Isa, voce se lembra da Carminha semana passada comigo?

- Sim, Monica, parecia que ela tava te usando ou algo do tipo, mas o que ela tem haver com isso?

- Ela está com o envelope do resultado do exame da Magá. Eu já tinha conversado com o Cebola sobre a foto do mural de recados, mas quando eu ia conversar com voce sobre isso, ela chegou e começou a nos ameaçar.

- Aquela cachorra sem vergonha, isso tudo pra eu terminar com o Luca. E ainda envolveu vocês isso.

- Mas a gente tem um plano, e esse não vai falhar. - Cebola disse, determinado. Quando Quim e Monica escutaram isso, sentiram um alivio, porque sabiam que a Carminha não teria mais com o que chantageá-las.

Depois do plano explicado, eu pedi pra Monica ficar um pouco mais, enquanto os outros iam embora. Queria esclarecer tudo com ela de uma vez por todas.

- Mo, quero falar com voce sobre a foto.

- O Cebola me explicou tudo Isa. E voce ta perdoada.

- Mas eu queria te dizer que... bem, voce sabe como o Cê e eu somos amigos, ele é meu melhor amigo aqui. E eu sentia falta dele quando ele começou a trabalhar. O anfiteatro era um lugar só nosso, pra gente matar a saudade. Mas ...

- Isadora, eu já te disse que eu sei de tudo, o Cê me disse.

- Tá tudo bem com a gente então?

- É claro, sua boba. –ela me deu um abraço bem forte e gostoso. Sabia que esse abraço significa que estou abrindo mão dele por uma amizade valiosa.

- Vamos tomar um sorvete, então? Eu disse pra turma nos encontrar lá.

- O meu de Morango com Maracujá. Hehehehehehehe

No colégio, a Carminha se assustou quando me viu entrando na sala, junto da Monica e da Magali. Eu vi ela se roendo de raiva junto das suas “amigas”. Eu me sentei perto do Luca e ele me cumprimentou com um selinho.

- Oi Luca.

- Oi sumida, senti sua falta. Quero conversar com voce sobre a Monica depois.

- Tudo bem.

* No recreio:

- Isa eu não consegui descobrir nada sobre a Monica, desculpe.

- Tudo bem, Luca, eu já conversei com ela, e sei o que tava acontecendo. A Carminha tava chantageando ela e a Magá pra que elas deixassem de serem minhas amigas.

- Sério? Eu não acredito que elas são capazes de fazer isso. Mas com o que elas estavam chantageando?

- Isso eu não posso te falar, é uma coisa pessoal.

- O.K. Mas me conta, como foi na fazenda da sua família?

- Foi perfeito! Eu sentia muita falta. E minha cidade fica pertinho, mas nem fui lá não. Nas férias eu volto e quero levar todos vocês pra conhecerem minha terrinha.

- Eu vou querer mesmo.

- O que é que voce quer heim Luca? – Cebola perguntou desconfiado.

- Visitar a fazenda da família da minha namorada. Ela me disse que lá é lindo e eu fiquei curioso. Sabe, ela ia convidar a turma toda, mas talvez não dê pra voce ir, já que ta trabalhando né?

 - Pois é, mas quem sabe eu não tiro uns dias de folga?

- Hello, pessoal. As férias vão demorar a chegar, mal acabou a Páscoa. -  eu disse, tentando acabar com um clima estranho que tava surgindo entre eles.

- Por falar em Páscoa, o seu ovo está lá em casa, meu bem, só te esperando.

- Jura? Ai que delicia vou me acabar no chocolate. Obrigada Luca. – nisso eu o abracei e o Cebola ficou inquieto, disse que precisava conversar com o Nimbus e a turma do futebol e saiu.

- Por que voce e o Cê ficaram soltando farpas um pro outro?

- Por que eu tenho ciúmes de quem eu amo. – quando ele disse isso eu não sabia como reagir. O Luca disse que me amava. Meu coração acelerou e fiquei gelada, não sabia se de felicidade ou surpresa.

- O que voce falou?

- Que eu tenho ciúmes de voce. – quando Luca repetiu a frase, ficou tímido e abaixou os olhos. Eu cheguei perto dele e, com as mãos em seu rosto falei:

- Voce disse que me ama!

- Não... com essas palavras... mas... sim.

- Foi a coisa mais linda que voce já me disse.

Então o beijei.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado.... obrigada a todos por lerem e continuarem fieis a minha historia, mesmo eu demorando a escreve-la...



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