Eu passei toda a minha infancia sendo rejeitado por meus pais, principalmente pelo meu pai, era como se ele simplesmente me culpasse por algo que eu não havia cometido.. Acho que esse é um dos motivos por eu estar nesse estado.

A maioria das pessoas que me conheciam na época da escola nunca imaginariam que eu terminaria assim.

Draco Malfoy, 36 anos fortes jogados na cara, morando em um quartinho imundo de um hotel mediocre da pior parte de Londres, desempregado.. e dormindo com uma velha amiga casada.

Eu sei que a maioria deles pensavam que eu terminaria morando na Mansão dos Malfoy, com um emprego garantido no Ministério da Magia, acordando todos os dias ao lado da bela Pansy Parkinson.. ao menos em uma coisa eles tinham razão, eu acordo ao lado de Pansy.. Apesar de ela ser casada e ter dois filhos e mesmo eu a tratando como lixo desde a época da escola, ela vem me ver.. todas as terças e quintas quando seu marido sai para trabalhar na cidade vizinha.

São 04:53 da manhã, o sol esta nascendo, um dia novo esta por vir e eu continuo pensando se eu não tivesse a pertubado ela estaria viva..

O vento frio passa entre os buracos da minha janela, me atingindo em cheio. Estou tremendo.. e de repente uma lembrança de quando eu era pequeno me vem a cabeça.. uma lembrança que eu nem sabia que existia.

– Papai, o que é o amor?

– Um sentimento idiota.

Disse ele curto e frio, como sempre.

– Papai, você ama a mamãe?

– Claro que amo.

E de repente eu estava em Hogwarts, meu primeiro ano.

"Pai, faz mais de um mês que eu estou longe de casa, ,eu sinto muito a falta da minha mãe, e de você também, são 01:23 da manhã, eu não consigo dormir, mas não é porque eu ainda não me acostumei com as camas daqui, ou nem porque eu estou longe de casa. Tem uma garota, eu realmente gosto dela, na verdade, eu acho que a amo, como você ama a minha mãe. Eu tenho uma foto dela.. que sempre carrego em meu bolso.. ela é extremamente linda, talvez até mais bonita que a mamãe.. ela não sai da minha cabeça.. você deve estar se perguntando o nome dela no momento. Ela se chama Hermione, Hermione Granger. Diga a mamãe que eu a amo."

Eu não iria enviar aquela carta, eu decidi isso depois de ler e re-ler milhões de vezes, e a cada vez que eu lia.. soava mais ridiculo, e então eu decidi ir dormir.

Quando acordei a tal carta não estava mais la.. no começo eu fiquei preocupado, mas logo esqueci do ocorrido e passei o resto do meu trimestre tranquilo.

Plataforma 9 3/4

Férias, finalmente eram férias.. No meio da multidão eu logo encontrei meus pais e diferente dos pais de outras familias, eles não pareciam contentes em me ver.

07:15 da manhã, eu continuo imovel, o celular dela começa a tocar, isso significa que Pansy precisa ir embora..

– Eu preciso ir..

– Eu sei.

Ela esta de costas para mim, sentada na cama ainda de calçinha e sutiã. Ela esta procurando suas roupas.. provavelmente ela não se lembra que elas estão atras da porta da cozinha.. O porque? Ontem Pansy chegou e me agarrou ali mesmo na cozinha, mas isso não vem ao caso. Todos sabem que ela é boa de cama então.

– Elas estão atras da porta da cozinha.

– O que?

– Suas roupas.

– Obrigada

Ela ainda estava de trocando.. e eu achei que esse era o melhor momento para acabar com isso.

– Você sabe que você não pode continuar vindo aqui não é?

– Do que você esta falando?

– Vamos la Pansy, você tem uma familia, dois filhos, um marido.. e isso não é certo?

– Depois de nove anos transando com você escondido, agora você me diz que não é certo?

– Me desculpe, mas eu não quero fazer mais isso, é tão errado.

Ela riu.

– Você esta certo, eu não sou mais a sua putinha.. as coisas mudaram, eu não sou mais a sua seguidora.. antes você era o lider de tudo.. mas agora so passa de um perdedor.

– Nos podemos ao menos, voltar a ser amigos..

– Amigos? Nos nunca fomos, e nunca seremos amigos.

Ela bateu a porta.

– Por favor Lucius.. não seja tão rude com ele.. ele é apenas uma criança

– Não vou ser rude, vou ser claro e preciso. Mande Draco entrar.

Assim que eu entrei na sala ele começou a ler a minha carta.. que até então havia desaparecido.

"Pai, faz mais de um mês que eu estou longe de casa, ,eu sinto muito a falta da minha mãe, e de você também, são 01:23 da manhã, eu não consigo dormir, mas não é porque eu ainda não me acostumei com as camas daqui, ou nem porque eu estou longe de casa. Tem uma garota, eu realmente gosto dela, na verdade, eu acho que a amo, como você ama a minha mãe. Eu tenho uma foto dela.. "

– Lucius..

– Não Narcisa, ele precisa entender. Sua namoradinha, Draco.. é uma sangue-ruim, uma TROUXA, TROUXA. O seu sangue.. não é digno comparado ao nosso. Agora, eu vou te dar, duas opções : você vai esquecer esta garota, e vai trata-la como ela merece.. como LIXO ou tudo vai acontecer do meu jeito, e tenho certeza que ninguém nessa historia vai gostar.

– E se eu não escolher nenhuma das duas? Porque realmente, aqui nessa coisa que vocês chamam de casa, as coisas so acontecem do seu jeito e sinceramente, ninguém gosta, mas temos que nos adaptar. Não seria muito sacrificio para você se adaptar a ela.

Ele me deu uma tapa no rosto.

– Não queira brigar comigo Draco. Se você não quer escolher.. eu escolho por você. Agora me dê a foto que você tem dela.

– Eu não a tenho mais..

– Não minta!

Ele colocou suas mãos nos meus braços e me balançou..

– Draco a foto.

– Querido, lhe dê a foto.

Eu joguei a foto em sua cara, sai correndo gritando.

– EU ODEIO VOCES DOIS, ODEIO, ODEIO, ODEIO ESSA CASA!